Sobreviver ao desaparecimento, reimaginar e humanizar os povos nativos | Matika Wilbur | TEDxSeattle
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0:10 - 0:13Pertenço à tribo Swinomish e Tulalip.
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0:13 - 0:16Venho aqui hoje para trazer
uma mensagem dos silenciados. -
0:18 - 0:21Para mostrar parte da beleza
da América nativa. -
0:21 - 0:23E para encorajar a consciência coletiva
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0:23 - 0:26a reinventar a forma
como nos vemos uns aos outros. -
0:26 - 0:30Conseguiremos reaprender
a ver-nos como seres humanos? -
0:30 - 0:33Será que a fotografia
tem impacto na nossa vida -
0:33 - 0:35e na vida dos que nos rodeiam?
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0:35 - 0:37Se tem, será que podemos
usar essa imagem -
0:37 - 0:40para encorajar e nos inspirarmos
uns aos outros? -
0:40 - 0:42Façam uma coisa por mim:
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0:42 - 0:44tentem lembrar-se da última vez que viram
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0:44 - 0:47um nativo americano
nos meios de comunicação. -
0:48 - 0:50Foi isto que viram?
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0:51 - 0:55Se foi, não é de admirar,
porque, entre 1990 e 2000, -
0:55 - 0:59houve 5868 filmes
de grande êxito de bilheteira. -
0:59 - 1:02Doze desses filmes incluíam
índios americanos. -
1:02 - 1:04E todos eles mostravam os índios
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1:04 - 1:07como espirituais
ou em harmonia com a natureza. -
1:08 - 1:11Dez deles como empobrecidos
ou derrotados pela sociedade, -
1:11 - 1:13dez deles como em conflito
permanente com os brancos. -
1:13 - 1:17Contudo, a imagem
do fotógrafo profissional, -
1:17 - 1:21do músico, do professor, do médico
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1:21 - 1:24estavam amplamente ausentes.
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1:24 - 1:27O que é interessante é como esta imagem
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1:27 - 1:29se manifesta na nossa psique.
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1:29 - 1:32Quando mostramos esta imagem
a jovens nativos, -
1:32 - 1:35eles dizem que sentem
um amor próprio mais baixo -
1:35 - 1:38e se sentem deprimidos
quanto ao que podem vir a ser -
1:38 - 1:40ou gostariam de vir a ser.
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1:40 - 1:43Curiosamente, quando a mostramos
a jovens brancos, -
1:43 - 1:45o seu amor próprio aumenta.
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1:47 - 1:50Se a sociedade só nos vê
como estas imagens, -
1:50 - 1:55isso significa que os nossos problemas
modernos não existem. -
1:55 - 1:59Nem os nossos esforços no ensino
e no desenvolvimento económico -
1:59 - 2:02através da soberania
e da construção da nação. -
2:04 - 2:07Como podemos ser vistos
enquanto pessoas modernas, com êxito, -
2:07 - 2:10se somos representados,
permanentemente, -
2:10 - 2:13como uma etnia de peles-e-penas
que está a desaparecer? -
2:14 - 2:16Nos últimos dez anos,
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2:16 - 2:19o meu trabalho tem sido
combater estas imagens, -
2:19 - 2:23para criar modelos positivos
de papéis indígenas neste século. -
2:24 - 2:27O meu trabalho mais recente, Projeto 562,
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2:27 - 2:31é dedicado a fotografar
todas as nações indígenas -
2:31 - 2:33nos Estados Unidos da América.
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2:33 - 2:36Até agora, já percorri 80 000 km,
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2:37 - 2:41fotografei 106 tribos
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2:42 - 2:45e gastei milhares de rolos de filme.
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2:45 - 2:47Em cada tribo onde vou,
entrevisto pessoas. -
2:47 - 2:50Faço-lhes perguntas
sobre identidade e estereótipos. -
2:50 - 2:53O que significa ser um verdadeiro índio?
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2:53 - 2:56Como lidamos com o quociente de sangue?
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2:56 - 2:59Contem-me alguns dos problemas
da vossa comunidade. -
3:00 - 3:02Mas, mais importante ainda,
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3:02 - 3:04podem contar-me a vossa história?
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3:04 - 3:06Tal como esta:
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3:06 - 3:08Temos aqui Leon Grant.
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3:08 - 3:10Leon é um índio Omaha.
