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Você pode ajudar a impedir a violência contra jovens negros | Verna Myers | TEDxBeaconStreet

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    Eu estava numa viagem longa nesse verão
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    e estava me divertindo muito,
    ouvindo o livro incrível
  • 0:24 - 0:28
    de Isabel Wilkerson
    "O Calor de Outros Sóis".
  • 0:28 - 0:37
    Ele documenta 6 milhões de negros
    fugindo do Sul de 1915 a 1970
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    buscando um refúgio de toda a brutalidade
  • 0:41 - 0:45
    e tentando encontrar
    uma oportunidade melhor no Norte,
  • 0:45 - 0:49
    e ele estava repleto de histórias
    sobre a resiliência e esplendor
  • 0:49 - 0:51
    dos afro-americanos,
  • 0:51 - 0:56
    e era também muito difícil ouvir
    todas as histórias dos horrores
  • 0:56 - 0:59
    e da humildade e todas as humilhações.
  • 1:01 - 1:06
    Foi especialmente difícil ouvir
    sobre os açoitamentos e queimaduras
  • 1:06 - 1:08
    e os linchamentos de homens negros.
  • 1:08 - 1:11
    E eu disse: "Sabem,
    isso é um pouco profundo.
  • 1:11 - 1:15
    Eu preciso de um tempo.
    Vou ligar o rádio."
  • 1:16 - 1:18
    Eu o liguei e lá estava:
  • 1:18 - 1:21
    Ferguson, Missouri,
  • 1:21 - 1:23
    Michael Brown,
  • 1:23 - 1:25
    um negro de 18 anos de idade,
  • 1:25 - 1:31
    desarmado, baleado por um policial
    branco, caído no chão, morto,
  • 1:31 - 1:35
    sangue escorrendo por quatro horas
  • 1:35 - 1:40
    enquanto sua avó e criancinhas
    e seus vizinhos observavam horrorizados
  • 1:40 - 1:42
    e eu pensei,
  • 1:43 - 1:45
    aqui está novamente.
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    Essa violência, essa brutalidade
    contra homens negros
  • 1:49 - 1:52
    vem acontecendo há séculos.
  • 1:52 - 1:57
    Quero dizer, é a mesma história.
    Apenas com nomes diferentes.
  • 1:57 - 2:00
    Poderia ter sido Amadou Diallo.
  • 2:02 - 2:04
    Poderia ter sido Sean Bell.
  • 2:05 - 2:07
    Poderia ter sido Oscar Grant.
  • 2:09 - 2:11
    Poderia ter sido Trayvon Martin.
  • 2:12 - 2:15
    Essa violência, essa brutalidade,
  • 2:15 - 2:18
    é algo que é realmente parte
    da nossa psique nacional.
  • 2:18 - 2:21
    É parte da nossa história coletiva.
  • 2:21 - 2:23
    O que nós vamos fazer a respeito?
  • 2:24 - 2:27
    E eu sei que na verdade devemos exigir
  • 2:27 - 2:29
    justiça por Ferguson, Missouri,
  • 2:29 - 2:31
    e eu não sei o que eles vão fazer
  • 2:31 - 2:34
    quando eles voltarem
    do Grande Júri, eu não sei,
  • 2:34 - 2:36
    mas eu sei que as pessoas responsáveis
  • 2:36 - 2:38
    têm de ser responsabilizadas
  • 2:38 - 2:41
    e as instituições têm que ser
    responsabilizadas também,
  • 2:41 - 2:44
    e provavelmente é preciso haver
    treinamento para os policiais
  • 2:44 - 2:47
    e deve haver mais monitoramento
    desses eventos,
  • 2:47 - 2:49
    e precisamos de novas leis,
  • 2:49 - 2:52
    mas eu quero saber, o que eles vão fazer
  • 2:52 - 2:55
    a respeito do Ferguson
    que está dentro de nós?
