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As bactérias benéficas que tornam a nossa comida deliciosa — Erez Garty

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    Porque é que o pão é tão fofo?
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    Porque é que o queijo suíço tem buracos?
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    O que é que torna o vinagre tão ácido?
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    Estes alimentos podem ter sabores
    totalmente diferentes
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    mas todos estes fenómenos derivam
    de pequenos organismos que reduzem o açúcar
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    e cospem alguns subprodutos culinários.
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    Comecemos pelo fermento.
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    Os fermentos são fungos unicelulares
    usados para fazer pão, cerveja e vinho,
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    entre outros produtos.
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    Os fermentos quebram os carboidratos,
    como o açúcar,
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    para obterem energia e as moléculas
    de que precisam para funcionar.
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    Têm duas formas de fazer isso:
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    a via dependente do oxigénio,
    ou aeróbica,
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    e a via independente do oxigénio,
    ou anaeróbica,
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    a que também chamamos fermentação.
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    Quando cozemos pão,
    o fermento pode usar as duas vias,
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    mas normalmente prefere começar
    com o processo anaeróbico da fermentação.
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    Neste processo, produz-se etanol,
    para além do CO2.
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    Não, o pão não é alcoólico.
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    A pequena quantidade de álcool produzida
    evapora-se durante a cozedura.
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    Na via aeróbica,
    ou seja, dependente do oxigénio,
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    o fermento consome parte do açúcar
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    e produz dióxido de carbono,
    ou CO2, e água.
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    Em ambos os processos, o CO2
    acumula-se e cria pequenas bolhas.
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    Estas bolhas ficam presas no glúten
    e criam uma estrutura tipo esponja
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    que dá ao pão a sua textura macia.
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    O vinho também depende do fermento.
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    Mas um viticultor mantém
    os níveis de oxigênio baixos
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    de modo que o fermento consome o açúcar
    usando a fermentação,
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    a via anaeróbica.
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    O processo começa geralmente
    com fermento natural, já nas uvas.
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    Para obter resultados consistentes,
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    muitos vinicultores também adicionam
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    tipos de fermentos
    cuidadosamente selecionados
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    que conseguem tolerar
    altos níveis de álcool.
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    O fermento consome o açúcar
    mo mosto da uva
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    e, à medida que o nível do açúcar diminui,
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    sobe o nível do álcool.
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    Isso não significa obrigatoriamente
    que os vinhos mais doces têm menos álcool.
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    Diferentes tipos de uvas começam
    com diferentes quantidades de açúcar,
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    e também podemos juntar açúcar.
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    O que acontece ao dióxido de carbono?
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    É expelido através de um respiradouro.
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    Nas bebidas alcoólicas gaseificadas,
    como o champanhe e a cerveja,
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    usam-se recipientes selados
    na primeira ou segunda fermentação
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    para manter o dióxido
    de carbono na garrafa.
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    O vinho também nos apresenta
    ao segundo tipo de micro-organismos
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    que produzem alimentos:
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    as bactérias.
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    Um tipo especial de bactérias
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    transforma um composto ácido
    do sumo de uva noutros de sabor mais macio
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    que são responsáveis por alguns dos aromas
    dos vinhos tintos e "chardonnays".
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    Outro tipo de bactérias,
    chamadas bactérias do ácido acético,
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    não são muito desejáveis no vinho,
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    mas também têm a sua função.
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    Se houver oxigénio por perto,
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    essas bactérias transformam o etanol
    do vinho em ácido acético.
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    Deixem esse processo continuar
    e acabam por ter vinagre.
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    As bactérias também
    são fundamentais para o queijo.
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    Para fazer queijo,
    o leite é inoculado com bactérias.
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    As bactérias devoram a lactose,
    uma espécie de açúcar,
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    e produzem ácido lático,
    juntamente com muitos outros químicos.
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    À medida que o leite fica
    cada vez mais ácido,
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    as suas proteínas começam
    a agregar-se e a coalhar.
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    É por isso que o leite azedo fica grumoso.
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    Os fabricantes de queijo normalmente
    adicionam uma enzima chamada coalho,
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    que se encontra naturalmente nas vacas,
    nas cabras e noutros mamíferos,
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    para ajudar este processo.
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    Por fim, aqueles pequenos grumos
    transformam-se em grandes grumos
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    que são espremidos
    para libertar a água,
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    e criar um queijo sólido.
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    Diferentes tipos de bactérias
    produzem diferentes tipos de queijos.
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    Por exemplo, uma espécie de bactérias
    que emite dióxido de carbono
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    é o que dá ao queijo suíço
    os seus buracos característicos.
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    Alguns queijos, o brie e o camembert,
    usam outro tipo de micro-organismos:
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    o mofo.
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    A nossa cozinha funciona assim
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    como uma espécie
    de laboratório de biotecnologia
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    comandado por micro-organismos
    em cultura na nossa cozinha,
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    o iogurte, o molho de soja,
    as natas ácidas, a chucrute,
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    o kefir, o kimchi, o kombusha,
    o cheddar, o challah, o pita e o naam.
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    Mas talvez não
    todos juntos no mesmo jantar.
Title:
As bactérias benéficas que tornam a nossa comida deliciosa — Erez Garty
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/why-is-bread-fluffy-vinegar-sour-and-swiss-cheese-holey-erez-garty

Porque é que o pão é tão fofo? Porque é que o queijo suíço tem buracos? O que é que torna o vinagre tão ácido? Estes alimentos podem ter sabores totalmente diferentes mas todos estes fenómenos derivam de pequenos organismos que reduzem o açúcar e "cospem" alguns subprodutos culinários. Erez Garty mostra como funciona a nossa cozinha como uma espécie de laboratório de biotecnologia, comandado por micro-organismos em cultura na nossa cozinha.

Lição de Erez Garty, animação de Smart Party.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:40

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