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Como encontrar um trabalho que adoram

  • 0:00 - 0:03
    Uau, que honra. Sempre me perguntei
    como seria esta sensação.
  • 0:04 - 0:08
    Há oito anos, recebi o pior
    conselho profissional de sempre.
  • 0:08 - 0:10
    Um amigo meu disse-me:
  • 0:10 - 0:12
    "Scott, não te preocupes em gostar
    do que fazes agora.
  • 0:12 - 0:15
    "O importante é fortalecer
    o teu currículo".
  • 0:15 - 0:17
    Eu tinha acabado de voltar, depois
    de uns tempos em Espanha,
  • 0:17 - 0:20
    entrei para uma empresa
    da Fortune 500, e pensei:
  • 0:20 - 0:22
    "Fantástico, vou ter um
    grande impacto no mundo."
  • 0:22 - 0:24
    Tinha imensas ideias.
  • 0:24 - 0:28
    Cerca de dois meses depois, reparei que,
    por volta das 10h, todas as manhãs,
  • 0:28 - 0:31
    sentia um estranho desejo
    de esmagar a cabeça no meu monitor.
  • 0:32 - 0:34
    Não sei se alguém já sentiu isso.
  • 0:34 - 0:37
    Apercebi-me rapidamente
    que todos os meus colegas na sala
  • 0:37 - 0:40
    já tinham automatizado a minha função.
  • 0:41 - 0:45
    Foi nessa altura que recebi o sábio
    conselho para fortalecer o meu currículo.
  • 0:45 - 0:47
    Bom, enquanto estava a tentar perceber
  • 0:47 - 0:53
    de que janela do segundo andar
    me atirar, para mudar as coisas,
  • 0:53 - 0:57
    li um conselho completamente diferente
    de Warren Buffett, que disse:
  • 0:57 - 1:00
    "Aceitar trabalhos
    só para fortalecer o currículo
  • 1:00 - 1:02
    "é como poupar o sexo para a velhice."
  • 1:03 - 1:04
    (Risos)
  • 1:04 - 1:07
    Ouvi isto, e não precisei de mais nada.
  • 1:07 - 1:09
    Ao fim de duas semanas saí dali.
  • 1:09 - 1:11
    Saí com a intenção
    de encontrar alguma coisa
  • 1:11 - 1:13
    em que pudesse errar, tal era a coisa.
  • 1:13 - 1:16
    Eu só queria ter algum impacto.
    Não me importava qual fosse.
  • 1:16 - 1:19
    Descobri rapidamente
    que não estava sozinho.
  • 1:19 - 1:21
    Acontece que mais de 80% das pessoas
  • 1:21 - 1:23
    não gostam do que fazem.
  • 1:23 - 1:25
    Imagino que aqui seja diferente,
  • 1:25 - 1:28
    mas essa é a média a que a Deloitte
    chegou nos seus estudos.
  • 1:28 - 1:31
    Então, eu quis descobrir
    o que diferencia estas pessoas,
  • 1:31 - 1:33
    as pessoas que fazem aquilo que gostam
    e mudam o mundo,
  • 1:33 - 1:35
    que acordam inspiradas todos os dias
  • 1:35 - 1:37
    e essas pessoas, os restantes 80%,
  • 1:37 - 1:39
    que levam as suas vidas
    num mudo desespero.
  • 1:39 - 1:42
    Então comecei a entrevistar pessoas
    que fazem trabalho inspirador,
  • 1:42 - 1:45
    li livros e fiz estudos de casos,
  • 1:45 - 1:48
    300 livros no total sobre
    objetivos de carreira e tudo isso,
  • 1:48 - 1:52
    estava completamente imerso
    pela razão egoísta de...
  • 1:52 - 1:55
    Eu queria encontrar um trabalho
    que não pudesse deixar de fazer,
  • 1:55 - 1:56
    o que isso representava para mim.
  • 1:56 - 1:59
    Enquanto fazia tudo isto,
    mais pessoas me perguntavam:
  • 1:59 - 2:01
    "Tu percebes de carreiras.
  • 2:01 - 2:03
    "Eu não gosto do meu trabalho.
    Podemos ir almoçar?"
  • 2:03 - 2:05
    Eu dizia: "Claro".
    Mas tinha de os avisar.
  • 2:05 - 2:08
    Naquela altura,
    a taxa de despedimentos era de 80%.
  • 2:08 - 2:11
    80% das pessoas que almoçavam comigo
    despediam-se dos seus empregos
  • 2:11 - 2:12
    ao fim de dois meses.
  • 2:12 - 2:16
    Eu tinha orgulho nisso e não era
    que eu tivesse algum poder mágico.