  • 2:56 - 3:00
    Sabem, aquela parte de nós
    que ainda cruza a rua,
  • 3:02 - 3:04
    tranca as portas,
  • 3:04 - 3:06
    agarra as bolsas,
  • 3:06 - 3:08
    quando vemos um jovem negro?
  • 3:08 - 3:10
    Aquela parte.
  • 3:11 - 3:15
    Quero dizer, sei que não estamos
    atirando nas pessoas pelas ruas,
  • 3:15 - 3:19
    mas estou dizendo que os mesmos
    estereótipos e preconceitos
  • 3:19 - 3:22
    que estimulam aqueles exemplos
    de incidentes trágicos
  • 3:22 - 3:24
    estão em nós.
  • 3:24 - 3:27
    Nós fomos educados neles também.
  • 3:28 - 3:34
    Eu acredito que possamos impedir
    esses tipos de incidentes,
  • 3:35 - 3:37
    que esses Fergusons aconteçam,
  • 3:38 - 3:42
    olhando para dentro e estando
    dispostos a mudar a nós mesmos.
  • 3:43 - 3:46
    Então tenho um chamado à ação para vocês.
  • 3:46 - 3:50
    Existem três coisas que quero
    oferecer hoje para refletirmos
  • 3:50 - 3:54
    como maneiras de impedir
    que Ferguson aconteça novamente;
  • 3:55 - 3:58
    três coisas que eu acho que nos ajudarão
  • 3:58 - 4:01
    a corrigir nossas imagens
    dos jovens negros;
  • 4:01 - 4:06
    três coisas que eu espero
    não apenas irão protegê-los,
  • 4:06 - 4:10
    mas vão abrir o mundo
    para que eles possam prosperar.
  • 4:10 - 4:12
    Vocês podem imaginar isso?
  • 4:12 - 4:16
    Podem imaginar o nosso país
    incluindo os jovens negros,
  • 4:16 - 4:21
    vendo-os como parte do nosso futuro,
    dando-lhes o tipo de abertura,
  • 4:21 - 4:25
    um tipo de benevolência que
    damos àqueles que amamos?
  • 4:25 - 4:29
    Quanto melhor seriam as nossas vidas?
    Quanto melhor seria o nosso país?
  • 4:29 - 4:32
    Deixem-me começar com o número um.
  • 4:33 - 4:35
    Temos que nos livrar da negação.
  • 4:38 - 4:40
    Parem de tentar ser boas pessoas.
  • 4:40 - 4:42
    Precisamos de pessoas verdadeiras.
  • 4:42 - 4:44
    Eu faço muitos trabalhos de diversidade
  • 4:44 - 4:47
    e as pessoas vêm até mim
    no começo dos seminários
  • 4:47 - 4:51
    e dizem: "Oh, Senhorita Diversidade,
    estamos muitos felizes por estar aqui...
  • 4:51 - 4:53
    (Risos)
  • 4:53 - 4:55
    mas não temos um pingo
    de preconceito em nosso sangue".
  • 4:56 - 4:58
    E eu digo: "É mesmo?
  • 4:58 - 5:02
    Porque eu faço esse trabalho todo dia
    e vejo todos os meus preconceitos."
  • 5:02 - 5:05
    Não faz muito tempo, eu estava num voo
  • 5:05 - 5:10
    e ouvi a voz de uma pilota
    no sistema de alto-falante,
  • 5:10 - 5:12
    e fiquei muito empolgada e emocionada.
  • 5:12 - 5:15
    Eu pensei: "Mulheres, estamos arrasando.
  • 5:15 - 5:17
    Estamos na estratosfera agora."
  • 5:17 - 5:21
    Estava tudo bem, até que começou
    a ficar turbulento e instável,
  • 5:21 - 5:22
    e eu pensei,
  • 5:22 - 5:24
    "Espero que ela saiba pilotar."
  • 5:24 - 5:26
    (Risos)
  • 5:26 - 5:27
    Pois é, certo?
