Eu também vivo neste planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED
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0:14 - 0:19Há uns anos, tive vontade
de me aproximar mais das crianças, -
0:20 - 0:24não só através dos meus desenhos,
de jogos ou de livros, -
0:24 - 0:26mas estando ali, cara a cara,
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0:26 - 0:31fazendo "workshops", desenhando
com eles e vendo-os criar. -
0:31 - 0:35Por outro lado, há muito
que queria ajudá-los -
0:35 - 0:37mas não sabia bem como.
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0:37 - 0:41Se aproximando-me de uma ONG
ou fazendo um projeto só meu. -
0:42 - 0:43Até que, uma noite,
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0:43 - 0:47estava à espera dum autocarro
que nunca mais chegava, -
0:48 - 0:51e, de repente, sem estar
a pensar em nada de especial, -
0:51 - 0:54apareceu na minha cabeça
um letreiro luminoso -
0:54 - 0:55que dizia:
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0:55 - 1:02"Uma volta ao mundo, fazendo 'workshops'
gratuitos de arte para crianças". -
1:03 - 1:04Era uma loucura.
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1:04 - 1:07Eu não sabia como começar
nem como organizar uma coisa dessas. -
1:07 - 1:10Não tinha dinheiro, nada.
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1:10 - 1:13Mas parecia-me o melhor plano do mundo.
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1:13 - 1:16Quando apanhei o autocarro,
já sabia que iria fazê-lo. -
1:18 - 1:21Confiei e trabalhei muito neste projeto.
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1:22 - 1:26Então, decidi que ia pensar nisso.
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1:27 - 1:29Para pensá-lo, para amá-lo,
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1:29 - 1:32pensei no que gostaria de ter
quando era miúdo. -
1:32 - 1:36Assim, pensei em cada "workshop",
em cada pormenor. -
1:36 - 1:39Começaria pelo norte da Argentina
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1:39 - 1:41e seguiria pela América Latina,
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1:41 - 1:44pela África, pela Ásia e pela Europa.
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1:44 - 1:49Fazendo "workshops" nas escolas,
nos hospitais de crianças, nos orfanatos, -
1:49 - 1:52nas bibliotecas, nos mercados,
no meio da rua. -
1:53 - 1:55Na selva, na montanha.
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1:56 - 2:01Nas grandes cidades e nas aldeias
pequeninas e distantes. -
2:02 - 2:05Lugares que não estivessem
nos guias de viagem, -
2:05 - 2:07nem nas agências de turismo.
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2:08 - 2:10Sinto que subestimamos
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2:10 - 2:12que subestimamos as crianças,
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2:12 - 2:16quanto ao que elas são capazes
de sentir, de pensar e de dizer. -
2:17 - 2:20Olhamos para elas como uma espécie
de depósito que temos de encher -
2:20 - 2:22com conteúdos e informações.
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2:23 - 2:26Obviamente, estão numa fase de formação,
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2:26 - 2:29mas também têm coisas a dizer.
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2:29 - 2:33Sinto que, no geral,
não existe esse espaço de escuta. -
2:33 - 2:35Este é o meu objetivo principal,
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2:35 - 2:38dar um espaço de expressão
a esses miúdos -
2:39 - 2:42e, depois, outros miúdos,
de outros lados, -
2:42 - 2:44conheçam esses miúdos.
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2:44 - 2:46Pelo que vi, onde quer que eles estejam,
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2:46 - 2:49veem os mesmos filmes,
os mesmos desenhos animados, -
2:49 - 2:50jogam os mesmo jogos,
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2:50 - 2:53mas o que é que conhecem
uns dos outros? -
2:53 - 2:56Que é que um miúdo da Argentina
sabe de um miúdo do Equador? -
2:56 - 2:58Ou um miúdo de França
de um miúdo do Quénia? -
2:59 - 3:00A verdade é que não sabe nada.
