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Como ensinei ratos a farejar minas terrestres | Bart Weetjens | TEDxRotterdam

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    Venho aqui hoje partilhar convosco
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    um percurso extraordinário,
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    extraordinariamente gratificante,
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    que me levou a treinar ratos
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    para salvar vidas humanas
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    ao detetarem minas terrestres
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    e tuberculose.
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    Em criança, eu tinha duas paixões.
  • 0:53 - 0:56
    Uma era uma paixão por roedores.
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    Tinha todo o tipo de roedores,
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    ratos, hamsters,
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    gerbos, esquilos, etc.
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    Criava-os e vendia-os
    a lojas de animais de estimação.
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    (Risos)
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    Também tinha uma paixão por África.
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    Como cresci num ambiente multicultural,
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    tinha estudantes africanos lá em casa
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    e aprendia com as histórias deles,
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    de origens muito diferentes,
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    a dependência
    dos conhecimentos importados,
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    os bens, os serviços,
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    a exuberante diversidade cultural.
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    Achava África fascinante.
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    Especialmente, a falta de recursos,
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    ou melhor dizendo, a sua má gestão,
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    a dependência
    dos bens ocidentais e tudo isso.
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    Na verdade, o que nos torna
    diferentes deles, em África
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    — eu vivo nas terras baixas.
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    As possibilidades que eu tinha
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    e as possibilidades que eles tinham
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    e o grande contraste entre elas.
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    Vim a ser engenheiro industrial,
  • 2:03 - 2:06
    engenheiro
    em desenvolvimento de produtos
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    e concentrei-me nas adequadas
    tecnologias de deteção,
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    as primeiras tecnologias adequadas
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    para países em desenvolvimento.
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    Comecei a trabalhar na indústria
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    mas não me sentia bem em contribuir
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    para uma sociedade de consumo de materiais
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    de um modo linear
    de extração e manufatura.
  • 2:26 - 2:29
    Deixei o emprego para me concentrar
    no real problema mundial:
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    as minas terrestres.
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    Estamos a falar de 1995.
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    A princesa Diana está a anunciar na TV
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    que as minas terrestres formam
    uma barreira estrutural
  • 2:39 - 2:42
    a qualquer desenvolvimento,
    o que é verdade.
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    Enquanto essas minas lá estiverem
  • 2:44 - 2:46
    ou haja suspeita de mina terrestres,
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    não podemos entrar no terreno.
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    Houve um apelo, a nível mundial
  • 2:54 - 2:56
    para novos detetores
  • 2:56 - 2:59
    sustentáveis nos ambientes
  • 2:59 - 3:01
    onde eram necessários,
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    o que ocorria sobretudo
    no mundo em desenvolvimento.
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    Escolhemos os ratos.
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    Porque é que escolhemos os ratos?
  • 3:13 - 3:15
    Eles não são nocivos?
  • 3:15 - 3:16
    Bom, realmente,
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    ao contrário do que a maioria
    das pessoas pensa,
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    os ratos são criaturas sensíveis,
    profundamente sociais,
  • 3:26 - 3:30
    Este é o nosso produto
    — o que veem aqui.
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    Há aqui algures um alvo.
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    Vemos um operador,
    um africano treinado
  • 3:41 - 3:43
    com o rato à sua frente
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    que percorre o terreno
    à esquerda e à direita.
  • 3:47 - 3:50
    Ali, o animal encontra uma mina,
    arranha o solo.
  • 3:51 - 3:54
    O animal volta atrás
    para uma recompensa alimentar.
  • 3:54 - 3:56
    Muito simples.
  • 3:56 - 3:58
    Muito sustentável no ambiente.
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    Aqui, o animal recebe
    a recompensa alimentar.
  • 4:04 - 4:06
    É assim que funciona.
  • 4:06 - 4:07
    Muito simples.
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    Porque é que usamos ratos?
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    Porque, apesar de serem
    sociáveis e inteligentes,
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    para muitos de nós são um animal
    com quem não queremos nada.
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    Mas os ratos têm sido usados
    desde os anos 50 do século passado,
  • 4:22 - 4:25
    em todos os tipos de experiências.
