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A nova forma de trabalhar | Charlie Hoehn | TEDxCMU

  • 0:22 - 0:25
    Durante toda a minha vida
    fiz o que toda a gente
  • 0:25 - 0:28
    me dizia que eu devia fazer,
  • 0:28 - 0:31
    desde o jardim de infância
    ao último ano da faculdade.
  • 0:31 - 0:34
    Tinha notas altas,
    fiz trabalho voluntário,
  • 0:34 - 0:36
    fiz desporto, frequentava grupos,
  • 0:36 - 0:39
    atividades extracurriculares,
    conselho de estudantes.
  • 0:39 - 0:41
    Fiz essas coisas todas.
  • 0:41 - 0:43
    Ia preenchendo as caixas todas
  • 0:43 - 0:45
    a fim de vir a ser um americano com êxito.
  • 0:46 - 0:49
    Quando acabei o curso em 2008
  • 0:50 - 0:53
    apesar de estarmos
    no meio de uma recessão,
  • 0:53 - 0:57
    achava que conseguiria arranjar
  • 0:57 - 1:00
    um emprego de 40 000 dólares
    sem grande esforço.
  • 1:00 - 1:04
    Ao fim de 12 semanas
    de me candidatar a empregos
  • 1:06 - 1:09
    em dezenas de empresas
    — talvez mesmo uma centena —
  • 1:09 - 1:12
    fui ignorado por todas elas.
  • 1:12 - 1:14
    À exceção de duas.
  • 1:14 - 1:17
    Uma era uma empresa de andaimes
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    cujos únicos requisitos eram "ter pulso"
  • 1:20 - 1:22
    e "fumar como uma chaminé".
  • 1:23 - 1:26
    A outra empresa era um esquema pirâmide.
  • 1:26 - 1:28
    Por isso, obrigado, careerbuilder.com!
  • 1:28 - 1:30
    (Risos)
  • 1:30 - 1:33
    Os meus amigos estavam a passar
    pelo mesmo, não era só eu.
  • 1:34 - 1:37
    Lembro-me de ter encontrado
    um amigo meu
  • 1:37 - 1:39
    que estava muito entusiasmado
  • 1:39 - 1:41
    porque andavam todos a dizer:
  • 1:41 - 1:43
    "Tens de aceitar
    o que o mercado tem a oferecer".
  • 1:43 - 1:46
    E tinha acabado por aceitar
    uma posição de vendedor
  • 1:46 - 1:48
    na Verizon Wireless.
  • 1:48 - 1:49
    Pensava que, ao fim de um ano,
  • 1:49 - 1:51
    talvez pudesse ser um gestor médio.
  • 1:51 - 1:53
    (Risos)
  • 1:53 - 1:54
    E eu:
  • 1:54 - 1:57
    "O quê? Passámos os últimos quatro anos
  • 1:57 - 1:59
    " — não, os últimos 17 anos —
  • 1:59 - 2:03
    a fazer o que os outros
    nos disseram para fazer,
  • 2:04 - 2:05
    a seguir as regras
  • 2:05 - 2:07
    e é isso que nos espera?
  • 2:07 - 2:09
    Na Verizon Wireless,
    a vender telemóveis ordinários?
  • 2:10 - 2:11
    Eu detesto a Verizon!
  • 2:11 - 2:12
    (Risos)
  • 2:12 - 2:14
    Não queria nada disso.
  • 2:14 - 2:16
    Foi o que me trouxe aqui,
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    ao chão da casa de banho,
  • 2:18 - 2:21
    onde me estendi no chão
    durante uma hora, numa noite,
  • 2:21 - 2:24
    a arrepelar os cabelos
    com a frustração, pensando:
  • 2:24 - 2:28
    "Os conselhos que segui
    durante toda a vida
  • 2:28 - 2:30
    "eram uma mentira, eram uma treta.
  • 2:30 - 2:33
    "Estão a levar-me para onde
    eu não quero ir.