  • 2:16 - 2:18
    Eu apenas fazia uma pergunta
    muito simples, que era:
  • 2:18 - 2:21
    "Porque é que fazes o que fazes?"
  • 2:21 - 2:23
    E frequentemente a resposta era:
  • 2:23 - 2:26
    "Bem, porque alguém me disse
    que é o que tenho de fazer".
  • 2:26 - 2:28
    Foi quando me apercebi
    que muitas pessoas à nossa volta
  • 2:28 - 2:31
    estão a subir uma escada
    que alguém lhes disse para subirem,
  • 2:31 - 2:34
    e acontece que ela está encostada
    à parede errada,
  • 2:34 - 2:35
    ou a nenhuma parede.
  • 2:35 - 2:38
    Quanto mais eu falava com elas
    mais eu via este problema.
  • 2:38 - 2:40
    E pensei: "E se eu pudesse
    criar uma comunidade,
  • 2:40 - 2:43
    onde as pessoas sentissem
    pertencer-lhe
  • 2:43 - 2:45
    onde pudessem fazer
    as coisas de forma diferente,
  • 2:45 - 2:48
    ir pelo caminho menos usado,
    onde isso fosse incentivado,
  • 2:48 - 2:50
    e que inspirasse as pessoas a mudar?
  • 2:50 - 2:53
    Veio a ser aquilo a que eu chamo
    "Vive a Tua Lenda",
  • 2:53 - 2:54
    o que irei explicar daqui a pouco.
  • 2:54 - 2:58
    À medida que fazia estas descobertas,
    reparei numa estrutura
  • 2:58 - 3:00
    de três coisas muito simples
  • 3:00 - 3:03
    que todas as pessoas apaixonadas,
    que mudam o mundo, têm em comum,
  • 3:03 - 3:05
    quer sejam um Steve Jobs
  • 3:05 - 3:07
    ou apenas o dono da padaria
    ao fundo da rua,
  • 3:07 - 3:10
    mas estão a fazer algo
    com que se identificam.
  • 3:10 - 3:12
    Quero partilhá-las com vocês
    para as usarmos como lentes
  • 3:12 - 3:15
    o resto do dia e, se possível,
    para o resto da nossa vida.
  • 3:15 - 3:18
    A primeira parte desta estrutura
    de três passos
  • 3:18 - 3:21
    é tornarmo-nos num especialista do "Eu"
    e compreendermo-nos
  • 3:21 - 3:23
    porque, se não soubermos
    o que procuramos,
  • 3:23 - 3:25
    nunca o iremos encontrar.
  • 3:25 - 3:28
    A questão é que ninguém
    o irá fazer por nós.
  • 3:28 - 3:31
    Não há nenhuma licenciatura
    em paixão, missão ou carreira.
  • 3:31 - 3:34
    Não sei como isso não é uma segunda
    licenciatura obrigatória,
  • 3:34 - 3:37
    não me façam começar a falar
    sobre esse assunto.
  • 3:37 - 3:39
    Passamos mais tempo
    a escolher uma televisão
  • 3:39 - 3:42
    do que a escolher o curso
    ou a área de estudos.
  • 3:42 - 3:44
    A questão é que depende
    de nós descobri-lo
  • 3:44 - 3:47
    e precisamos de uma estrutura
    que nos ajude a navegar.
  • 3:48 - 3:51
    O primeiro passo para a nossa bússola
    é descobrir os nossos pontos fortes.
  • 3:51 - 3:54
    Quais são as coisas que adoramos fazer,
    em qualquer situação,
  • 3:54 - 3:58
    quer sejamos pagos ou não,
    as coisas pelas quais nos agradecem?
  • 3:58 - 4:01
    O Stregths Finder 2.0 é um livro
    e uma ferramenta na Internet.
  • 4:01 - 4:05
    Recomendo-o para descobrirem aquilo
    em que são naturalmente bons.
  • 4:05 - 4:09
    E depois, como é a nossa estrutura
    ou prioridades para tomar decisões?
  • 4:09 - 4:13
    Preocupamo-nos com as pessoas,
    com a nossa família, a saúde,
  • 4:13 - 4:16
    ou com objetivos, sucesso
    e todas essas coisas?
  • 4:16 - 4:18
    Temos de descobrir como
    tomar essas decisões,
  • 4:18 - 4:20
    para conhecermos a nossa alma,
  • 4:20 - 4:24
    para não nos vendermos
    a uma causa que não é a nossa.
  • 4:25 - 4:28
    O passo seguinte é a nossa experiência.
  • 4:28 - 4:30
    Todos nós temos experiências.
