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Learning Creative Learning - Session 2 - Interest-based Learning

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    Mitch: Como eu disse, é ótimo ter Joi Ito e Mimi Ito aqui conosco para falar de aprendizagem baseada em interesse.
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    Mas antes de introduzi-los, quero dar as atualizações para os participantes do curso online.
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    Estamos realmente estusiasmados com as atividades no Google+ na semana passada.
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    Alguém da comunidade disse que assistir a comunidade do curso no Google+ usurpou todo o seu tempo de twitter.
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    Na verdade eles perceberam que foi uma boa troca, então estamos felizes de proporcionar às pessoas novas formas de usar seu tempo online.
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    Para os que estão aqui, nós achamos realmente interessante ver toda comunicação rolando entre milhares de participantes online.
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    Eu só queria mencionar algumas coisas para os participantes online. Nós ainda recebemos questões sobre onde encontrar certas informações.
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    E incentivamos as pessoas a verificar a coluna esquerda do Google+. Lá tem um link para os anúncios da equipe.
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    Lá, anunciamos os que estamos oferecendo no MIT. Por isso já houve anúncios nesta semana. Por exemplo, se você quiser postar perguntas
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    para seres respondidas por Joi e Mimi, lá informamos como fazê-lo. Então, sugiro que você confira o informativos da equipe sobre como participar
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    ativamente no curso. Coloquei um informativo que diz como lidar com as leituras no espírito da aprendizagem por interesse, de que estamos tratando
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    esta semana. Encorajo as pessoas para encontrar leituras que as interesse mais, se aprofundem, e procurem por outras coisa em, tópicos relacionados.
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    Se algo parecer pouco interessante, podem "ler por cima". Encontre as partes que te interessam. Nós colocamos as leituras lá para tentar captar o seu interesse
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    mas olhe para elas e mergulhe nas coisas que mais te interessam. Também há instruções semanais para que participem das discussões nos seus pequenos grupos
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    lá na coluna da esquerda. Nós temos os e-mails semanais, uma outra opção para procurar formas de se engajar
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    com seus grupos. Também sabemos que alguns dos grupos menores tem estado bastante ativos essa semana, enquanto outros tem estado menos ativos.
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    As forma como colocamos as pessoas nos grupos é aleatória, então alguns grupos podem ser mais ativos que outros. Nos informativos da eqipe nós damos algumas dicas de como
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    agir caso seu grupo nao esteja muito ativo, como trocar de grupo ou achar uma forma de motivá-los. Então dê uma olhadinha nesses informativos se você quiser saber mais.
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    Nós também estamos muito felizes em como as pessoas tem adicionado novos elementos às comunidades. Penso que já falamos brevemente na semana passada
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    do Adriano, que criou um mapa dos participantes no Google Maps. Aqui está como ele se parece. Eu capturei ele na noite passada, então aqui está. É realmente
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    uma bela comunidade global. Vimos pessoas de todas as partes do mundo. Mas além disso, nós vimos onde
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    os pequenos grupos estão se formando. Eu gostei desse aqui, que foi depois que havia apenas
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    duas marcações, uma em Boston e uma no Peru. Então tinha um comentário que dizia "estas duas marcações no mapa já fazem o mundo parecer bem mais conectado".
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    Então, de novo, pessoas começam a ver como eles se conectam através dos grupos. Nós temos visto diversas maneiras de se conectar.
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    Eu tenho essa foto de uma escola aqui em Cambridge, Shady High School, onde vinte e cinco dos educadores e administradores se inscreveram nesse curso.
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    Eles estão assistindo juntos e fazendo isso como parte do desenvolvimento profissional dos educadores de lá.
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    Mas isso também acontece ao redor do mundo. Aqui estão algumas imagens da Etiópia, onde um educador, John Iglar, organizou o desafio do marshmallow que nós
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    apresentamos na semana passada. Ele convidou alguns pais de crianças para fazer o desafio. Isso estimularou uma reflexão
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    sobre os diferentes tipos de aprendizagem entre as crianças e os pais. Mas eles foram além. Eles pegaram algumas das leituras da primeira semana nessa
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    sessão na Etiópia, e fizeram um recorte e colagem, mixando os textos de forma que eles representassem a forma como eles pensavam sobre aprendizagem,
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    Então tem sido ótimo ver as formas que as pessoas estão lidando com curso, remixando, sugerindo atividades para outras pessoas na comunidade online.