  • 4:28 - 4:32
    Os ratos têm mais material genético
    atribuído ao olfato
  • 4:32 - 4:35
    do que qualquer outra espécie mamífera.
  • 4:35 - 4:38
    São extremamente sensíveis aos cheiros.
  • 4:38 - 4:41
    Além do mais, têm os mecanismos
    para mapear todos esses cheiros
  • 4:41 - 4:43
    e comunicá-los.
  • 4:44 - 4:46
    Como é que comunicamos com ratos?
  • 4:46 - 4:49
    Bom, não falamos língua de rato,
  • 4:49 - 4:51
    mas temos um dispositivo
  • 4:51 - 4:53
    um método padrão para treinar o animal
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    que vemos ali.
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    Um dispositivo, que emite
    um determinado som
  • 4:59 - 5:02
    com o qual podemos reforçar
    determinados comportamentos.
  • 5:02 - 5:05
    Primeiro, associamos esse som
    a uma recompensa alimentar
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    que é uma banana esmagada
    com amendoins, dentro duma seringa.
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    Quando o animal
    ouve o clique-comida,
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    clique-comida, clique-comida
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    — portanto, clique é comida —
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    levamo-lo numa gaiola com um buraco
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    e o animal aprende
    a meter o focinho no buraco
  • 5:22 - 5:24
    por baixo do qual
    colocamos um cheiro alvo,
  • 5:24 - 5:26
    durante cinco segundos,
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    o que é muito tempo para um rato.
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    Depois de o animal saber isto,
    tornamos a tarefa mais difícil.
  • 5:33 - 5:36
    Ele aprende a procurar o cheiro alvo
  • 5:36 - 5:41
    numa gaiola com vários buracos,
    até ao máximo de 10.
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    Depois, o animal aprende a andar
    com uma trela ao ar livre
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    e a procurar alvos.
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    Na fase seguinte, os animais aprendem
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    a encontrar minas reais,
    em campos de minas reais.
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    Depois de fazerem isso com eficácia,
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    têm de se qualificar.
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    São testados e credenciados,
  • 6:04 - 6:07
    segundo os Padrões Internacionais
    de Intervenção de Minas,
  • 6:07 - 6:10
    tal como os cães
    que têm de passar um teste.
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    Este consiste em 400 metros quadrados.
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    Há uma série de minas,
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    colocadas escondidas ao acaso
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    e a equipa do treinador e o seu rato
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    têm de encontrar todos os alvos.
  • 6:25 - 6:28
    Se o animal conseguir,
    recebe uma certidão
  • 6:28 - 6:30
    enquanto animal credenciado
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    para poder funcionar no terreno
  • 6:32 - 6:35
    — aliás, tal como os cães.
  • 6:35 - 6:37
    Talvez com uma pequena diferença:
  • 6:37 - 6:38
    podemos treinar ratos
  • 6:38 - 6:41
    por um quinto do preço
    do treino de um cão.
  • 6:43 - 6:46
    Esta é a nossa equipa em Moçambique:
  • 6:46 - 6:48
    um treinador da Tanzânia
  • 6:48 - 6:52
    que transfere as competências
    para estes três moçambicanos.
  • 6:53 - 6:56
    Deviam ver o orgulho
    nos olhos destas pessoas.
  • 6:56 - 6:58
    Têm uma competência,
  • 6:58 - 7:00
    o que os torna muito menos dependentes
  • 7:00 - 7:02
    da ajuda estrangeira.
  • 7:03 - 7:06
    Além do mais,
    uma pequena equipa com um rato
  • 7:06 - 7:08
    como estas quatro pessoas que vemos aqui
  • 7:08 - 7:11
    podem realizar uma grande operação
  • 7:11 - 7:15
    e aumentar grandemente o resultado
    da operação de deteção de minas.
  • 7:15 - 7:17
    Esta pequena equipa
  • 7:17 - 7:20
    precisa, obviamente,
    de veículos pesados
  • 7:20 - 7:23
    e do manual de deteção de minas.