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3:10 - 3:13Foi criado num rancho no Nebrasca.
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3:13 - 3:14Quando tinha 16 anos,
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3:14 - 3:18decidiu que queria estudar.
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3:18 - 3:23Por isso, deixou uma nota à sua gente
enquanto eles estavam na cidade -
3:23 - 3:27e caminhou durante 40 dias
até chegar a Phoenix, no Arizona. -
3:29 - 3:32Quando lá chegou, entrou num centro
de estudos superiores, -
3:32 - 3:36formou-se, estudou Teologia
e por fim, Direito. -
3:36 - 3:40Depois, criou centros em todo o país
para índios americanos. -
3:40 - 3:42Porque, como Leon
me disse naquela altura, -
3:42 - 3:46os índios ainda eram considerados
cidadãos menores. -
3:47 - 3:49Isto é uma foto da minha prima Anna.
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3:49 - 3:53Anna é Swonomish, Hualapai, Havasupai,
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3:53 - 3:57Cherokee, Chemehuevi, e Salish.
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3:58 - 4:01Outro dia, eu estava a falar
com a Anna e disse-lhe: -
4:01 - 4:05"Anna, achas que ainda há
racismo nos EUA?" -
4:05 - 4:07A Anna começou a chorar.
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4:08 - 4:11E eu: "Oh, Anna!"
e ela disse: -
4:12 - 4:15"Sabes, Matika, se queres mesmo saber,
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4:15 - 4:17"basta-te ir à cantina.
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4:19 - 4:21"Vês logo a segregação.
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4:22 - 4:25"Penso que é uma coisa
que nunca vai mudar". -
4:25 - 4:28E eu: "Querida, claro que pode mudar!"
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4:28 - 4:31Fui-me sentar naquela cantina,
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4:31 - 4:33para me identificar com ela.
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4:33 - 4:37Eu gosto muito dela.
É Marva "Sii~xuuttesna" Jones. -
4:37 - 4:40Marva é da aldeia de Nilichinden,
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4:40 - 4:42que é uma tribo do norte da Califórnia
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4:42 - 4:46com um nome colonizado
de "The Smith River Rancheria." -
4:47 - 4:49Porém, a população é Tolowa.
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4:50 - 4:53Marva é genial. Vocês iam adorá-la.
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4:53 - 4:54(Risos)
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4:54 - 4:57Reparem na tatuagem dela: 111.
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4:57 - 5:02Quando lhe perguntei
o que é que significava, ela disse: -
5:02 - 5:05"Sempre soube que queria obter o meu 111,
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5:05 - 5:09"especialmente, depois de saber a história
da sua proibição na Califórnia. -
5:09 - 5:11"A tatuagem dos índios
independentes, na Califórnia -
5:11 - 5:13"foi ilegalizada no início do século XX.
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5:13 - 5:15"Sempre pensei que ia ter uma.
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5:16 - 5:19"Ao conhecer a nossa história,
senti-me animada a obter o 111. -
5:19 - 5:21"Era tradicionalmente aplicado
segundo o método do golpe. -
5:21 - 5:25"Para mim, significa o meu compromisso
com quem sou. -
5:26 - 5:28"Significa a minha capacidade
-
5:28 - 5:30"de transmitir a mensagem
dos meus antepassados -
5:30 - 5:33"e a obra que o meu povo
criou para a minha comunidade. -
5:33 - 5:37"Também significa coragem e força.
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5:38 - 5:40"Tenho-a desde 20 de janeiro de 2011.
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5:41 - 5:42"Vai fazer dois anos.
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5:42 - 5:45"Nunca pensei que as pessoas
ficassem a olhar para mim -
5:45 - 5:47"onde quer que eu vá.
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5:47 - 5:48"Não estava preparada para isso.
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5:48 - 5:52"Não foi para isso que a arranjei.
Não gosto de chamar as atenções, -
5:52 - 5:54"quer negativas, quer positivas,
metade para cada lado. -
5:54 - 5:57"Aeroportos, lojas, locais públicos,
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5:57 - 5:59"Sinto que deixei de olhar
para as pessoas. -
6:00 - 6:02"Ficamos a pensar que as pessoas
estão a julgar-nos. -
6:02 - 6:04"Podemos notar quando elas
não gostam de nós. -
6:04 - 6:08"Por vezes, elas reconhecem-nos
e dizem: 'Bonita tatuagem, irmã'. -
6:08 - 6:10"Mas outras pessoas dizem:
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6:10 - 6:12" 'Quem é esta maluca?'
