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A batalha pelo poder na Internet | Bruce Schneier | TEDxCambridge

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    Estamos no meio de uma batalha
    épica pelo poder no ciberespaço.
  • 0:17 - 0:19
    De um lado, há o poder tradicional,
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    poderes institucionais organizados,
  • 0:21 - 0:24
    como governos e grandes
    corporações multinacionais.
  • 0:24 - 0:28
    De outro, o poder distribuído,
    tanto a parte boa quanto a ruim:
  • 0:28 - 0:30
    movimentos populares,
    grupos de dissidentes,
  • 0:30 - 0:32
    hackers, criminosos...
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    No início, a Internet deu poderes
    a esses grupos distribuídos.
  • 0:36 - 0:38
    Proporcionou-lhes coordenação e eficiência
  • 0:38 - 0:40
    e fez com que se sentissem invencíveis.
  • 0:41 - 0:44
    Hoje, os poderes tradicionais estão
    de volta, e ganhando de goleada.
  • 0:44 - 0:48
    Então, hoje queria contar a história
    da luta entre esses dois poderes.
  • 0:48 - 0:52
    Quem vence e como nossa sociedade
    vai sobreviver a essa batalha.
  • 0:54 - 0:55
    Voltando aos primórdios da Internet,
  • 0:55 - 0:58
    falava-se muito sobre suas leis naturais:
  • 0:58 - 1:01
    como a censura seria impossível,
    o anonimato seria fácil,
  • 1:01 - 1:04
    a polícia não teria pistas
    dos crimes cibernéticos...
  • 1:04 - 1:06
    A rede era fundamentalmente internacional
  • 1:06 - 1:08
    e estabeleceria uma nova ordem mundial.
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    Blocos de poderes tradicionais subjugados,
  • 1:10 - 1:12
    as massas empoderadas,
  • 1:12 - 1:14
    a liberdade disseminada pelo mundo,
  • 1:14 - 1:16
    e isso tudo seria inevitável.
  • 1:16 - 1:18
    Era uma visão utópica,
  • 1:18 - 1:21
    mas parte disso, de fato, aconteceu:
  • 1:21 - 1:24
    na publicidade, no entretenimento,
    na grande mídia,
  • 1:24 - 1:26
    na organização política,
  • 1:26 - 1:29
    na captação coletiva
    de financiamento e de recursos...
  • 1:29 - 1:31
    As mudanças foram dramáticas.
  • 1:31 - 1:34
    O eBay realmente ajudou
    a padronizar os sótãos do mundo.
  • 1:34 - 1:37
    (Risos)
  • 1:37 - 1:41
    E o Facebook e o Twitter de fato
    ajudaram a derrubar governos.
  • 1:42 - 1:45
    Mas esse foi apenas um lado
    do caráter revolucionário da Internet.
  • 1:45 - 1:48
    Ela também tornou o poder
    tradicional mais poderoso.
  • 1:49 - 1:50
    No mundo corporativo,
  • 1:50 - 1:53
    duas tendências sobressaíram.
  • 1:53 - 1:56
    A primeira, a escalada
    da computação na nuvem
  • 1:56 - 1:58
    significa a perda do controle
    dos nossos dados:
  • 1:58 - 2:03
    nossos e-mails, fotos, calendário,
    agenda, mensagens, documentos,
  • 2:03 - 2:06
    agora estão em servidores
    do Google, da Apple,
  • 2:06 - 2:08
    da Microsoft, do Facebook, e outros.
  • 2:09 - 2:12
    A segunda, o fato de acessarmos
    cada vez mais os nossos dados
  • 2:12 - 2:15
    de dispositivos rigorosamente
    controlados pelos fabricantes.
  • 2:15 - 2:18
    Pensem no seu iPhone, no seu iPad,
    no seu celular Android,
  • 2:18 - 2:20
    no seu Kindle, no seu Chromebook...
  • 2:21 - 2:24
    E mesmo os novos computadores
    OSS - Microsoft e Apple -
  • 2:24 - 2:27
    caminham na direção
    de um menor controle pelo usuário.
  • 2:28 - 2:31
    E essas duas tendências aumentam
    o poder das corporações,
  • 2:31 - 2:34
    dando a elas mais controle
    sobre nossos dados
  • 2:34 - 2:36
    e, consequentemente, sobre nós mesmos.
  • 2:36 - 2:39
    O poder governamental também
    está aumentando na Internet.
