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Porque é que o bocejo é contagioso? — Claudia Aguirre

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    Oh, desculpem-me!
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    Já bocejaram, quando viram
    alguém a bocejar?
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    Não estamos propriamente com sono,
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    mas, de repente, a nossa boca abre-se
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    e um grande bocejo
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    aparece.
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    Este fenómeno é conhecido
    por bocejo contagioso.
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    Embora os cientistas
    não entendam plenamente
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    porque é que isto acontece,
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    há muitas hipóteses
    que estão a ser investigadas.
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    Vejamos algumas das predominantes,
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    a começar por duas hipóteses
    fisiológicas,
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    antes de passarmos
    para uma psicológica.
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    A primeira hipótese fisiológica
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    afirma que o bocejo contagioso
    é provocado por um estímulo específico,
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    um bocejo inicial.
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    A isto chama-se padrão de ação específica.
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    Pensem neste padrão de ação
    específica como um reflexo.
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    O vosso bocejo faz-me bocejar.
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    Semelhante a um efeito de cascata,
    o bocejo de uma pessoa
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    provoca o bocejo na pessoa vizinha
    que observa esse ato.
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    Depois de ativado o reflexo,
    este tem de seguir o seu curso.
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    Já experimentaram travar
    um bocejo, depois de ele começar?
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    Praticamente impossível!
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    Outra hipótese fisiológica
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    é conhecido por mimetismo inconsciente,
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    ou o efeito do camaleão.
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    Ocorre quando imitamos
    o comportamento de alguém
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    sem dar por isso,
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    uma manobra de imitação
    subtil e intencional.
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    As pessoas podem imitar
    a postura umas das outras.
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    Se estivermos sentados
    em frente de alguém
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    que tem as pernas cruzadas,
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    podemos cruzar as pernas também.
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    Esta hipótese sugere
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    que bocejamos quando vemos
    alguém bocejar
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    porque, inconscientemente,
    copiamos o seu comportamento.
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    Os cientistas pensam que este efeito
    de camaleão é possível
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    por causa de um conjunto
    especial de neurónios,
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    conhecidos por neurónios espelho.
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    Os neurónios espelho
    são um tipo de células cerebrais
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    que reagem de modo igual
    quando executamos uma ação,
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    como quando vemos alguém
    a executar a mesma ação.
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    Estes neurónios são importantes
    para aprender e tomar consciência.
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    Por exemplo, observar alguém
    a fazer uma atividade física,
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    como tricotar ou pôr batom,
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    pode ajudar-nos a fazer as mesmas
    ações de modo mais perfeito.
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    Estudos de imagiologia
    de neurónios, usando fMRI
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    — imagem por ressonância
    magnética funcional —
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    mostram que, quando vemos
    ou ouvimos alguém a bocejar,
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    uma área específica do cérebro
    onde se situam esses neurónios espelho
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    tende a iluminar-se,
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    o que, por sua vez, provoca
    a nossa reação a fazer a mesma ação,
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    como um bocejo.
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    A hipótese psicológica também envolve
    o trabalho destes neurónios espelho.
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    Chamamos-lhe o bocejo de empatia.
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    A empatia é a capacidade de perceber
    o que outra pessoa está a sentir
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    e de participa na emoção dela,
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    uma capacidade fundamental
    para animais sociais, como nós.
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    Recentemente, os neurocientistas
    descobriram
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    que um subconjunto dos neurónios espelho
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    permite-nos sentir
    empatia pelos outros
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    a um nível mais profundo.
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    Os cientistas descobriram
    esta reação de empatia ao bocejo
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    quando estavam a testar a primeira
    hipótese já referida,
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    o padrão de ação específica.
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    Esse estudo foi feito para mostrar
    que os cães produzem um bocejo reflexo
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    ao simples som de um bocejo humano.
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    Esse estudo confirmou a teoria, mas
    descobriram outra coisa interessante.
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    Os cães bocejam mais frequentemente
    com bocejos familiares,
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    como os dos seus donos,
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    do que com bocejos desconhecidos
    de pessoas estranhas.
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    Na sequência desta investigação,
    estudos com seres humanos e primatas
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    também mostraram que o bocejo contagioso
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    ocorre mais frequentemente
    entre amigos do que entre estranhos.
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    Na verdade, o bocejo contagioso
    começa a ocorrer
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    quando temos uns quatro ou cinco anos,
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    na altura em que as crianças
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    desenvolvem a capacidade de identificar
    devidamente as emoções dos outros.
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    Embora estudos científicos mais recentes
    tentem provar que o bocejo contagioso
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    se baseia nesta capacidade de empatia,
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    é necessária mais investigação
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    para lançar luz sobre
    o que se passa ao certo.
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    É possível que a resposta resida
    noutra hipótese diferente.
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    Da próxima vez
    que forem apanhados a bocejar,
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    pensem no que acaba de acontecer.
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    Estavam a pensar em bocejos?
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    Alguém bocejou ao pé de vocês?
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    Essa pessoa era um estranho
    ou alguém próximo?
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    Estão a bocejar neste momento?
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    (Bocejo)
Title:
Porque é que o bocejo é contagioso? — Claudia Aguirre
Speaker:
Claudia Aguirre
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/why-is-yawning-contagious-claudia-aguirre

Basta lerem a palavra "bocejo" para sentirem vontade de também bocejar? Conhecido por bocejo contagioso, as razões por detrás deste fenómeno têm sido atribuídas tanto a causas fisiológicas como psicológicas. Observa-se em crianças a partir dos quatro anos e até mesmo em cães! Claudia Aguirre visita as muitas teorias intrigantes que podem explicar o bocejo contagioso.

Lição de Claudia Aguirre, animação de TED-Ed.

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English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:30
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Why is yawning contagious?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Why is yawning contagious?
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for Why is yawning contagious?
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