  • 4:30 - 4:33
    Aprendemos cada dia, cada minuto
    o que amamos, o que odiamos,
  • 4:33 - 4:36
    no que somos bons,
    no que somos horríveis.
  • 4:36 - 4:38
    Se não perdermos tempo a perceber isso,
  • 4:38 - 4:40
    a assimilar o que aprendemos
  • 4:40 - 4:43
    e a aplicá-lo na nossa vida,
    é tudo em vão.
  • 4:43 - 4:46
    Todos os dias, todas as semanas,
    todos os meses de todos os anos
  • 4:46 - 4:48
    perco algum tempo a refletir
    no que correu bem,
  • 4:48 - 4:50
    no que correu mal
    e no que quero repetir,
  • 4:50 - 4:52
    em que posso aplicar na minha vida.
  • 4:52 - 4:55
    E, mais que isso,
    quando hoje em dia vemos pessoas
  • 4:55 - 4:57
    que nos inspiram, que fazem coisas
    que nos fazem pensar:
  • 4:57 - 5:00
    "Meu Deus, o que o Jeff está a fazer,
    quero ser como ele".
  • 5:00 - 5:02
    Porque é que dizem isso?
    Comecem um diário.
  • 5:02 - 5:04
    Apontem tudo sobre essa pessoa
    que vos inspira.
  • 5:04 - 5:06
    Não vai ser a vida inteira dessa pessoa,
  • 5:06 - 5:08
    mas seja o que for, tomem nota.
  • 5:08 - 5:10
    Ao fim de um tempo,
    vamos ter um arquivo de coisas
  • 5:10 - 5:14
    que podemos aplicar na nossa vida
    e ter uma existência com maior sentido
  • 5:14 - 5:16
    e ter um maior impacto.
  • 5:16 - 5:18
    Quando começamos a juntar
    todas estas coisas
  • 5:18 - 5:21
    podemos definir o que
    o sucesso significa para nós,
  • 5:22 - 5:25
    e sem todas estas partes diferentes
    da bússola é impossível.
  • 5:25 - 5:27
    Acabamos nesta situação:
    temos um argumento definido
  • 5:27 - 5:31
    que toda a gente parece estar a viver,
    a subir uma escada para nenhures.
  • 5:31 - 5:33
    É como em "O dinheiro nunca dorme",
    se alguém já o viu.
  • 5:33 - 5:37
    O empregado pergunta
    ao banqueiro de Wall Street:
  • 5:37 - 5:39
    "Qual é o seu número?
    Todos temos um número.
  • 5:39 - 5:42
    "Quando se atinge essa quantia,
    larga-se tudo".
  • 5:42 - 5:45
    Ele responde:
    "Oh é simples. Mais."
  • 5:45 - 5:46
    E apenas sorri.
  • 5:46 - 5:49
    É este o triste estado
    da maioria das pessoas
  • 5:49 - 5:51
    que não percebem
    o que é importante para elas.
  • 5:51 - 5:53
    Continuam à procura de algo
    que não lhes diz nada,
  • 5:53 - 5:56
    apenas porque todos
    lhes dizem que é o que se deve fazer.
  • 5:56 - 5:58
    Mas quando completamos esta estrutura,
  • 5:58 - 6:00
    conseguimos identificar
    aquilo que nos faz viver.
  • 6:00 - 6:04
    Antes disso, podíamos dar de caras
    com a nossa paixão
  • 6:04 - 6:06
    talvez até no nosso trabalho,
    e podíamos desperdiçá-la
  • 6:06 - 6:09
    porque não tínhamos uma forma
    de a identificar.
  • 6:09 - 6:13
    Mas agora que temos, podemos encontrar
    algo de acordo com os nossos pontos fortes,
  • 6:13 - 6:15
    os nossos valores,
    quem somos enquanto pessoa,
  • 6:15 - 6:17
    por isso vou-me agarrar a isso
    vou fazer algo com isso,
  • 6:17 - 6:20
    vou correr atrás disso
    e tentar causar impacto.
  • 6:20 - 6:23
    "Vivam a Vossa Lenda"
    e o movimento que criámos
  • 6:23 - 6:25
    não existiriam sem
    esta bússola para identificar:
  • 6:25 - 6:29
    "Uau, é isto que eu quero para mim
    e assim fazer a diferença".
  • 6:29 - 6:32
    Se não soubermos o que procuramos,
    nunca o vamos encontrar,
  • 6:32 - 6:34
    mas com esta estrutura, esta bússola,
  • 6:34 - 6:39
    podemos avançar para o que vem a seguir
    — aquele ali não sou eu —
  • 6:39 - 6:41
    fazer o impossível,
    quebrar os nossos limites.