  • 2:34 - 2:37
    "Estão a levar-me para um sítio
    "que não vale nada".
  • 2:38 - 2:41
    Assim, decidi que ia esquecer
  • 2:41 - 2:43
    tudo o que me tinham dito,
  • 2:43 - 2:47
    ia fazer as minhas regras
    e perguntei a mim mesmo:
  • 2:48 - 2:50
    "O que é o pior que me pode acontecer?"
  • 2:50 - 2:53
    Aos 20 anos, não tinha nada a perder.
  • 2:53 - 2:55
    Ia continuar a procurar empresas
  • 2:55 - 2:57
    para as quais não queria trabalhar?
  • 2:57 - 2:59
    Vou continuar a não ser pago?
  • 3:00 - 3:01
    Não tenho nada a perder.
  • 3:01 - 3:04
    Vou trabalhar em coisas
    que me interessem,
  • 3:04 - 3:06
    em que eu quero continuar.
  • 3:08 - 3:12
    Ao fim de oito meses de seguir
    esta nova estratégia,
  • 3:13 - 3:15
    dei uma volta de 180 graus.
  • 3:15 - 3:19
    Tinha feito tudo aquilo
    que me interessava realmente
  • 3:19 - 3:20
    e que me apaixonava.
  • 3:20 - 3:23
    Trabalhei com autores de "best-sellers".
  • 3:23 - 3:25
    Ajudei a comercializar
    um filme de Hollywood.
  • 3:25 - 3:27
    Trabalhei com empresários de sucesso.
  • 3:27 - 3:29
    A melhor parte nisso tudo
  • 3:29 - 3:31
    é que já não tinha de enviar
    o currículo de vida.
  • 3:31 - 3:34
    As melhores empresas vieram ter comigo
  • 3:34 - 3:36
    e ofereciam-me trabalho,
    e eu recusava.
  • 3:36 - 3:39
    Estava a fazer o trabalho de que gostava.
  • 3:39 - 3:42
    E não era porque eu seja especial,
  • 3:42 - 3:44
    não era porque eu fosse mais inteligente
  • 3:44 - 3:47
    — Carnegie-Mellon, acredita,
    não sou mais inteligente.
  • 3:47 - 3:49
    E não sou o único.
  • 3:49 - 3:51
    Ninguém me deu nada.
  • 3:51 - 3:54
    Qualquer um podia ter feito o que eu fiz.
  • 3:54 - 3:57
    A única coisa que me distingue
    de todos os demais
  • 3:57 - 4:00
    é que eu adotei uma estratégia diferente.
  • 4:01 - 4:02
    É isso que vos quero transmitir,
  • 4:03 - 4:05
    quero ensinar-vos a tornarem-se
  • 4:05 - 4:07
    licenciados à prova de recessão.
  • 4:07 - 4:09
    O que significa ser "à prova de recessão"?
  • 4:09 - 4:12
    Primeiro que tudo, é que a economia
  • 4:12 - 4:15
    não dita que tipo de trabalho podemos ter.
  • 4:15 - 4:17
    Não interessa se estamos numa expansão,
  • 4:17 - 4:20
    na ruína, numa depressão,
    numa recessão, no que quer que seja.
  • 4:20 - 4:23
    Podemos sempre trabalhar
    naquilo que nos interessa
  • 4:23 - 4:25
    e em coisas que nos tornam felizes.
  • 4:25 - 4:28
    Não vamos trabalhar em coisas
    que nos deprimem, aos 20 anos.
  • 4:28 - 4:30
    Por favor, não trabalhem na Verizon.
  • 4:30 - 4:31
    (Risos)
  • 4:31 - 4:33
    Vão trabalhar em projetos que vos agradem
  • 4:33 - 4:36
    com pessoas que sejam
    mais inteligentes do que vocês.
  • 4:36 - 4:39
    Assim, continuarão a evoluir e a aprender
  • 4:39 - 4:43
    e a maioria vai controlar o estilo de vida
  • 4:44 - 4:46
    que querem vir a ter.