  • 5:27 - 5:29
    Mas eu nem sabia que era preconceito
  • 5:29 - 5:33
    até eu voltar o outro trecho da viagem
    e tem sempre um cara pilotando
  • 5:33 - 5:37
    e é geralmente turbulento e instável e eu
    nunca questionei a confiança de um piloto.
  • 5:37 - 5:39
    O piloto é bom.
  • 5:39 - 5:41
    Agora, aqui está o problema.
  • 5:43 - 5:48
    Se me perguntarem explicitamente,
    eu diria: "Uma pilota: incrível!"
  • 5:49 - 5:53
    Mas parece que quando as coisas apertam
    e ficam um tanto difíceis, arriscadas,
  • 5:54 - 5:57
    eu me apoio em um preconceito
    que eu nem sabia que tinha.
  • 5:57 - 6:00
    Sabem, aviões rápidos no céu,
  • 6:00 - 6:02
    eu quero um homem.
  • 6:02 - 6:04
    Esse é o meu padrão.
  • 6:04 - 6:06
    Homens são o meu padrão.
  • 6:07 - 6:09
    Quem é o padrão de vocês?
  • 6:10 - 6:12
    Em quem vocês confiam?
  • 6:12 - 6:14
    De quem vocês têm medo?
  • 6:14 - 6:17
    A quem vocês se sentem
    implicitamente conectados?
  • 6:17 - 6:20
    De quem vocês fogem?
  • 6:20 - 6:23
    Vou contar a vocês o que descobrimos.
  • 6:23 - 6:28
    O teste implícito de associação,
    o qual mede preconceito inconsciente,
  • 6:29 - 6:30
    você pode fazer on-line.
  • 6:30 - 6:33
    Cinco milhões de pessoas já o fizeram.
  • 6:33 - 6:35
    Verificou-se que nosso padrão é o branco.

  • 6:36 - 6:38
    Nós gostamos de pessoas brancas.
  • 6:39 - 6:41
    Nós preferimos brancos.
    O que quero dizer com isso?
  • 6:41 - 6:46
    Quando mostram imagens de
    homens negros e brancos às pessoas
  • 6:46 - 6:50
    conseguimos associar mais rapidamente
  • 6:50 - 6:55
    aquela foto com uma palavra positiva,
    a pessoa branca com a palavra positiva,
  • 6:55 - 6:57
    do que quando estamos tentando associar
  • 6:57 - 7:00
    o positivo a um rosto negro e vice-versa.
  • 7:01 - 7:03
    Quando vemos um rosto negro,
  • 7:03 - 7:08
    é mais fácil para nós conectar
    o negro com o negativo
  • 7:09 - 7:11
    do que é com o branco e o negativo.
  • 7:11 - 7:16
    Setenta por cento das pessoas brancas
    fazendo aquele teste preferem os brancos.
  • 7:17 - 7:21
    Cinquenta por cento de pessoas negras
    fazendo aquele teste preferem os brancos.
  • 7:22 - 7:26
    Vejam, nós estávamos todos fora
    quando a contaminação aconteceu.
  • 7:28 - 7:34
    O que fazemos com o fato de que
    nosso cérebro associa automaticamente?
  • 7:35 - 7:40
    Sabem, uma das coisas que vocês
    estão pensando provavelmente,
  • 7:40 - 7:42
    e vocês talvez pensem: "Quer saber?
  • 7:42 - 7:46
    Eu vou simplesmente apostar tudo
    na indiferença à cor.
  • 7:46 - 7:48
    Sim, vou me comprometer com isso."
  • 7:48 - 7:50
    Vou sugerir isso a vocês: não.
  • 7:50 - 7:53
    Nós já fomos ao limite
    tentando fazer uma diferença
  • 7:53 - 7:55
    tentando não ver a cor.
  • 7:55 - 7:59
    O problema nunca foi o de vermos a cor.