  • 6:41 - 6:44
    Existem duas razões para
    as pessoas não fazerem coisas.
  • 6:44 - 6:46
    Uma, convencem-se
    que não conseguem,
  • 6:46 - 6:48
    ou dizem-lhes que elas não conseguem.
  • 6:48 - 6:50
    Seja como for,
    começamos a acreditar nisso.
  • 6:50 - 6:52
    Ou desistimos,
    ou nem sequer tentamos.
  • 6:52 - 6:55
    A questão é que tudo é impossível
    até alguém o fazer.
  • 6:55 - 6:57
    Todas as invenções,
    todas as coisas novas no mundo,
  • 6:57 - 6:59
    foram consideradas
    uma loucura, de início.
  • 6:59 - 7:01
    Roger Bannister e a milha
    em quatro minutos.
  • 7:01 - 7:04
    Era fisicamente impossível
    fazê-lo numa corrida a pé,
  • 7:04 - 7:06
    até que Roger Bannister
    tentou e conseguiu.
  • 7:06 - 7:08
    O que é que aconteceu?
  • 7:08 - 7:10
    Dois meses mais tarde,
    16 pessoas voltaram a conseguir.
  • 7:10 - 7:13
    As coisas que temos na cabeça,
    que pensamos serem impossíveis,
  • 7:13 - 7:16
    são muitas vezes barreiras
    à espera de serem quebradas
  • 7:16 - 7:17
    se puxarmos mais um pouco por nós.
  • 7:17 - 7:20
    Eu penso que tudo começa
    com a nossa condição física
  • 7:20 - 7:23
    mais que qualquer outra coisa,
    porque podemos controlá-la.
  • 7:23 - 7:25
    Se pensam que não conseguem
    correr uma milha
  • 7:25 - 7:27
    provem que conseguem
    correr uma milha ou duas,
  • 7:27 - 7:29
    ou a maratona, ou perder 2kg,
    seja o que for.
  • 7:29 - 7:32
    Vão perceber que a confiança se mistura
  • 7:32 - 7:34
    e pode ser transferida
    para o resto do vosso mundo.
  • 7:34 - 7:38
    Na verdade, criei um pouco esse hábito
    com os meus amigos.
  • 7:38 - 7:41
    Temos este pequeno grupo.
    Fazemos aventuras físicas.
  • 7:41 - 7:44
    Recentemente, encontrei-me
    numa situação um pouco delicada.
  • 7:44 - 7:47
    Eu tenho fobia de
    águas escuras e profundas.
  • 7:47 - 7:49
    Não sei se alguém aqui
    também tem esta fobia
  • 7:49 - 7:52
    desde que viu o "Tubarão" 1, 2, 3 e 4,
    para aí umas seis vezes,
  • 7:52 - 7:53
    como eu quando era criança.
  • 7:53 - 7:57
    Qualquer coisa a esta altura,
    se for escuro, até já estou a sentir.
  • 7:57 - 7:59
    Juro que há ali qualquer coisa.
  • 7:59 - 8:02
    Mesmo que seja no lago Tahoe,
    é água doce, um medo infundado.
  • 8:02 - 8:04
    ridículo, mas é verdade.
  • 8:04 - 8:06
    Adiante, há três anos
    eu estava num barco reboque,
  • 8:06 - 8:08
    mesmo na baía de São Francisco.
  • 8:08 - 8:12
    Estava um dia de chuva e tempestade,
    havia pessoas enjoadas no barco,
  • 8:12 - 8:15
    e eu estava ali de fato de mergulho
    a olhar pela janela
  • 8:15 - 8:18
    num puro terror, a pensar
    que ia mergulhar para a morte.
  • 8:18 - 8:20
    Ia tentar atravessar a nado o Golden Gate.
  • 8:20 - 8:24
    Imagino que já alguém aqui
    o fez no passado.
  • 8:24 - 8:27
    Então, lá estou com o meu amigo Jonathan
    que me convenceu a ir.
  • 8:27 - 8:30
    Ele vem ter comigo
    e repara no meu estado.
  • 8:30 - 8:32
    E diz: "Scott, meu,
    o que é o pior que pode acontecer?
  • 8:32 - 8:35
    "Estás de fato de mergulho.
    Não te vais afundar.
  • 8:35 - 8:37
    "Se não conseguires,
    entra para um dos 20 caiaques.
  • 8:37 - 8:40
    "Mesmo que haja um ataque de tubarão
    porque iria escolher-te
  • 8:40 - 8:43
    "no meio de 80 pessoas na água?"
