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Para onde a Google vai seguir?

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    Charlie Rose: Larry enviou-me um "email"
  • 0:05 - 0:07
    e basicamente disse:
  • 0:07 - 0:11
    "Temos que garantir que
    não vamos passar a imagem
  • 0:11 - 0:15
    de uma dupla de homens chatos,
    de meia idade".
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    Eu disse: "Fico lisonjeado com isto" --
  • 0:18 - 0:21
    (Risos)
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    porque eu sou
    um pouquinho mais velho,
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    e ele possui uma rede
    um pouco maior do que a minha.
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    Larry Page: Ora, obrigado.
  • 0:31 - 0:34
    CR: Conversaremos sobre a Internet
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    conversaremos sobre a Google,
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    falaremos sobre busca e privacidade,
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    e também sobre sua filosofia
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    e um sentido de como você percebeu
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    como esta jornada
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    que começou há algum tempo
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    tem perspectivas tão interessantes.
  • 0:49 - 0:51
    Queremos falar principalmente do futuro.
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    Minha primeira pergunta:
    onde a Google se encontra
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    e para onde ela está indo?
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    LP: Bem, pensamos muito nisto
  • 0:56 - 1:00
    e a nossa missão,
    que definimos há muito tempo,
  • 1:00 - 1:02
    é organizar as informações do mundo
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    e torná-las universalmente
    acessíveis e úteis.
  • 1:06 - 1:08
    As pessoas sempre perguntam:
  • 1:08 - 1:10
    "É isso mesmo que
    vocês ainda estão fazendo?"
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    Eu sempre me pergunto essa mesma coisa
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    e não estou muito seguro.
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    Mas quando penso em busca,
  • 1:18 - 1:21
    é algo muito profundo para todos nós,
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    compreender de fato o que você deseja,
  • 1:23 - 1:25
    compreender as informações do mundo,
  • 1:25 - 1:29
    e ainda nos encontramos
    nos estágios iniciais disto,
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    o que é uma loucura.
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    Já lidamos com isto há 15 anos,
  • 1:33 - 1:37
    mas não está pronto de maneira nenhuma.
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    CR: Quando estiver, como será?
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    LP: Bem, eu imagino,
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    ao pensar para onde iremos, --
  • 1:45 - 1:47
    sabe, por que não está pronto? --
  • 1:47 - 1:49
    muito disso é apenas
    a uma bagunça de computação.
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    Veja, seu computador
    não sabe onde você está,
  • 1:51 - 1:53
    não sabe o que você está fazendo,
  • 1:53 - 1:55
    não sabe o que você sabe,
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    e muito do que tentamos fazer recentemente
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    é apenas fazer
    seus dispositivos funcionarem,
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    fazê-los entender seu contexto.
  • 2:03 - 2:05
    O Google Now sabe onde você está,
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    sabe do que você pode precisar.
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    Logo, ter um computador
    que trabalhe e entenda você
  • 2:11 - 2:13
    e compreenda essas informações,
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    realmente ainda não está pronto.
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    É ainda muito, muito estúpido.
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    CR: Quando você olha o que a Google faz,
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    onde a Deep Mind se encaixa?
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    LP: Sim, Deep Mind é uma empresa
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    que nós adquirimos recentemente.
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    Está sediada no Reino Unido.
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    Primeiro, deixe-me contar
    como chegamos até ali,
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    que foi prestando atenção à busca
  • 2:35 - 2:36
    e realmente compreendendo,
  • 2:36 - 2:38
    tentando entender tudo,
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    e tornar os computadores
    menos desajeitados
  • 2:40 - 2:42
    e fazê-los compreender você para valer —
  • 2:42 - 2:45
    como a voz, foi muito importante.
  • 2:45 - 2:47
    O que há de mais avançado
    no reconhecimento de voz?
  • 2:47 - 2:49
    Não é muito bom.
  • 2:49 - 2:51
    Não o compreende por completo.
  • 2:51 - 2:53
    E começamos a pesquisar
    aprendizagem de máquina
  • 2:53 - 2:55
    para aperfeiçoar isso.
  • 2:55 - 2:56
    Ajudou muito.
  • 2:56 - 2:59
    Começamos a pesquisar
    coisas como o YouTube.
  • 2:59 - 3:01
    Podemos compreender o YouTube?
  • 3:01 - 3:04
    Usamos aprendizagem de máquina no YouTube
  • 3:04 - 3:07
    e ele, sozinho, descobriu os gatos.
  • 3:07 - 3:10
    Bem, este é um conceito importante.
  • 3:10 - 3:13
    Percebemos que ali havia algo.
  • 3:13 - 3:15
    Se podemos aprender o que são gatos,
  • 3:15 - 3:17
    isto deve ser mesmo importante.
  • 3:17 - 3:19
    Eu penso que Deep Mind,
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    o que é impressionante no Deep Mind
  • 3:22 - 3:24
    é que ele pode --
  • 3:24 - 3:27
    estão aprendendo coisas sem supervisão.
  • 3:27 - 3:30
    Eles começaram com "videogames",
  • 3:30 - 3:32
    talvez eu possa mostrar o vídeo,
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    apenas jogando "videogames"
  • 3:35 - 3:37
    e aprendendo a jogar automaticamente.
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    CR: Observe os videogames
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    e como as máquina estão ficando capazes
  • 3:41 - 3:43
    de fazer coisas admiráveis.