    Era o que fazíamos quando víamos a cor.
  • 7:59 - 8:01
    É um ideal falso.
  • 8:03 - 8:06
    E enquanto estamos
    ocupados fingindo não ver,
  • 8:06 - 8:09
    não estamos conscientes das maneiras
    nas quais a diferença racial
  • 8:09 - 8:15
    está mudando as possibilidades das
    pessoas, que as impedem de prosperar
  • 8:15 - 8:19
    e às vezes causa a morte prematura delas.
  • 8:20 - 8:25
    Então, na verdade, o que os cientistas
    estão nos dizendo é: esqueçam.
  • 8:25 - 8:28
    Nem pensem em indiferença à cor.
  • 8:28 - 8:30
    Na verdade, o que eles estão sugerindo é,
  • 8:30 - 8:35
    encarem algumas pessoas negras incríveis.
  • 8:35 - 8:37
    (Risos)
  • 8:37 - 8:42
    Olhem diretamente para
    os rostos delas e os memorizem,
  • 8:42 - 8:47
    porque quando olhamos
    para pessoas incríveis que são negras,
  • 8:47 - 8:49
    isso ajuda a desassociar
  • 8:50 - 8:54
    a associação que acontece
    automaticamente no nosso cérebro.
  • 8:55 - 9:00
    Por que vocês acham que estou mostrando
    esses homens negros lindos atrás de mim?
  • 9:01 - 9:04
    Havia tantos que tive que eliminá-los.
  • 9:04 - 9:06
    Certo, então a coisa é:
  • 9:06 - 9:11
    estou tentando restaurar suas associações
    automáticas sobre quem são homens negros.
  • 9:11 - 9:13
    Estou tentando lembrar vocês
  • 9:14 - 9:19
    de que jovens negros cresceram
    para ser seres humanos incríveis
  • 9:19 - 9:23
    que mudaram e melhoraram a nossa vida.
  • 9:24 - 9:26
    Então, esta é a questão.
  • 9:27 - 9:30
    A outra possibilidade na ciência,
  • 9:30 - 9:33
    está mudando temporariamente
    nossas suposições automáticas,
  • 9:33 - 9:35
    mas sabemos de uma coisa,
  • 9:35 - 9:40
    que se você escolher
    uma pessoa branca que é detestável
  • 9:40 - 9:43
    e a coloca próxima a uma pessoa de cor,
  • 9:43 - 9:45
    uma pessoa negra, que seja fabulosa,
  • 9:45 - 9:48
    isso, às vezes, faz com que
    desassociemos também.
  • 9:49 - 9:54
    Então pensem em
    Jeffrey Dahmer e Colin Powell.
  • 9:54 - 9:56
    Simplesmente encare-os, certo? (Risos)
  • 9:56 - 9:59
    Então são coisas assim.
    Vão procurar o seu preconceito.
  • 9:59 - 10:03
    Por favor, abandonem a negação
    e procurem dados de divergência
  • 10:03 - 10:08
    que provarão que, na verdade,
    seus antigos estereótipos estão errados.
  • 10:08 - 10:10
    Certo, esse é o número um: número dois,
  • 10:10 - 10:14
    o que eu vou dizer é caminhem em direção
    aos jovens negros e não para longe deles.
  • 10:14 - 10:17
    Não é o mais difícil a se fazer,
  • 10:17 - 10:21
    mas também é uma dessas coisas
  • 10:21 - 10:24
    que vocês têm que ter consciência
    e a intenção de fazer.
  • 10:24 - 10:28
    Eu estive em uma área da Wall Street
    uma vez há muitos anos
  • 10:28 - 10:31
    com uma colega minha
    e ela é realmente maravilhosa
  • 10:31 - 10:34
    e ela faz trabalho de diversidade comigo,
    é mulher de cor e coreana.
  • 10:34 - 10:39
    E estávamos lá fora, tarde da noite,
    sem saber onde ir, estávamos perdidas.