    Obrigado, isso ajuda.
  • 8:43 - 8:45
    E ele: "Diverte-te. Boa sorte."
  • 8:45 - 8:48
    Ele mergulhou e afastou-se.
  • 8:48 - 8:52
    Acontece que a conversa resultou
    e senti uma calma total.
  • 8:53 - 8:56
    Penso que foi porque
    o Jonathan tinha 13 anos.
  • 8:56 - 8:58
    (Risos)
  • 8:58 - 9:00
    Das 80 pessoas a nadar naquele dia,
  • 9:00 - 9:03
    65 delas tinham entre 9 a 13 anos.
  • 9:03 - 9:06
    Imaginem como seria diferente
    o vosso mundo
  • 9:06 - 9:09
    se aos 9 anos descobrissem
    que conseguiam nadar uma milha e meia
  • 9:09 - 9:12
    em água gelada
    de Alcatraz até São Francisco.
  • 9:12 - 9:13
    A que é que teriam dito sim?
  • 9:13 - 9:16
    De que é que não teriam desistido?
    Que coisas teriam tentado?
  • 9:16 - 9:19
    Depois de acabar de nadar,
    cheguei ao parque aquático.
  • 9:19 - 9:22
    Estava a sair da água,
    metade dos miúdos já tinham terminado
  • 9:22 - 9:24
    e estavam a puxar por mim,
    todos entusiasmados.
  • 9:24 - 9:28
    Eu estava com a cabeça gelada,
    — não sei se alguém já nadou na baía —
  • 9:28 - 9:31
    estava a tentar aquecer a cabeça,
    e via os outros a terminar.
  • 9:31 - 9:34
    E vi aquele miúdo,
    algo não estava bem.
  • 9:34 - 9:36
    Ele estava a debater-se assim.
  • 9:36 - 9:39
    Mal conseguia apanhar ar antes
    de meter a cabeça debaixo de água.
  • 9:39 - 9:42
    Reparei que outros pais
    também estavam a ver.
  • 9:42 - 9:44
    Juro que estavam todos
    a pensar na mesma coisa que eu:
  • 9:44 - 9:48
    "É por isto que não se deixam
    crianças de 9 anos nadar desde Alcatraz.
  • 9:48 - 9:49
    Aquilo não era fadiga.
  • 9:49 - 9:52
    De repente os pais correram
    e agarraram-no.
  • 9:52 - 9:55
    Puseram-no aos ombros
    e levaram-no assim,
  • 9:55 - 9:57
    totalmente dormente.
  • 9:57 - 10:00
    Depois andaram mais uns metros
  • 10:00 - 10:02
    e puseram-no na cadeira de rodas.
  • 10:02 - 10:05
    Ele ergueu o punho no ar
    no maior sinal de vitória que já vi.
  • 10:05 - 10:08
    Ainda consigo sentir
    o calor e a energia daquele miúdo
  • 10:08 - 10:10
    quando ele conseguiu o seu objetivo.
  • 10:10 - 10:12
    Eu já o tinha visto
    na cadeira de rodas naquele dia.
  • 10:12 - 10:15
    Mas nunca imaginei que ele fosse nadar.
  • 10:15 - 10:18
    Quero dizer, aonde é que ele
    vai estar daqui a 20 anos?
  • 10:18 - 10:21
    Quantas pessoas lhe disseram
    que ele não conseguia, que ia morrer?
  • 10:21 - 10:23
    Temos de provar
    que estávamos todos errados,
  • 10:23 - 10:26
    que podemos fazer pequenos
    avanços, mas essenciais,
  • 10:26 - 10:27
    no que acreditamos ser possível.
  • 10:27 - 10:30
    Não precisamos de ser o maratonista
    mais rápido do mundo,
  • 10:30 - 10:32
    apenas de superar
    as nossas impossibilidades.
  • 10:32 - 10:34
    Isso começa com pequenos passos.
  • 10:34 - 10:36
    A melhor forma de fazer isso
  • 10:36 - 10:38
    é rodearmo-nos de pessoas apaixonadas.
  • 10:38 - 10:41
    A forma mais rápida de fazer coisas
    que julgamos serem impossíveis
  • 10:41 - 10:43
    é rodearmo-nos de pessoas que já as fazem.
  • 10:43 - 10:46
    Há uma citação de Jim Rohn que diz:
  • 10:46 - 10:49
    "Tu és a média das cinco pessoas
    com quem passas mais tempo."
  • 10:49 - 10:52
    Não há maior dica para a vida
    na história do mundo
  • 10:52 - 10:56
    — partir de onde estamos agora
    para onde queremos estar no futuro —
  • 10:56 - 10:59
    do que as pessoas que escolhemos
    para estarem connosco.