  • 4:46 - 4:48
    Porque o que eu vejo,
    vezes sem conta,
  • 4:48 - 4:50
    são pessoas que saem da faculdade
  • 4:50 - 4:52
    e a primeira oferta meio decente
    que recebem
  • 4:52 - 4:54
    aceitam-na, se for acompanhada
    por um bom cheque.
  • 4:54 - 4:56
    Pensam para consigo:
  • 4:56 - 4:58
    "Vou fazer isto uns seis meses,
    talvez um ano
  • 4:58 - 4:59
    "e depois vou-me embora
  • 4:59 - 5:01
    "dedicar-me a uma coisa
    que me agrade realmente".
  • 5:01 - 5:03
    Ao fim de uns tempos,
    arranjam uma namorada
  • 5:03 - 5:06
    e depois alugam um apartamento
    e um automóvel.
  • 5:06 - 5:08
    A namorada passa a ser a noiva,
  • 5:08 - 5:11
    depois casam e têm filhos,
    compram uma casa.
  • 5:11 - 5:14
    Dez anos depois, estão numa situação
    em que não queriam estar,
  • 5:14 - 5:18
    e estão numa indústria
    em que também não queriam estar.
  • 5:18 - 5:20
    Queremos evitar isso.
  • 5:22 - 5:24
    Não esperem que alguém compreenda
  • 5:24 - 5:26
    aquilo que vou dizer hoje.
  • 5:26 - 5:27
    (Risos)
  • 5:27 - 5:30
    Os meus pais demoraram
    um ano e meio antes de perceberem:
  • 5:30 - 5:32
    "Ok, talvez seja uma boa ideia?"
  • 5:33 - 5:35
    Porque os conselhos
    que eu continuo a ouvir
  • 5:35 - 5:39
    continuam a ser os conselhos
    que eles receberam
  • 5:39 - 5:42
    porque assim justificam todas
    as suas decisões do passado.
  • 5:42 - 5:44
    As coisas que os meus amigos
    me diziam eram:
  • 5:44 - 5:46
    "Meu, tens de continuar a disparar
  • 5:46 - 5:48
    "o teu currículo na Internet.
  • 5:48 - 5:50
    "Temos o careerbuilder,
    o monster.com,
  • 5:50 - 5:51
    "é onde está tudo!"
  • 5:51 - 5:52
    Não, não é!
  • 5:52 - 5:54
    Esses "sites" são horríveis!
  • 5:54 - 5:56
    Esses "sites" são como os bares.
  • 5:56 - 5:58
    É onde prospera a mediocridade.
  • 5:58 - 6:00
    Porque só vai haver
    duas ofertas tentadoras no bar,
  • 6:00 - 6:01
    (Risos)
  • 6:01 - 6:04
    o resto vai ser bastante medíocre.
  • 6:04 - 6:05
    (Aplausos)
  • 6:05 - 6:08
    Não queremos ter nada a ver com eles.
  • 6:09 - 6:10
    Não sei porquê, mas os medíocres
  • 6:10 - 6:13
    com "T-shirts" de festa
    apanham os melhores lugares.
  • 6:13 - 6:15
    Não sei porque é que eles
    prosperam neste ambiente,
  • 6:15 - 6:16
    mas é um facto.
  • 6:16 - 6:18
    Não tenho essas respostas
  • 6:18 - 6:21
    mas posso oferecer-vos uma alternativa,
  • 6:23 - 6:26
    para avançar rapidamente
    na vossa carreira
  • 6:27 - 6:30
    e trabalhar em coisas
    que vos agradam mesmo,
  • 6:31 - 6:33
    há uma forma — é a minha forma —
  • 6:33 - 6:35
    (Risos)
  • 6:35 - 6:37
    que se sobrepõe a tudo o resto.
  • 6:37 - 6:39
    Chama-se trabalho gratuito.
  • 6:39 - 6:41
    Alguns aqui devem estar a pensar:
  • 6:41 - 6:43
    "Oh, eu sei o que é trabalho gratuito,
    é um estágio.