  • 3:43 - 3:45
    LP: O surpreendente disso
  • 3:45 - 3:46
    é que, obviamente,
  • 3:46 - 3:48
    estes são jogos antigos,
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    mas o sistema enxerga apenas
    o que você vê, os pixels,
  • 3:53 - 3:55
    e ele tem os controles, ele tem o placar,
  • 3:55 - 3:57
    e aprendeu a jogar todos estes jogos,
  • 3:57 - 3:59
    o mesmo programa.
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    Ele aprendeu a jogar todos estes jogos
  • 4:01 - 4:02
    com um desempenho supra-humano.
  • 4:02 - 4:04
    Não tínhamos conseguido
    fazer coisas assim
  • 4:04 - 4:06
    com computadores, anteriormente.
  • 4:06 - 4:08
    Vamos narrar este rapidamente.
  • 4:08 - 4:11
    Este é um jogo de box e ele pode
  • 4:11 - 4:14
    de certa forma adivinhar
    a ação do adversário.
  • 4:14 - 4:15
    O computador é o da esquerda
  • 4:15 - 4:19
    e está acumulando pontos.
  • 4:19 - 4:21
    Imagine se esse tipo
  • 4:21 - 4:23
    de inteligência fosse colocada
    à sua disposição,
  • 4:23 - 4:27
    ou atendendo suas necessidades
    de informação e coisas assim.
  • 4:27 - 4:30
    Estamos apenas no início disso,
  • 4:30 - 4:32
    e é isso o que me anima.
  • 4:32 - 4:35
    CR: Quando se analisa
    tudo o que aconteceu
  • 4:35 - 4:37
    com Deep Mind e o jogo de boxe,
  • 4:37 - 4:40
    uma parte do rumo em que estamos seguindo
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    é a inteligência artificial.
  • 4:43 - 4:45
    Onde estamos, deste ponto de vista?
  • 4:45 - 4:47
    LP: Bem, para mim,
  • 4:47 - 4:49
    esta é uma das coisas mais apaixonantes
  • 4:49 - 4:51
    que já vi.
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    O cara que começou esta companhia, Demis,
  • 4:53 - 4:56
    tem formação em neurociência
    e em ciência da computação.
  • 4:56 - 4:57
    Ele voltou a estudar
  • 4:57 - 5:01
    para obter sua pós-graduação,
    para estudar o cérebro.
  • 5:01 - 5:03
    Eu acho que estamos vendo
    muito trabalho empolgante em curso,
  • 5:03 - 5:06
    que cruza a ciência da computação
  • 5:06 - 5:08
    com a neurociência,
  • 5:08 - 5:10
    no que diz respeito à compreensão
  • 5:10 - 5:13
    do que é preciso
    para tornar algo inteligente
  • 5:13 - 5:15
    e fazer coisas realmente interessantes.
  • 5:15 - 5:17
    CR: Mas em que nível está agora?
  • 5:17 - 5:19
    E a que velocidade você acha
    que estamos avançando?
  • 5:19 - 5:23
    LP: Bem, agora isto é
    o que há de mais avançado,
  • 5:23 - 5:25
    reconhecer gatos no YouTube
  • 5:25 - 5:26
    e coisas assim,
  • 5:26 - 5:28
    aperfeiçoar o reconhecimento de voz.
  • 5:28 - 5:31
    Usamos bastante aprendizado de máquina
  • 5:31 - 5:33
    para melhorar as coisas incrementalmente,
  • 5:33 - 5:36
    e na minha opinião,
    este exemplo é empolgante,
  • 5:36 - 5:39
    porque é um programa
  • 5:39 - 5:41
    capaz de fazer muitas coisas diferentes.
  • 5:41 - 5:43
    CR: Não sei se podemos,
    mas temos a imagem do gato.
  • 5:43 - 5:45
    Seria maravilhoso ver isto.
  • 5:45 - 5:47
    É assim que as máquinas
    olharam para os gatos
  • 5:47 - 5:48
    e o que elas criaram.
  • 5:48 - 5:50
    Podemos ver aquela imagem?
  • 5:50 - 5:52
    LP: Sim.
    CR: Lá está. Podem ver o gato?
  • 5:52 - 5:54
    Desenhado por máquinas,
    visto por máquinas.
  • 5:54 - 5:55
    LP: Isto mesmo.
  • 5:55 - 5:58
    Isto foi aprendido
    apenas assistindo o YouTube.
  • 5:58 - 6:00
    E sem nenhum treinamento,
  • 6:00 - 6:01
    sem qualquer noção do que é um gato,
  • 6:01 - 6:03
    este conceito de um gato,
  • 6:03 - 6:06
    é uma coisa importante de compreender
  • 6:06 - 6:09
    e que agora as máquinas,
    de certa forma, podem fazê-lo.
  • 6:09 - 6:10
    Talvez concluindo
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    também a parte de buscas,
  • 6:12 - 6:15
    começou com a busca, compreender
  • 6:15 - 6:18
    o contexto das pessoas e suas informações.
  • 6:18 - 6:19
    Eu tenho um vídeo
  • 6:19 - 6:21
    que eu gostaria de mostrar rapidamente,
  • 6:21 - 6:24
    o que nós efetivamente descobrimos.
  • 6:26 - 6:28
    (Video) [“Soy, Quênia”]
  • 6:29 - 6:30
    Zack Matere: Não faz muito tempo,
  • 6:30 - 6:33
    eu plantei batatas.