  • 10:59 - 11:01
    Elas mudam tudo,
    e isso é um facto comprovado.
  • 11:01 - 11:05
    Em 1898, Norman Triplett
    fez um estudo com ciclistas.
  • 11:05 - 11:08
    Cronometrou os tempos
    na pista, em grupo,
  • 11:08 - 11:10
    e individualmente também.
  • 11:10 - 11:13
    Descobriu que conseguiam sempre
    tempos mais rápidos em grupo,
  • 11:13 - 11:16
    Isso repetiu-se em todas
    as áreas, desde então.
  • 11:16 - 11:18
    A conclusão é a mesma,
    vezes sem conta,
  • 11:18 - 11:21
    as pessoas à nossa volta são importantes,
    e o ambiente é tudo.
  • 11:21 - 11:24
    Mas depende de nós controlá-lo,
    porque pode dar para os dois lados.
  • 11:24 - 11:26
    80% das pessoas
    que não gostam do que fazem,
  • 11:26 - 11:29
    significa que a maioria das pessoas,
    — não nesta sala, noutro lado —
  • 11:29 - 11:33
    encorajam a complacência e impedem-nos
    de perseguir os nossos sonhos,
  • 11:33 - 11:35
    por isso temos de gerir o que nos rodeia.
  • 11:35 - 11:37
    Eu já estive nessa situação
  • 11:39 - 11:42
    — um exemplo pessoal,
    há um par de anos.
  • 11:42 - 11:46
    Já alguém teve um passatempo ou uma paixão
    em que investisse coração e alma,
  • 11:46 - 11:49
    uma quantidade incrível de tempo
    e quisesse muito torná-lo num negócio,
  • 11:49 - 11:53
    mas ninguém quer saber
    e não consegue ganhar um cêntimo?
  • 11:53 - 11:58
    Ok, durante quatro anos tentei
    construir o movimento "Vive a Tua Lenda",
  • 11:58 - 12:01
    para ajudar as pessoas a trabalhar
    naquilo que gostam e as inspiram.
  • 12:01 - 12:03
    Eu estava a fazer tudo o que podia
  • 12:03 - 12:04
    e apenas três pessoas
    prestaram atenção.
  • 12:05 - 12:08
    Estão todas aqui: a minha mãe,
    o meu pai e a minha mulher, Chelsea.
  • 12:08 - 12:09
    Obrigado pelo vosso apoio
  • 12:09 - 12:11
    (Aplausos)
  • 12:12 - 12:15
    Eu queria mesmo isto,
    cresceu 0% em quatro anos.
  • 12:16 - 12:17
    Eu estava a prestes a terminar com tudo
  • 12:18 - 12:20
    e, nessa altura,
    mudei-me para São Francisco
  • 12:20 - 12:23
    e comecei a conhecer
    pessoas muito interessantes
  • 12:23 - 12:25
    que tinham uns loucos
    estilos de vida de aventuras,
  • 12:25 - 12:27
    de negócios, de websites e de blogues
  • 12:27 - 12:30
    rodeados das suas paixões,
    ajudavam as pessoas de forma sentida.
  • 12:30 - 12:33
    Um dos meus amigos
    tem agora uma família de oito pessoas.
  • 12:33 - 12:35
    Sustenta toda a família
  • 12:35 - 12:38
    com um blogue onde escreve
    duas vezes por semana.
  • 12:38 - 12:41
    Acabaram de voltar de um mês
    na Europa, todos juntos.
  • 12:41 - 12:44
    Isto impressionou-me.
    Como é que tal coisa existe?
  • 12:44 - 12:47
    Fiquei incrivelmente inspirado
    ao ver isto.
  • 12:47 - 12:50
    Em vez de terminar tudo,
    decidi levá-lo a sério.
  • 12:50 - 12:52
    Fiz tudo o que podia
    para passar o meu tempo,
  • 12:52 - 12:54
    toda a santa hora possível
    a perseguir estes tipos,
  • 12:54 - 12:57
    saídas, beber umas cervejas,
    fazer exercício, o que fosse.
  • 12:57 - 12:59
    Após quatro anos de crescimento zero,
  • 12:59 - 13:01
    no espaço de seis meses,
    rodeado destes tipos,
  • 13:01 - 13:04
    a comunidade "Vive a Tua Lenda"
    cresceu 10 vezes.
  • 13:04 - 13:08
    No espaço de 12 meses.
    cresceu 160 vezes.