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    É legal ver que algumas pessoas estão realmente ressoando as ideias que estão nos textos e discutindo-as. Aqui está uma citação que eu peguei
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    da comunidade. "Eu só li o texto sobre educação formal vs. educação informal. A experiência de Joi Ito com educação formal é tão similar à minha." Então é ótimo ver
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    pessoas ressoando e discutindo suas próprias experiências. Assim como ver várias pessoas se sentem desafiadas com as mudanças e que há muita
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    discussão na comunidade online sobre o que eles veem como desafios. Por ex., aqui um diz: "Eu adoro toda a premissa da aprendizagem baseada no interesse, mas como
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    professor de escola pública eu luto para integrar isso como a estrutura padrão". Ou esta de um pai, do ponto de vista dos pais:
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    "Eu não vejo como qualquer escola na minha área poderia incorporar aprendizagem por interesse de forma inovadora quando o Estado força as crianças
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    em uma estrtura rígida e quadrada." Então as pessoas estão botando pra fora e vendo os desafios. E estas são questões que nós queremos discutir ao longo do
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    semestre. Promovendo uma visão e um melhor entendimento da visão, mas também ver como lidamos com os desafios trazendo isso à tona.
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    Navegar pela comunidade no Google+ foi ótimo para ver quantas pessoas estão respondendo a questão sobre o objeto da infância, no espírito do
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    Seymour Papert's Gears. Então eu peguei alguns deles. Da Maria, que falou que ganhou um kit de lápis de cor na infância na Rússia e que quando
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    emigou para os EUA, trouxe eles com ela as experiências que teve com os lápis de cor. Ou a Rosa falando sobre se mudar ainda pequena
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    de Porto Rico e que a avó dela, no South Bronx, deu à ela um nintendo e como isso deu à ela um novo começo
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    para sua vida, de ficar entretida e aprender em diferentes formas. Outros, como a helen, falaram sobre sua paixão pelos livros e em criar mundos pararelos
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    através dos livros que lia na infância. Uma da invenções favoritas pra mim é do Jeff, que queria ganhar uma máquina de escrever que tinha visto em um catálogo
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    e seus pais não deram, então ele inventou sua própria máquina de escrever e disse que hoje ele trabalha como engenheiro de papéis (não estou certo do que isso significa
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    mas vem da experiência anterior de inventar a máquina). Então, mesmo a apresentação, essa bela colagem de ideias diversificadas
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    sobre a infância da Julia, com objetos que ela teve contato quando pequena. E então algumas pessoas se reconheceram em alguns
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    e vimos quão rico foi perguntar sobre os objetos de infância. Miriam estava compartilhando. E acredito que essa é uma das coisas que nós
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    mais gostamos quando pedimos que as pessoas falem sobre seus objetos de infância. Realmente o que vem daí é aprendizado sobre o processo de aprendizagem e
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    as relações de aprendizagem. Acredito que nós vemos isso se você se enveredar pela comunidade para ver todas essas histórias. Você verá tanto sobre o a relação entre
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    relacionamentos e aprendizagem, as conexões como parte do aprendizado, do processo de aprendizagem. E focando nos objetos pudemos trazer muito disso à tona.
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    Acredito que em outro tema desse curso, veremos como focar em objetos e o concreto pode abrir para explorações sobre as redes
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    que as pessoas estão. Então, com isso como plano de fundo, pensei ser uma boa forma de começar a conversa com Joi e Mimi sobre a aprendizagem baseada em interesse.
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    Pensando sobre isso, e nós temos aqui as imagens de Joi e Mimi, novamente parabens para Mimi por compartilhar essa amável foto da sua infância. Mimi, para começar
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    falando para eles sobre os objetos da infância que interessavam à eles, que influenciaram eles ao olhar pro passado, que objetos eles brincavam
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    e subsequentemente. Mimi, você quer começar? Mimi: Oh, de qualquer forma, com certeza estou feliz de começar porque vou falar de Joi e é um pouco difícil falar sobre
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    os objetos da infância sem implicar seu irmão nisso. Você sabe, eu estava pensando, e eu amo histórias. Eu pesquisei um pouco na net e gostei de uma imagem
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    de engrenagens, mas eu vou com um exemplo mais menininha que é brincar com bichinhos de pelúcia, que eu fazia quando eu era criança. Penso que esse tipo de mistura na infância
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    e mexer em objetos que não foram brincados o suficiente, por causa da dinâmica de gêneros dessa discussão é brincar de boneca. E para mim, eu nao gostava
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    das bonecas de plástico, mas amava os bichinhos de pelúcia. Eu tinha uma mega coleção. E nós criávamos, e eu incluia meu irmão nisso, enormes narrativas
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    fantasiosas e rearranjávamos nossas salas e porões para criar cidades em que os animais morariam. O interessante
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    sobre isso não é apenas uma espécie do tipo óbvio de vida de fantasiosa ligada à cultura popular e outras coisas que as crianças podem incluir ao brincar de boneca, mas sim toda
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    a negociação social e política que havia em criar narrativas em conjunto com amigos e irmãos. Então em penso que essa é uma grande parte
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    da experiência de aprendizagem relacionada ao interesse em coisas como personagens, narrativa e cultura popular, mas também de varios interesses que acabaram incentivando
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    meu aprendizado e vida profissional subsequentemente, como se realmente tivesse a ver com aquelas crianças negociando coisas e contruindo culturas coletivamente, como você tem que
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    navegar por esses relacionamento complicados e hierarquias como os personagens que ficavam poderosos na historinha. Então penso que foi realmente um
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    conjunto de experiências possíveis para mim. Provavelmente, ele se sente diferente em aspectos importantes também, na ideia de mexer com os objetos de um modo mais solitário.