  • 2:40 - 2:43
    Nunca houve tanta vigilância
    por parte do governo como hoje.
  • 2:43 - 2:45
    Sabemos hoje que a NSA
    está espionando todo o planeta.
  • 2:45 - 2:46
    (Risos)
  • 2:46 - 2:48
    Há mais censura do que jamais houve.
  • 2:48 - 2:49
    Há mais propaganda.
  • 2:49 - 2:52
    Mais governos controlam o que os usuários
  • 2:52 - 2:54
    podem ou não podem fazer na Internet.
  • 2:55 - 2:58
    Governos totalitários usam a Internet
    como forma de dominação.
  • 2:59 - 3:02
    E muitos países usam a guerra cibernética
    para justificar esse controle.
  • 3:04 - 3:07
    Tanto nas corporações quanto nos governos,
  • 3:07 - 3:09
    o poder tradicional na Internet é enorme.
  • 3:10 - 3:13
    E, em muitos casos,
    os interesses estão alinhados.
  • 3:14 - 3:16
    A vigilância é o modelo
    de negócio da Internet,
  • 3:16 - 3:20
    e a vigilância empresarial
    dá aos governos acesso a dados
  • 3:20 - 3:22
    que não seriam obtidos de outra forma.
  • 3:22 - 3:25
    Praticamente é uma parceria
    público-privada de vigilância.
  • 3:26 - 3:28
    Então, o que aconteceu?
  • 3:28 - 3:32
    Como falhamos, nos primórdios
    da Internet, em prever seu futuro?
  • 3:33 - 3:37
    A verdade é que a tecnologia
    amplifica o poder em geral,
  • 3:37 - 3:40
    mas as formas de adesão são diferentes.
  • 3:41 - 3:44
    Os grupos populares conseguem usar
    as novas tecnologias mais rapidamente.
  • 3:44 - 3:46
    Eles são pequenos, mas ágeis;
  • 3:46 - 3:48
    não são atravancados pela burocracia
  • 3:48 - 3:51
    nem, às vezes, pelas leis ou pela ética,
  • 3:51 - 3:53
    e conseguem se adaptar mais rápido.
  • 3:53 - 3:55
    E, quando tais grupos
    descobriram a Internet,
  • 3:55 - 3:57
    eles, de repente, adquiriram poder.
  • 3:57 - 3:59
    Foi uma mudança importante.
  • 4:00 - 4:02
    Vimos isso no comércio eletrônico.
  • 4:02 - 4:04
    Tão logo a Internet começou
    a ser usada para o comércio,
  • 4:04 - 4:08
    surgiu, aos borbotões, um novo
    tipo de criminoso cibernético,
  • 4:08 - 4:11
    pronto para se aproveitar da situação.
  • 4:11 - 4:14
    E a polícia, que parecia saída
    de um livro da Agatha Christie,
  • 4:14 - 4:16
    (Risos)
  • 4:17 - 4:19
    levou quase uma década para alcançá-los.
  • 4:19 - 4:22
    (Risos)
  • 4:22 - 4:25
    Nas mídias sociais, grupos
    marginalizados de direita começaram
  • 4:25 - 4:27
    de imediato a usar o poder
    de organização da Internet.
  • 4:27 - 4:31
    E levou uma década para as corporações
    descobrirem como usá-lo.
  • 4:32 - 4:35
    Mas, quando grandes instituições
    finalmente descobriram como,
  • 4:35 - 4:37
    elas tinham mais poder bruto para ampliar,
  • 4:37 - 4:39
    e ficaram ainda mais poderosas.
  • 4:39 - 4:40
    Então esta é a diferença:
  • 4:40 - 4:44
    os grupos distribuídos são mais ágeis
    e rápidos ao usar esse novo poder.
  • 4:44 - 4:48
    As instituições são mais lentas, mas usam
    o poder de maneira mais eficiente.
  • 4:49 - 4:52
    Enquanto dissidentes sírios
    usavam o Facebook para se organizar,
  • 4:52 - 4:55
    o governo sírio usava o Facebook
    para identificá-los e prendê-los.
  • 4:57 - 4:58
    Então, quem sai ganhando?
  • 4:58 - 5:00
    O mais rápido ou o mais forte?
  • 5:00 - 5:03
    Que tipo de poder prevalecerá
    nas próximas décadas?
  • 5:03 - 5:06
    No momento, parece
    que é o poder tradicional.
