Como os cachorros nos amam | Gregory Berns | TEDxAtlanta
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0:18 - 0:20Quantos de vocês são fãs de cachorro?
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0:20 - 0:22Levantem a mão.
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0:22 - 0:23Excelente!
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0:23 - 0:25E quanto aos fãs de gatos?
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0:25 - 0:27Certo, vocês podem ir
para o intervalo mais cedo. -
0:27 - 0:29(Risos)
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0:30 - 0:32Então, dos amantes de cachorros
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0:32 - 0:35e dos amantes de gatos
que querem ser amantes de cães, -
0:35 - 0:36(Risos)
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0:36 - 0:37quantos de vocês já pensaram:
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0:37 - 0:41"Não seria incrível saber
o que meu cão está pensando?" -
0:42 - 0:46Acho que sabemos o que nossos cães
estão pensando, certo? -
0:48 - 0:50Eu comecei um projeto,
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0:50 - 0:53e vou contar um pouquinho...
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0:54 - 0:58É basicamente uma história estúpida
sobre truques de cachorro. -
0:58 - 1:01Começou com este cão, chamado Newton,
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1:01 - 1:04que era meu cão favorito, na verdade.
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1:04 - 1:08Eu tive vários ao longo da vida,
mas Newton era o meu favorito, -
1:08 - 1:11e ele viveu até os 15 anos.
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1:11 - 1:14Depois que ele faleceu, eu pensei
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1:14 - 1:18que uso a ressonância magnética há décadas
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1:18 - 1:23para estudar tomada de decisões humanas
e o que motiva as pessoas. -
1:23 - 1:25Por que não usamos isso em outros animais?
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1:25 - 1:27Com certeza, os outros animais
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1:27 - 1:31têm muitos dos sentimentos
e motivações que as pessoas têm. -
1:31 - 1:35Mas essa é uma área da ciência
que as pessoas não gostam de abordar. -
1:36 - 1:39Então, comecei esse projeto
cerca de quatro anos atrás -
1:39 - 1:44para descobrir o que os cães pensam,
especialmente o que pensam sobre nós. -
1:46 - 1:48Quando falamos em humanos,
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1:48 - 1:52temos duas formas de saber
o que as pessoas estão pensando: -
1:52 - 1:55podemos perguntar a elas,
e às vezes elas nos dirão, -
1:55 - 2:00se souberem, e se quiserem
que saibamos o que estão pensando; -
2:00 - 2:03ou podemos observar ações,
nós podemos observar comportamentos, -
2:03 - 2:07tentar deduzir o que estão pensando
por meio de suas ações. -
2:09 - 2:13Com animais, e cachorros,
não podemos perguntar. -
2:13 - 2:15Podemos perguntar,
e achar que eles nos respondem, -
2:15 - 2:18mesmo assim, não sabemos
o que estão pensando. -
2:18 - 2:20Então só nos sobram seus comportamentos:
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2:20 - 2:24podemos observar suas ações
e tentar inferir o que estão pensando. -
2:25 - 2:30Esse é o princípio do behaviorismo,
e existe desde Pavlov. -
2:31 - 2:34Mas há algumas complicações nisso,
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2:34 - 2:38e, como humanos,
tentamos antropomorfizar tudo. -
2:39 - 2:40É mais ou menos nessa área
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2:40 - 2:43que me tornei muito intrigado
com a possibilidade -
2:43 - 2:48de tentar descobrir o que os cães pensam,
por meio da ressonância magnética. -
2:50 - 2:53A técnica é simples. Existe há décadas.
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2:53 - 2:57A ideia é: se estivéssemos
estudando um humano, -
2:57 - 3:00o colocaríamos na máquina,
fazendo alguma tarefa específica, -
3:00 - 3:03e mediríamos seu fluxo sanguíneo,
ou atividade cerebral, -
3:03 - 3:06e tentaríamos descobrir quais partes
do cérebro estão trabalhando. -
3:06 - 3:09Simples, tendo um aparelho de ressonância,
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3:09 - 3:12não é extremamente agradável,
mas as pessoas fariam. -
3:13 - 3:17Como fazer isso com outros animais?
