O teste de Turing: pode um computador se passar por um ser humano? - Alex Gendler
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0:07 - 0:09O que é a consciência?
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0:09 - 0:12Pode uma máquina pensar?
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0:12 - 0:15Será a mente formada apenas
por neurônios no cérebro, -
0:15 - 0:19ou existe alguma centelha
intangível em seu núcleo? -
0:19 - 0:21Para muitos, essas têm sido
questões vitais -
0:21 - 0:24para o futuro da inteligência artificial.
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0:24 - 0:30Mas o cientista da computação britânico
Alan Turing decidiu desconsiderá-las -
0:30 - 0:32em favor de uma outra bem mais simples:
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0:32 - 0:35pode um computador conversar
como se fosse um ser humano? -
0:35 - 0:39Com esta questão surgiu a ideia
de se medir a inteligência artificial -
0:39 - 0:43que ficou mundialmente conhecida
como o teste de Turing. -
0:43 - 0:47Em um artigo de 1950 intitulado
"Computing Machinery and Intelligence", -
0:47 - 0:50Turing propunha o seguinte jogo.
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0:50 - 0:54Uma pessoa, o juiz, troca mensagens
de texto com participantes que ela não vê -
0:54 - 0:56e avalia suas respostas.
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0:56 - 1:00Para passar no teste, o computador deve
ser capaz de substituir um dos jogadores -
1:00 - 1:04sem alterar os resultados da conversa.
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1:04 - 1:07Em outras palavras, um computador
seria considerado inteligente -
1:07 - 1:13se ele enganasse o juiz em sua conversa,
se passando por um ser humano. -
1:13 - 1:15Turing previu que até o ano 2000,
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1:15 - 1:21máquinas com 100 megabytes de memória
seriam capazes de passar no seu teste. -
1:21 - 1:23Mas ele se precipitou.
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1:23 - 1:26Os computadores atuais têm
muito mais de 100 MB de memória, -
1:26 - 1:28mas poucos tiveram sucesso no teste,
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1:28 - 1:29e aqueles que foram aprovados,
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1:29 - 1:33tinham sido programados
para enganar os juízes -
1:33 - 1:36ao invés de usarem
seu alto poder de processamento. -
1:36 - 1:39Embora nunca tenha participado
de um teste real, -
1:39 - 1:44o primeiro programa com chances
de passar no teste foi chamado ELIZA. -
1:44 - 1:46Com uma programação
relativamente curta e simples, -
1:46 - 1:50conseguiu enganar muitas pessoas
imitando um psicólogo, -
1:50 - 1:52encorajando-as a conversar mais
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1:52 - 1:56e retornando as próprias perguntas feitas
para quem as tinha formulado. -
1:56 - 1:59Um outro programa chamado PARRY
tomou o caminho inverso, -
1:59 - 2:02imitando um esquizofrênico paranóico
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2:02 - 2:08que sempre desviava a conversa para
os assuntos das suas próprias obsessões. -
2:08 - 2:13Seu sucesso em enganar as pessoas
destacou uma fraqueza do teste. -
2:13 - 2:17Seres humanos atribuem a inteligência
a toda uma gama de coisas -
2:17 - 2:21que em verdade não são inteligentes.
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2:21 - 2:24No entanto, competições anuais
como o Prêmio Loebner, -
2:24 - 2:26tornaram o teste mais formal
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2:26 - 2:28com os juízes sabendo antecipadamente
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2:28 - 2:32que alguns de seus parceiros
de conversa eram máquinas. -
2:32 - 2:34Mas apesar da qualidade ter melhorado,
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2:34 - 2:39muitos programadores têm usado estratégias
semelhantes aos de ELIZA e PARRY. -
2:39 - 2:41Catherine, vencedor em 1997
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2:41 - 2:45conseguia manter uma conversação
inteligente e focada no tema, -
2:45 - 2:49principalmente se o juiz quisesse
conversar sobre Bill Clinton. -
2:49 - 2:52E o vencedor mais recente
Eugene Goostman -
2:52 - 2:56simulava um menino ucraniano
de 13 anos de idade, -
2:56 - 3:00então os juízes interpretavam
as frases sem sentido e erros gramaticais -
3:00 - 3:03como barreiras culturais e linguísticas.
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3:03 - 3:07Entretanto, programas como Cleverbot
apresentavam uma abordagem diferente -
3:07 - 3:12analisando estatisticamente enormes
bancos de dados de conversações reais -
3:12 - 3:14para determinar as melhores respostas.
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3:14 - 3:18Alguns até armazenam o conteúdo
de conversas anteriores -
3:18 - 3:21a fim de se aperfeiçoar ao longo do tempo.
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3:21 - 3:25Mas, enquanto as respostas individuais
de Cleverbot pareciam as de um humano, -
3:25 - 3:27sua falta de personalidade consistente
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3:27 - 3:30e incapacidade de lidar
com novos temas -
3:30 - 3:33permitiram desmascará-lo.
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3:33 - 3:36Nos dias de Turing, quem poderia
ter previsto que computadores -
3:36 - 3:38seriam capazes de pilotar naves espaciais,
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3:38 - 3:41realizar cirurgias delicadas,
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3:41 - 3:43e resolver difíceis equações,
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3:43 - 3:46mas ter dificuldades para realizar
uma conversação básica? -
3:46 - 3:50A linguagem humana é um
fenômeno incrivelmente complexo -
3:50 - 3:54que não pode ser apreendido
nem mesmo com o melhor dicionário. -
3:54 - 3:58Os programas podem ser confundidos
por pausas simples, como "humm ..." -
3:58 - 4:00ou perguntas sem respostas corretas.
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4:00 - 4:02E uma frases simples,
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4:02 - 4:06como, "Eu retirei o suco
da geladeira e dei a ele, -
4:06 - 4:07mas esqueci de checar a validade",
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4:07 - 4:13requer uma riqueza de conhecimentos
e intuição para ser analisada. -
4:13 - 4:16O que implica que na simulação
de uma conversação humana -
4:16 - 4:19é preciso muito mais do que aumentar
memória e poder de processamento, -
4:19 - 4:22e à medida que nos aproximamos
da meta de Turing, -
4:22 - 4:26precisamos também lidar com todas
aquelas questões sobre a consciência.
- Title:
- O teste de Turing: pode um computador se passar por um ser humano? - Alex Gendler
- Description:
-
Veja lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-turing-test-can-a-computer-pass-for-a-human-alex-gendler
O que é a consciência? É possível uma máquina pensar? Para muitos, estes questionamentos são de suma importância para o futuro da inteligência artificial. Mas o cientista da computação britânico Alan Turing decidiu desconsiderar todas essas questões em favor de uma outra muito mais simples: pode um computador conversar como se fosse um humano? Alex Gendler descreve os testes de Turing e detalha alguns dos seus resultados surpreendentes.
Lição por Alex Gendler, animação por Patrick Smith.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:43