  • 7:23 - 7:27
    Mas com um pequeno investimento
    na capacidade de um rato,
  • 7:28 - 7:30
    demonstrámos em Moçambique
  • 7:30 - 7:34
    que podemos reduzir o custo-preço
    por metro quadrado
  • 7:34 - 7:39
    em mais de 60% do que é
    atualmente normal
  • 7:39 - 7:41
    — dois dólares por metro quadrado.
  • 7:41 - 7:43
    Nós fazemo-lo por 1,18 dólares
  • 7:43 - 7:44
    e ainda podemos baixar esse preço.
  • 7:44 - 7:46
    É uma questão de escala.
  • 7:46 - 7:49
    Se trouxermos mais ratos
    podemos aumentar os resultados.
  • 7:53 - 7:56
    Temos um local de demonstrações
    em Moçambique,
  • 7:56 - 7:59
    Onze governos africanos
  • 7:59 - 8:02
    concluíram que podem ficar
    menos dependentes
  • 8:02 - 8:03
    usando esta tecnologia.
  • 8:03 - 8:05
    Assinaram o pacto
    para a paz e um tratado
  • 8:05 - 8:08
    na região dos Grandes Lagos
  • 8:09 - 8:12
    e recomendam os ratos heróis
  • 8:12 - 8:15
    para limpar as fronteiras comuns
    de minas terrestres.
  • 8:17 - 8:19
    Fora do continente africano,
  • 8:19 - 8:22
    os colombianos começaram
    agora o programa com ratos
  • 8:22 - 8:25
    e recentemente recebemos
    um subsídio para a Tailândia e o Camboja.
  • 8:25 - 8:28
    Precisamos de um subsídio
    correspondente para isso.
  • 8:28 - 8:31
    Mas agora vou falar
    dum problema muito diferente.
  • 8:31 - 8:34
    Vou falar nele durante os últimos minutos.
  • 8:35 - 8:38
    A nível mundial, houve cerca
    de 6000 pessoas, no ano passado,
  • 8:38 - 8:40
    que pisaram uma mina terrestre.
  • 8:40 - 8:42
    Mas, a nível mundial, no ano passado,
  • 8:42 - 8:44
    morreram quase 1,9 milhões
    de pessoas de tuberculose,
  • 8:44 - 8:47
    como primeira causa de infeção.
  • 8:48 - 8:49
    Especialmente em África,
  • 8:49 - 8:53
    onde a tuberculose e o VIH
    estão profundamente ligados,
  • 8:53 - 8:56
    há um enorme problema comum.
  • 8:57 - 9:00
    A microscopia, o procedimento
    standard da OMS,
  • 9:01 - 9:04
    tem uma fiabilidade de 40 a 60%.
  • 9:05 - 9:07
    Na Tanzânia — os números não mentem —
  • 9:07 - 9:11
    só 45% das pessoas
    — doentes com tuberculose —
  • 9:11 - 9:14
    são diagnosticadas com tuberculose,
    antes de morrerem.
  • 9:14 - 9:17
    Ou seja, quem tem tuberculose
  • 9:17 - 9:20
    tem mais hipótese de ela
    não ser detetada,
  • 9:20 - 9:24
    mas morrerá de tuberculose,
    de infeções secundárias, etc.
  • 9:27 - 9:30
    Se, no entanto, for detetada muito cedo,
  • 9:30 - 9:32
    se for diagnosticada muito cedo,
  • 9:32 - 9:33
    pode começar-se com o tratamento,
  • 9:33 - 9:36
    e, mesmo nos VIH positivos, vale a pena.
  • 9:36 - 9:38
    Podemos curar a tuberculose,
  • 9:38 - 9:40
    mesmo em VIH positivos.
  • 9:41 - 9:45
    Ora bem, na nossa língua, o holandês,
  • 9:47 - 9:49
    o nome para a tuberculose é "tering",
  • 9:50 - 9:53
    o que, etimologicamente,
    se refere ao cheiro do alcatrão.