  • 6:43 - 6:45
    "Não é novidade nenhuma, meu.
  • 6:45 - 6:47
    "Nem sequer és bom como orador".
  • 6:47 - 6:49
    Calma, deixem-me continuar
    com a minha palestra.
  • 6:50 - 6:53
    Um estágio é muito diferente
    de trabalho gratuito.
  • 6:53 - 6:57
    Num estágio, candidatas-te
    como para um emprego normal.
  • 6:58 - 7:00
    Envias o currículo de vida,
    fazes uma entrevista
  • 7:00 - 7:02
    e concorres com outros candidatos.
  • 7:02 - 7:04
    Depois, se te aceitarem no estágio,
  • 7:04 - 7:07
    vais ter um trabalho ingrato, das 9 às 5.
  • 7:07 - 7:08
    Como não confiam em vocês,
  • 7:08 - 7:10
    não vos dão muitas responsabilidades.
  • 7:10 - 7:13
    Isto é falando na generalidade
    — portanto, sosseguem.
  • 7:13 - 7:17
    Mas o mais provável é ficarem
    a preencher folhas de cálculo
  • 7:17 - 7:18
    e a servir cafés
  • 7:18 - 7:21
    e todas essas coisas
    que vocês não querem fazer.
  • 7:21 - 7:23
    No final, não há garantias:
  • 7:23 - 7:25
    podem fazer isso
    durante três ou seis meses,
  • 7:25 - 7:27
    e depois, a porta fecha-se,
  • 7:27 - 7:28
    vão mandar-vos partir pedra.
  • 7:28 - 7:30
    Aconteceu comigo.
  • 7:30 - 7:32
    Com o trabalho gratuito, é diferente.
  • 7:32 - 7:35
    Podemos trabalhar
    com qualquer um, no mundo,
  • 7:35 - 7:38
    e podemos contactá-los,
    virtualmente.
  • 7:38 - 7:40
    Podemos trabalhar em qualquer altura,
  • 7:40 - 7:42
    segundo o nosso horário
  • 7:42 - 7:43
    e não há pontos mortos.
  • 7:43 - 7:45
    Se o fizermos corretamente,
  • 7:45 - 7:47
    se trabalharmos para
    um grupo de pessoas,
  • 7:47 - 7:49
    alguma coisa aparecerá
  • 7:49 - 7:51
    e abrir-se-ão mais oportunidades
  • 7:51 - 7:53
    do que alguma vez julgaram possível.
  • 7:53 - 7:55
    Mais importante ainda,
  • 7:55 - 7:58
    só vão trabalhar em coisas
    que vos agradam
  • 7:58 - 8:01
    e vão poder perceber
    o que é que vos apaixona.
  • 8:01 - 8:03
    Porque podem dizer objetivamente:
  • 8:03 - 8:06
    "Eu faria isto, mesmo
    que não me pagassem".
  • 8:06 - 8:08
    Porque não estão a ser pagos.
  • 8:08 - 8:09
    (Risos)
  • 8:09 - 8:11
    Isto é o ponto fulcral
  • 8:11 - 8:14
    que distingue um estágio
    do trabalho gratuito.
  • 8:14 - 8:18
    Estamos sempre a criar as fundações
    para a nossa carreira.
  • 8:22 - 8:26
    Os seis passos para
    um licenciado à prova de recessão.
  • 8:27 - 8:28
    Eis quais são eles.
  • 8:28 - 8:31
    Passo 0 — Isto não devia ser um passo.
  • 8:31 - 8:33
    Deixem de agir como licenciados.
  • 8:33 - 8:35
    Por alguma razão,
    logo que atiramos ao ar
  • 8:35 - 8:37
    o nosso barrete de licenciados,
  • 8:37 - 8:41
    estamos à espera que caiam em cima de nós
    empregos de 40, 50, 60 mil dólares.