  • 6:33 - 6:36
    Então, de repente, elas começaram
    a morrer, uma após a outra.
  • 6:36 - 6:39
    Consultei os livros
    e eles não diziam muita coisa.
  • 6:39 - 6:41
    Então fiz uma busca.
  • 6:43 - 6:46
    [“Zack Matere, Fazendeiro"]
  • 6:46 - 6:49
    Doenças de batatas.
  • 6:49 - 6:50
    Um dos "sites" disse-me
  • 6:50 - 6:52
    que as formigas podiam
    ser a causa do problema.
  • 6:52 - 6:55
    Dizia para jogar cinza
    de madeira nas plantas.
  • 6:55 - 6:57
    Depois de alguns dias,
    as formigas desapareceram.
  • 6:57 - 7:00
    Fiquei entusiasmado com a internet.
  • 7:00 - 7:01
    Tenho um amigo
  • 7:01 - 7:05
    que gostaria de ampliar seus negócios.
  • 7:05 - 7:08
    Fui com ele a um "cybercafé"
  • 7:08 - 7:11
    e consultamos vários "sites".
  • 7:11 - 7:13
    Da próxima vez que o vi,
    ele ia montar um moinho
  • 7:13 - 7:16
    na escola local.
  • 7:16 - 7:17
    Eu fiquei orgulhoso porque
  • 7:17 - 7:19
    algo que antes não existia ali
  • 7:19 - 7:21
    de repente estava lá.
  • 7:21 - 7:24
    Dei-me conta de que nem todos
  • 7:24 - 7:26
    podem ter acesso
  • 7:26 - 7:27
    ao que eu podia acessar.
  • 7:27 - 7:29
    Pensei que precisava de uma Internet
  • 7:29 - 7:31
    que minha avó possa usar.
  • 7:31 - 7:33
    Então eu imaginei um quadro de avisos.
  • 7:33 - 7:35
    Um simples quadro de avisos
    feito de madeira.
  • 7:35 - 7:37
    Quando eu receber
    informações pelo telefone,
  • 7:37 - 7:40
    poderei publicá-las
  • 7:40 - 7:41
    no quadro de avisos.
  • 7:41 - 7:44
    É basicamente como um computador.
  • 7:44 - 7:48
    Eu uso a Internet para ajudar as pessoas.
  • 7:48 - 7:51
    Acho que estou procurando
  • 7:51 - 7:53
    uma vida melhor
  • 7:53 - 7:56
    para mim e meus vizinhos.
  • 7:57 - 8:01
    Muitas pessoas têm acesso à informação,
  • 8:01 - 8:04
    mas sem qualquer consequência.
  • 8:04 - 8:06
    Creio que o próximo passo
    seja o nosso conhecimento.
  • 8:06 - 8:08
    Quando se tem o conhecimento,
  • 8:08 - 8:09
    é possível encontrar as soluções
  • 8:09 - 8:11
    sem precisar de ajuda.
  • 8:11 - 8:14
    A informação é poderosa,
  • 8:14 - 8:17
    porém o que nos define é como a usamos.
  • 8:19 - 8:22
    (Aplausos)
  • 8:23 - 8:25
    LP: O que esse vídeo tem de impressionante
  • 8:25 - 8:27
    é que nós lemos nos jornais
  • 8:27 - 8:29
    e encontramos estes senhores,
  • 8:29 - 8:31
    e produzimos aquele pequeno clipe.
  • 8:31 - 8:33
    CR: Quando eu falo
    de você para as pessoas,
  • 8:33 - 8:35
    elas me dizem, pessoas
    que o conhecem bem, dizem
  • 8:35 - 8:37
    que Larry quer mudar o mundo,
  • 8:37 - 8:41
    e ele acredita que a tecnologia
    pode indicar o caminho.
  • 8:41 - 8:43
    E isso significa acessar a Internet.
  • 8:43 - 8:45
    Tem a ver com os idiomas.
  • 8:45 - 8:48
    Também quer dizer
    como as pessoas podem acessar
  • 8:48 - 8:50
    e realizar coisas que afetarão
    sua comunidade
  • 8:50 - 8:53
    e este é um exemplo.
  • 8:53 - 8:56
    LP: Sim, certo, eu penso
  • 8:56 - 8:59
    que tenho focalizado mais no acesso,
  • 8:59 - 9:01
    se estivermos falando do futuro.
  • 9:01 - 9:04
    Lançamos recentemente o Projeto Loon,
  • 9:04 - 9:06
    que consiste em usar balões
    para consegui-lo.
  • 9:06 - 9:08
    Parece totalmente maluco.
  • 9:08 - 9:10
    Podemos mostrar o vídeo aqui.
  • 9:10 - 9:12
    Dois terços das pessoas do mundo
  • 9:12 - 9:14
    não têm bom acesso à Internet atualmente.
  • 9:14 - 9:17
    Acreditamos que isto possa
    ajudar as pessoas
  • 9:17 - 9:19
    a um custo otimizado.
  • 9:19 - 9:23
    CR: É um balão
    LP: Sim, dá acesso à Internet.
  • 9:23 - 9:26
    CR: E por que este balão dá
    acesso à Internet?
  • 9:26 - 9:29
    Porque havia coisas
    interessantes para resolver,
  • 9:29 - 9:31
    para conseguir viabilizar os balões,
  • 9:31 - 9:33
    e eles não precisassem
    ficar amarrados.