Como fazer com um cachorro? -
3:18 - 3:21Vou mostrar o que descobrimos.
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3:21 - 3:22Aqui está um vídeo curto.
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3:22 - 3:27É o nosso vídeo sobre treinamento
e demonstra como fizemos isso. -
3:27 - 3:28Antes de começar,
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3:28 - 3:30vocês verão dois cachorros neste vídeo.
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3:30 - 3:33A primeira é minha cadela, Callie.
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3:33 - 3:36A substituta do Newton.
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3:36 - 3:39Ela foi adotada aqui em Atlanta,
num abrigo de cães. -
3:39 - 3:43Amávamos tanto o Newton,
que nunca poderíamos ter um outro pug. -
3:43 - 3:45Então Callie é um "antipug".
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3:46 - 3:49A outra cadela é a Mckenzie,
uma border collie. -
3:50 - 3:52Vamos começar,
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3:52 - 3:54irei falando enquanto assistimos.
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3:54 - 3:57[Callie - Conhecendo o equipamento]
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3:57 - 3:58Este é o Mark Spivak,
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3:58 - 4:02meu colega nesse desafio,
um treinador de cães. -
4:02 - 4:04Primeiro, precisávamos descobrir
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4:04 - 4:07como fazer os cães entrarem no tubo,
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4:07 - 4:11colocar uma bobina em volta de sua cabeça
para captar as ondas cerebrais, -
4:11 - 4:13e deixá-los absolutamente parados.
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4:14 - 4:18Estamos vendo que Callie
não é muito obediente; -
4:18 - 4:21ela não tem nenhuma habilidade especial.
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4:24 - 4:28Mas tem uma ótima característica:
ela gosta de cachorro-quente. -
4:30 - 4:33Mark está fazendo
um adestramento com som. -
4:33 - 4:35Toda vez que ela chega perto
do que queremos que faça -
4:35 - 4:38ele aperta o clique
e ela ganha um cachorro-quente. -
4:39 - 4:41Esta é a primeira vez
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4:41 - 4:44que ela é apresentada à bobina de cabeça,
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4:44 - 4:46nós não sabíamos, nesse momento,
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4:46 - 4:48se isso seria possível.
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4:48 - 4:50[McKenzie - Conhecendo o equipamento]
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4:50 - 4:53McKenzie, a border collie,
é altamente treinada. -
4:53 - 4:55Ela aprende com rapidez,
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4:55 - 5:01e sua dona, como vemos,
a coloca na bobina rapidamente. -
5:02 - 5:05(Vídeo) Dona: Boa garota!
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5:05 - 5:07Sim!
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5:08 - 5:09Está muito para frente?
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5:09 - 5:11Gregory Berns: Sim,
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5:11 - 5:18queremos que a caixa cerebral
fique no centro, bem ai. -
5:18 - 5:19Ótimo.
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5:19 - 5:23(Palco) Gregory Berns: Se já fizeram
uma ressonância magnética, -
5:23 - 5:26sabem que nos pedem
para ficarmos parados, certo? -
5:26 - 5:28Esse é o grande desafio.
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5:28 - 5:31[Mckzenzie - Sem descanso para o queixo]
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5:31 - 5:35Eu não sabia se seria
possível, até ver isso. -
5:35 - 5:39Isso foi depois de treinar
por cinco minutos. -
5:46 - 5:49Quando eu vi, soube que seria possível.
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5:54 - 5:58[Callie - Treinando
com descanso de queixo] -
5:58 - 6:02O que vocês viram McKenzie fazer
era bom, mas não o bastante. -
6:02 - 6:04O que buscávamos,
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6:04 - 6:08se quiséssemos obter informações
que se comparassem às humanas... -
6:08 - 6:13(Vídeo) GB: Você é perfeita!
Excelente! Bom trabalho! -
6:13 - 6:16(Palco) GB: Mark disse que eu teria
que ser mais demonstrativo -
6:16 - 6:17do que costumo ser.
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6:17 - 6:20(Risos)
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6:20 - 6:22(Vídeo) GB: Perfeito! Sim!