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3:01 - 3:03Então, antes de começar
a desenhar nos "workshops", -
3:04 - 3:05sempre lhes mostramos vídeos
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3:06 - 3:08dos miúdos dos países anteriores.
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3:08 - 3:11Por exemplo, uma tarde em Tóquio,
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3:11 - 3:16um grupo de miúdos japoneses
ficaram a conhecer um pouco da Argentina, -
3:16 - 3:18do Peru, do México.
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3:18 - 3:21A partir desta vontade de conhecê-los,
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3:21 - 3:23nasce outra parte do projeto:
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3:23 - 3:25a cadeia de presentes.
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3:26 - 3:30Nela, fazemos um vídeo,
onde se apresenta um miúdo -
3:30 - 3:33que nos conta qualquer coisa
da sua vida, -
3:33 - 3:36da sua família, do local onde vive.
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3:36 - 3:40Diz-nos qual o seu jogo preferido,
a sua comida preferida -
3:40 - 3:42e conta-nos um sonho.
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3:43 - 3:44Peço-lhe que, entre as suas coisas,
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3:44 - 3:49escolha uma coisa para dar a um miúdo
ou a uma miúda do país seguinte -
3:50 - 3:51e também faz um desenho
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3:51 - 3:54para esse miúdo ou miúda
do país seguinte. -
3:54 - 3:57A cadeia começou na Argentina,
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3:58 - 4:00continuou por mais 15 países
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4:01 - 4:03e ainda faltam imensos.
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4:03 - 4:06Assim, graças aos olhares
de outras crianças, -
4:06 - 4:08conhecem outras realidades.
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4:08 - 4:12A vida de William, que tem nove irmãos,
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4:12 - 4:15não é a mesma de Tzo Luo que,
como quase todos os chineses, -
4:15 - 4:16é filho único.
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4:17 - 4:22Christopher, que vive rodeado
de coelhos e vacas -
4:23 - 4:27é muito diferente de Simone,
que vive numa cidade enorme. -
4:28 - 4:32A vida de Mikija que,
depois da escola, -
4:32 - 4:34pode ir brincar com as amigas,
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4:34 - 4:37é muito diferente da de Mario
que tem de ir trabalhar. -
4:38 - 4:41Sempre me apaixono
e me custa sair de cada lugar. -
4:42 - 4:44Mas creio que a tarefa está cumprida,
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4:44 - 4:48se, pelo menos, crio uma marca,
uma pequena impressão. -
4:49 - 4:50Reparem.
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4:50 - 4:51(Vídeo)
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4:51 - 4:53O que sinto quando desenho,
é que sou uma artista. -
4:54 - 4:57É quando uma pessoa
liberta as suas ideias. -
4:57 - 5:00Assim, posso desabafar
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5:00 - 5:03todos os meus sentimentos,
exprimi-los através do desenho -
5:03 - 5:05e sinto-me muito melhor.
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5:05 - 5:09Estamos num mundo onde podemos
fazer tudo o que queremos. -
5:09 - 5:15Os meus desenhos exprimem
a minha alegria e tudo o que eu quiser. -
5:16 - 5:18Os meus desenhos são a minha imaginação.
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5:18 - 5:23(Em japonês): Quando desenho,
sinto que entro num mundo novo, -
5:23 - 5:26onde vive aquilo que estou a desenhar
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5:26 - 5:28e divirto-me muito neste mundo.
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5:29 - 5:33Quando desenhei
o super-herói senti-me valente. -
5:33 - 5:35Senti-me...
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5:36 - 5:40acompanhada de outras pessoas.
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5:41 - 5:44Podemos desenhar num tronco,
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5:44 - 5:46em pedras, em paus,
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5:46 - 5:48em madeira, em cimento,
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5:49 - 5:51em qualquer parte.
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5:51 - 5:56(Em japonês): Às vezes,
há coisas que não sei como dizer, -
5:57 - 5:58então, desenho-as.
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5:59 - 6:03Quando pinto, é um sonho.