  • 9:33 - 9:35
    LP: Sim, e isto é um bom exemplo
    de inovação.
  • 9:35 - 9:37
    Por exemplo, temos pensado nisso
  • 9:37 - 9:39
    por cinco anos ou mais,
  • 9:39 - 9:41
    antes de começarmos a trabalhar nela,
  • 9:41 - 9:42
    mas, em síntese,
  • 9:42 - 9:46
    como ter pontos de acesso
    lá no alto, a baixo custo?
  • 9:46 - 9:47
    Normalmente usam-se satélitres
  • 9:47 - 9:50
    e leva muito tempo para lançá-los.
  • 9:50 - 9:53
    Mas você viu como é fácil
    lançar um balão,
  • 9:53 - 9:54
    fazê-lo subir,
  • 9:54 - 9:56
    mais uma vez, é a força da Internet,
  • 9:56 - 9:58
    pesquisei nela,
  • 9:58 - 10:00
    e descobri que, 30, 40 anos atrás,
  • 10:00 - 10:02
    alguém havia lançado um balão
  • 10:02 - 10:05
    e ele deu a volta na Terra várias vezes.
  • 10:05 - 10:08
    E eu pensei, por que não podemos
    fazer isto hoje?
  • 10:08 - 10:10
    E foi assim que este projeto começou.
  • 10:10 - 10:13
    CR: Mas você não fica à mercê do vento?
  • 10:13 - 10:15
    LP: Sim, mas acontece
  • 10:15 - 10:17
    que simulamos as condições climáticas
  • 10:17 - 10:19
    o que provavelmente
    não tinha sido feito antes,
  • 10:19 - 10:21
    e se você controlar a altitude dos balões,
  • 10:21 - 10:23
    o que pode ser feito enchendo-os mais,
  • 10:23 - 10:25
    e por outros meios,
  • 10:25 - 10:28
    você pode controlar mais ou menos
    para onde eles vão,
  • 10:28 - 10:30
    e assim podemos construir uma rede mundial
  • 10:30 - 10:34
    com estes balões,
    que pode cobrir todo o planeta.
  • 10:34 - 10:36
    CR: Antes de falar sobre o futuro
    e o transporte,
  • 10:36 - 10:38
    coisa em que você foi estudioso
    por algum tempo,
  • 10:38 - 10:40
    e a fascinação que você tem
    pelo transporte
  • 10:40 - 10:42
    e carros automáticos e bicicletas,
  • 10:42 - 10:44
    vamos falar do que foi o assunto aqui,
  • 10:44 - 10:46
    com o Edward Snowden.
  • 10:46 - 10:49
    É a segurança e a privacidade.
  • 10:49 - 10:52
    Você tem que estar pensando nisto.
  • 10:52 - 10:53
    LP: Sim, sem dúvida.
  • 10:53 - 10:56
    Eu vi a fotografia do Sergey
    com o Edward Snowden, ontem.
  • 10:56 - 10:59
    Alguns de vocês devem tê-la visto.
  • 10:59 - 11:03
    Considero que a privacidade e a segurança
  • 11:03 - 11:06
    são coisas realmente importantes.
  • 11:06 - 11:08
    Devemos pensá-las em conjunto,
  • 11:08 - 11:11
    e julgo que não podemos
    ter privacidade sem segurança.
  • 11:11 - 11:13
    Então, em primeiro lugar,
    deixe-me falar de segurança,
  • 11:13 - 11:16
    porque você perguntou
    sobre o Snowden e tudo mais,
  • 11:16 - 11:18
    eu falarei um pouco sobre privacidade.
  • 11:18 - 11:22
    Penso que, é muito
    decepcionante que o governo
  • 11:22 - 11:26
    tenha feito tudo secretamente e
    não nos tenha contado.
  • 11:26 - 11:29
    Não acho que possamos ter uma democracia
  • 11:29 - 11:33
    se tivermos que proteger você
    e os nossos usuários
  • 11:33 - 11:34
    dos atos do governo,
  • 11:34 - 11:37
    de coisas sobre as quais
    nunca conversamos.
  • 11:37 - 11:39
    Não estou dizendo que temos que saber
  • 11:39 - 11:42
    de que ataque terrorista
    eles estão tentando nos proteger,
  • 11:42 - 11:44
    mas temos mesmo que saber
  • 11:44 - 11:47
    quais são os parâmetros
  • 11:47 - 11:49
    e que tipo de vigilância o governo
  • 11:49 - 11:51
    vai fazer e como e por quê,
  • 11:51 - 11:53
    e acho que não houve esse diálogo.
  • 11:53 - 11:56
    Considero que o governo realmente
  • 11:56 - 11:58
    prestou um enorme desserviço a si mesmo
  • 11:58 - 12:00
    fazendo tudo em segredo.
  • 12:00 - 12:02
    CR: Nunca procurou a Google
  • 12:02 - 12:03
    para pedir alguma coisa.
  • 12:03 - 12:05
    LP: Não a Google, mais o público.
  • 12:05 - 12:09
    Acho que precisamos
    ter um debate sobre isto
  • 12:09 - 12:11
    ou não poderemos ter
    uma democracia que funcione.
  • 12:11 - 12:13
    Simplesmente não é possível.
  • 12:13 - 12:15
    Eu estou triste
  • 12:15 - 12:18
    que a Google esteja na posição
    de defender você e nossos usuários
  • 12:18 - 12:20
    do governo fazer coisas secretas
  • 12:20 - 12:22

    sobre as quais ninguém sabe.