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    Mitch: Em alguns aspectos, talvez se possa dizer que você tratava com os relacionamentos? Ainda era um tipo de tratamento, mas tratando de relacionamentos?
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    Mimi: Com certeza, foi definitivamente um tratamento, como um efeito colateral de que fazíamos muitas construções, gostávamos de fazer estes fortes e
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    construir uma tonelada de coisas, mas era tudo a serviço da história, desenvolvimento da narrativa e personagem, e negociação política. Assim a construção de coisas era
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    diferente de construir fortes por causa da construção fortes. Eu acho que foi um processo diferente. Eu acho que as crianças diferentes são provavelmente
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    atraídos para a construção, para realizar através de diferentes pontos de acesso. Mitch: Joi? Joi: É um esforço para mim, porque eu não me lembrava de nada tão interessante como engrenagens
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    que tenha fundamentalmente mudado meu modelo cognitivo. Eu apenas apontarei duas coisas diferentes. O objeto que eu era obcecado, quando eu era muito muito pequeno
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    eram as chaves. Eu colecionava chaves. Para mim isso era mais como uma filosofia do que um modelo cognitivo. Porque, para mim, portas fechadas eram como se
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    a autoridade ficasse em meu caminho, e as chaves eram o caminho para eu passar por elas. Era como se eu tivesse que roubar as chaves de meu pai
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    ou algo assim. Esse era o jeito de "hackear" o sistema que me impedia o acesso. Provavelmente é por isso que eu gosto de crachás e você não.
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    Eu não penso que isso tenha realmente mudado o meu jeito de pensar o modo com que o mundo foi feito. Mitch: Eu estou muito surpreso por você dizer que não foi nada tão profundo como engrenagens.
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    Para mim, isso parece profundo. Ouço você falar sobre chaves, e eu penso em Creative Commons, com o acesso aberto. Joi: Sim, há definitivamente
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    uma chave que está ligada à abertura e querendo acesso, ou coisas assim. Mas algo que na verdade não era meu objeto, mas lembro muito claramente, foi ter trabalhado em uma empresa
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    que era tocada por um gênio da físico-química chamado Stan Ovshinsky. Ele tinha abandonado o Ensino Médio, mas inventou o campo dos materiais amorfos.
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    Ele fez o primeiro interruptor de limiar amorfo. Ele era um gênio, e tinha um monte de patentes, e foi laureado pela Nobel com seus amigos... Ele tinha esses limpadores de cachimbo e
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    bolas de isopor. Ele sentava e os juntava como moléculas. Sacudia aquilo e dizia: "Percebe essas ligações pendentes? Eu aposto que, se colocarmos germanium aí
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    isso vai aumentar a proficiência fotovoltáica." Quando você tem essa laureado pela Nobel rabiscando coisas ao dizer:
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    "Bem, isto é como parece quando você escreve matematicamente." Mas ele não falava matematicamente. Ele me falou sobre ciência, sacudindo objetos físicos, e para mim isso foi
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    o motivo pelo qual me tornei cientista. Porque pensei que ciência era esse entendimento intuitivo das coisas, como as moléculas de isopor e limpadores de cachimbo.
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    Por isso que a Universidade foi um grande choque para mim. Porque para mim as coisas não eram como meu professor de física explicava, mas sim como o meu mentor me explicava.
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    Era sempre sobre objetos físicos, como fazer sorvete. Fazendo sorvete, ele me ensinava sobre cristais e coisas assim. Então, para mim, os objetos da ciência eram
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    como eu tinha aprendido sobre ciência. Mais tarde aprendi que não era assim que era ensinado nas escolas. De modo que, na verdade, para mim foi muito importante para o meu
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    desenvolvimento cognitivo. Porque eu pensei, realmente muito cedo, que toda ciência e tecnologia poderia ser explicada intuitivamente através de modelos físicos.