  • 5:06 - 5:10
    É muito mais fácil para a NSA
    espionar todo mundo
  • 5:10 - 5:12
    do que conseguirmos
    proteger nossa privacidade.
  • 5:12 - 5:15
    É muito mais fácil para a China
    bloquear conteúdos
  • 5:15 - 5:18
    do que para seus cidadãos
    burlar esses bloqueios.
  • 5:18 - 5:21
    E, mesmo sendo fácil quebrar
    a proteção contra a cópia digital,
  • 5:21 - 5:23
    a maioria dos usuários
    não consegue fazê-lo,
  • 5:23 - 5:28
    pois alavancar o poder da Internet
    requer conhecimento técnico.
  • 5:29 - 5:33
    Quem tiver habilidade suficiente para tal
    vai estar à frente do poder institucional.
  • 5:33 - 5:36
    Seja para criar seu próprio
    servidor de e-mail
  • 5:36 - 5:38
    usar criptografia, ou quebrar
    a proteção contra a cópia,
  • 5:38 - 5:40
    as tecnologias estão aí.
  • 5:41 - 5:43
    É por isso que o crime
    cibernético ainda é comum,
  • 5:43 - 5:46
    apesar dos avanços do poder policial,
  • 5:46 - 5:48
    é por isso que delatores
    ainda causam tanto estrago,
  • 5:48 - 5:52
    é por isso que organizações como
    a Anonymous ainda são forças viáveis
  • 5:52 - 5:55
    e que movimentos sociais
    ainda prosperam na Internet.
  • 5:55 - 5:58
    No entanto, a maioria de nós
    ainda está presa no meio disso.
  • 5:59 - 6:02
    Não temos a habilidade
    técnica para escapar
  • 6:02 - 6:04
    nem de grandes governos e corporações
  • 6:04 - 6:06
    nem de grupos de hackers criminosos.
  • 6:06 - 6:09
    Não podemos escolher ser dissidentes.
  • 6:09 - 6:11
    Não temos escolha a não ser aceitar
  • 6:11 - 6:14
    as opções de configuração padrão
    e os arbitrários termos de serviço,
  • 6:14 - 6:16
    a vigilância sorrateira da NSA
  • 6:16 - 6:20
    ou a ocasional perda total
    dos nossos dados por razões inexplicáveis.
  • 6:20 - 6:22
    (Risos)
  • 6:22 - 6:25
    Ficamos isolados quando os governos
    e as corporações se alinham,
  • 6:25 - 6:28
    e somos esmagados quando eles lutam,
  • 6:28 - 6:31
    seja quando Facebook,
    Google, Apple e Amazon
  • 6:31 - 6:32
    se digladiam no mercado,
  • 6:32 - 6:36
    ou os Estados Unidos, a União Europeia,
    China e Rússia disputam o mundo,
  • 6:36 - 6:39
    ou os EUA contra os terroristas,
    ou a mídia contra a pirataria,
  • 6:39 - 6:42
    ou a China contra os seus dissidentes.
  • 6:42 - 6:45
    E, à medida que a tecnologia
    avança, isso fica cada vez pior.
  • 6:46 - 6:49
    Na batalha entre o poder
    institucional e o social,
  • 6:49 - 6:52
    mais tecnologia significa mais danos.
  • 6:52 - 6:53
    E já vimos isto antes:
  • 6:53 - 6:57
    criminosos cibernéticos roubam
    mais pessoas e de forma mais rápida
  • 6:57 - 6:58
    do que criminosos do mundo real.
  • 6:58 - 7:02
    Piratas digitais podem fazer
    mais cópias de mais filmes
  • 7:02 - 7:05
    e de forma mais rápida
    do que seus ancestrais analógicos.
  • 7:06 - 7:07
    E vamos ver isso no futuro.
  • 7:08 - 7:10
    Debates sobre o controle
    das impressoras 3D
  • 7:10 - 7:13
    logo evoluirão para a questão
    das armas, e não dos filmes.
  • 7:13 - 7:18
    E os debates sobre a vigilância
    do Google glass vão envolver todos nós.
  • 7:18 - 7:22
    É idêntico ao medo das armas
    de destruição em massa:
  • 7:22 - 7:25
    terroristas com bombas
    biológicas nucleares
  • 7:25 - 7:28
    podem causar muito mais danos
    do que com explosivos convencionais.
  • 7:29 - 7:33
    E, como esse medo, o avanço tecnológico
    também exalta os ânimos.