  • 12:22 - 12:23
    Não faz sentido.
  • 12:23 - 12:26
    CR: Sim. E tem o lado da privacidade.
  • 12:26 - 12:29
    LP: Sim. O lado da privacidade,
  • 12:29 - 12:31
    o que eu acho — o mundo está mudando.
  • 12:31 - 12:35
    Você leva um telefone.
    Sabe-se onde você está.
  • 12:35 - 12:38
    Há muito mais informações a seu respeito
  • 12:38 - 12:40
    e isso é importante,
  • 12:40 - 12:45
    e faz sentido as pessoas
    fazerem perguntas difíceis.
  • 12:45 - 12:48
    Passamos muito tempo pensando nisto
  • 12:48 - 12:51
    e em quais são os problemas.
  • 12:51 - 12:53
    Eu estou um pouco --
  • 12:53 - 12:54
    eu penso que o principal a fazer
  • 12:54 - 12:56
    é dar opção às pessoas,
  • 12:56 - 12:59
    mostrar-lhes quais dados
    estão sendo coletados —
  • 12:59 - 13:02
    o histórico de buscas,
    os dados de localização.
  • 13:03 - 13:06
    Estamos entusiasmados
    com o modo incógnito no Chrome,
  • 13:06 - 13:08
    e fazendo-o de mais modos,
  • 13:08 - 13:10
    dando às pessoas mais escolhas
  • 13:10 - 13:13
    e mais consciência
    do que está acontecendo.
  • 13:13 - 13:16
    Eu também acho que é muito fácil.
  • 13:16 - 13:19
    O que me preocupa é jogar fora
    o bebê junto com a água do banho.
  • 13:19 - 13:22
    Assisto ao seu "show"
  • 13:22 - 13:24
    e quase perco minha voz,
  • 13:24 - 13:25
    e eu ainda não a recuperei.
  • 13:25 - 13:27
    Espero que conversando com você
  • 13:27 - 13:28
    eu possa tê-la de volta.
  • 13:28 - 13:30
    CR: Se eu pudesse fazer
    alguma coisa, eu o faria.
  • 13:30 - 13:32
    LP: Tudo bem. Então pegue
    sua boneca de vodu
  • 13:32 - 13:35
    e tudo o que precisar para fazê-lo.
  • 13:35 - 13:37
    Sabe, eu olho para isso,
  • 13:37 - 13:38
    Eu tornei isso público,
  • 13:38 - 13:40
    e consegui todas estas informações.
  • 13:40 - 13:43
    Recebemos uma pesquisa
    das condições médicas
  • 13:43 - 13:46
    de pessoas com problemas semelhantes,
  • 13:46 - 13:49
    eu examino os registros médicos
  • 13:49 - 13:52
    e digo: "Não seria maravilhoso
  • 13:52 - 13:54
    se os dados médicos de todos
    estivessem disponíveis,
  • 13:54 - 13:56
    de modo anônimo,
  • 13:56 - 13:59
    para médicos pesquisadores?"
  • 13:59 - 14:02
    E quando alguém tivesse acesso
    ao seu arquivo médico,
  • 14:02 - 14:03
    um médico pesquisador,
  • 14:03 - 14:06
    eles poderiam ver,
    você poderia ver qual médico
  • 14:06 - 14:08
    o acessou e por qual motivo,
  • 14:08 - 14:09
    e talvez você pudesse compreender
  • 14:09 - 14:11
    quais são suas condições de saúde.
  • 14:11 - 14:12
    Penso que se fizéssemos isto,
  • 14:12 - 14:15
    salvaríamos milhares de vidas neste ano.
  • 14:15 - 14:17
    CR: Com certeza. Deixe-me —
    (Aplausos)
  • 14:17 - 14:20
    LP: Estou muito preocupado
  • 14:20 - 14:22
    que, com a privacidade na Internet,
  • 14:22 - 14:24
    estejamos fazendo o mesmo
    que fazemos com os dados médicos,
  • 14:24 - 14:27
    que estejamos jogando fora o bebê
    junto com a água do banho,
  • 14:27 - 14:29
    sem realmente pensar
  • 14:29 - 14:31
    no enorme bem que pode advir
  • 14:31 - 14:33
    de pessoas compartilhando informações
  • 14:33 - 14:36
    com as pessoas certas,
    dos modos corretos.
  • 14:36 - 14:38
    CR: E as condições necessárias
  • 14:38 - 14:40
    para que as pessoas possam ter confiança
  • 14:40 - 14:42
    de que suas informações
    não serão violadas.
  • 14:42 - 14:44
    LP: Sim, e eu tive
    este problema com a minha voz.
  • 14:44 - 14:45
    Eu estava temeroso de compartilhar isto
  • 14:45 - 14:47
    Sergey encorajou-me a compartilhar
  • 14:47 - 14:49
    e foi ótimo.
  • 14:49 - 14:51
    CR: E a resposta foi muito grande.
  • 14:51 - 14:52
    LP: Sim, e as pessoas são superpositivas.
  • 14:52 - 14:55
    Temos milhares e milhares de pessoas
  • 14:55 - 14:57
    em condições semelhantes,
  • 14:57 - 15:00
    para as quais não existem dados atualmente.
  • 15:00 - 15:01
    Portanto, foi uma coisa muito boa.