  • 8:42 - 8:43
    Mas a verdade é que
  • 8:43 - 8:46
    os miúdos que recebem
    os seus diplomas universitários
  • 8:46 - 8:48
    não são a oitava maravilha do mundo.
  • 8:48 - 8:49
    (Risos)
  • 8:49 - 8:50
    A sério, não são.
  • 8:50 - 8:52
    As pessoas que obtêm diplomas
  • 8:52 - 8:54
    são as que são boas a fazer testes
  • 8:54 - 8:55
    e as pessoas que podem pagá-las,
  • 8:55 - 8:57
    falando genericamente.
  • 8:57 - 8:58
    A verdade é esta:
  • 8:58 - 9:01
    infelizmente, as licenciaturas
    universitárias
  • 9:01 - 9:04
    são um bem de consumo
    — mas não são Carnegie Mellon.
  • 9:04 - 9:05
    (Risos)
  • 9:05 - 9:09
    Assim, passo 1: Escolham algumas áreas
  • 9:09 - 9:11
    em que gostariam de trabalhar.
  • 9:11 - 9:13
    Muitos de nós saem da faculdade
  • 9:13 - 9:16
    sentindo-se totalmente limitados
    pelo seu mestrado.
  • 9:16 - 9:17
    E pensamos:
  • 9:17 - 9:19
    "Passei quatro anos a estudar uma coisa
  • 9:19 - 9:21
    "que não me interessa assim tanto.
  • 9:22 - 9:24
    "Tenho de fazer carreira nesta indústria,
  • 9:24 - 9:26
    "mas tenho muitos outros interesses.
  • 9:26 - 9:28
    "Gosto de música e de arte
    e de muitas coisas".
  • 9:28 - 9:30
    Bom, ainda podem fazer essas coisas.
  • 9:31 - 9:33
    Escolham essas coisas todas
    em que estejam interessados
  • 9:33 - 9:35
    porque ainda têm só 20 anos
  • 9:35 - 9:37
    e não têm nada a perder.
  • 9:37 - 9:39
    Podem tentar essas coisas
    gratuitamente
  • 9:39 - 9:41
    e perceberem o que é
    que realmente vos interessa.
  • 9:41 - 9:44
    Não têm de se sentir limitados.
  • 9:44 - 9:47
    Passo 2: Arranjem algumas competências.
  • 9:47 - 9:51
    É triste que muitos
    estudantes universitários
  • 9:51 - 9:53
    saiam da universidade
  • 9:53 - 9:55
    sem terem competências vendáveis.
  • 9:55 - 9:57
    Se pensaram em escrever
  • 9:57 - 9:59
    "competente em Microsoft Office"
  • 9:59 - 10:01
    no vosso currículo
  • 10:01 - 10:03
    ou "tenho excelentes competências
    de comunicação"
  • 10:03 - 10:05
    é porque não têm competências.
  • 10:05 - 10:06
    (Risos)
  • 10:06 - 10:08
    A sério, vocês concorrem
    com fulanos de 35 anos
  • 10:08 - 10:10
    dispostos a aceitar
    um corte no ordenado,
  • 10:11 - 10:13
    que têm mais 10 anos de experiência
    do que vocês.
  • 10:13 - 10:15
    Não vão conseguir nada.
  • 10:15 - 10:17
    Por isso, a forma de obter competências
  • 10:17 - 10:19
    nas indústrias que escolheram
  • 10:20 - 10:21
    é olhar para as competências
  • 10:21 - 10:24
    mais necessárias
    e mais difíceis de aprender.
  • 10:24 - 10:27
    Serão essas que terão valor
  • 10:27 - 10:29
    e vos arranjarão trabalho.
  • 10:29 - 10:33
    A sério, se quiserem ganhar
    100 mil dólares, à saída da faculdade,
  • 10:33 - 10:37
    aprendam como apagar incêndios
    de petróleo no Médio Oriente.
  • 10:37 - 10:39
    É uma coisa muito procurada? É.