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6:12 - 6:15" 'Porque é que fizeste isso?'
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6:15 - 6:17"Pensei que podia dizer que era tribal.
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6:17 - 6:19"Mas acho que as pessoas não sabem.
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6:19 - 6:23"Por isso, criou-me uma nova
sensação de paciência". -
6:25 - 6:28Esta é uma foto de um Apache
dançarino da Montanha Branca. -
6:28 - 6:30Tive a rara oportunidade
de tirar esta foto -
6:30 - 6:32quando estive em Albuquerque,
no Novo México. -
6:32 - 6:35Representam os espíritos
dos deuses da montanha -
6:35 - 6:38e dançam por razões
tradicionais, sagradas. -
6:39 - 6:42Esta é Starflower Montoya.
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6:42 - 6:44Stare é das tribos Barona e Taos Pueblo.
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6:44 - 6:46Está a usar a manta tradicional
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6:46 - 6:49que recebeu durante a cerimónia
da maioridade. -
6:50 - 6:51Quando perguntei a Star
-
6:51 - 6:54como navegamos, enquanto índios
em 2013, ela disse: -
6:54 - 6:57"A minha avó é que diz bem:
-
6:57 - 7:01" 'Tens de usar o mocassim num pé
e o ténis no outro pé'." -
7:01 - 7:04(Risos)
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7:05 - 7:07Este é Paul Chávez.
-
7:07 - 7:10Paul é Paiute de Bishop e Apache,
-
7:10 - 7:12que se situa no Owens Valley.
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7:12 - 7:15É um dos locais mais bonitos
em que já estive. -
7:15 - 7:19Paul passou a vida dedicado
à preservação da cultura nativa. -
7:19 - 7:22Primeiro, trabalhando como chefe
tribal, criando programas TANF, -
7:22 - 7:25por toda a comunidade índia
e trabalhando com jovens nativos. -
7:25 - 7:28Quando visitei Paul, na região Paiute,
-
7:28 - 7:31fiquei surpreendida
pela história do "paya", -
7:31 - 7:33que significa "água" em paiute.
-
7:35 - 7:37Antes da colonização, o povo Paiute
-
7:37 - 7:42construiu e geriu 100 km
de complicados sistemas de irrigação -
7:42 - 7:45durante milénios, muito antes
de a cidade de Los Angeles conseguir -
7:45 - 7:48o seu maior sistema
de abastecimento de água -
7:48 - 7:51através da moderna engenharia,
há apenas cem anos. -
7:51 - 7:53Depois das Guerras dos Índios de 1863,
-
7:53 - 7:55os Paiutes sobreviventes
voltaram para a sua terra -
7:55 - 7:59e encontraram o seu sistema hidráulico
nas mãos dos colonos brancos. -
8:02 - 8:04Hoje, 150 anos depois,
-
8:04 - 8:07a tribo Paiute ainda continua em litigação
por aquele sistema hidráulico. -
8:09 - 8:13É um ótimo exemplo da luta
pela sobrevivência das nossas tribos. -
8:13 - 8:16Quando falei com Paul
sobre estas questões, ele disse: -
8:16 - 8:21"O importante é que estamos aqui.
Sobrevivemos. -
8:21 - 8:24"Se pensares nisso,
cada nativo vivo hoje, -
8:24 - 8:27"é o resultado da sobrevivência
dos nossos antepassados. -
8:27 - 8:29"Por isso, tens de te interrogar:
-
8:29 - 8:30"Porque é que estás aqui?
-
8:30 - 8:32"Porque é que eu estou aqui?
-
8:33 - 8:37"Cheguei à conclusão de que estamos
aqui para continuar enquanto tribo. -
8:37 - 8:40"Se assim não for, seremos
os nossos colonizadores. -
8:40 - 8:42"Misturamo-nos.
-
8:42 - 8:44"É essa a nossa luta, não fazermos isso,
-
8:45 - 8:48"porque ser nativo aqui,
ou onde quer que estejamos, -
8:48 - 8:51"tem o valor de sermos quem somos.
-
8:52 - 8:54"Não só enquanto tribo,
-
8:54 - 8:56"mas para a sustentabilidade da Terra.