  • 10:39 - 10:43
    Eu vi uma pessoa do outro lado da rua
    e pensei: "Oh ótimo, um cara negro."
  • 10:43 - 10:46
    Eu estava indo em direção a ele
    sem ao menos pensar nisso.
  • 10:46 - 10:49
    E ela disse: "Oh, isso é interessante."
  • 10:49 - 10:52
    O cara do outro lado da rua,
    ele era um cara negro.
  • 10:52 - 10:56
    Eu pensei: "Caras negros geralmente
    sabem onde eles estão indo."
  • 10:56 - 10:59
    Não sei exatamente por que acho isso,
    mas é o que eu acho.
  • 10:59 - 11:05
    Então ela disse: "Oh, você foi tipo,
    'Oba, um cara negro'
  • 11:05 - 11:08
    e eu disse 'Opa, um cara negro.'"
  • 11:08 - 11:11
    Outra direção. Mesma necessidade,
    mesmo cara, mesma roupa,
  • 11:11 - 11:15
    mesma hora, mesma rua, reação diferente.
  • 11:15 - 11:17
    Ela disse: "Sinto-me mal.
    Sou consultora de diversidade.
  • 11:17 - 11:20
    Eu fui preconceituosa.
    Sou uma mulher de cor. Meu Deus!"
  • 11:20 - 11:24
    Eu disse: "Quer saber? Por favor.
    Nós precisamos relaxar quanto a isso.
  • 11:24 - 11:28
    Você tem que perceber que eu tenho
    uma história com caras negros."
  • 11:28 - 11:30
    (Risos)
  • 11:31 - 11:34
    Meu pai é negro.
    Entende o que estou dizendo?
  • 11:34 - 11:37
    Eu tenho um filho negro de 1,95m.
    Eu fui casada com um cara negro.
  • 11:37 - 11:40
    A minha coisa com o negro
    é tão ampla e tão profunda
  • 11:40 - 11:44
    que eu posso descobrir quem aquele cara é,
  • 11:44 - 11:47
    e ele era o meu cara negro.
  • 11:47 - 11:50
    Ele disse: "Olá, senhoritas, eu sei
    onde estão indo. Eu levo vocês lá."
  • 11:51 - 11:54
    Preconceitos são as histórias
    que inventamos sobre as pessoas
  • 11:54 - 11:57
    antes de sabermos de fato quem elas são.
  • 11:57 - 11:59
    Mas como vamos saber quem elas são
  • 11:59 - 12:03
    quando nos disseram
    para evitá-las e sentir medo delas?
  • 12:03 - 12:07
    Então vou pedir que caminhem
    em direção ao seu desconforto.
  • 12:08 - 12:11
    E não estou pedindo que
    vocês corram riscos loucos.
  • 12:11 - 12:15
    Só estou dizendo, façam um inventário,
  • 12:15 - 12:20
    ampliem os seus círculos
    social e profissional.
  • 12:20 - 12:22
    Quem está no seu círculo?
  • 12:22 - 12:24
    Quem está faltando?
  • 12:24 - 12:27
    Quantos relacionamentos autênticos
  • 12:28 - 12:35
    vocês têm com jovens negros,
    pessoas, homens, mulheres?
  • 12:35 - 12:39
    Ou qualquer outra grande
    diferença de quem vocês são
  • 12:39 - 12:42
    e como se comportam, digamos?
  • 12:42 - 12:45
    Porque, quer saber?
    Basta olhar ao seu redor.
  • 12:45 - 12:48
    Deve haver alguém
    no trabalho, na escola,
  • 12:48 - 12:51
    na sua casa de culto, algum lugar,
    existe algum jovem negro lá.
  • 12:51 - 12:55
    E você é legal. Você diz oi.
    Estou dizendo pra irem mais fundo,
  • 12:55 - 12:59
    mais próximo
    e construírem relacionamentos,
  • 12:59 - 13:04
    os tipos de amizades que realmente façam
    com que vocês vejam a pessoa holística
  • 13:04 - 13:07
    e irem realmente contra os estereótipos.