  • 10:39 - 10:40
    É difícil de aprender? É.
  • 10:41 - 10:43
    É assustador como tudo? Claro.
  • 10:43 - 10:44
    (Risos)
  • 10:44 - 10:48
    Mas, mais realistamente,
    se são desenvolvedores de um iPhone
  • 10:48 - 10:50
    ou de um iPad, o que seja,
  • 10:50 - 10:53
    a procura para isso é tão grande
  • 10:53 - 10:56
    que, mesmo que não sejam muito bons
    em Cocoa,
  • 10:56 - 10:59
    que é uma linguagem difícil de aprender,
  • 10:59 - 11:02
    podem arranjar um projeto
    de cinco dígitos para isso
  • 11:02 - 11:04
    e conseguirão ter valor no mercado
    muito facilmente.
  • 11:04 - 11:07
    Portanto, arranjem competências
    muito procuradas
  • 11:07 - 11:08
    e difíceis de aprender.
  • 11:09 - 11:11
    Passo 3: Criem a vossa presença "online".
  • 11:11 - 11:13
    Não vou entrar em pormenores,
  • 11:13 - 11:15
    porque já se falou disso
  • 11:15 - 11:16
    e, por fim, tudo se reduz
  • 11:16 - 11:18
    a um blogue, qualquer coisa idiota.
  • 11:18 - 11:20
    (Risos)
  • 11:20 - 11:24
    A realidade é que os currículos
    são antiquados.
  • 11:25 - 11:27
    A verdade é que vocês vão ser pesquisados.
  • 11:28 - 11:30
    Isso é mais importante que o currículo.
  • 11:30 - 11:34
    Se pesquisaram o meu nome
    no Google, em 2007,
  • 11:34 - 11:37
    nos cinco primeiros resultados
    estavam as palavras
  • 11:37 - 11:39
    "bêbado" e "aborto".
  • 11:39 - 11:40
    (Risos)
  • 11:40 - 11:41
    Juro por deus!
  • 11:41 - 11:44
    É o pior resultado possível
    que se pode ter!
  • 11:44 - 11:47
    Não posso fazer nada pior do que isso,
    exceto o homicídio.
  • 11:47 - 11:48
    É terrível!
  • 11:49 - 11:51
    Embora eu não quisesse ter
    um "slide" que dissesse
  • 11:51 - 11:53
    "Charlie Hoehn = Bêbado Aborto",
  • 11:53 - 11:55
    há uma história para isso.
  • 11:55 - 11:58
    A primeira, a do "bêbado"
  • 11:58 - 12:00
    era eu a apresentar um vídeo
    dum meu amigo
  • 12:00 - 12:03
    ao collegehumor.com,
    com ele, bêbado,
  • 12:03 - 12:05
    a guiar uma bicicleta
    por uma escada abaixo.
  • 12:05 - 12:06
    (Risos)
  • 12:06 - 12:08
    Muito engraçado, mas nunca julguei
  • 12:08 - 12:10
    que me viesse perseguir anos depois.
  • 12:10 - 12:13
    Mas o collegehumor.com
    tem um ótimo motor de pesquisa.
  • 12:14 - 12:15
    Quanto ao "aborto",
  • 12:15 - 12:19
    era eu a fazer troça
    dos manifestantes sobre o aborto
  • 12:19 - 12:20
    no meu campus.
  • 12:20 - 12:23
    Não porque odeio ou adoro o aborto,
  • 12:23 - 12:25
    apenas acho que os manifestantes
    são cómicos.
  • 12:25 - 12:27
    (Risos)
  • 12:27 - 12:29
    Passo 4: Paguem as contas
    e reduzam os custos.
  • 12:29 - 12:31
    Porque, se vão fazer trabalho gratuito,
  • 12:31 - 12:34
    obviamente, não vão ser pagos
    durante algum tempo,
  • 12:34 - 12:35
    por isso têm de imaginar uma forma
  • 12:35 - 12:38
    de pagar as contas e reduzir os custos.