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6:22 - 6:24(Risos)
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6:27 - 6:30(Palco) GB: percebam que colocamos
um pequeno descanso para o queixo -
6:30 - 6:34porque tínhamos que dar aos cães
um apoio para a cabeça. -
6:34 - 6:37McKenzie se adapta a ele rapidamente.
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6:37 - 6:41Ela está em um aparelho que simula o real.
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6:42 - 6:43Está indo muito bem,
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6:43 - 6:46mas isso ainda é muito movimento.
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6:47 - 6:52A parte mais complicada
é o barulho da máquina, -
6:52 - 6:53que escutam no fundo do vídeo.
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6:53 - 6:57Essas são gravações que fizemos
para acostumar os cães no treinamento -
6:58 - 7:00É bem alto.
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7:00 - 7:03Então colocamos um volume baixo
para acostumá-los. -
7:03 - 7:05Mas, na verdade, é perto de 95 decibéis,
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7:05 - 7:07como uma britadeira.
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7:07 - 7:10(Vídeo) GB: Isso mesmo!
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7:10 - 7:13(Palco) GB: Isso é após cerca de um
ou dois meses de treinamento. -
7:13 - 7:14[Callie - Treinamento com escâner]
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7:14 - 7:17Nesse momento estamos
na sala de ressonância magnética. -
7:18 - 7:23Esse é provavelmente
o treinamento mais caro já realizado. -
7:23 - 7:26(Risos)
-
7:26 - 7:30São cerca de US$ 500
por uma hora de uso do aparelho. -
7:32 - 7:34(Risos)
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7:37 - 7:40Mas tínhamos que usar a máquina real
em algum momento. -
7:40 - 7:44Ainda não sabíamos como os cães
reagiriam ao campo magnético. -
7:46 - 7:49O principal ponto que eu quero que reparem
-
7:49 - 7:54é que estavam fazendo de boa vontade,
estavam se divertindo. -
7:54 - 7:56Esse é o grande objetivo do projeto.
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7:58 - 8:01Nós tratamos os animais
como membros da família. -
8:01 - 8:03Não os sedamos nem os amarramos.
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8:03 - 8:05[Callie - Treinamento final]
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8:05 - 8:07Isso é cerca de dois meses de treinamento.
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8:07 - 8:10Fizemos algumas modificações
no descanso do queixo, -
8:11 - 8:14até um cão de abrigo,
como Callie, pode fazer isso. -
8:14 - 8:16[Apoio do queixo, protetor de ouvido,
tubo, sinais manuais] -
8:16 - 8:20Se olharem bem, verão
que ela está usando protetores de ouvido. -
8:22 - 8:23Isso é muito importante,
-
8:23 - 8:27porque o escâner é barulhento
e o ouvido canino é bem sensível. -
8:29 - 8:30[Isso significa "cachorro-quente"]
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8:30 - 8:32Outra coisa que fizemos...
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8:32 - 8:35(Risos)
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8:37 - 8:39Sério, isso é experimento científico.
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8:39 - 8:40(Risos)
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8:40 - 8:43[Isso significa "sem cachorro-quente"]
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8:46 - 8:48Esse é o vídeo de treinamento.
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8:48 - 8:51Começamos com os sinais
"com cachorro-quente, sem cachorro-quente" -
8:51 - 8:53porque não sabíamos se iria funcionar,
-
8:53 - 8:56então vimos que precisávamos
de algo bem simples. -
8:56 - 9:00Esse é um clássico
condicionamento pavloviano, -
9:00 - 9:02em que ensinamos dois sinais de mão:
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9:02 - 9:04este é "cachorro-quente",
e este "sem cachorro-quente". -
9:05 - 9:07Se a técnica funcionar,
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9:07 - 9:12o que veremos serão atividades
no sistema de recompensa do cérebro -
9:12 - 9:15neste primeiro sinal, mas não neste.
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9:16 - 9:20Também preparei uma apresentação.
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9:20 - 9:22Quando começamos esse projeto,
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9:22 - 9:24se espalhou pela comunidade
de Atlanta a notícia -
9:24 - 9:28de que estávamos fazendo escaneamentos
loucos nos cérebros de cães. -
9:28 - 9:29Procurávamos por voluntários,
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9:29 - 9:34por pessoas que gostassem de treinar
e tivessem cães bem comportados. -
9:34 - 9:35Isso ainda continua.