  • 15:01 - 15:04
    CR: Falando do futuro, o que há com você
  • 15:04 - 15:07
    e sistemas de transporte?
  • 15:08 - 15:10
    Pois é. Acho que fiquei frustrado com isso
  • 15:10 - 15:12
    quando eu estava
    na faculdade em Michigan.
  • 15:12 - 15:16
    Eu tinha que ir de ônibus
    e esperar por ele.
  • 15:16 - 15:18
    Fazia frio e nevava.
  • 15:18 - 15:20
    Fiz pesquisa de quanto custava,
  • 15:20 - 15:26
    e fiquei um tanto obcecado
    pelo sistemas de transporte.
  • 15:27 - 15:29
    CR: Aquilo deu início à ideia
    de um carro automático.
  • 15:29 - 15:31
    LP: Sim, cerca de 18 anos atrás, eu soube
  • 15:31 - 15:34
    de pessoas que trabalhavam
    com carros automáticos
  • 15:34 - 15:36
    e eu fiquei fascinado por aquilo,
  • 15:36 - 15:38
    e leva algum tempo
    para que estes projetos avancem,
  • 15:38 - 15:43
    mas estou superempolgado
    com as possibilidades
  • 15:43 - 15:45
    de que isso melhore o mundo.
  • 15:45 - 15:50
    Há 20 milhões de pessoas
    feridas por ano, ou mais.
  • 15:50 - 15:52
    É a principal causa de morte
  • 15:52 - 15:54
    de pessoas com menos
    de 34 anos nos EUA.
  • 15:54 - 15:56
    CR: Você está falando em salvar vidas.
  • 15:56 - 15:58
    LP: Sim, e também em economizar espaço
  • 15:58 - 16:01
    e tornar a vida melhor.
  • 16:02 - 16:06
    Metade de Los Angeles é constituída
    por áreas de estacionamento e estradas,
  • 16:06 - 16:08
    metade da área,
  • 16:08 - 16:10
    e a maioria das cidades
    não fica muito longe.
  • 16:10 - 16:12
    É uma loucura
  • 16:12 - 16:14
    usarmos nosso espaço dessa maneira.
  • 16:14 - 16:16
    CR: E dentro de quanto tempo
    chegaremos lá?
  • 16:16 - 16:18
    LP: Acho que muito brevemente.
  • 16:18 - 16:21
    Dirigimos por mais de 160 mil quilômetros,
  • 16:21 - 16:25
    totalmente automatizados.
  • 16:26 - 16:29
    Estou superempolgado
    em produzir isto rapidamente.
  • 16:29 - 16:32
    CR: Mas você não fala só
    de carros automatizados.
  • 16:32 - 16:34
    Você também tem
    uma ideia para as bicicletas.
  • 16:34 - 16:36
    LP: Bem, na Google tivemos a ideia
  • 16:36 - 16:40
    de podermos disponibilizar
    bicicletas grátis para todos,
  • 16:40 - 16:42
    e tem sido surpreendente,
    na maioria dos passeios.
  • 16:42 - 16:45
    Vemos as bicicletas indo e vindo
    e as bicicletas se esgotam.
  • 16:45 - 16:47
    Estão sendo usadas 24 horas por dia.
  • 16:47 - 16:49
    CR: Você também quer
    colocá-las acima das ruas.
  • 16:49 - 16:52
    LP: Bem, como faremos que as pessoas
    usem mais as bicicletas?
  • 16:52 - 16:54
    CR: Acho que temos um vídeo aqui.
  • 16:54 - 16:55
    LP: Sim, mostremos o vídeo.
  • 16:55 - 16:58
    Fiquei empolgado com isto.
  • 16:58 - 17:03
    (Música)
  • 17:04 - 17:07
    Eis como separar
  • 17:07 - 17:10
    as bicicletas dos carros
    com um custo mínimo.
  • 17:15 - 17:16
    Bem, parece uma loucura total,
  • 17:16 - 17:19
    mas eu estava pensando
    no nosso "campus"
  • 17:19 - 17:21
    trabalhando com as cidades e tal,
  • 17:21 - 17:23
    tentando fazer maior uso das bicicletas
  • 17:23 - 17:25
    e eu pensava a respeito
  • 17:25 - 17:28
    de como separar, de modo econômico,
  • 17:28 - 17:29
    as bicicletas do tráfego?
  • 17:29 - 17:31
    Fui e pesquisei,
    e isto foi o que descobri.
  • 17:31 - 17:33
    Na verdade, não estamos trabalhando nisso
  • 17:33 - 17:35
    nesta coisa específica,
  • 17:35 - 17:37
    mas ela atiça nossa imaginação.
  • 17:37 - 17:38
    CR: Deixe-me encerrar com isto.
  • 17:38 - 17:41
    Dê-me uma percepção
    da filosofia em sua mente.
  • 17:41 - 17:43
    Você tem esta ideia do [Google X]
  • 17:43 - 17:46
    você não deseja simplesmente
  • 17:46 - 17:52
    chegar a uma pequena arena
    de progresso mensurável.
  • 17:52 - 17:54
    LP: Sim, eu creio
  • 17:54 - 17:56
    que muitas das coisas
    de que falamos são assim,
  • 17:56 - 17:59
    onde elas são --
  • 17:59 - 18:02
    quase usei o conceito econômico
    de "adicionalidade",
  • 18:02 - 18:04
    o que significa que você faz algo
  • 18:04 - 18:07
    que não acontecerá
    a menos que o faça de fato.
