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Seremos algum dia capazes de teletransportar? - Sajan Saini

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    Teletransporte é possível?
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    Uma bola de beisebol poderia
    se transformar numa onda de rádio,
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    atravessar prédios,
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    virar esquinas,
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    e voltar a ser uma bola de beisebol?
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    Surpreendentemente,
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    graças à mecânica quântica,
    a resposta poderia ser sim.
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    Mais ou menos.
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    Aqui está o segredo.
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    A bola de beisebol em si não poderia
    ser enviada por rádio,
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    mas toda a informação sobre ela, sim.
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    Na física quântica, átomos e elétrons
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    são vistos como uma coleção
    de propriedades distintas,
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    por exemplo, posição,
    momentum e rotação intrínseca.
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    Os valores dessas propriedades
    configuram a partícula,
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    dando a ela uma identidade
    de estado quântico.
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    Se dois elétrons tiverem
    o mesmo estado quântico,
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    eles são idênticos.
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    Nesse contexto, nossa bola de beisebol é
    definida como um estado quântico coletivo
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    resultante de seus muitos átomos.
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    Se as informações desse estado quântico
    pudessem ser lidas em Boston
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    e enviadas ao redor do mundo,
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    os átomos dos mesmos elementos químicos
    poderiam ter tais informações
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    neles impressas em Bangalore
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    e serem cuidadosamente guiados
    para se agruparem,
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    tornando-se exatamente
    a mesma bola de beisebol.
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    Mas há um porém.
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    Estados quânticos não são
    tão facilmente mensuráveis.
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    O princípio da incerteza
    da física quântica
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    implica que a posição
    e momentum de uma partícula
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    não podem ser mensurados ao mesmo tempo.
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    O jeito mais simples de mensurar
    a posição exata de um elétron,
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    requer a dispersão de uma partícula
    de luz, um fóton, a partir dele,
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    e coleta da luz num microscópio.
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    Mas essa dispersão muda o momentum
    de um elétron de modo imprevisível.
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    Perdemos todas as informações
    prévias sobre o momentum.
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    De certo modo, informação
    quântica é frágil.
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    Medir a informação a muda.
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    Então, como podemos transmitir algo
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    que não podemos ler
    completamente sem destruí-lo?
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    A resposta pode estar num estranho
    fenômeno de entrelaçamento quântico.
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    O entrelaçamento é um antigo mistério
    desde o início da física quântica
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    e ainda não é completamente entendido.
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    Entrelaçar a rotação de dois elétrons
    resulta numa interação
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    que transcende distância.
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    Mensurando a rotação do primeiro elétron,
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    determina-se qual será a rotação
    mensurada para o segundo,
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    quer as partículas estejam a milhas
    ou anos-luz de distância.
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    De algum modo, informações quanto
    ao estado quântico do primeiro elétron,
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    chamado de informação bit quântica,
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    influencia seu par, sem transmissão
    pelo espaço entre eles.
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    Einstein e seus colegas chamaram
    essa estranha comunicação
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    de ação fantasmagórica à distância.
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    Enquanto parece mesmo
    que o emaranhado entre duas partículas
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    ajuda a transferir um bit quântico
    instanteamente pelo espaço entre elas,
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    há um porém.
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    Essa interação deve começar localmente.
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    Dois elétrons devem ser unidos
    enquanto em proximidade,
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    antes que um deles seja transportado
    para outro lugar.
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    Por si só, entrelaçamento quântico
    não é teletransporte.
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    Para completar o teletransporte,
    precisamos de uma mensagem digital
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    que ajude a interpretar o bit quântico
    na extremidade receptora.
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    Dois bits de informação criados
    pela mensuração da primeira partícula.
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    Esses bits digitais devem ser transmitidos
    por um canal clássico,
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    limitado pela velocidade da luz, rádio,
    micro-ondas, ou talvez, fibras ópticas.
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    Quando medimos uma partícula
    através da sua mensagem digital,
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    destruímos sua informação quântica,
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    o que significa que a bola de beisebol
    precisa desaparecer de Boston
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    para que seja teletransportada
    para Bangalore.
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    Graças ao princípio da incerteza,
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    o teletransporte transfere as informações
    sobre a bola de beisebol
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    entre as duas cidades,
    jamais as duplicando.
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    Então, em teoria, poderíamos
    teletransportar objetos, até pessoas,
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    mas no momento, parece pouco provável
    que possamos medir os estados quânticos
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    de uma quantidade de trilhões de trilhões
    ou mais átomos em objetos grandes
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    e então recriá-los em outro lugar.
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    A complexidade dessa tarefa e a energia
    necessária é astronômica.
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    Por enquanto, podemos teletransportar
    com segurança, átomos e elétrons isolados,
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    o que pode levar à supersegura
    codificação de dados
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    para computadores quânticos no futuro.
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    As implicações filosóficas
    de teletransporte quântico são sutis.
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    Um objeto teletransportado não
    se transporta pelo espaço especificamente
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    como matéria tangível,
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    nem se transmite no espaço especificamente
    como informação intangível.
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    Ele parece fazer um pouco dos dois.
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    A física quântica nos dá
    uma nova estranha perspectiva
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    de toda matéria no nosso universo
    como coleções de informações frágeis.
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    E o teletransporte quântico revela novas
    maneiras de influenciar essa fragilidade.
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    E lembre-se, nunca diga nunca.
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    Em pouco mais de um século,
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    a humanidade avançou de uma
    compreensão inovadora incerta
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    do comportamento de elétrons
    na escala atômica,
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    ao seu teletransporte
    com segurança por uma sala.
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    Que novo domínio técnico de tais fenômenos
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    poderemos ter em mil
    ou até mesmo 10 mil anos?
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    Somente tempo e espaço irão dizer.
Title:
Seremos algum dia capazes de teletransportar? - Sajan Saini
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Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/will-we-ever-be-able-to-teleport-sajan-saini

Teletransporte é possível? Uma bola de beisebol poderia se transformar em algo como uma onda de rádio, atravessar prédios, virar esquinas e voltar a ser uma bola de beisebol? Surpreendentemente, graças à mecânica quântica, a resposta pode na verdade ser sim...mais ou menos! Sajan Saini explica.

Lição de Sajan Saini; animação de Karrot Animation.

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English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:38

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