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9:35 - 9:39Se você tem um cão que pode realizar isso,
ou você acredita que pode, me procurem. -
9:39 - 9:43Porque o projeto não acabou, ele cresceu.
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9:45 - 9:47Vocês viram os vídeos preliminares.
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9:47 - 9:51Esta é uma das minhas fotos favoritas,
é como se captasse... -
9:51 - 9:54esse foi o primeiro dia
em que fizemos o escaneamento real. -
9:54 - 9:56Esta foto captura a confusão humana.
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9:56 - 10:01Estávamos perdidos,
tentando adivinhar como iríamos fazer. -
10:01 - 10:05Mas Callie sabia, tinha sido treinada,
estava fazendo isso há dois meses; -
10:05 - 10:07então ela estava pronta.
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10:08 - 10:12A cabeça amarrada é apenas para manter
os protetores de ouvido no lugar. -
10:13 - 10:15Esta é a visão olhando pelo outro lado,
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10:15 - 10:17pelo outro lado da máquina.
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10:17 - 10:21Este é um cachorro chamado Zen.
Um labrador com golden retriever amarelo. -
10:25 - 10:30O que estudávamos, no início,
era o sistema de resposta à recompensa. -
10:30 - 10:33Muito simples,
tínhamos dois sinais de mão, -
10:33 - 10:36e queríamos comparar
a resposta do cérebro a cada um deles. -
10:39 - 10:42Como falei, temos muitos cães
fazendo isso agora, -
10:42 - 10:44não apenas cachorros de abrigo.
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10:44 - 10:47Temos cães de assistência,
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10:47 - 10:51cachorros de abrigos,
na verdade de todas as raças. -
10:52 - 10:54Antes de mostrar alguns resultados
-
10:54 - 10:57quero dizer uma coisa
sobre a anatomia do cérebro. -
10:58 - 11:02O cérebro canino...
Esta imagem não está em escala. -
11:02 - 11:08O cérebro canino é mais ou menos
do tamanho de uma ameixa ou de um limão, -
11:08 - 11:10dependendo do tamanho do cachorro.
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11:10 - 11:14Não é grande, mesmo se for
um cão de grande porte, -
11:14 - 11:18a maior parte da cabeça são músculos,
tenham em mente isso. -
11:18 - 11:20Mas gosto de apresentar esse slide
-
11:20 - 11:24porque mostra a semelhança
dos cérebros dos animais. -
11:24 - 11:27Logo podem perceber
estruturas semelhantes. -
11:27 - 11:32à direita, essa estrutura é o cerebelo,
-
11:32 - 11:35que controla vários tipos de movimentos,
-
11:35 - 11:38abaixo dele está o tronco cerebral.
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11:38 - 11:40Na verdade a parte do cérebro
que é diferente -
11:40 - 11:42é o que chamamos de córtex cerebral.
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11:42 - 11:45É essa parte superior, com dobras.
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11:45 - 11:48As diferenças entre o cérebro
dos cães e dos humanos -
11:48 - 11:52são em relação ao tamanho do córtex
e sua quantidade de dobras. -
11:52 - 11:57As dobras conseguem conter
maior área de superfície cerebral -
11:57 - 11:59em um determinado volume.
-
11:59 - 12:00De modo geral,
-
12:00 - 12:03quanto mais dobras o cérebro
tiver, maior área de superfície, -
12:03 - 12:05maior é a capacidade mental,
se preferirem. -
12:06 - 12:10Há muitas semelhanças
e algumas diferenças. -
12:10 - 12:13Estou mais interessado nas semelhanças.
-
12:13 - 12:17Porque, se fossemos ter uma convergência
de experimentos com cães -
12:17 - 12:19e outros animais,
-
12:19 - 12:23as estruturas cerebrais
têm que ser as mesmas ou similares. -
12:23 - 12:26Darwin afirmou isso há 150 anos.
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12:27 - 12:30Como são os resultados?