-
8:57 - 9:00"Tem muito a ver com as nossas
formas tradicionais de sustentabilidade. -
9:00 - 9:02"A parte mais importante de ser soberano
-
9:02 - 9:04"é acreditar na nossa soberania.
-
9:04 - 9:06"Acreditar que somos uma nação.
É essa a base. -
9:06 - 9:10"Depois, o passo seguinte
é agir sobre isso". -
9:13 - 9:15Esta é Jane Blackman.
-
9:15 - 9:18Jane é da tribo Pala
no sul da Califórnia -
9:18 - 9:20e é uma católica devota.
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9:21 - 9:24Jane quis tirar a foto na missão.
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9:26 - 9:28Temos aqui uma fotografia
de Hayes Lewis. -
9:28 - 9:32Hayes é o superintendente
da escola distrital dos Zuni. -
9:32 - 9:34E é muito interessante.
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9:34 - 9:38A tribo Zuni separou-se
do município vizinho. -
9:38 - 9:43Quando falámos sobre as razões
para terem decidido isso, -
9:43 - 9:47falámos da forma como a política federal
tinha afetado o ensino, ele disse: -
9:47 - 9:48"O próximo passo para o desenvolvimento
-
9:48 - 9:52"é a mudança de política
e da estrutura do ensino -
9:52 - 9:53"que fará a diferença.
-
9:53 - 9:56"Se olharmos para a estrutura
do ensino tal como ela é, -
9:56 - 9:59"com as suas políticas, práticas e regras,
que diferença é que isso faz -
9:59 - 10:04"se não voltarmos para a comunidade
e a recriarmos de baixo para cima?" -
10:07 - 10:09Este é Guylish Bommelyn.
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10:09 - 10:11Guylish também é Tolowa.
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10:11 - 10:13Fala Athabascan .
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10:14 - 10:17Ensina a sua língua
na escola tribal local. -
10:18 - 10:21Desde que ando nesta jornada,
encontrei quem fala Athabascan -
10:21 - 10:25no Alasca, na Califórnia, no Arizona
-
10:25 - 10:27e no Novo México.
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10:29 - 10:33As tribos do sul dizem
que as do norte se cansaram de andar. -
10:33 - 10:36(Risos)
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10:37 - 10:40Esta é Mary Evelyn Baumgarten.
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10:40 - 10:43Mary é encantadora.
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10:43 - 10:48Mary é professora reformada
da Universidade do Novo México, -
10:48 - 10:50onde ensinou educação indígena.
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10:50 - 10:53Mary tem a paixão de ensinar professores
-
10:53 - 10:55a trabalhar com comunidades indígenas.
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10:55 - 10:58Depois de uma longa conversa
sobre a história de internatos -
10:58 - 11:02neste país, e sobre assimilação,
disse-me: -
11:02 - 11:05"Quando é que vamos deixar
de pedir às nossas crianças -
11:05 - 11:10"que escolham entre ensino cultural
e ensino ocidental? -
11:11 - 11:15"Penso que estamos preparados
para acabar com o processo de assimilação. -
11:16 - 11:19"Já chegou o tempo da mudança".
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11:21 - 11:24Este é Anthony "Thosh" Collins
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11:24 - 11:26da tribo Salt River Pima.
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11:26 - 11:28Thosh é cantor.
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11:28 - 11:30Esta é a matraca dele.
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11:30 - 11:34Thosh dedica-se ao bem-estar do seu corpo
-
11:34 - 11:37comendo sobretudo alimentos vegetais.
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11:37 - 11:40Quando estou com Thosh,
é sempre mais fácil para mim -
11:40 - 11:43optar pela salada
em vez da torrada francesa. -
11:43 - 11:46(Risos)
-
11:47 - 11:49Eu estava em Albuquerque, no Novo México.
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11:49 - 11:52Fomos à Reunião das Nações.
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11:52 - 11:53Cheguei lá e pensei:
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11:54 - 11:56"Oh, meu Deus! Há 21 tribos
no Novo México. -
11:56 - 11:58"Quem é que eu vou fotografar?
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11:58 - 12:00"Como vou contactar com estas pessoas?"