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    E que, entendendo que era assim que a ciência é compreendida, e eu não sabia que você tinha que aprender através de palavras e números. Eu ainda acredito nisso.
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    Mitch: Isso realmente me toca. Na faculdade, eu era destacado em física, mas não fui em frente. O que me desanimou foi que nos estágios iniciais eu podia ter uma compreensão intuitiva
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    das coisas que estávamos aprendendo. Quando entrei nos últimos anos sendo destacado em física, ainda podia manipular as fórmulas e obter
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    as respostas certas. Mas eu não tinha um sentimento intuitivo, e isso fez com que se perdesse o apelo para mim. Joi: Mas eu queria culpar os professores por isso. Porque quando você assiste as palestras de Feynman
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    e mesmo quando você fala... Mesmo mais tarde em minha vida, eu também fui alguém destacado em física que parou. Quando eu vou ficar realmente frustrado, lembro de evocar David Adler que foi
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    diretor de física do MIT. Quando eu estava no Ensino Médio, meu professor de física não podia explicá-lo para mim... Mas eu realmente penso que é assim que as coisas funcionam relativamente.
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    Ele [Adler] poderia explicar isso para mim de modo intuitivo. Eu penso que, se você entende realmente, é capaz de explicar de modo intuitivo. O que acontece é que
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    temos um sistema de ensino desenvolvido até um ponto onde as pessoas que ensinam não tem uma compreensão intuitiva, então se cai de volta nas fórmulas e estruturas.
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    Mas eu penso que as pessoas que inventam novas coisas atualmente têm um modelo intuitivo de tudo. Mitch: Mimi, esta discussão é sobre formas intuitivas fora da sala de aula
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    e sobre como isto entra em conflito com o que ocorre dentro da sala de aula. Talvez, se você puder, então ir adiante, das experiências de infância às experiências de sala de aula.
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    Novamente, vocês têm disciplinas diferentes e domínios diferentes. Mas de que modo você percebe as conexões entre seu aprendizado fora da escola
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    e seu aprendizado escolar, que obviamente é o tema de nosso trabalho de hoje. Eu estaria interessado em, quando você cresceu, quais eram para você as conexões entre
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    dentro e fora da escola? Mimi: Sim! Isso é interessante, porque, crescendo com Joi, éramos aprendizes muito diferentes. Eu sempre fui o que chamo de uma espécie de
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    aprendiz corporativo. Eu me saí muito bem com a instrução institucionalizada. Eu suponho ter sido na escola o que nossos professores atuais chamam de "agradável". Joi era muito mais um aprendiz focado em
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    seus próprios interesses. Em muitos aspectos, a pesquisa que eu estou fazendo agora é focada na aprendizagem baseada em interesses. Muita coisa está aí relacionando minhas observações de Joi e nossas diferenças
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    quando crescíamos, porque éramos muito próximos, mas tínhamos estilos diferentes de interagir com organizações e desenvolver relacionamentos. Penso que, para mim, não era tanto um conflito
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    com o que eu estava fazendo na escola e fora da escola, mas a experiência formativa para mim foi estar crescendo em um ambiente bicultural, onde passei bastante tempo
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    situada fora de uma cultura, observando e tentando entender como funcionava. Então, de certa forma, eu apliquei isso no que estava acontecendo na escola. Como se estivesse na escola, descobrindo
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    e entendendo a estrutura de como e quais são as expectativas, o que as conquistas são, como obter reconhecimento. Não é tão difícil se conformar, se você tiver vontade de fazê-lo.
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    Para mim, sempre se tratou de quebrar o código social e descobrir o quê fazer com ele. Sempre penso que, para mim, ser um outsider cultural foi realmente formativo.
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    Agora, eu penso que Joi responderia a esse mesmo conjunto de circunstâncias de um modo realmente diferente. Penso que, ao final do dia, interesses podem ser mais amplos do que usualmente
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    pensávamos sobre aprendizagem baseada em paixão. Pode ser interessante no sentido de relevância para sua vida. Penso que entender culturas para mim esteve relacionado com sobreviver ao crescimento.