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6:03 - 6:06(Aplausos)
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6:11 - 6:13Lamento que, geralmente,
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6:13 - 6:17nas escolas, a arte está muito abandonada
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6:17 - 6:19e é considerada uma coisa menor,
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6:19 - 6:21puramente recreativa,
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6:21 - 6:23não como uma coisa formativa.
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6:24 - 6:27Oxalá se dançasse mais nas escolas,
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6:27 - 6:30se cantasse mais
e se desenhasse mais. -
6:31 - 6:33Em cada local onde vamos,
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6:33 - 6:38proponho às crianças que inventem
um super-herói, local, da sua terra. -
6:39 - 6:41Convido-os a pensar nos seus desenhos
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6:42 - 6:45e. sobretudo, nas necessidades
da sua comunidade. -
6:46 - 6:48No norte da Colômbia,
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6:48 - 6:50havia uma seca impressionante,
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6:50 - 6:52não chovia há meses,
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6:52 - 6:54as colheitas estavam perdidas
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6:54 - 6:56e faltava a água.
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6:56 - 6:59Mas um miúdo desenhou a solução:
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6:59 - 7:04criou um super-herói
que disparava uns raios para o céu -
7:04 - 7:06e assim, fazia chover.
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7:07 - 7:10Depois, no Equador,
fomos à Amazónia. -
7:10 - 7:13Estivemos na selva
com uma comunidade indígena. -
7:13 - 7:17Foi incrível vê-los pintar
pela primeira vez na vida. -
7:19 - 7:22Não imaginam a cara deles,
quando descobriram -
7:22 - 7:25que, misturando o azul e o amarelo,
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7:25 - 7:28podiam fazer o verde das árvores.
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7:29 - 7:32O que, para alguns,
era uma coisa corriqueira, -
7:32 - 7:35para outros pode ser
completamente inédito. -
7:36 - 7:38Depois, chegámos à Guatemala
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7:38 - 7:41e pintámos com miúdos
do Mercado Central. -
7:42 - 7:45Crianças que não vão à escola
porque têm de trabalhar ali, -
7:45 - 7:46ajudando os pais.
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7:47 - 7:51As frutas e as verduras que
fazem parte das suas obrigações diárias, -
7:51 - 7:52pelo menos nessa tarde,
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7:52 - 7:55transformaram-se num montão
de personagens e animais. -
7:56 - 7:58Trata-se de dar um novo significado
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7:58 - 8:01e é isso que sempre procuro fazer.
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8:02 - 8:06No México, no Dia dos Mortos,
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8:07 - 8:09quando toda a comunidade se reúne
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8:09 - 8:12com os seus entes queridos
que já não estão, -
8:13 - 8:15fomos ao cemitério
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8:15 - 8:18e encontrámos muitos miúdos ali às voltas.
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8:18 - 8:20Fizemos uma ronda com alguns deles,
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8:20 - 8:23e eu perguntei-lhes o que,
para eles, era a vida -
8:23 - 8:25e o que, para eles, era a morte.
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8:27 - 8:31Depois, pegámos nos lápis
e nas folhas e pusemo-nos a desenhar. -
8:31 - 8:35Havia um desenho para a vida
e outro para a morte. -
8:35 - 8:37Estava tão bom o que sucedia,
como fluía, -
8:37 - 8:40as coisas que os miúdos diziam
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8:40 - 8:44que fiquei a pensar em como
continuamos a subestimá-los. -
8:44 - 8:46Como continua a haver temas tabus
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8:46 - 8:49nas escolas, e também em casa.
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8:50 - 8:53Creio que seria genial
poder conversar com eles -
8:53 - 8:55sobre a sexualidade,
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8:55 - 8:57sobre a violência entre sexos
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8:57 - 9:00— tremendamente presente
em cada lugar onde vamos — -
9:00 - 9:02ou sobre a própria morte.
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9:03 - 9:05Creio que este silêncio
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9:05 - 9:07a única coisa que faz é gerar miúdos
-
9:07 - 9:10que continuam a repetir o mesmo modelo.
