Uma breve história dos "graffiti" — Kelly Wall
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0:08 - 0:10Carruagens de metro pintadas com "sprays",
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0:10 - 0:11pontes com floreados,
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0:11 - 0:13paredes cobertas de murais.
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0:13 - 0:16Os "graffiti" surgem ousados
por toda a parte nas cidades. -
0:16 - 0:21Podem ser afirmações de identidade,
de arte, de poder, e políticas, -
0:21 - 0:24enquanto, simultaneamente,
estão associados a destruição. -
0:24 - 0:27Acontece que não é nenhuma novidade.
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0:28 - 0:32Os "graffiti", ou o ato de escrever
ou rabiscar em propriedade pública, -
0:32 - 0:34sempre existiram há milhares de anos.
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0:34 - 0:36E durante todo esse tempo,
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0:36 - 0:38levantaram as mesmas questões
que hoje debatemos: -
0:39 - 0:40É arte?
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0:41 - 0:42É vandalismo?
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0:43 - 0:47No século I a.C., os romanos
inscreviam regularmente mensagens -
0:47 - 0:48nas paredes públicas,
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0:48 - 0:49enquanto, a oceanos de distância,
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0:49 - 0:53os maias eram prolíficos a gravar desenhos
nas superfícies das paredes. -
0:54 - 0:56Nem sempre era um ato subversivo.
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0:57 - 1:00Em Pompeia, os cidadãos vulgares
marcavam regularmente paredes públicas -
1:00 - 1:02com encantamentos mágicos,
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1:02 - 1:04prosa sobre amores não correspondidos,
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1:04 - 1:06"slogans" de campanhas políticas,
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1:06 - 1:09e até mensagens de apoio
aos seus gladiadores preferidos. -
1:10 - 1:14Alguns, incluindo Plutarco,
o filósofo grego, protestavam, -
1:14 - 1:17considerando os "graffiti"
ridículos e inúteis. -
1:17 - 1:19Mas foi só no século V
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1:19 - 1:24que foram plantadas as raízes
do conceito moderno de vandalismo. -
1:24 - 1:28Nessa época, uma tribo de bárbaros,
conhecida por Vândalos, invadiu Roma, -
1:28 - 1:31pilhando e destruindo a cidade.
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1:31 - 1:35Mas só séculos depois é que o termo
vandalismo foi adotado -
1:35 - 1:39em protesto contra a desfiguração da arte,
durante a Revolução Francesa. -
1:39 - 1:42E como os "graffiti" foram sendo
cada vez mais associados -
1:42 - 1:45à rebelião e provocação deliberadas,
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1:45 - 1:47assumiram essa etiqueta de vandalismo.
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1:48 - 1:49Essa é uma das razões por que, hoje,
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1:49 - 1:52muitos artistas de "graffiti"
se mantêm na clandestinidade. -
1:52 - 1:55Alguns assumem identidades alternativas
para evitarem retaliações, -
1:55 - 1:59enquanto outros fazem-no
por camaradagem e para marcar território. -
2:00 - 2:02Começando com as etiquetas dos anos 60,
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2:02 - 2:05uma nova sobreposição
de celebridade e anonimato -
2:05 - 2:08atingiu as ruas das cidades
de Nova Iorque e Filadélfia. -
2:08 - 2:10Os artistas usavam etiquetas codificadas
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2:10 - 2:12para marcarem
os seus movimentos pelas cidades, -
2:12 - 2:15embora aludindo frequentemente
às suas origens. -
2:15 - 2:17A própria ilegalidade
da feitura dos "graffiti" -
2:17 - 2:19que os forçava à clandestinidade
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2:19 - 2:23também aumentou o interesse
e a base crescente de seguidores. -
2:23 - 2:27A questão do espaço e da posse
é fundamental na história dos "graffiti". -
2:27 - 2:32A sua evolução contemporânea andou
de braço dado com cenas de contracultura. -
2:32 - 2:36Embora estes movimentos erguessem
as suas vozes contra as instituições, -
2:36 - 2:38os artistas de "graffiti"
também desafiavam -
2:38 - 2:40as fronteiras instituídas
da propriedade pública. -
2:40 - 2:42Reclamavam as carruagens do metro,
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2:42 - 2:43os cartazes,
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2:43 - 2:47e chegaram ao ponto de pintarem
um elefante no zoo da cidade. -
2:47 - 2:50Os movimentos políticos também
usaram a escrita nas paredes -
2:50 - 2:52para espalharem visualmente
as suas mensagens. -
2:52 - 2:53Durante a II Guerra Mundial,
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2:53 - 2:56tanto o Partido Nazi
como os grupos da resistência -
2:56 - 2:58cobriram paredes com propaganda.
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2:58 - 3:01E os "graffiti" de um lado só
do Muro de Berlim -
3:01 - 3:04podem ser considerados
como um símbolo gritante de repressão -
3:04 - 3:07em comparação com o acesso público
relativamente sem restrições. -
3:07 - 3:09À medida que os movimentos
contracultura -
3:09 - 3:11associados aos "graffiti"
se tornaram vulgares -
3:11 - 3:15os "graffiti" também passaram
a ser aceites? -
3:15 - 3:19Desde a criação dos chamados
sindicatos de "graffiti" nos anos 70, -
3:19 - 3:22e a aceitação de artistas de "graffiti"
selecionados, -
3:22 - 3:24em galerias de arte, 10 anos depois,
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3:24 - 3:29os "graffiti" ultrapassaram a linha
entre estarem fora e dentro do aceitável. -
3:29 - 3:33A apropriação dos estilos de "graffiti"
por comerciantes e tipógrafos -
3:33 - 3:35tornou esta definição ainda mais difusa.
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3:35 - 3:38As parcerias, outrora impensáveis,
de artistas de "graffiti" -
3:38 - 3:40com museus e marcas tradicionais,
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3:40 - 3:43tiraram esses artistas da clandestinidade
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3:43 - 3:44para as luzes da ribalta.
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3:44 - 3:47Embora os "graffiti"
estejam ligados a destruição, -
3:47 - 3:51são também um meio
de expressão artística sem restrições. -
3:51 - 3:53Hoje, continua o debate
sobre as fronteiras -
3:53 - 3:55entre a desfiguração
e o embelezamento. -
3:55 - 3:57Entretanto, os artistas de "graffiti"
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3:57 - 4:00põem em causa o consenso habitual
sobre o valor da arte -
4:00 - 4:03e até que ponto há espaços
que podem ter dono. -
4:03 - 4:05Quer com "sprays", com rabiscos
ou com gravações, -
4:05 - 4:08os "graffiti" trazem à superfície
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4:08 - 4:11estas questões de propriedade
e de aceitabilidade.
- Title:
- Uma breve história dos "graffiti" — Kelly Wall
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Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/a-brief-history-of-graffiti-kelly-wall
Carruagens de metro pintadas com "sprays", pontes com floreados, paredes cobertas de murais — os "graffiti" surgem ousados por toda a parte nas cidades. Acontece que não é nenhuma novidade. Os "graffiti" sempre existiram há milhares de anos. E durante todo esse tempo, levantaram as mesmas questões que hoje debatemos: É arte? É vandalismo? Kelly Wall descreve a história dos "graffiti".
Lição de Kelly Wall, animação de Tomás Pichardo Espaillat.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:32
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for A brief history of graffiti - Kelly Wall | ||
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for A brief history of graffiti - Kelly Wall | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for A brief history of graffiti - Kelly Wall | ||
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