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No interior da colónia de formigas — Deborah M. Gordon

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    Pensem em tudo aquilo que
    é preciso acontecer
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    para uma colónia humana vingar:
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    obter alimento,
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    construir abrigo,
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    criar os filhos e muitas outras coisas.
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    Tem de haver uma forma de dividir os recursos,
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    organizar os principais esforços
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    e distribuir o trabalho de forma eficiente.
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    Agora imaginem ter de fazer isto
    sem qualquer espécie de planeamento
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    ou nível de comunicação mais avançado.
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    Bem-vindos à colónia de formigas.
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    As formigas têm das organizações sociais
    mais complexas
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    do reino animal,
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    vivendo em colónias estruturadas
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    que contêm diferentes tipos de membros
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    que desempenham papéis específicos.
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    Mas, embora pareça igual ao que acontece
    em algumas sociedades humanas,
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    esta organização não surge de
    quaisquer decisões a nível superior,
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    mas faz parte de um ciclo
    biologicamente programado.
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    Em muitas espécies,
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    todos os machos alados
    e as rainhas-virgens aladas
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    de todas as colónias vizinhas da população
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    saem dos respectivos ninhos
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    e encontram-se num local central para acasalar,
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    usando feromonas para se orientarem
    mutuamente para um local de acasalamento.
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    Depois de acasalar, os machos morrem,
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    enquanto as fêmeas
    tentam estabelecer uma nova colónia.
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    As poucas que são bem sucedidas
    estabelecem-se num local adequado,
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    perdem as asas
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    e começam a pôr ovos,
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    fertilizando alguns selectivamente com
    o esperma que armazenaram no acasalamento.
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    Os ovos fertilizados crescem
    para serem fêmeas obreiras
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    que cuidam da rainha e dos seus ovos.
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    Irão então defender a colónia
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    e procurar alimento,
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    enquanto os ovos não fertilizados
    crescem para ser machos
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    cujo único trabalho é esperar até
    estarem prontos a sair do ninho
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    e reproduzir-se,
    começando novamente o ciclo.
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    Então, como é que as obreiras
    decidem o que fazer e quando?
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    Bem, na verdade não decidem.
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    Ainda que haja métodos de
    comunicação intencional,
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    as formigas individuais interagem
    umas com as outras
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    através do tacto, do som
    e de sinais químicos.
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    Estes estímulos servem para muitas coisas
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    desde servir de alarme
    para outras formigas, se uma for morta,
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    a assinalar quando uma rainha está
    a chegar ao fim da sua vida reprodutiva.
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    Mas uma das capacidades colectivas mais
    impressionantes de uma colónia de formigas
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    consiste em explorar grandes áreas
    de forma minuciosa e eficiente
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    sem qualquer plano determinado.
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    A maioria das espécies de formigas
    tem pouco ou nenhum sentido de visão
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    e só consegue cheirar coisas
    que estejam próximas.
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    Juntando a isto a sua falta de coordenação
    a um nível elevado,
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    poderia parecer
    que são péssimas exploradoras,
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    mas há uma forma
    surpreendentemente simples
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    de as formigas maximizarem
    a sua eficiência de pesquisa;
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    alterando os padrões de movimentos
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    com base nas interacções individuais.
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    Quando duas formigas se encontram,
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    sentem a presença uma da outra
    tocando as antenas.
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    Se houver muitas formigas numa área
    pequena, isto acontece mais vezes,
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    o que faz com que respondam deslocando-se
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    em caminhos mais retorcidos, aleatórios,
    para procurar mais minuciosamente.
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    Mas numa área maior, com menos formigas,
    onde estes encontros acontecem menos vezes,
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    podem andar em linha recta
    para cobrirem mais terreno.
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    Enquanto explora o seu ambiente desta forma,
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    uma formiga pode encontrar seja o que for,
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    ameaças ou inimigos, ou locais
    alternativos para constituir o ninho.
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    Algumas espécies têm outra capacidade
    conhecida como recrutamento.
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    Quando uma destas formigas
    encontra comida por acaso,
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    regressa com o alimento, marcando
    o caminho com um aroma químico.
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    Outras formigas irão então seguir
    este trilho de feromonas,
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    renovando-o de cada vez que conseguem
    encontrar alimento e regressar.
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    Quando a comida nesse local se esgota,
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    as formigas deixam de marcar o regresso.
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    O aroma dissipa-se e as formigas deixam
    de ser atraídas para esse caminho.
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    Estes métodos aparentemente toscos
    de pesquisa e obtenção de alimento
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    são, na verdade, tão úteis que são
    aplicados em modelos informáticos
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    para se obter soluções optimizadas
    de elementos descentralizados,
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    trabalhando aleatoriamente
    e trocando informações simples.
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    Isto tem muitas aplicações
    teóricas e práticas,
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    desde resolver o famoso problema
    do caixeiro-viajante,
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    a programar tarefas de informática
    e a optimizar as pesquisas na Internet,
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    a permitir que grupos de robôs
    façam buscas num campo minado
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    ou num edifício em chamas, colectivamente,
    sem nenhum controlo central.
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    Mas podem observar directamente
    estes processos
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    fascinantemente simples, mas eficazes,
    através de algumas experiências simples,
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    permitindo às formigas entrar em
    espaços vazios de vários tamanhos
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    e prestando atenção
    ao comportamento delas.
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    As formigas podem não conseguir votar,
    ter reuniões, ou fazer quaisquer planos,
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    mas nós, seres humanos,
    ainda podemos aprender alguma coisa
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    com a forma como criaturas tão simples
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    conseguem funcionar tão eficientemente
    de formas tão complexas.
Title:
No interior da colónia de formigas — Deborah M. Gordon
Speaker:
Deborah Gordon
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/inside-the-ant-colony-deborah-m-gordon

As formigas têm uma das organizações sociais mais complexas do reino animal; vivem em colónias estruturadas que contêm diferentes tipos de membros que desempenham papéis específicos. Parece-nos familiar? Deborah M. Gordon explica como estas incríveis criaturas acasalam, comunicam e obtêm alimento, lançando luz sobre a forma como as suas acções conseguem mimetizar e dar informação sobre o nosso próprio comportamento.

Lição de Deborah M. Gordon, animação de Steve Belfer Creative Inc.

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English
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TED-Ed
Duration:
04:47
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Inside the ant colony
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Inside the ant colony
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