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9:12 - 9:16Gostava de vos contar
algumas das coisas que aprendi. -
9:17 - 9:19Desde que este projeto nasceu,
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9:19 - 9:22muita gente se aproxima
para me dar uma mão. -
9:23 - 9:25Em cada país e em cada aldeia
aonde vamos, -
9:25 - 9:27abrem-nos as portas de casa,
-
9:27 - 9:31convidam-nos para comer,
para ficar, dão-nos os materiais. -
9:31 - 9:35E fazem-me sentir que,
embora estando muito longe, -
9:35 - 9:38posso estar um pouco em casa.
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9:39 - 9:41Muitas vezes escuto o contrário.
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9:41 - 9:45Mas creio que o mundo não é
essa coisa terrível, insegura, -
9:45 - 9:47onde ninguém se importa com o próximo.
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9:48 - 9:54Também aprendi que o mais importante
para um miúdo poder criar -
9:55 - 9:57é dar-lhe confiança.
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9:58 - 10:00É dar-lhe confiança,
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10:00 - 10:02para ele pode desfrutar
o que está a fazer -
10:02 - 10:05em vez de considerá-lo
como um exame e paralisar. -
10:06 - 10:09Faço isto em qualquer atividade artística.
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10:09 - 10:11Para mim mesmo, para vocês,
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10:11 - 10:14que talvez pensem que não são capazes
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10:14 - 10:17de desenhar, de escrever,
de cantar, de dançar. -
10:18 - 10:19Os miúdos mostraram-me
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10:19 - 10:22que, quando encontram o desfrute,
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10:22 - 10:23sem se julgarem,
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10:23 - 10:27sem se compararem com o que está ao lado,
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10:27 - 10:28são muito mais felizes.
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10:30 - 10:34Estamos em contacto
com miúdos que passam mal. -
10:34 - 10:36Situações de abuso, de violência,
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10:36 - 10:38de abandono, de pobreza extrema.
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10:38 - 10:41Miúdos que não podem ir à escola
porque têm de trabalhar. -
10:41 - 10:44Mesmo assim, nos "workshops",
quando pintam os seus sonhos, -
10:44 - 10:46encontro-me com o que querem ser;
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10:46 - 10:49cantores, arquitetos,
professoras, médicos, -
10:49 - 10:51como qualquer outro miúdo.
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10:52 - 10:56É muito fácil aplicar rótulos e estigmas.
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10:56 - 10:58Mas nenhum miúdo nasce ladrão,
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10:58 - 11:01nenhum miúdo é violento por gosto.
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11:01 - 11:04A única coisa de que precisam
é de uma oportunidade. -
11:06 - 11:08Na selva, no Peru,
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11:08 - 11:12também fomos à Amazónia,
a uma comunidade Awajun. -
11:12 - 11:15Recordo que a diretora da escola me disse:
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11:15 - 11:16"Não esperes grandes coisas
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11:16 - 11:21"porque estes miúdos sabem
fazer artesanato, mas nunca desenham". -
11:22 - 11:26Foram umas das ilustrações
mais surpreendentes de todas as viagens. -
11:26 - 11:29É incrível o poder de observação
dos miúdos da selva -
11:29 - 11:33e como puderam desenhar
o seu ambiente, tal qual é. -
11:33 - 11:36Cada pormenor, cada pássaro,
cada árvore. -
11:37 - 11:40Aconteceu uma coisa parecida
numa escola -
11:40 - 11:42onde havia miúdos cegos,
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11:42 - 11:45com síndroma de Down,
com paralisia cerebral. -
11:45 - 11:48Uma das coisas que fazemos
nos "workshops" -
11:48 - 11:50são os autorretratos.
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11:50 - 11:52Em nenhum momento
pensei em subestimá-los. -
11:52 - 11:54Fizemos o mesmo de sempre.