  • 13:08 - 13:11
    Atualmente há 30 000 pessoas
    de 158 países
  • 13:11 - 13:14
    que usam as nossas ferramentas
    de relações e carreiras, mensalmente.
  • 13:14 - 13:19
    Essas pessoas criaram
    esta comunidade de gente apaixonada
  • 13:19 - 13:21
    que inspiraram a possibilidade
    com que sonhei
  • 13:21 - 13:23
    para a "Vive a Tua Lenda"
    há tantos anos.
  • 13:24 - 13:26
    As pessoas mudaram tudo,
    e eis porquê
  • 13:26 - 13:29
    — vocês perguntam
    o que estava a acontecer.
  • 13:29 - 13:31
    Durante quatro anos
    não conheci ninguém neste espaço,
  • 13:31 - 13:35
    nem sequer sabia que havia pessoas
    que podiam fazer este tipo de coisas,
  • 13:35 - 13:37
    que podiam criar movimentos destes.
  • 13:37 - 13:40
    Cheguei aqui a São Francisco
    e todos à minha volta faziam-no.
  • 13:40 - 13:43
    Tornou-se normal, por isso
    o meu pensamento
  • 13:43 - 13:46
    passou de "como é possível?"
    para "como poderia não ser possível?"
  • 13:46 - 13:50
    Nesse instante, quando isso acontece,
    muda-se o chip na nossa cabeça,
  • 13:50 - 13:51
    atravessa todo o nosso mundo.
  • 13:51 - 13:54
    Sem sequer tentarmos, os nossos padrões
    passam daqui para aqui.
  • 13:54 - 13:58
    Não precisamos de mudar os objetivos
    Só precisamos de mudar o que nos rodeia.
  • 13:58 - 14:02
    É só isso, por isso adoro
    estar com este grupo de pessoas.
  • 14:02 - 14:05
    É por isso que venho a todos
    os TED que posso.
  • 14:05 - 14:07
    Vejo-os no meu iPad
    a caminho do trabalho, o que for.
  • 14:07 - 14:10
    Porque este é um grupo de pessoas
    que inspira a possibilidade.
  • 14:10 - 14:13
    Temos um dia inteiro
    para estarmos juntos e muito mais.
  • 14:14 - 14:17
    Resumindo,
    em relação a estes três pilares.
  • 14:17 - 14:21
    têm uma coisa em comum,
    mais do qualquer outra coisa.
  • 14:21 - 14:23
    Estão 100% sob o nosso controlo.
  • 14:23 - 14:26
    Ninguém nos pode dizer que não podemos
    aprender sobre vocês mesmos,
  • 14:26 - 14:29
    que não podemos
    ultrapassar os nossos limites,
  • 14:29 - 14:31
    aprender o nosso impossível
    e ultrapassá-lo.
  • 14:31 - 14:35
    Ninguém nos pode dizer que não podemos
    rodear-nos de pessoas inspiradoras
  • 14:35 - 14:37
    ou fugir das pessoas
    que nos mandam abaixo.
  • 14:37 - 14:38
    Não podemos controlar uma recessão.
  • 14:38 - 14:41
    Não podemos controlar
    ser despedidos ou ter um acidente.
  • 14:41 - 14:44
    A maior parte das coisas
    está fora do nosso controlo.
  • 14:44 - 14:46
    Estas três coisas estão
    totalmente sob o nosso controlo,
  • 14:47 - 14:49
    e podem mudar o nosso mundo,
  • 14:49 - 14:52
    se decidirmos fazer algo
    em relação a isso.
  • 14:52 - 14:55
    A questão é que está a começar
    a acontecer um pouco por todo lado.
  • 14:55 - 14:59
    Acabei de ler na Forbes, o governo dos USA
    anunciou, pela primeira vez,
  • 14:59 - 15:02
    que, num mês, houve mais pessoas
    a despedirem-se dos seus empregos
  • 15:02 - 15:03
    do que as que foram despedidas.
  • 15:03 - 15:06
    Pensaram que era uma anomalia,
    mas aconteceu três meses seguidos.
  • 15:06 - 15:09
    Numa altura em que se diz
    que vivemos num ambiente difícil,
  • 15:09 - 15:11
    as pessoas estão a mostrar
    que se estão nas tintas
  • 15:11 - 15:14
    para as coisas que os outros dizem
    que elas devem fazer,
  • 15:14 - 15:17
    em troca de coisas que, para elas,
    são importantes e as inspiram.
  • 15:17 - 15:20
    A questão é que as pessoas
    estão a acordar para esta possibilidade,
  • 15:20 - 15:25
    que a única coisa que limita
    esta possibilidade é a imaginação.