  • 7:35 - 7:39
    De forma geral, há uma taxa
    natural de crimes na sociedade
  • 7:39 - 7:42
    baseada em quem nós somos
    como espécie e como cultura.
  • 7:42 - 7:46
    Há também uma taxa que a sociedade
    está disposta a tolerar.
  • 7:46 - 7:48
    Quando os criminosos são ineficientes,
  • 7:48 - 7:52
    estamos dispostos a aceitar determinada
    porcentagem deles em nosso meio.
  • 7:52 - 7:56
    À medida que a tecnologia torna
    os criminosos mais eficientes,
  • 7:57 - 8:00
    a porcentagem de criminalidade
    que nós conseguimos tolerar diminui.
  • 8:01 - 8:05
    Como resultado, o poder institucional
    naturalmente fica mais forte
  • 8:05 - 8:08
    para se proteger contra o lado mau
    do poder desses grupos.
  • 8:09 - 8:11
    Isso significa medidas
    de segurança mais opressivas,
  • 8:11 - 8:13
    mesmo que sejam ineficientes
  • 8:13 - 8:15
    e sufoquem a parte boa
    do poder distribuído.
  • 8:17 - 8:18
    Tá, mas o que acontece?
  • 8:18 - 8:20
    O que acontece quando
    a tecnologia aumenta?
  • 8:20 - 8:24
    O estado policial é a única forma
    de controlar o poder distribuído
  • 8:24 - 8:25
    e manter a sociedade segura?
  • 8:25 - 8:29
    Ou será que elementos marginais
    inevitavelmente destroem a sociedade
  • 8:29 - 8:31
    à medida que a tecnologia
    aumenta o poder deles?
  • 8:31 - 8:35
    Será que não há espaço para autonomia,
    liberdade e mudança social
  • 8:35 - 8:37
    no futuro tecnológico?
  • 8:37 - 8:39
    Empoderar esses grupos distribuídos
  • 8:39 - 8:42
    é um dos benefícios
    mais importantes da Internet.
  • 8:42 - 8:45
    É uma força incrível para mudanças
    sociais positivas no mundo.
  • 8:45 - 8:47
    E precisamos preservá-la.
  • 8:47 - 8:51
    Nessa batalha entre o rápido e o forte,
    precisamos forçar um empate.
  • 8:52 - 8:55
    E tenho três conselhos
    sobre como chegar lá.
  • 8:56 - 9:00
    No curto prazo, precisamos
    de transparência e supervisão.
  • 9:00 - 9:03
    Quanto mais soubermos o que
    o poder institucional está fazendo,
  • 9:03 - 9:05
    mais podemos confiar nele.
  • 9:06 - 9:09
    Na verdade, sabemos que é assim
    que as coisas são com o governo.
  • 9:09 - 9:13
    Mas abrimos mão disso devido ao medo
    do terrorismo e de outras ameaças.
  • 9:13 - 9:15
    Isso também vale para o poder corporativo.
  • 9:15 - 9:17
    Infelizmente, a dinâmica do mercado
  • 9:17 - 9:19
    não irá forçar as corporações
    a serem transparentes.
  • 9:20 - 9:23
    Na verdade, precisamos
    de leis que façam isso.
  • 9:23 - 9:27
    E a transparência também nos ajuda
    a confiar no poder distribuído.
  • 9:27 - 9:30
    Na maioria dos casos,
    esse poder é bom para o mundo.
  • 9:31 - 9:35
    E é com transparência que poderemos
    discernir grupos sociais positivos
  • 9:35 - 9:36
    de organizações criminosas.
  • 9:38 - 9:41
    Segundo, supervisão também é fundamental.
  • 9:41 - 9:44
    E, novamente, é um mecanismo
    já conhecido para fiscalizar o poder.
  • 9:44 - 9:45
    E é uma combinação de coisas:
  • 9:45 - 9:48
    tribunais que agem
    como defensores de terceiros,
  • 9:48 - 9:51
    legisladores que entendem de tecnologia,
  • 9:51 - 9:52
    é uma imprensa atuante
  • 9:52 - 9:55
    e são grupos de vigilância
    que analisam e denunciam
  • 9:55 - 9:56
    o que o poder está fazendo.
  • 9:57 - 10:00
    Essas duas coisas, transparência
    e responsabilização,
  • 10:00 - 10:03
    nos dão suporte para confiar
    no poder institucional
  • 10:03 - 10:06
    e garantir que ajam
    segundo nossos interesses.