-
12:30 - 12:34Esta é uma forma breve
de resumir o experimento -
12:34 - 12:38que mostrei em que os cães
recebem dois sinais de mãos, -
12:38 - 12:41e temos uma média de resultados
em relação a 12 cachorros, -
12:41 - 12:45acho que realizamos
o experimento com 20 cães. -
12:46 - 12:47As partes laranjas mostram
-
12:47 - 12:52quais partes do cérebro
são mais ativas ao sinal de recompensa, -
12:52 - 12:54ao sinal de cachorro-quente.
-
12:55 - 12:56O que quero enfatizar
-
12:56 - 13:01é que a resposta cerebral
não é direcionada ao cachorro-quente, -
13:01 - 13:04e sim ao sinal que significa
"cachorro-quente". -
13:05 - 13:08Podem pensar que isso
não é relevante; é cachorro-quente. -
13:08 - 13:11Não é de se surpreender
que cachorros gostem deles. -
13:11 - 13:13Mas é uma coisa importante
porque treinamos esse sinal. -
13:13 - 13:19Os cachorros aprenderam a representação
simbólica de um cachorro-quente -
13:19 - 13:21e aprenderam a reconhecer
esse significado. -
13:23 - 13:27As partes do cérebro que estão ativas
são as áreas de recompensas. -
13:27 - 13:29Há duas áreas mais intensas.
-
13:29 - 13:32Há uma maior atividade,
-
13:32 - 13:34na área do cérebro chamada córtex nuclear.
-
13:34 - 13:38É uma parte que todos mamíferos têm,
-
13:38 - 13:41essa área possui maior número
de receptores de dopamina no cérebro. -
13:41 - 13:46O ponto principal que liga
recompensa e motivação à ação. -
13:46 - 13:50Normalmente, quando ela está ativa
no humano ou em outro animal, -
13:50 - 13:52significa que algo importante aconteceu,
-
13:52 - 13:55e o animal precisa agir.
-
13:55 - 13:58Nesse caso é simples,
eles irão comer o cachorro-quente. -
14:00 - 14:03Bem, e daí?
-
14:03 - 14:06Provamos que cérebros caninos
gostam de cachorro-quente. -
14:08 - 14:10Esse foi só o começo.
-
14:10 - 14:13Isso começou há quatro anos,
-
14:13 - 14:17desde então continuamos
e fizemos várias outras experiências. -
14:17 - 14:23A maior parte dos cães desta foto
ainda está no projeto. -
14:23 - 14:25Nós fizemos experimentos para saber
-
14:25 - 14:30como funciona o olfato,
ou o sistema canino para o odor, -
14:30 - 14:33como identificam pessoas diferentes,
-
14:33 - 14:36e outros cães em seu lar pelo cheiro.
-
14:36 - 14:40Uma das coisas que descobrimos,
no sistema de recompensa: -
14:40 - 14:42a mesma parte do cérebro é ativada
-
14:42 - 14:45quando o cão sente o cheiro
de uma pessoa familiar, -
14:45 - 14:47mesmo que esse humano não esteja presente.
-
14:48 - 14:51Isso mostra que os cães
têm representações para nós -
14:51 - 14:53ou para as nossas identidades,
-
14:53 - 14:56que persistem quando
não estamos presentes. -
14:56 - 15:00Quando me perguntam:
"Os cães sentem nossa falta?", -
15:00 - 15:05tenho que dizer que sim, há evidências
de que lembram de seus humanos, -
15:05 - 15:06de que se importam com a gente,
-
15:06 - 15:09e isso é ligado ao sistema
de resposta às recompensas. -
15:11 - 15:13Isso continua sendo
apenas cachorro-quente? -
15:14 - 15:17Para responder isso,
uma das outras coisas que fizemos -
15:17 - 15:19foi repetir o experimento,
-
15:19 - 15:22em que mostramos diferentes sinais de mão.
-
15:22 - 15:27Com uma pequena diferença:
mudamos quem fazia os sinais. -
15:27 - 15:30Faz diferença se são os donos
dos cachorros que fazem o sinal? -
15:30 - 15:32Pode um estranho fazer os sinais?
-
15:32 - 15:35Ou ainda, pode um computador fazê-los?