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12:00 - 12:01Então, pus no Facebook:
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12:02 - 12:04"Ando à procura de amigos...
tenho de ir a estas tribos..." -
12:05 - 12:09Percebi que a mãe do meu amigo Dan
era da nação Navajo. -
12:09 - 12:12Valerie ligou-me e disse: "Eu levo-te".
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12:12 - 12:14Andámos, andámos, andámos
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12:14 - 12:18percorremos uma estrada poeirenta
até chegarmos aqui -
12:18 - 12:20à casa de Ray e Fannie Mitchell.
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12:20 - 12:23Ray e Fannie têm 82 e 83 anos.
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12:23 - 12:26Estão casados há 65 anos.
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12:28 - 12:30Só falam "diné".
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12:31 - 12:33Por isso, a filha traduziu para mim.
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12:34 - 12:37Ray é trabalhador reformado
dos caminhos-de-ferro. -
12:37 - 12:39Reformou-se para ser agricultor.
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12:39 - 12:43Fannie é tecelã.
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12:44 - 12:46Aqui onde vivem na Nação Navajo
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12:46 - 12:49vivem sem água nem eletricidade.
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12:49 - 12:50Vivem num acampamento de ovelhas.
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12:51 - 12:52Fanny tosquia as ovelhas,
-
12:52 - 12:55tinge a lã e tece tapetes.
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12:55 - 12:57Quando eu estava para me ir embora,
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12:57 - 13:01sentia-me muito triste,
porque era o dia dos meus anos -
13:01 - 13:04e eu estava aborrecida
por ser mais velha um ano. -
13:04 - 13:08Mas também porque estava longe
da minha família e dos meus amigos. -
13:10 - 13:13Depois, cheguei aqui
e eles fizeram estufado de carneiro -
13:13 - 13:16e tortilhas caseiras
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13:16 - 13:18e rezaram pela minha viagem
-
13:18 - 13:21e fizeram-me sentir
como se fosse da família. -
13:21 - 13:24Senti-me abençoada.
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13:29 - 13:31Eu ia para o famoso Grand Canyon
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13:31 - 13:34fotografar o povo Havasupai.
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13:35 - 13:36Liguei a Matthew.
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13:37 - 13:41Depois de obter autorização
do conselho tribal para lá ir, disse: -
13:41 - 13:43"Gostava de chegar na sexta-feira".
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13:43 - 13:46Ele disse: " Sabes caminhar?"
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13:46 - 13:48(Risos)
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13:49 - 13:51E eu: "Tenho sapatos de corrida".
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13:51 - 13:54E ele: "Ok, ótimo.
Sabes andar a cavalo?" -
13:54 - 13:57E eu: "Sei. Tenho botas de 'cowboy'."
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13:57 - 14:00(Risos)
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14:00 - 14:02E ele: "Vamos meter-te
num helicóptero". -
14:03 - 14:05(Risos)
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14:06 - 14:09Levaram-me ao Grand Canyon.
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14:09 - 14:11Matthew disse-me:
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14:11 - 14:14"Matika, para lá chegares,
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14:14 - 14:16"só precisas de apanhar a antiga Route 66.
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14:16 - 14:18"Verás um sinal para Havasupai.
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14:18 - 14:19"Aí vira à direita.
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14:19 - 14:21"Continua até veres um helicóptero.
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14:21 - 14:23"Quando lá chegares
diz ao piloto que és índia. -
14:23 - 14:25"Ele leva-te e desce-te lá".
-
14:25 - 14:26(Risos)
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14:26 - 14:30E eu: "O quê? Estás bom da cabeça?"
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14:31 - 14:34O meu mentor disse-me:
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14:34 - 14:38"Coragem é ter medo,
mas fazê-lo na mesma". -
14:38 - 14:40Então, reuni toda a minha coragem.
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14:40 - 14:45Entrei no carro, percorri a Route 66,
procurei o sinal. -
14:45 - 14:47Virei à direita, encontrei o helicóptero,
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14:47 - 14:49mostrei-lhe o meu BI tribal,
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14:49 - 14:51entrei no helicóptero e cheguei lá.
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14:51 - 14:53Quando saí do helicóptero,
-
14:53 - 14:56Benji e Matthew estavam à minha espera
-
14:56 - 14:59e todos os meus receios
se dissiparam. -
15:01 - 15:04Esta foto foi tirada
por volta das 11 da noite, -
15:04 - 15:06depois de um dia inteiro
a fotografar no Canyon -
15:06 - 15:09e em toda esta bonita aldeia.