  • 18:07 - 18:11
    E eu acho que, quanto mais
    você puder fazer coisas assim,
  • 18:11 - 18:13
    maior será o impacto que obterá
  • 18:13 - 18:16
    e trata-se de fazer coisas
  • 18:16 - 18:19
    que as pessoas podem
    considerar impossíveis.
  • 18:19 - 18:21
    Eu estou surpreso.
  • 18:21 - 18:23
    Quanto mais eu aprendo tecnologia,
  • 18:23 - 18:25
    mais eu percebo que não sei,
  • 18:25 - 18:29
    e isto se deve ao horizonte tecnológico,
  • 18:29 - 18:32
    aquilo que você enxerga
    para fazer a seguir,
  • 18:32 - 18:34
    quanto mais você aprende tecnologia,
  • 18:34 - 18:36
    mais você aprende o que é possível.
  • 18:36 - 18:38
    Você aprende que os balões são possíveis
  • 18:38 - 18:41
    porque há um material
    que serve para construí-los.
  • 18:41 - 18:43
    CR: O que também é interessante em você,
  • 18:43 - 18:45
    é que temos muita gente
  • 18:45 - 18:47
    que pensa no futuro,
  • 18:47 - 18:50
    que vão e olham e voltam,
  • 18:50 - 18:52
    mas nunca vemos a implementação.
  • 18:52 - 18:54
    Eu penso em alguém que você conheceu
  • 18:54 - 18:57
    e sobre quem leu, Tesla.
  • 18:57 - 19:01
    Para você, qual é o princípio disso?
  • 19:01 - 19:02
    LP: Bem, acho que invenção não é suficiente.
  • 19:02 - 19:04
    Se você inventar alguma coisa --
  • 19:04 - 19:07
    Tesla inventou a energia elétrica
    que nós usamos,
  • 19:07 - 19:10
    mas ele lutou para que ela
    chegasse até as pessoas.
  • 19:10 - 19:11
    Aquilo teria que ser feito
    por outras pessoas.
  • 19:11 - 19:13
    Demorou muito.
  • 19:13 - 19:17
    Acredito que se pudermos
    combinar as duas coisas,
  • 19:17 - 19:20
    termos uma inovovação
    e um foco na invenção,
  • 19:20 - 19:23
    mais a capacidade de — uma empresa
  • 19:23 - 19:25
    que possa comercializar as coisas,
  • 19:25 - 19:27
    e fazê-las chegar às pessoas,
  • 19:27 - 19:29
    de um modo que seja positivo para o mundo,
  • 19:29 - 19:31
    e dar a elas esperança.
  • 19:31 - 19:34
    Sabe, eu estou esperançoso
    com o Projeto Loon
  • 19:34 - 19:37
    e com como as pessoas
    ficaram empolgadas com ele,
  • 19:37 - 19:38
    porque trouxe esperança
  • 19:38 - 19:40
    aos dois terços do mundo
  • 19:40 - 19:43
    que no momento não têm
    Internet que seja boa.
  • 19:43 - 19:45
    CR: Que é a segunda coisa
    com respeito às corporações.
  • 19:45 - 19:47
    Você é um dos que acreditam
  • 19:47 - 19:50
    que as corporações são
    agentes de transformação,
  • 19:50 - 19:51
    se elas forem bem gerenciadas.
  • 19:51 - 19:53
    LP: Sim, eu fico muito desanimado
  • 19:53 - 19:56
    que a maioria pense
    que as companhias sejam más.
  • 19:56 - 19:58
    Elas têm uma má reputação.
  • 19:58 - 20:00
    Acho isso um tanto correto.
  • 20:00 - 20:03
    As empresas estão fazendo
    a mesma coisa incremental
  • 20:03 - 20:05
    que faziam há 50 anos,
  • 20:05 - 20:06
    ou 20 anos atrás.
  • 20:06 - 20:08
    Não é mesmo do que precisamos.
  • 20:08 - 20:10
    Precisamos, especialmente na tecnologia,
  • 20:10 - 20:12
    precisamos de mudança revolucionária,
  • 20:12 - 20:14
    não de mudança incremental.
  • 20:14 - 20:15
    CR: Certa vez, você disse
  • 20:15 - 20:17
    acho que foi assim mesmo,
  • 20:17 - 20:18
    que você considera
  • 20:18 - 20:20
    que, em vez de doar seu dinheiro,
  • 20:20 - 20:23
    se o fosse deixar para alguma causa,
  • 20:23 - 20:25
    simplesmente doá-lo a Elon Musk,
  • 20:25 - 20:26
    porque você tinha confiança
  • 20:26 - 20:28
    de que ele mudaria o futuro,
  • 20:28 - 20:30
    e que você, portanto...
  • 20:30 - 20:32
    LP: Sim, se você quiser ir a Marte,
  • 20:32 - 20:33
    ele quer ir a Marte,
  • 20:33 - 20:35
    para preservar a humanidade,
  • 20:35 - 20:37
    o que é louvável,
    mas é uma empresa,
  • 20:37 - 20:40
    e é filantrópica.
  • 20:40 - 20:43
    Penso que devemos almejar
    fazer coisas parecidas.
  • 20:43 - 20:46
    E acho, você pergunta,
    temos muitos funcionários
  • 20:46 - 20:49
    na Google que ficaram bastante ricos.