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    Eu tinha um extremo interesse nisso porque era altamente relevante para o que eu precisava fazer para sobreviver como um estrangeiro em uma cultura desconcertante e gostaríamos de ir e vir
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    entre os Estados Unidos e o Japão, então iríamos buscá-lo em ambos os destinos. Nós realmente nunca nos encaixamos culturalmente. Para mim, me tornar uma antropóloga cultural
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    foi realmente construído sobre esta experiência formativa de aprendizagem altamente relevante e motivada. Mesmo que não fosse necessariamente no sentido que você considera paixão ou base em interesses
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    em música ou artes, ou algo assim. Isso modulou totalmente o que eu finalmente acabei fazendo mais tarde em minha vida. Mitch: Penso que é uma ideia importante que o interesse não seja apenas algo que
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    você mesmo desenvolve totalmente por si. Algumas vezes quando falamos sobre aprendizagem baseada em interesses, um equívoco que encontro, e isso é frequentemente difícil de dizer, se dissermos que queremos mudar
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    para longe da sala de aula tradicional para termos mais aprendizagem baseada em interesses, é como se as pessoas pensassem "Oh! Apenas deixem as crianças a sós, então farão coisas por conta própria e poderão desenvolver
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    seus interesses por si mesmas. Isso tudo não é o que significa. Joi: Estranho! Posso perguntar? Mitch: É claro! Joi; É algo que me intriga, jogos são uma parte importante
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    do meu interesse e eu não penso que Mimi jogava muito. Mas estou curioso sobre sua estrutura, mas acho que também sobre seu tempo... É como se eu não pudesse pensar para além da metade de um dia
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    em termos de meu interesse. Então eu buscava qualquer coisa que desse um feedback imediato. Considero que minha irmã podia planejar para muito mais longe, e dizer "se quero estar lá
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    - é como uma enxadrista - então tenho que fazer determinadas coisas". Ela podia planejar os movimentos defensivos e dizer "OK! Preciso fazer isso". A pergunta que faço é
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    havia alguma jogabilidade naquilo, ou a ansiedade guiava, ou era mais como se eu tentasse... qual era o componente emocional daquela trajetória, da sua trajetória de longa duração?
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    Mimi: Penso que... Não penso que devamos associar isso com efeitos - a necessidade de jogar tanto. Havia experimentação e jogo em determinada medida.
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    Penso que você era muito mais como um inventor, um experimentador, enquanto estudante. Penso que para mim seria como um jogo no sentido de otimizar
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    ou tentar obter. Isso não é necessariamente como planejar, no sentido de saber onde está indo para terminar. Mas se você tem um sistema, se sua organização é como escola ou como jogo
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    ou algo assim... é o bastante para lidar com os limites do sistema. Se você passar a entender a cultura e a sociedade, e como elas operam, então você pode maximizar a jogabilidade deste sistema.
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    Nesse sentido, eu faço um monte de pesquisas sobre os jogadores e há estilos muito diferentes de jogo. Alguns jogadores realmente entrar em uma espécie de essas formas mais finais do jogo de jogo. Alguns jogadores realmente se engajam nesses jogos mais de finalização.
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    Alguns são muito mais sociais e exploratórios. Penso que mesmo quando falamos de jogar, é como a aprendizagem baseada em interesses. Penso que há esse tipo de noção idealizada
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    onde o efeito incinde sobre o prazer, a diversão e a exploração. Mas penso que há outros modos de influir que podem levar à experimentação e aprendizagem baseada em pesquisas
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    que não tenham necessariamente aquela dimensão afetiva e que têm essa busca pela excelência ou pela produtividade, ou fazer sua melhor contribuição para o Mundo
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    para a coletividade. Há uma espécie de diferentes modos afetivos, como aponta Mitch, que tratam do interesse. Estamos usando o termo "relevância" muito além do "interesse"
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    apenas para assinalar e para abrir a diferentes estilos de aprendizagem. Então, não se trata de um ser melhor que outro. Penso que pessoas diferentes, jovens diferentes tem
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    diferentes tipos de registros afetivos, coisas diferentes que os guiam e motivam. Alguns jovens são guiados pelo social, alguns tem uma paixão individual por algo.
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    Alguns se dirigem às brincadeiras, outros à competição, e todas essas coisas são partes da paleta do que pode motivar a aprendizagem, o que pode motivá-los a contribuir.
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    Penso que o ponto que estamos buscando, pelo menos com nossas ideias de aprendizagem conectada e de aprendizagem baseada em interesses é realmente ampliar
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    os tipos de pontos de entrada, caminhos, motivações e modos de reconhecimento da aprendizagem, para podermos acomodar maior diversidade de estilos.
Title:
Learning Creative Learning - Session 2 - Interest-based Learning
Description:

A panel conversation between Mitch Resnick, Joi Ito, and Mimi Ito - discussing interest-based learning and personal experience with learning and education.

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Video Language:
English
Duration:
59:35

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

Revisions