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O movimento surpreendente do Sol através do céu – Gordon Williamson

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    Suponha que você colocasse uma câmera
    em uma posição fixa,
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    tirasse uma fotografia do céu
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    à mesma hora, todo dia,
    por um ano inteiro
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    e fizesse uma sobreposição,
    colocando as fotos umas sobre as outras.
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    Como seria visto o Sol na imagem
    composta desta forma?
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    Como ma imagem imóvel?
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    Em uma trajetória circular?
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    Nada disso.
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    Pode paecer estranho,
    mas sua trajetória lembra um “8”,
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    conhecida como o analema do Sol.
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    Mas por quê?
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    O movimento da Terra cria alguns ciclos.
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    Ela gira em torno do seu eixo
    cerca de uma vez a cada 24 horas,
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    o que produz o nascer e o pôr do sol.
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    Ao mesmo tempo, ela executa
    um ciclo bem mais lento,
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    em torno no sol e que se completa
    em aproximadamente 365 dias.
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    Mas há uma distorção.
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    Em relação ao plano de sua órbita,
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    a Terra não gira com o Polo Norte
    na posição vertical.
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    Seu eixo de rotação apresenta
    uma inclinação de 23,4º.
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    Isto é conhecido como a inclinação
    do eixo da Terra ou obliquidade.
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    Uma inclinação de 23º
    pode não parecer importante,
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    mas é a razão principal
    da existência das estações do ano.
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    Devido ao eixo permanecer inclinado
    segundo a mesma direção,
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    enquanto a Terra
    percorre sua órbita anual,
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    há longos períodos do ano
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    nos quais o Hemisfério Norte
    está voltado diretamente para o Sol
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    ao contrário do Hemisfério Sul.
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    e vice-versa,
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    o que percebemos como verão e inverno.
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    Durante o verão em um certo hemisfério,
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    o Sol está mais alto no céu,
    os dias são mais longos e quentes.
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    Uma vez por ano, a declinação do Sol,
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    o ângulo entre o equador terrestre
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    e a posição da Terra quando o Sol
    parece estar bem no alto,
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    atinge o seu valor máximo.
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    Este dia é conhecido
    como o solstício de verão,
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    o dia mais longo do ano,
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    sendo o único dia em que o Sol
    parece estar mais alto do que nunca.
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    Logo, a inclinação
    do eixo da Terra
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    explica, em parte, por que o Sol
    muda de posição no céu
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    e o comprimento da analema
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    representa a declinação do Sol,
    cuja medida é igual a 46,8º,
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    no decorrer do ano.
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    Mas por que tem a forma de “8”
    e não a de uma linha reta?
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    Isto se deve a uma outra característica
    da revolução da Terra,
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    a sua excentricidade orbital.
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    A órbita da Terra em torno do Sol
    tem a forma de uma elipse
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    e sua distância ao Sol varia
    em diferentes pontos.
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    A variação correspondente
    da força gravitacional
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    faz a Terra mover-se
    mais rapidamente em janeiro
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    quando ela alcança
    o ponto mais próximo do Sol,
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    o periélio,
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    e mais lentamente em julho,
    quando atinge seu ponto mais distante,
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    o afélio.
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    Da excentricidade da Terra,
    resulta que o meio-dia solar,
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    o momento em que o Sol
    está mais alto no céu,
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    nem sempre ocorre na mesma hora
    em dias diferentes.
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    Um relógio solar pode estar
    entre 16 minutos adiantado
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    ou 14 minutos atrasado
    em relação a um relógio comum.
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    O tempo que um relógio marca
    e o tempo solar
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    somente coincidem quatro vezes ao ano.
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    A largura do analema representa
    a extensão desse desvio.
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    Como as pessoas podiam saber
    a hora certa, no passado?
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    Na maior parte da história da humanidade,
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    orientar-se pela posição do Sol
    era satisfatório.
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    Mas na era moderna,
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    as diferenças entre os relógios solares
    e mecânicos tornaram-se importantes.
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    A equação do tempo,
    introduzida por Ptolomeu,
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    posteriormente refinada
    com base no trabalho de Johannes Kepler,
  • 3:28 - 3:34
    converte o tempo solar aparente
    para a hora GMT em que confiamos.
  • 3:34 - 3:38
    Os globos terrestres costumavam
    ter um analema impresso neles
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    para que se pudesse calcular a diferença
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    entre o tempo marcado pelo relógio
    e o tempo solar com base no dia do ano.
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    O aspecto do analema
    depende do local em que você está.
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    Ele terá um ângulo de inclinação
    que depende de sua latitude
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    e estará invertido
    se visto do Hemisfério Sul.
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    Estando em um outro planeta,
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    você veria algo completamente diferente.
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    Dependendo da excentricidade orbital
    e da inclinação axial do planeta,
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    o analema poderá ter a forma de uma gota
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    ser oval,
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    ou até ser uma linha reta.
Title:
O movimento surpreendente do Sol através do céu – Gordon Williamson
Description:

Vela a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-sun-s-surprising-movement-across-the-sky-gordon-williamson

Suponha que você colocasse uma câmera em uma posição fixa e tirasse uma foto do céu todo dia, no mesmo horário, durante o ano inteiro e sobrepusesse todas as fotos. Como ficaria o Sol na imagem composta? Uma imagem estacionária? Uma trajetória circular? Nada disso. Por estranho que pareça, ele cria um desenho do “número 8”, conhecido como o analema do Sol. Gordon Williamson explica por quê.

Lição de Gordon Williamson, animação de TED-Ed.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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