  • 20:49 - 20:51
    As pessoas ganham
    muito dinheiro com tecnologia.
  • 20:51 - 20:54
    Muitos nesta sala são bem ricos.
  • 20:54 - 20:56
    Você trabalha porque
    você quer mudar o mundo.
  • 20:56 - 20:58
    Você quer mudá-lo para melhor.
  • 20:58 - 21:01
    Por que não é a companhia
    para a qual você trabalha
  • 21:01 - 21:03
    digna não apenas do seu tempo,
  • 21:03 - 21:05
    mas também do seu dinheiro?
  • 21:05 - 21:07
    Quero dizer que não temos uma noção disso.
  • 21:07 - 21:09
    Não é assim que pensamos
    a respeito das companhias
  • 21:09 - 21:11
    e eu acho que isto é triste,
  • 21:11 - 21:14
    porque as companhias
    são a maior parte de nosso esforço.
  • 21:14 - 21:17
    São a maior parte
    do tempo onde as pessoas ficam,
  • 21:17 - 21:19
    onde está muito dinheiro
  • 21:19 - 21:22
    e eu gostaria que nós ajudássemos mais.
  • 21:22 - 21:24
    CR: Quando eu encerro conversas
    com muitas pessoas,
  • 21:24 - 21:26
    eu sempre faço esta pergunta:
  • 21:26 - 21:27
    Qual estado de espírito,
  • 21:27 - 21:29
    qual a qualidade mental
  • 21:29 - 21:31
    que mais lhe convém?
  • 21:31 - 21:33
    Pessoas como Rupert Murdoch
    disseram "curiosidade"
  • 21:33 - 21:36
    e outras pessoas da mídia
    disseram o mesmo.
  • 21:36 - 21:39
    Bill Gates e Warren Buffet
    responderam que eram o foco.
  • 21:39 - 21:40
    Qual a qualidade mental,
  • 21:40 - 21:42
    ao deixar esta plateia,
  • 21:42 - 21:45
    permitiu-lhe pensar no futuro
  • 21:45 - 21:47
    e ao mesmo tempo
  • 21:47 - 21:49
    mudar o presente?
  • 21:49 - 21:51
    LP: Sabe, eu acho que a coisa
    mais importante --
  • 21:51 - 21:52
    eu analisei muitas empresas
  • 21:52 - 21:56
    e o motivo pelo qual acho
    que não são bem-sucedidas com o tempo.
  • 21:56 - 21:59
    Tem havido uma rotatividade
    mais rápida das empresas.
  • 21:59 - 22:01
    O que elas fazem de errado,
    fundamentalmente?
  • 22:01 - 22:04
    Qual é o erro dessas empresas?
  • 22:04 - 22:07
    Geralmente, elas apenas perderam o futuro.
  • 22:07 - 22:09
    Quanto a mim,
  • 22:09 - 22:12
    eu tento manter o foco e dizer:
  • 22:12 - 22:14
    "Como será o futuro realmente
  • 22:14 - 22:16
    e como podemos criá-lo,
  • 22:16 - 22:20
    e como podemos fazer nossa organização
  • 22:20 - 22:23
    manter o foco nisso
  • 22:23 - 22:26
    e conduzi-la num ritmo alto?"
  • 22:26 - 22:27
    E assim foi curiosidade,
  • 22:27 - 22:31
    examinando as coisas sobre as quais
    as pessoas não pensam,
  • 22:31 - 22:34
    trabalhando com coisas com as quais
    ninguém esteja trabalhando,
  • 22:34 - 22:37
    porque é aí
    que "adcionalidade" se encontra,
  • 22:37 - 22:40
    e estar disposto a fazer isso,
    assumir esse risco.
  • 22:40 - 22:44
    Veja o Android. Eu me senti
    culpado por trabalhar no Android
  • 22:44 - 22:45
    quando ela estava começando.
  • 22:45 - 22:47
    Era uma pequena "startup*
    que nós compramos.
  • 22:47 - 22:50
    Não estávamos trabalhando nele.
  • 22:50 - 22:53
    Eu me senti culpado
    de perder tempo naquilo.
  • 22:53 - 22:54
    Aquilo foi burrice.
  • 22:54 - 22:55
    Aquilo era o futuro, certo?
  • 22:55 - 22:57
    Era uma boa coisa na qual trabalhar.
  • 22:57 - 22:59
    CR: É ótimo vê-lo aqui.
  • 22:59 - 23:00
    É ótimo saber de você,
  • 23:00 - 23:02
    e um prazer sentar-me aqui com você.
  • 23:02 - 23:03
    Obrigado, Larry.
  • 23:03 - 23:05
    LP: Obrigado.
  • 23:05 - 23:08
    (Aplausos)
  • 23:09 - 23:12
    Larry Page.
Title:
Para onde a Google vai seguir?
Speaker:
Charlie Rose e Larry Page
Description:

No palco do TED2014, Charlie Rose entrevista o CEO da Google, Larry Page, sobre sua visão para o futuro da companhia. Ele inclui ciclovias aéreas e balões para a Internet … e depois fica mais interessante ainda quando Page discorre sobre a recente aquisição da Deep Mind, um programa de IA que está aprendendo coisas surpreendentes.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
23:30
  • Revisão realizada. Alterei algumas coisas, mas no geral estava muito bom.
    Por favor, analise as alterações e me dê o ok para enviar para aprovação.

    ;)

Portuguese, Brazilian subtitles

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