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Como se formam as cicatrizes? — Sarthak Sinha

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    Lembras-te quando caíste da bicicleta
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    ou quando bateste com a cabeça
    contra um canto?
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    As lesões de infância são coisas
    que gostaríamos de esquecer,
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    mas os nossos corpos
    transportam muitas vezes
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    essas mesmas memórias
    em forma de cicatrizes.
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    Então o que são
    essas lembranças indesejadas
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    e porque é que
    ficamos com elas tanto tempo
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    após a visita não intencional
    às Urgências?
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    O local mais comum
    onde vemos cicatrizes é a nossa pele,
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    um pedaço um pouco diferente
    da pele normal que o rodeia.
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    Normalmente, isso é considerado
    uma desfiguração aborrecida,
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    outras vezes,
    a cicatrização deliberada é usada
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    quer na cultura tradicional, quer na
    moderna, para assinalar ritos de passagem
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    ou simplesmente como decoração estética.
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    Mas a diferença não é apenas cosmética.
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    Quando vemos tecido cutâneo
    saudável ao microscópio,
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    vemos células
    que realizam diversas funções
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    ligadas por uma matriz extracelular
    ou MEC.
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    Esta é composta por proteínas estruturais,
    como o colagénio
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    que é segregado por
    fibroblastos especializados.
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    Uma MEC bem organizada
    permite o transporte de nutrientes,
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    a comunicação célula-a-célula
    e a adesão celular.
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    Mas quando ocorre uma ferida profunda,
    este arranjo é destruído.
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    Durante o processo de cicatrização, o
    colagénio é depositado no local da ferida,
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    mas em vez do arranjo similar a um cesto,
    como encontramos no tecido saudável,
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    a nova MEC é alinhada numa única direcção,
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    impedindo processos intercelulares e
    diminuindo a durabilidade e elasticidade.
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    Para tornar as coisas ainda piores,
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    o tecido curado contém
    uma maior proporção de MEC,
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    reduzindo assim a sua função em geral.
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    Na pele, o excesso de colagénio interfere
    com as suas funções originais,
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    como produzir suor,
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    controlar a temperatura corporal
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    e até o crescimento piloso.
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    O tecido cicatricial é frágil, sensível às
    alterações de temperatura e à sensação
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    e deve ser mantido em ambientes húmidos
    para maximizar a cicatrização.
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    A presença excessiva de
    tecido conjuntivo fibroso num órgão
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    é conhecida como fibrose,
    e se este termo soa a algo familiar,
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    é porque a nossa pele não é
    o único órgão vulnerável à cicatrização.
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    A fibrose cística é uma doença genética
    que provoca a cicatrização do pâncreas,
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    enquanto a fibrose pulmonar
    é uma cicatrização dos pulmões
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    que resulta em "falta de ar".
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    A cicatrização do coração e a formação
    de MEC após um ataque cardíaco
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    pode inibir o seu batimento
    levando a mais problemas cardíacos.
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    O que é comum a todas estas condições
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    é que, apesar de manter algumas
    das suas funções originais,
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    o tecido cicatricial formado
    depois do ferimento
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    é inferior ao tecido nativo que substitui.
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    Contudo, há esperança.
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    Investigadores médicos estão agora a
    estudar o que faz com que os fibroblastos
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    segreguem uma
    quantidade excessiva de colagénio
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    e como é que podemos recrutar
    outras células do nosso corpo
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    para regenerar
    e repovoar um tecido danificado.
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    Ao aprendermos como melhor controlar
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    o processo de cura
    e a formação de tecido cicatricial,
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    podemos usar os muitos milhares
    de milhões de dólares
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    que são actualmente usados
    para tratar o pós-cicatrização
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    de uma forma muito mais eficiente,
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    ajudando assim milhões de pessoas
    a viver melhor e mais saudáveis.
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    Mas até lá, pelo menos
    algumas das nossas cicatrizes
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    podem ajudar-nos a lembrar
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    que devemos evitar o tipo de coisas
    que as provocam.
Title:
Como se formam as cicatrizes? — Sarthak Sinha
Description:

Vejam a aula completa em: http://ed.ted.com/lessons/how-do-scars-form-sarthak-sinha

É difícil passarmos pela infância sem acumular algumas cicatrizes. Porque é que estas lembranças de um corte doloroso ou de um acidente parecem tão diferentes do resto da nossa pele? E porque é que se mantêm durante tanto tempo após o incidente que as provocou? Sarthak Sinha explica como se formam as cicatrizes.

Lição de Sarthak Sinha, animação de Karrot Animation.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
03:42

Portuguese subtitles

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