  • 9:54 - 9:56
    Já os antigos chineses
  • 9:56 - 9:59
    e os gregos antigos — Hipócrates —
  • 9:59 - 10:02
    tinham publicado, documentado,
  • 10:02 - 10:05
    que a tuberculose
    podia ser diagnosticada
  • 10:05 - 10:08
    com base nos voláteis
    expelidos pelos doentes.
  • 10:09 - 10:12
    Por isso, colhemos umas amostras
  • 10:12 - 10:13
    — uma forma de testar —
  • 10:13 - 10:15
    nos hospitais,
  • 10:15 - 10:17
    treinámos os ratos com elas
  • 10:19 - 10:21
    e observámos se funcionava.
  • 10:21 - 10:24
    Imaginem, atingimos 89% de sensibilidade.
  • 10:24 - 10:26
    Uma especificidade de 86%,
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    usando múltiplos ratos, em fila.
  • 10:29 - 10:31
    Funciona deste modo.
  • 10:31 - 10:33
    É uma tecnologia genérica.
  • 10:34 - 10:37
    Estamos a falar de explosivos,
    de tuberculose
  • 10:37 - 10:41
    mas podem imaginar que podemos
    tratar de qualquer outra coisa.
  • 10:41 - 10:43
    Como é que funciona?
  • 10:43 - 10:45
    Temos uma cassete com 10 amostras.
  • 10:45 - 10:48
    Pomos essas 10 amostras
    duma vez só na gaiola.
  • 10:48 - 10:51
    Um animal só precisa
    de dois centésimos de segundo
  • 10:51 - 10:54
    para distinguir o cheiro,
    por isso vai rapidamente.
  • 10:54 - 10:56
    Aqui já vai na terceira amostra.
  • 10:56 - 10:59
    Esta é uma amostra positiva,
  • 11:00 - 11:04
    Ouve o som de um clique
    e vai buscar a recompensa alimentar,
  • 11:05 - 11:08
    Ao fazer isso, muito depressa,
  • 11:08 - 11:10
    podemos ter uma segunda opinião
  • 11:10 - 11:13
    para ver quais os doentes
    que são positivos,
  • 11:13 - 11:15
    quais os que são negativos.
  • 11:15 - 11:17
    Apenas como uma indicação
  • 11:17 - 11:19
    enquanto um técnico de microscopia
  • 11:19 - 11:22
    pode processar 40 amostras num dia,
  • 11:22 - 11:25
    um rato pode processar
    a mesma quantidade de amostras
  • 11:25 - 11:27
    apenas em sete minutos.
  • 11:29 - 11:32
    (Aplausos)
  • 11:34 - 11:37
    Uma gaiola como esta,
    desde que haja ratos,
  • 11:37 - 11:41
    — e agora já temos 25 ratos
    para a tuberculose —
  • 11:42 - 11:44
    uma gaiola como esta,
    a funcionar todo o dia,
  • 11:44 - 11:47
    pode processar 1680 amostras.
  • 11:49 - 11:53
    Imaginam o potencial das aplicações
  • 11:53 - 11:55
    — deteção ambiental
  • 11:55 - 11:57
    de poluentes em solos,
  • 11:57 - 11:59
    aplicações alfandegárias,
  • 11:59 - 12:02
    deteção de mercadorias ilícitas
    em contentores, etc.
  • 12:03 - 12:05
    Mas, primeiro, fiquemos pela tuberculose.
  • 12:05 - 12:07
    Quero esclarecer, rapidamente.
  • 12:07 - 12:12
    As barras azuis são os valores
    apenas da microscopia
  • 12:13 - 12:16
    em cinco clínicas,
    quatro clínicas neste caso.
  • 12:16 - 12:18
    Fizemos cinco clínicas em Dar es Salaam,
  • 12:18 - 12:20
    numa população de 500 000 pessoas,
  • 12:20 - 12:23
    em que 15 000 afirmaram
    ter feito uma análise.
  • 12:24 - 12:27
    Microscopia para 1800 doentes.
  • 12:27 - 12:30
    Apresentando as amostras
    mais uma vez aos ratos,
  • 12:30 - 12:33
    depois de obtermos os resultados,
  • 12:33 - 12:37
    aumentámos as taxas de deteção
    em mais de 30%.
