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Chegar já amada | Mariah Fenton Gladis | TEDxAsburyPark

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    Mariah Fenton Gladis: (Inaudível)
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    Ron Gladis: Eu dou novo
    significado ao termo:
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    MAM
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    RG: "Mulher de Alta Manutenção".
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    (Risos)
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    Quando eu tinha dois anos e meio,
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    minha mãe expulsou meu pai de casa.
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    Eu nunca mais o vi ou soube dele.
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    Ela disse que ele não queria
    se lembrar de ter tido uma filha.
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    Sozinha, acima do peso
    e guardando segredos,
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    meu estrago emocional foi evidente.
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    Dezoito anos mais tarde,
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    minha mãe recebeu a notícia
    que meu pai tinha morrido,
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    e que alguém precisava
    reivindicar o corpo.
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    Sem pensar, eu disse: "Eu vou".
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    Então, fui para Nova Iorque,
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    procurei por um bar
    perto do apartamento dele
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    para encontrar alguém
    que pudesse reconhecê-lo.
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    Mais tarde naquele dia,
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    perguntei ao locador do imóvel
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    se eu poderia entrar no apartamento.
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    Subimos três lances de escadas que rangiam
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    até a sua porta.
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    Eu estava com medo
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    e me sentindo desorientada
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    ao entrar na casa
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    do homem que me fez falta
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    por toda a minha vida.
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    No seu quarto,
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    ao abrir a primeira gaveta,
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    encontrei uma aliança de casamento,
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    minha foto de formatura
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    e um envelope branco
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    escrito: "Primeiro corte
    de cabelo da Mariah".
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    E dentro havia um cacho
    do meu cabelo ruivo.
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    Eu fiquei paralisada.
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    Senti um abalo sísmico
    na minha identidade.
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    Passei anos escutando
    minha voz interior dizer:
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    "Você não é boa o suficiente,
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    bonita o suficiente,
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    magra o suficiente.
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    Nenhum homem vai te amar".
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    Eu me dei conta
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    que, para meu pai,
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    eu era sua preciosa filha perdida.
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    Isso me mudou para sempre.
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    Como psicoterapeuta por 40 anos,
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    eu sei
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    que quando não nos sentimos
    dignos de amor e de valor,
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    nossa vida perde o brilho.
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    Essa falta de apoio próprio
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    e de amor próprio
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    gera profunda solidão,
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    vergonha
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    e falta de esperança.
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    Precisamos criar uma vida interior,
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    uma casa,
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    para onde sempre possamos retornar
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    quando precisarmos de apoio
    e aceitação incondicional.
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    Eu chamo isso de "chegar já amado
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    por você mesmo".
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    Então, se você cair,
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    você será o primeiro
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    a se ajudar a levantar.
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    Em 1981,
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    eu caí
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    feio.
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    Fui diagnosticada
    com esclerose lateral amiotrófica,
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    e disseram que eu tinha 10% de chance
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    de viver por mais dois anos.
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    Mais tarde naquele dia,
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    este homem,
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    (Risos)
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    Ron,
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    meu herói,
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    me pediu em casamento.
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    (Aplausos)
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    Uma sentença de morte
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    e um pedido de casamento
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    (Risos)
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    no mesmo dia!
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    (Risos)
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    Uau!
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    Eu sabia que, para garantir
    minha melhor chance de sobrevivência
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    eu precisava me livrar da autocrítica,
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    da culpa e do remorso.
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    Eu precisava de uma relação
    íntima de compaixão
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    com todas as células do meu corpo
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    até o fim.
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    E eu precisava falar para mim mesma,
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    como falaria para uma criança querida:
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    "Mariah, eu te amo
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    e estarei nisso com você
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    todos os dias,
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    até seu último suspiro".
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    Essa saudável conversa interior
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    tem um grande poder transformador
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    para todos nós.
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    Há 36 anos,
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    se eu tivesse me reconhecido
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    como uma morta que ainda andava,
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    sei que não estaria aqui hoje.
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    Decidi tornar como prática diária,
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    chegar aqui, ali e em todos os lugares,
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    já amada.
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    Vou deixá-los com esta reflexão:
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    se eu e você
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    déssemos os braços
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    e andássemos juntos
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    durante um dia na vida,
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    com você me sussurrando
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    todos os seus pensamentos,
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    eu teria um dia bom?
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    (Risos)
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    Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Chegar já amada | Mariah Fenton Gladis | TEDxAsburyPark
Description:

Quando Mariah foi diagnosticada com ELA (esclerose lateral amiotrófica), soube que, se ela se reconhecesse como uma pessoa morta que ainda andava, estaria contribuindo para seu próprio declínio. Ela se dedicou a fazer tudo o que podia com relação à doença, mas manteve a esclerose como pano de fundo, sem obscurecer as coisas que mais lhe importavam: família, trabalho e colegas. Mariah se mantém orientada pelo sentido de viver e hoje se identifica como esposa, mãe, nova avó e profissional. Sua palestra é sobre compreender a importância da relação consigo mesmo e sobre as qualidades necessárias para desenvolver essa conexão interior.

Mariah é uma sobrevivente da ELA por 36 anos, ativista, palestrante motivacional, ganhadora de prêmios de psicoterapia e fundadora/diretora do Centro Gestalt de Psicoterapia e Treinamento, localizado em Malvern, na Pensilvânia. Ela se dedica a inspirar outros a criarem relacionamentos positivos para melhorarem pessoal e profissionalmente. Mariah é autora do livro "Tales of a Wounded Healer" (Contos de uma Curadora Ferida), uma descrição íntima da sua vida e obra.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma
comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:49

Portuguese, Brazilian subtitles

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