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15:09 - 15:13O povo Havasupai considera-se
o guardião do Grand Canyon. -
15:13 - 15:15"Havasupai" significa
-
15:15 - 15:17"O povo da água azul-verde".
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15:18 - 15:21Este é Matthew no seu traje tradicional,
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15:21 - 15:22com a filha.
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15:23 - 15:24No dia seguinte, tirei estas fotos.
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15:25 - 15:27Este é Rex Tolusi.
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15:29 - 15:32Quando Benji me levou para falar com Rex,
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15:32 - 15:34Rex disse:
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15:34 - 15:38"Tenho muita dificuldade
em falar com estranhos -
15:38 - 15:41"porque, em 2000,
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15:41 - 15:43"vieram aqui inspetores,
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15:43 - 15:46"fizeram colheitas de sangue.
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15:46 - 15:48"Disseram que nos iam ajudar
por causa dos diabetes. -
15:48 - 15:50"E depois, usaram o nosso sangue
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15:50 - 15:52"para tentar provar
que não éramos do Canyon". -
15:54 - 15:58Então, não agarrei no microfone,
não tirei a câmara da mala, -
15:58 - 16:00andei a passear com Rex
durante algum tempo. -
16:05 - 16:08Falámos sobre o que se passa.
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16:08 - 16:10Eu disse: "Eu também cresci numa reserva.
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16:10 - 16:12"Eu também sofri com os efeitos
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16:12 - 16:16"dos nossos traumas intergerações,
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16:16 - 16:18"Também eu estou em recuperação".
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16:19 - 16:20Tivemos caminhos semelhantes
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16:20 - 16:22enquanto professores em escolas tribais.
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16:22 - 16:26Chorámos pelos alunos
que tínhamos perdido. -
16:27 - 16:29Por fim, depois de Rex ter ouvido dizer
-
16:29 - 16:32que eu sabia fazer um pão frito muito bom
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16:32 - 16:33(Risos)
-
16:33 - 16:36disse: "Podes ligar o microfone".
-
16:36 - 16:40"O que é que queres
que eu diga às pessoas?" -
16:40 - 16:41Ele disse:
-
16:42 - 16:46"Lembra-lhes que todos vimos
da mesma Mãe Terra. -
16:46 - 16:48"Acho que podem ter esquecido.
-
16:49 - 16:51"Diz-lhes que todos nós,
-
16:51 - 16:54"os castanhos, os vermelhos,
os amarelos, os roxos, -
16:54 - 16:58"pertencemos todos ao mesmo lugar.
-
16:58 - 17:01"A nossa função é cuidar da nossa Mãe.
-
17:01 - 17:04"Mas, sobretudo,
diz-lhes que sobrevivemos". -
17:06 - 17:09Quando eu ia a conduzir
para sair do Grand Canyon -
17:09 - 17:11na estrada para chegar aqui,
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17:11 - 17:15sentia-me tão assoberbada
pela gratidão -
17:15 - 17:18que estava a chorar.
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17:18 - 17:23Comecei a pensar em toda aquela gente
que me tinha apoiado na minha viagem, -
17:23 - 17:25os generosos contribuintes Kickstarter,
-
17:25 - 17:27as pessoas que me tinham guiado,
-
17:27 - 17:30que me tinham albergado,
que tinham rezado por mim. -
17:30 - 17:33E me tinham desejado boa viagem.
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17:35 - 17:38Percebi que as pessoas são solidárias
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17:38 - 17:40porque acreditam numa causa.
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17:40 - 17:43Porque, lá no fundo,
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17:43 - 17:46todos queremos recordar
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17:46 - 17:48que pertencemos ao mesmo lugar,
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17:48 - 17:53que pertencemos uns aos outros.
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17:56 - 18:00Por isso, a jornada continua.
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18:01 - 18:02Obrigada.
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18:02 - 18:05(Aplausos)
- Title:
- Sobreviver ao desaparecimento, reimaginar e humanizar os povos nativos | Matika Wilbur | TEDxSeattle
- Description:
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Matika Wilbur é uma das principais fotógrafas do noroeste do Pacífico e professor no Liceu Tulalip Heritage.
Conta-nos como explora a identidade contemporânea nativa e documenta-a através da arte impecável de cada uma das suas fotografias.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:11