  • 12:37 - 12:39
    Durante todo o ano passado,
  • 12:39 - 12:42
    — consoante os intervalos
    que considerarmos —
  • 12:42 - 12:45
    aumentámos consistentemente
    as taxas de deteção de casos
  • 12:45 - 12:47
    em cinco hospitais em Dar es Salaam
  • 12:47 - 12:49
    entre 30 e 40%.
  • 12:50 - 12:51
    Portanto, isto é considerável.
  • 12:51 - 12:54
    Sabendo que um doente
    ignorado pela microscopia
  • 12:54 - 12:56
    infeta umas 15 pessoas,
  • 12:56 - 12:58
    pessoas saudáveis, por ano,
  • 12:58 - 13:02
    podemos ter a certeza
    de que salvámos muitas vidas.
  • 13:02 - 13:06
    Ou seja, os ratos, nossos heróis,
    salvaram muitas vidas.
  • 13:06 - 13:08
    A forma de avançarmos com isto
  • 13:08 - 13:10
    é padronizar esta tecnologia.
  • 13:10 - 13:12
    São coisas muito simples.
  • 13:12 - 13:17
    Por exemplo, temos
    um pequeno laser no buraco
  • 13:21 - 13:24
    onde o animal tem de se manter
    durante cinco segundos.
  • 13:24 - 13:25
    Temos de padronizar isto
  • 13:25 - 13:28
    e padronizar o granulado,
  • 13:28 - 13:30
    as recompensas alimentares
  • 13:31 - 13:33
    e semiautomatizar isso
  • 13:33 - 13:36
    a fim de fabricar isto
    a uma escala muito maior
  • 13:36 - 13:39
    e afetar a vida de muito mais pessoas.
  • 13:40 - 13:44
    Para concluir, também há
    outras aplicações no horizonte.
  • 13:44 - 13:48
    Este é um primeiro protótipo
    do nosso rato-câmara
  • 13:48 - 13:51
    que é um rato com uma mochila de rato
  • 13:51 - 13:53
    com uma câmara
    que pode andar debaixo de entulho
  • 13:53 - 13:58
    para detetar vítimas
    após um tremor de terra.
  • 13:59 - 14:01
    Isto está numa fase de protótipo.
  • 14:01 - 14:04
    Ainda não temos
    um sistema de funcionamento.
  • 14:05 - 14:06
    (Risos)
  • 14:06 - 14:09
    Para concluir, gostava de dizer
  • 14:09 - 14:12
    que podem pensar que estes projetos
    tratam de ratos.
  • 14:12 - 14:14
    Mas, na verdade, trata-se de pessoas.
  • 14:14 - 14:16
    Trata-se de dar poder
    às comunidades vulneráveis
  • 14:16 - 14:19
    para realizarem tarefas
    humanitárias de deteção,
  • 14:19 - 14:21
    difíceis, dispendiosas e perigosas
  • 14:22 - 14:26
    e fazê-las com um recurso local
    muito abundante.
  • 14:26 - 14:29
    Uma coisa muito diferente
  • 14:29 - 14:32
    é continuar a desafiar
    a vossa perceção
  • 14:32 - 14:36
    quanto aos recursos que vos rodeiam,
  • 14:36 - 14:39
    quer sejam ambientais,
  • 14:39 - 14:42
    tecnológicos, animais ou humanos.
  • 14:44 - 14:47
    Para nos harmonizarmos
    respeitosamente com elas
  • 14:47 - 14:50
    a fim de fomentar um mundo sustentável.
  • 14:50 - 14:51
    Muito obrigado.
  • 14:51 - 14:54
    (Aplausos)
Title:
Como ensinei ratos a farejar minas terrestres | Bart Weetjens | TEDxRotterdam
Description:

Bart Weetjens fala do seu projeto extraordinário: treinar ratos para farejarem minas terrestres. Mostra "clips" dos seus "ratos heróis" em ação, e prevê a fase seguinte do seu trabalho: ensiná-los a descobrir a tuberculose no laboratório.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:58

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