  • 12:38 - 12:40
    Façam qualquer coisa paralelamente
  • 12:40 - 12:41
    — não interessa o que seja —
  • 12:41 - 12:43
    mas têm de ter alguma receita
  • 12:43 - 12:47
    que permita fazerem o que realmente
    vos interessa, durante algum tempo,
  • 12:47 - 12:51
    porque, por fim, essa coisa
    passará a ser trabalho pago,
  • 12:51 - 12:53
    se o fizerem bem feito.
  • 12:55 - 12:59
    Passo 5: Contactem os alvos
    e demonstrem o vosso valor.
  • 12:59 - 13:03
    Lembrem-se, vocês escolheram
    as áreas em que querem trabalhar
  • 13:03 - 13:06
    e agora escolhem os contactos,
    ou seja, os alvos,
  • 13:06 - 13:09
    as pessoas que estão demasiado alto
  • 13:09 - 13:11
    porque vocês não passam
    de licenciados universitários
  • 13:11 - 13:14
    sem experiência e sem nada de notável
  • 13:14 - 13:16
    na maioria — é triste dizê-lo.
  • 13:16 - 13:18
    Ao oferecerem-se para trabalho gratuito,
  • 13:18 - 13:20
    eles vão ter expetativas muito baixas.
  • 13:20 - 13:24
    E como fazem trabalho gratuito
    vocês afastam as barreiras tipo:
  • 13:24 - 13:26
    "Tenho que pagar a este tipo?"
  • 13:26 - 13:28
    e, como o contacto é virtual
  • 13:28 - 13:30
    não têm de vos prestar atenção,
  • 13:30 - 13:32
    por isso, não perdem tempo
    a orientar-vos.
  • 13:32 - 13:34
    Portanto, vocês afastam essas barreiras
  • 13:34 - 13:38
    e podem chegar a pessoas
    que estão mais longe ainda,
  • 13:38 - 13:41
    que, se as abordarem
    para um trabalho pago,
  • 13:41 - 13:43
    para um emprego pago, imediato.
  • 13:43 - 13:44
    diriam logo que não.
  • 13:44 - 13:47
    A forma como eu contacto
    com essas pessoas
  • 13:47 - 13:49
    que, aparentemente,
    não são alcançáveis
  • 13:49 - 13:51
    — mas são facilmente abordáveis —
  • 13:51 - 13:53
    é enviar-lhes um "email",
  • 13:53 - 13:55
    com uma introdução cortês
  • 13:55 - 13:58
    e uma alusão delicada à investigação
    que fiz sobre elas.
  • 13:58 - 14:00
    Digo que admiro o trabalho dela,
  • 14:00 - 14:03
    e depois ofereço três exemplos
    de trabalho gratuito
  • 14:03 - 14:06
    que vão ter um impacto positivo
    nos seus negócios.
  • 14:07 - 14:10
    Ligo-os às minhas competências, tipo
  • 14:11 - 14:14
    "Posso editar vídeos,
    sou bom em 'marketing online',
  • 14:14 - 14:15
    "e escrevo bem".
  • 14:15 - 14:16
    Será tipo,
  • 14:16 - 14:19
    "Oh, poderá melhorar
    nisto, nisto e naquilo.
  • 14:19 - 14:21
    "Poderá melhorar se me contratar,
  • 14:21 - 14:23
    "faço-o gratuitamente
  • 14:23 - 14:25
    "não tem de se preocupar comigo.
  • 14:25 - 14:28
    "Se não gostar do meu trabalho,
    pode deitá-lo fora".
  • 14:28 - 14:31
    Depois, assino apenas com a referência
  • 14:31 - 14:33
    "Faço este trabalho durante duas semanas.
  • 14:33 - 14:35
    "Se o meu trabalho lhe agradar,
  • 14:35 - 14:38
    "depois falaremos de fazer
    qualquer coisa mais formal.
  • 14:38 - 14:41
    "e, possivelmente, um trabalho
    pago no futuro.