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11:54 - 11:57Se alguém podia duvidar
da capacidade de expressão, -
11:58 - 12:01reparem nestes desenhos
incríveis que fizeram. -
12:03 - 12:08Tal como penso que posso
ensinar coisas a estes miúdos, -
12:08 - 12:10também aprendo com eles.
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12:11 - 12:13Também aprendo com eles.
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12:13 - 12:15Há pouco tempo, na Tailândia,
eu ia pela rua fora, -
12:16 - 12:18encontrei uns miúdos
e pusemo-nos a desenhar. -
12:19 - 12:22Senti-me atraído por uma
das meninas, em especial, -
12:22 - 12:24e, durante um momento,
fomos inseparáveis. -
12:26 - 12:29Vejo o desenho e vejo duas pessoas.
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12:29 - 12:34Perguntei-lhe quem eram
e ela disse que era ela mesma e eu, -
12:34 - 12:37um tipo que ela nunca tinha visto na vida,
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12:37 - 12:40que só conhecia há um pouquito
e, certamente, não voltaria a ver. -
12:40 - 12:44É impressionante como os miúdos
se podem abrir tanto. -
12:44 - 12:48Assim, a nossa responsabilidade
de adultos é muito grande. -
12:48 - 12:51Uma palavra pode abri-los muito
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12:51 - 12:53ou pode fechá-los muito.
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12:54 - 12:57Se lhes dissermos que o sol
tem de ser amarelo, -
12:57 - 12:59que as pastagens têm de ser verdes,
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12:59 - 13:01que as pessoas têm de estar apoiadas
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13:01 - 13:03porque, senão, parece que estão a voar,
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13:03 - 13:05em vez de os ajudarmos a serem criativos
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13:05 - 13:09estamos a limitar a sua imaginação.
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13:10 - 13:15Na Ásia, embora contasse
às vezes, com a ajuda de um intérprete, -
13:15 - 13:18já não podemos falar
como na América Latina -
13:18 - 13:20e então recorremos a jogos,
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13:20 - 13:23a canções, a vídeos
e, claro, a desenhos. -
13:24 - 13:27Creio que é fundamental,
quando estamos com um grupo de miúdos, -
13:27 - 13:29podermos reinventar-nos,
-
13:29 - 13:33sermos criativos, sermos permeáveis,
perante o que se passa. -
13:33 - 13:36Nem todos os miúdos são iguais,
mesmo que sejam irmãos. -
13:36 - 13:40Então, é o adulto que tem de adaptar-se,
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13:40 - 13:42em vez de ter uma fórmula
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13:42 - 13:45e pretender sempre o mesmo resultado.
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13:47 - 13:49Há mais de um ano
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13:49 - 13:51que me despedi do meu cão Tai
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13:51 - 13:53e saí de casa.
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13:53 - 13:57Percorri a América Latina
e grande parte da Ásia. -
13:58 - 14:00De facto, acabo de chegar da Índia
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14:00 - 14:02e depois de amanhã volto para lá.
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14:03 - 14:06Ainda faltam muitos países.
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14:07 - 14:10Cedo estaremos com miúdos
na faixa de Gaze, na Palestina. -
14:10 - 14:12Com miúdos refugiados,
com miúdos em África. -
14:13 - 14:16A ONU e a UNICEF
convidam-nos a fazer "workshops", -
14:16 - 14:19coisa que eu nunca teria imaginado.
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14:19 - 14:21Ao fim destes dois anos,
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14:21 - 14:24terei desenhado com miúdos de 40 países,
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14:24 - 14:27com mais de 10 000 miúdos dos 40 países
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14:28 - 14:30e ainda faltam uma data deles.