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15:35 - 15:40Porque, se acreditam em Pavlov e em todos
os behavioristas que vieram depois, -
15:40 - 15:41isso não deveria importar,
-
15:41 - 15:47porque qualquer sinal que indica
uma recompensa em comida é igual, -
15:47 - 15:51se os animais e cães
forem como uma espécie de robôs. -
15:51 - 15:53Na verdade, achamos uma diferença.
-
15:53 - 15:58O interessante é que nem todos
os cães são iguais. -
15:58 - 16:03Por exemplo, Callie teve uma resposta
muito maior nessa área do cérebro -
16:03 - 16:06quando um estranho ou mesmo
um computador fazia os sinais -
16:06 - 16:07e não eu!
-
16:07 - 16:10(Risos)
-
16:11 - 16:13Outros cachorros no projeto,
-
16:13 - 16:17alguns dos golden retrievers
do laboratório podem ter o padrão oposto, -
16:17 - 16:21tiveram as maiores respostas
com seus donos. -
16:23 - 16:24Isso é muito interessante
-
16:24 - 16:28porque nos oferece um biomarcador
-
16:28 - 16:31do perfil de personalidade canina.
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16:31 - 16:34Com isso, geramos um novo projeto
-
16:34 - 16:37com o qual estamos muito animados.
-
16:37 - 16:38Nós nos associamos
-
16:38 - 16:40com a Canine Companions for Independence,
-
16:40 - 16:46que é a maior organização
de treinamento de cães no país. -
16:46 - 16:51Se conhecem cães de serviço, sabem
que é muito difícil de treiná-los. -
16:51 - 16:55O treinamento é caro
e a taxa de sucesso é baixa. -
16:55 - 16:59Cerca de 35% dos cães
que entram no programa -
16:59 - 17:02para serem treinados como cães
de assistência conseguirão; -
17:02 - 17:07os outros 2/3 serão liberados e adotados.
-
17:07 - 17:09Então, nos associamos ao CCI,
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17:09 - 17:14e eles estão treinando seus cães
para passar pela ressonância. -
17:14 - 17:19Tentaremos prever quais dos cães
serão bons animais de assistência. -
17:21 - 17:23Eu amo esse projeto
-
17:23 - 17:26porque, mesmo que tenhamos começado
-
17:26 - 17:29com apenas meu exemplo bobo
de tentar entender -
17:29 - 17:32o que meus cães pensam,
e se eles me amam, -
17:32 - 17:33isso se tornou muito maior.
-
17:34 - 17:37Cachorros são especiais.
-
17:37 - 17:40Foram os primeiros animais
a serem domesticados. -
17:40 - 17:43Eles acompanham os humanos
desde que os humanos são humanos. -
17:44 - 17:48Olhar para seu cérebro
é como olhar para o passado, -
17:48 - 17:53nos dá uma dica de como a ligação
cão-humano foi formada. -
17:53 - 17:54Obrigado.
-
17:54 - 17:56(Aplausos)
- Title:
- Como os cachorros nos amam | Gregory Berns | TEDxAtlanta
- Description:
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Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
Você já imaginou no que seu cachorro está pensando? Será que ele realmente sente sua falta? Finalmente temos a resposta, graças à tecnologia de ressonância magnética.
O dr. Gregory Berns revela como nossa mente funciona, nos ajudando, com isso, a explorar conexões desconhecidas. Usando avançadas tecnologias de imagens cerebrais em sua extensa pesquisa, dr. Gregory Berns nos auxilia a entender a motivação humana e o processo de tomada decisão. Seu trabalho mais recente explora e detalha como os cães nos amam, revelando a empatia e os laços que temos. Sua pesquisa é assunto de cobertura midiática, incluindo artigos no The New York Times, Wal Street Journal, Money, Oprah, Forbes, The Financial Times, Wired, The New Scientists e International Herald Tribune. Ele é autor do bestseller do New York Times "How dog loves us" e frequentemente dá entrevistas à CNN e NPR.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:03
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander accepted Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Rowena Esteves edited Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta | ||
Claudia Sander declined Portuguese, Brazilian subtitles for How dogs love us | Gregory Berns | TEDxAtlanta |