  • 14:41 - 14:43
    "Podemos falar ainda esta semana?"
  • 14:43 - 14:45
    Muito fácil, funciona muito bem.
  • 14:46 - 14:50
    Por fim, passamos para trabalho pago.
  • 14:50 - 14:52
    Se fizerem bem o trabalho,
  • 14:52 - 14:55
    se fizerem um bom trabalho gratuito,
  • 14:55 - 14:59
    eles vão ter mais a perder
    por não vos pagarem
  • 14:59 - 15:01
    do que vocês têm a perder.
  • 15:01 - 15:03
    Vão querer manter-vos por perto
  • 15:03 - 15:06
    e acabarão por vos pagar.
  • 15:06 - 15:07
    É assim que funciona.
  • 15:08 - 15:10
    Mas há alguns inconvenientes.
  • 15:10 - 15:13
    Nos EUA, os tempos estão difíceis
    e vão ficar ainda mais difíceis.
  • 15:13 - 15:16
    Honestamente, temos de pagar
    pelos nossos pecados.
  • 15:16 - 15:17
    Não podemos continuar assim.
  • 15:17 - 15:19
    Sejamos realistas.
  • 15:20 - 15:22
    A economia vai piorar
  • 15:22 - 15:25
    e os empregos vão diminuir,
    vão ser eliminados.
  • 15:25 - 15:27
    vão passar para o exterior.
  • 15:27 - 15:28
    É um mercado difícil para nós.
  • 15:28 - 15:31
    Mas também há boas notícias.
  • 15:31 - 15:32
    As boas notícias são
  • 15:32 - 15:35
    que, enquanto haja problemas
    que precisam de ser resolvidos,
  • 15:35 - 15:37
    haverá sempre trabalho.
  • 15:38 - 15:42
    Estou aqui hoje para vos pedir
    que experimentem o trabalho gratuito
  • 15:42 - 15:44
    porque quero que persigam
  • 15:44 - 15:47
    as coisas que vos interessam
    e vos fazem felizes.
  • 15:47 - 15:49
    Têm de deixar de agir
    como se tivessem
  • 15:49 - 15:51
    um caminho traçado na vida.
  • 15:51 - 15:52
    Não têm. Ninguém tem.
  • 15:52 - 15:55
    Não devem tentar preencher
    as caixas da vida
  • 15:55 - 15:58
    para se tornarem
    num americano de sucesso.
  • 15:58 - 16:00
    Essas caixas não são reais.
  • 16:00 - 16:02
    Foram criadas por outras pessoas.
  • 16:02 - 16:03
    Não foram vocês.
  • 16:03 - 16:05
    Hoje é a melhor altura,
  • 16:05 - 16:07
    enquanto têm vinte e poucos anos,
  • 16:07 - 16:08
    em que vocês não têm nada a perder
  • 16:08 - 16:11
    tomar um caminho que vos interesse.
  • 16:11 - 16:15
    Começar a criar uma reputação
    e uma história de trabalho
  • 16:15 - 16:18
    que vos interesse
    e de que se orgulhem.
  • 16:20 - 16:23
    Quando vos peço para tentarem
    este conceito de "trabalho gratuito",
  • 16:23 - 16:25
    quero que façam a mesma pergunta
  • 16:25 - 16:28
    que eu fiz no chão da casa de banho,
  • 16:28 - 16:29
    há três anos:
  • 16:30 - 16:33
    "Qual é a pior coisa que pode acontecer?"
  • 16:33 - 16:34
    Obrigado.
  • 16:34 - 16:35
    (Aplausos)
Title:
A nova forma de trabalhar | Charlie Hoehn | TEDxCMU
Description:

Charlie Hoehn apresenta linhas de orientação a estudantes de vinte e poucos anos sobre como serem licenciados "à prova de recessão" e arranjar emprego no prazo de um ano após terminarem o curso, começando por "trabalho gratuito" e criando uma fundação para a carreira desejada.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:45

Portuguese subtitles

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