  • 15:25 - 15:27
    Isto já não é um chavão.
  • 15:27 - 15:31
    Não quero saber do que gostam.
    que paixão têm, que passatempo têm.
  • 15:31 - 15:34
    Se gostam de fazer tricô, podem encontrar
    alguém que é o maior em tricô
  • 15:34 - 15:36
    e podem aprender com ele. É brutal.
  • 15:36 - 15:40
    É sobre isto que é este dia,
    aprender com os oradores.
  • 15:40 - 15:44
    Nós traçamos o perfil destas pessoas
    no "Vive a Tua Lenda", todos os dias,
  • 15:44 - 15:46
    porque, quando pessoas normais
    fazem coisas extraordinárias,
  • 15:46 - 15:48
    e podemos estar por perto,
  • 15:48 - 15:50
    torna-se normal.
  • 15:50 - 15:54
    Não se trata de sermos Gandhi
    ou o Steve Jobs, fazermos algo maluco.
  • 15:54 - 15:56
    Trata-se de fazer algo
    que seja importante para nós,
  • 15:56 - 15:59
    e fazermos um impacto
    que só nós podemos fazer.
  • 16:00 - 16:03
    Por falar em Gandhi,
    ele era um ex-advogado,
  • 16:03 - 16:05
    segundo ouvi dizer,
  • 16:05 - 16:08
    e teve um apelo para uma causa maior,
    algo que para ele era importante,
  • 16:08 - 16:09
    que ele não podia fazer.
  • 16:09 - 16:12
    Ele tem esta citação
    que eu subscrevo totalmente:
  • 16:12 - 16:14
    "Primeiro ignoram-te,
    depois riem-se de ti,
  • 16:14 - 16:17
    "depois lutam contigo, depois ganhas."
  • 16:18 - 16:20
    Tudo era impossível
    até alguém o ter feito.
  • 16:20 - 16:24
    Podemos dar-nos com pessoas
    que nos dizem que é impossível ser feito,
  • 16:24 - 16:26
    que nos dizem que somos estúpidos
    por tentarmos,
  • 16:26 - 16:29
    ou rodearmo-nos de pessoas
    que inspiram a possibilidade,
  • 16:29 - 16:31
    pessoas como as que estão nesta sala.
  • 16:32 - 16:35
    Porque vejo que é nossa responsabilidade
    mostrar ao mundo
  • 16:36 - 16:39
    que o que é visto como impossível
    pode vir a ser o novo normal.
  • 16:39 - 16:41
    Isso já começou a acontecer.
  • 16:41 - 16:44
    Primeiro, fazemos as coisas
    que nos inspiram,
  • 16:44 - 16:48
    para podermos inspirar outros
    a fazerem aquilo que os inspira.
  • 16:48 - 16:50
    Mas não podemos encontrá-lo
  • 16:50 - 16:52
    a não ser que saibamos
    o que procuramos.
  • 16:52 - 16:54
    Temos de trabalhar em nós mesmos,
  • 16:54 - 16:57
    sermos intencionais
    e fazermos essas descobertas.
  • 16:57 - 17:01
    Porque eu imagino um mundo
    em que 80% das pessoas gostam do que fazem.
  • 17:01 - 17:02
    Como é que isso seria?
  • 17:02 - 17:06
    Como seriam as inovações?
    Como tratariam as pessoas à vossa volta?
  • 17:06 - 17:08
    As coisas iriam a começar a mudar.
  • 17:09 - 17:12
    Estamos a acabar,
    tenho apenas uma pergunta para vocês.
  • 17:12 - 17:15
    Penso que é única pergunta
    que realmente interessa.
  • 17:15 - 17:18
    Qual é o trabalho
    que não podem fazer?
  • 17:18 - 17:21
    Descubram-no, vivam-no,
  • 17:21 - 17:24
    não apenas por vocês,
    mas por todos os que vos rodeiam,
  • 17:24 - 17:27
    porque é isso que começa
    a mudar o mundo.
  • 17:27 - 17:30
    Qual é o trabalho
    que não podem fazer?
  • 17:30 - 17:32
    Obrigado a todos.
  • 17:32 - 17:34
    (Aplausos)
Title:
Como encontrar um trabalho que adoram
Speaker:
Scott Dinsmore
Description:

Scott Dinsmore deixou um emprego que o fazia sentir-se infeliz. Passou os quatro anos seguintes a questionar-se sobre como encontrar um trabalho que lhe desse alegria e tivesse sentido. Conta o que aprendeu nesta palestra aparentemente simples sobre como encontrar o que realmente é importante para nós — e depois começar a fazê-lo.

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English
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TEDTalks
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