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A poderosa matemática da alavanca — Andy Peterson e Zack Patterson

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    Um famoso grego da Antiguidade
    disse um dia:
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    "Deem-me um ponto de apoio
    e moverei a Terra".
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    Mas não era nenhum feiticeiro
    a anunciar uma façanha impossível.
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    Era Arquimedes, o matemático,
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    a descrever o princípio fundamental
    do funcionamento da alavanca.
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    A ideia de uma pessoa conseguir
    mover uma massa tão gigantesca,
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    pode parecer magia,
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    mas é possível que já a tenham visto
    na vossa vida quotidiana.
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    Um dos melhores exemplos
    é uma coisa que devem reconhecer
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    de um parque de brincadeiras infantil:
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    um sobe-e-desce, ou balancé.
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    Digamos que decidimos
    andar com um amigo.
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    Se ambos pesarmos
    mais ou menos o mesmo,
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    podemos subir e descer
    com facilidade.
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    Mas o que acontece
    se o nosso amigo pesa mais?
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    De repente, ficamos presos no ar.
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    Felizmente, sabemos o que fazer.
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    Chegamo-nos mais para trás
    e conseguimos descer.
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    Isto pode parecer simples e intuitivo,
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    mas estamos a usar uma alavanca
    para elevar um peso
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    que, de outro modo,
    seria demasiado pesado.
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    Esta alavanca é um dos tipos
    de máquinas simples,
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    aparelhos básicos que reduzem a quantidade
    de energia necessária para uma tarefa,
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    aplicando sabiamente
    as leis básicas da física.
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    Vejamos como é que isso funciona.
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    Todas as alavancas consistem
    em três componentes principais:
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    o braço potente,
    o braço resistente e o fulcro.
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    Neste caso, o nosso peso
    é a força potente
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    enquanto o peso do nosso amigo
    é a força resistente.
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    O que Arquimedes percebeu
    foi que há uma relação importante
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    entre as grandezas dessas forças
    e as suas distâncias ao fulcro.
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    A alavanca está equilibrada
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    quando o produto da força potente
    pelo comprimento do braço potente
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    é igual ao produto da força resistente
    pelo comprimento do braço resistente.
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    Isto baseia-se numa
    das leis básicas da física,
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    que diz que o trabalho medido em joules
    é igual à força aplicada a uma distância.
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    Uma alavanca não pode reduzir
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    a quantidade de trabalho necessário
    para elevar uma coisa,
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    mas dá-nos uma compensação.
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    Aumentemos a distância
    e podemos aplicar menos força.
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    Em vez de tentarmos elevar
    um objeto diretamente
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    a alavanca torna o trabalho mais fácil
    dispersando o seu peso
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    por todo o comprimento
    do braço potente e do braço resistente.
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    por isso, se o nosso amigo
    tem o dobro do nosso peso,
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    precisamos de nos sentar
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    duas vezes mais longe do centro
    do que ele, para o podermos elevar.
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    Pela mesma razão, a irmãzinha dele,
    cujo peso é um quarto do nosso peso,
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    só nos pode elevar se se sentar
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    quatro vezes mais longe
    do centro do que nós.
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    Os sobe-e-desce podem ser divertidos,
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    mas as implicações
    e utilizações das alavancas
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    são muito mais impressionantes do que isso.
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    Com uma alavanca suficientemente grande,
    podemos elevar coisas muito pesadas.
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    Uma pessoa que pese 68 quilos,
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    pode usar uma alavanca apenas
    com 3,7 metros de comprimento
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    para equilibrar um Smart
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    ou com 10 metros, para elevar
    um bloco de pedra de 2,5 toneladas,
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    como as que se usaram
    para construir as Pirâmides.
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    Se quisermos elevar a Torre Eiffel,
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    a alavanca teria que ser
    um pouco mais comprida,
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    com cerca de 40,6 quilómetros.
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    E quanto à famosa gabarolice
    de Arquimedes?
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    Claro, hipoteticamente é possível.
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    A Terra pesa 6 x 10^24 quilos
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    e a Lua que está
    a 384 400 quilómetros de distância
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    seria um ótimo fulcro.
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    Portanto, para elevarmos a Terra
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    basta uma alavanca com um comprimento
    de cerca de um trilião de anos-luz,
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    ou seja, 1500 milhões de vezes
    a distância até à Galáxia de Andrómeda.
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    E, claro, um sítio onde colocá-la
    para podermos usá-la.
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    Para uma máquina tão simples,
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    a alavanca consegue fazer
    coisas bastante incríveis.
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    Os elementos básicos das alavancas
    e de outras máquinas simples
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    encontram-se à nossa volta
    em diversos instrumentos e ferramentas
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    que nós, e até outros animais, usamos
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    para aumentar as nossas hipóteses
    de sobrevivência
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    ou apenas tornam mais fácil a nossa vida.
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    Afinal, são os princípios matemáticos
    por detrás destes aparelhos
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    que fazem o mundo girar.
Title:
A poderosa matemática da alavanca — Andy Peterson e Zack Patterson
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/the-mighty-mathematics-of-the-lever-andy-peterson-and-zack-Patterson

Arquimedes disse um dia: "Deem-me um ponto de apoio e eu moverei a Terra". Embora possa parecer impossível a ideia de uma pessoa conseguir mover uma massa tão gigantesca, é possível que já tenham visto esta ideia em ação num parque de diversões. Andy Peterson e Zack Patterson usam o sobe-e-desce para ilustrar as implicações e o uso da alavanca.

Lição de Andy Peterson e Zack Patterson, animação de The Moving Company Animation Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:46

Portuguese subtitles

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