  • 13:08 - 13:09
    Conheço alguns de vocês aí,
  • 13:09 - 13:13
    eu sei porque tenho alguns amigos brancos
    em particular que dirão,
  • 13:13 - 13:17
    "Você não imagina como sou desajeitado.
    Eu não acho que isso vai funcionar comigo.
  • 13:18 - 13:19
    Tenho certeza que estragarei tudo."
  • 13:19 - 13:23
    Certo, talvez, mas isso não tem a ver
    com perfeição
  • 13:23 - 13:25
    e sim com conexão.
  • 13:25 - 13:30
    E você não vai ficar confortável
    antes de se sentir desconfortável.
  • 13:30 - 13:32
    Quero dizer, você tem que fazer isso.
  • 13:32 - 13:34
    E jovens negros, o que estou dizendo é
  • 13:34 - 13:39
    se alguém vier ao seu encontro, de modo
    genuíno e autêntico, aceite o convite.
  • 13:39 - 13:42
    Nem todo mundo está contra você.
  • 13:42 - 13:45
    Vá à procura daquelas pessoas
    que podem ver a sua humanidade.
  • 13:45 - 13:49
    É a empatia e a compaixão
  • 13:49 - 13:54
    que nasce dos relacionamentos
    com pessoas que são diferentes de você.
  • 13:54 - 13:56
    Algo realmente poderoso e lindo acontece:
  • 13:56 - 13:59
    você começa a perceber que elas são você,
  • 13:59 - 14:01
    que elas são parte de você,
  • 14:01 - 14:05
    que elas estão na sua família,
  • 14:05 - 14:08
    e assim deixamos de ser espectadores
  • 14:08 - 14:12
    e nos tornamos atores,
    nos tornamos defensores
  • 14:12 - 14:14
    e nos tornamos aliados.
  • 14:15 - 14:19
    Então abandonem o seu conforto
    por uma coisa maior e mais brilhante,
  • 14:20 - 14:25
    porque é assim que vamos evitar
    que um outro Ferguson aconteça.
  • 14:25 - 14:27
    É assim que criamos uma comunidade
  • 14:27 - 14:30
    onde todos, especialmente
    jovens negros, podem prosperar.
  • 14:30 - 14:33
    Essa última coisa será mais difícil
  • 14:33 - 14:37
    e eu sei, mas vou expressá-la mesmo assim.
  • 14:37 - 14:41
    Quando vemos uma coisa, nós temos
    que ter a coragem de dizer algo,
  • 14:41 - 14:44
    mesmo para as pessoas que amamos.
  • 14:45 - 14:48
    Sabem, estamos em férias e será uma época
  • 14:48 - 14:52
    quando nos sentamos em volta
    da mesa e nos divertimos.
  • 14:52 - 14:54
    Muitos de nós estarão de férias,
  • 14:54 - 14:58
    e você tem que ouvir
    as conversas ao redor da mesa.
  • 15:00 - 15:02
    Você começa a dizer coisas do tipo:

  • 15:03 - 15:05
    "A vovó é preconceituosa."
  • 15:05 - 15:07
    (Risos)
  • 15:08 - 15:11
    "O tio Joe é racista."
  • 15:11 - 15:15
    E sabem, nós amamos
    a vovó e o tio Joe. Amamos.
  • 15:15 - 15:21
    Sabemos que eles são "boas pessoas",
    mas o que eles dizem é errado.
  • 15:22 - 15:27
    E temos que poder dizer algo,
    porque sabem quem mais está à mesa?
  • 15:29 - 15:32
    As crianças estão à mesa.
  • 15:32 - 15:37
    Nos perguntamos porque esses preconceitos
    não morrem e passam de geração a geração?
  • 15:37 - 15:40
    Porque não estamos dizendo nada.