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14:30 - 14:32Mas vamos voltar
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14:32 - 14:35e vamos fazer o mesmo,
aqui na Argentina, -
14:35 - 14:37de Ushuaia a La Quiaca,
de ponta a ponta. -
14:37 - 14:41Vamos fazer exposições itinerantes
com os desenhos dos miúdos -
14:41 - 14:46e um livro, cheio de fotos, de relatos,
e de desenhos dos miúdos. -
14:46 - 14:48Estamos a fazer um filme,
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14:48 - 14:53um documentário para poder partilhar
isto com muito mais gente. -
14:54 - 14:57Tudo isto que se chama
"Pequeños Grandes Mundos", -
14:58 - 15:02que começou por ser
a viagem da minha vida, -
15:03 - 15:06e já se transformou
no projeto da minha vida. -
15:06 - 15:08Mas começou por ser um sonho.
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15:09 - 15:12E, falando de sonhos,
quero apresentar Elizabeth. -
15:12 - 15:13(Vídeo)
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15:13 - 15:15Quando eu era pequenina,
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15:15 - 15:17dizia que queria ser cantora,
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15:17 - 15:21que ia apanhar o lixo,
que ia trabalhar com o meu pai. -
15:21 - 15:25Mas o meu pai dizia que não,
que eu não servia para pregar pregos. -
15:25 - 15:27O meu pai é engenheiro.
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15:27 - 15:30Dizia-me que não, que eu não sei.
-
15:31 - 15:34Assim, eu continuava.
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15:35 - 15:39O conselho que dou
a todos os miúdos do mundo -
15:39 - 15:40é que sigam o vosso sonho
-
15:41 - 15:44e que não deixem que ninguém
se interponham no vosso caminho. -
15:44 - 15:46Se os vossos pais não os apoiarem,
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15:46 - 15:50vocês lutem pelos vossos sonhos.
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15:50 - 15:52O que mais me atrai agora
é ser ginecologista -
15:53 - 15:56para ajudar todas as mulheres
a terem filhos. -
15:57 - 16:00Mas às vezes, sinto
que esse não é o meu sonho, -
16:00 - 16:03que tenho outro, mas não sei qual é.
-
16:03 - 16:06Assim, tenho de esperar por ele,
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16:06 - 16:09até ele vir ter comigo
ou eu ir ter com ele. -
16:09 - 16:12Pequenos grandes mundos!
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16:12 - 16:14Argentina!
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16:14 - 16:15Bolívia!
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16:15 - 16:16Peru!
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16:16 - 16:18Equador!
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16:18 - 16:19Colômbia!
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16:19 - 16:22Guatemala!
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16:22 - 16:24México!
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16:24 - 16:25Cuba!
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16:26 - 16:27Japão!
-
16:28 - 16:29China!
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16:30 - 16:32Vietname!
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16:33 - 16:34Laos!
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16:35 - 16:38Tailândia!
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16:38 - 16:40Birmânia!
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16:40 - 16:42Camboja!
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16:42 - 16:45Indonésia!
-
16:46 - 16:47Nepal!
-
16:48 - 16:50Índia!
-
16:50 - 16:53[Pequeños Grandes Mundos
pequeniosgrandesmundos.org] -
16:53 - 16:56(Aplausos)
-
17:06 - 17:10Todos os dias agradeço
ter-me animado a fazer -
17:10 - 17:11"Pequeños grandes mundos"
-
17:11 - 17:15e poder pintar com miúdo
de tantos lados. -
17:15 - 17:18No outro dia, um miúdo de uma aldeia
no meio duma montanha no Nepal, -
17:18 - 17:20disse-o de modo perfeito.
-
17:20 - 17:22Desenhou um mundo e escreveu:
-
17:22 - 17:24"Eu também vivo neste planeta".
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17:24 - 17:26Muito obrigado.
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17:26 - 17:28(Aplausos)
- Title:
- Eu também vivo neste planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED
- Description:
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O que se pode aprender a pintar com milhares de miúdos de todo o mundo? Ivanke decidiu um dia dar a volta ao mundo, fazendo "workshops" de pintura com miúdos nos locais mais distantes e abre uma janela para podermos ver esses pequenos grandes mundos que conheceu.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Spanish
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 17:47
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Mafalda Ferreira edited Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Yo también vivo en este planeta | Ivanke | TEDxRíodelaPlataED |