  • 10:06 - 10:09
    E, sem isso, acho que a democracia
    simplesmente naufraga.
  • 10:10 - 10:11
    No longo prazo,
  • 10:11 - 10:15
    precisamos trabalhar para reduzir
    o desequilíbrio entre esses poderes.
  • 10:15 - 10:18
    Quanto mais conseguirmos equilibrar
    o poder entre os vários grupos,
  • 10:18 - 10:20
    mais estável a sociedade será.
  • 10:20 - 10:23
    E o segredo para tudo isso
    é o acesso aos dados.
  • 10:24 - 10:26
    Na Internet, dados são poder.
  • 10:26 - 10:29
    À medida que grupos mais fracos
    têm acesso a eles, ganham poder,
  • 10:29 - 10:32
    e quando os grupos já fortes têm acesso,
  • 10:32 - 10:34
    consolidam ainda mais seu poder.
  • 10:35 - 10:39
    Enquanto buscamos reduzir o desequilíbrio
    de poder, temos de focar os dados:
  • 10:39 - 10:41
    a privacidade dos dados dos indivíduos,
  • 10:41 - 10:43
    regras de transparência
    obrigatórias para as corporações
  • 10:43 - 10:45
    e leis de transparência do governo.
  • 10:45 - 10:48
    É assim que sobreviveremos ao futuro.
  • 10:49 - 10:52
    Na verdade, a Internet de hoje
    é um acidente fortuito.
  • 10:52 - 10:56
    É a combinação da falta inicial
    de interesses comerciais,
  • 10:56 - 10:58
    da negligência benigna do governo,
  • 10:58 - 11:02
    de demandas militares
    para sobrevivência e resiliência,
  • 11:02 - 11:05
    e engenheiros de computação criando
    sistemas abertos simples e fáceis de usar.
  • 11:06 - 11:10
    Estamos no início de um debate
    fundamental sobre o futuro da Internet:
  • 11:10 - 11:14
    aplicação da lei, vigilância, coleta
    de dados corporativos, guerra cibernética,
  • 11:14 - 11:18
    consumismo de informação, e por aí vai.
  • 11:18 - 11:22
    Não vai ser nada fácil resolver isso.
  • 11:22 - 11:25
    Historicamente, nenhuma mudança
    no poder ocorreu de maneira fácil.
  • 11:25 - 11:28
    As corporações transformaram a Internet
    numa enorme fonte de renda,
  • 11:28 - 11:30
    e elas não vão recuar.
  • 11:30 - 11:33
    Nem os governos que usam a Internet
    para terem um controle efetivo.
  • 11:33 - 11:37
    E essas são questões tecnológicas
    e políticas muito complicadas.
  • 11:38 - 11:41
    Mas todos nós temos o dever
    de enfrentar esse problema.
  • 11:41 - 11:43
    Não sei qual vai ser o resultado,
  • 11:43 - 11:48
    mas espero que, daqui a algumas gerações,
  • 11:48 - 11:51
    quando a sociedade olhar
    para essas primeiras décadas da Internet,
  • 11:51 - 11:53
    não fique desapontada.
  • 11:53 - 11:56
    E isso só vai acontecer
    se cada um de nós se comprometer
  • 11:56 - 12:00
    a fazer disso uma prioridade
    e participar do debate.
  • 12:00 - 12:02
    Precisamos decidir
    sobre o adequado equilíbrio
  • 12:02 - 12:04
    entre o poder institucional e o social
  • 12:04 - 12:07
    e construir ferramentas que ampliem
    o lado bom de cada um deles
  • 12:07 - 12:09
    ou suprimam o seu lado ruim.
  • 12:09 - 12:10
    Obrigado.
  • 12:10 - 12:13
    (Aplausos)
Title:
A batalha pelo poder na Internet | Bruce Schneier | TEDxCambridge
Description:

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite: http://ted.com/tedx.

Bruce Schneier, especialista em segurança cibernética, nos dá um vislumbre sobre o futuro da Internet e compartilha o possível cenário que devemos ter em mente, assim como o que precisamos saber para nos preparar para isso.

Saiba mais sobre Bruce Schneier em: https://www.schneier.com
e sobre TEDxCambridge em: http://www.tedxcambridge.com.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:28

Portuguese, Brazilian subtitles

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