  • 15:41 - 15:46
    Temos que estar dispostos a dizer: "Vovó,
    não chamamos mais as pessoas assim."
  • 15:47 - 15:51
    "Tio Joe, não é verdade
    que ele merecia aquilo.
  • 15:52 - 15:55
    Ninguém merece aquilo."
  • 15:55 - 15:58
    E temos que estar dispostos
  • 15:58 - 16:03
    a não proteger as nossas
    crianças da feiura do racismo
  • 16:03 - 16:07
    quando os pais negros
    não têm o luxo de fazer isso,
  • 16:07 - 16:10
    especialmente aqueles
    que têm filhos negros jovens.
  • 16:11 - 16:15
    Nós temos que dizer
    aos nossos queridos, nosso futuro,
  • 16:15 - 16:22
    que temos um país fantástico,
    com ideais incríveis.
  • 16:22 - 16:26
    Nós trabalhamos com muito afinco
    e fizemos algum progresso,
  • 16:26 - 16:28
    mas ainda não terminamos.
  • 16:28 - 16:32
    Ainda temos em nós essa ideia antiga
  • 16:33 - 16:36
    sobre superioridade e isso está fazendo
  • 16:36 - 16:39
    com que incorporemos isso
    ainda mais nas nossas instituições
  • 16:39 - 16:41
    e na nossa sociedade e gerações,
  • 16:41 - 16:44
    e está criando o desespero
  • 16:44 - 16:51
    e disparidades e uma desvalorização
    devastadora dos jovens negros.
  • 16:52 - 16:54
    Nós ainda lutamos,
    vocês têm que dizer a elas,
  • 16:54 - 16:57
    vendo tanto a cor
  • 16:57 - 17:00
    quanto o caráter de um jovem negro,
  • 17:00 - 17:04
    mas que vocês esperam que elas,
  • 17:05 - 17:09
    sejam parte das forças
    de mudança nessa sociedade
  • 17:09 - 17:15
    que se levantarão contra a injustiça
    e estão dispostos, acima de tudo,
  • 17:16 - 17:21
    a fazer uma sociedade onde jovens negros
  • 17:21 - 17:25
    possam ser vistos por tudo que eles são.
  • 17:25 - 17:30
    Tantos homens negros incríveis,
  • 17:30 - 17:39
    aqueles que são os estadistas
    mais incríveis que já viveram,
  • 17:39 - 17:42
    soldados corajosos,
  • 17:43 - 17:45
    trabalhadores diligentes e maravilhosos.
  • 17:46 - 17:50
    Essas são as pessoas
    que são pregadores poderosos.
  • 17:51 - 17:55
    Eles são cientistas incríveis
    e artistas e escritores.
  • 17:57 - 18:00
    Eles são comediantes dinâmicos.
  • 18:01 - 18:04
    Eles são vovôs corujas,
  • 18:06 - 18:08
    filhos afetivos.
  • 18:09 - 18:13
    Eles são pais fortes,
  • 18:14 - 18:18
    e são jovens com sonhos próprios.
  • 18:19 - 18:20
    Obrigada.
  • 18:20 - 18:22
    (Aplausos)
Title:
Você pode ajudar a impedir a violência contra jovens negros | Verna Myers | TEDxBeaconStreet
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente das Conferências TED.

Os nossos preconceitos podem ser perigosos, até mortais - como vimos nos casos de Michael Brown em Ferguson, Missouri, e Eric Garner, em Staten Island, Nova Iorque. A defensora da diversidade Vernã Myers observa atentamente algumas das atitudes inconscientes que temos para com os grupos excluídos. Ela faz um apelo a todas as pessoas: reconheça seus preconceitos. Depois, caminhe em direção, não para longe, dos grupos que fazem com que você se sinta desconfortável. Em uma palestra engraçada, apaixonada e importante, ela nos mostra como.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:46

Portuguese, Brazilian subtitles

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