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Oi, meu nome é John Green.
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Esse é o curso intensivo de História Mundial
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e hoje vamos falar sobre Revolução Francesa.
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Visivelmene, essa não era a bandeira francesa até 1794,
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mas já percebemos que ele fica bem de listras.
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Igual esse outro cara, né?
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Enquanto a Revolução Americana é considerada uma coisa muito boa,
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a Revolução Francesa é frequentemente vista como sangrenta, confusão anarquista
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Sr. Green, sr. Green!
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Eu aposto que, como sempre, é mais complicado do que parece né?
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Na verdade não, foi bem horrível.
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Também, como muitas revoluções,
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no final, mudou-se um regime autoritário
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por outro regime autoritário.
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Mesmo que a revolução tenha sido bagunçada,
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suas ideias mudaram demais a história humana.
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Diria que até mais que a Revolução Americana.
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(música)
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Então, a França no século 18 era um país rico e populoso,
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mas tinha um problema sistemático na coleta de impostos
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por causa do modo como a sua sociedade era formada.
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Eles tinham um sistema com reis e nobres que hoje chamamos de Regime Antigo.
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Obrigado, 3 anos de ensino médio francês.
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Para a maioria dos franceses, isso era horrível,
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porque as pessoas com dinheiro
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(os nobres e o clérigo) nunca pagavam impostos.
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Em 1729, A França estava profundamente endividada
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graças ao seu suporte à Revolução Americana.
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Obrigado, França!
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Vamos voltar às I e II Guerras Mundiais.
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O rei Luís XVI estava gastando metade do dinheiro nacional
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para pagar a dívida do país.
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Luís tentou reformar o sistema com vários ministros financeiros.
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Ele até sugeriu a democracia a nível local,
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mas todas as suas tentativas falharam
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e logo a França declarou falência.
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Isso coincidiu com chuvas de granizo que arruinaram o ano da colheitas,
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aumentando o preço dos alimentos e espalhando a fome pelo país,
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o que deixou os franceses muito bravos, porque eles adoram comer.
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Em contrapartida, o rei não parecia falido,
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como mostrava a sua aparência bem alimentada e luxuosos sapatos.
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Ele e sua esposa, Maria Antonieta,
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ainda viviam em um lindo palácio em Versalhes graças ao mandato divino.
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Mas esclarecidos pensadores, como Kant,
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desafiavam a ideia de religião, escrevendo coisas como:
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"a maior razão para o esclarecimento é
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o desapego dos homens de sua própria imaturidade,
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primeiro no que se trata de religião".
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Assim, os camponeses estavam famintos,
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os intelectuais começavam a questionar
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se Deus poderia ou deveria salvar esse rei.
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E os nobres continuavam a comer foie gras e pássaros,
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deixando de fazer uma reforma financeira de fato.
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Respondendo à crise, Luís XVI fez uma reunião com os Estados Gerais,
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a coisa mais parecida a um Parlamento na França,
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que não se reunia desde 1614.
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Os Estados Gerais eram como um super Parlamento
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formado por representantes do Primeiro Estado,
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os nobre, do Segundo Estado, o clérigo
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e do terceiro Estado, que era todos que restavam.
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O Terceiro Estado apareceu com quase 600 representantes,
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juntos, o Primeiro e o Segundo tinham cerca de 300.
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E depois de vários votos, havia um impasse
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e o Terceiro Estado pensou assim:
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"quer saber?
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Esquece isso tudo.
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Nós vamos sair e nos tornar nossa própria Assembleia Nacional".
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Isso não agradou o Rei Luís XVI.
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Quando a nova Assembleia Nacional saiu da sala para um intervalo,
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ele trancou as portas e disse:
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"Desculpe, mas vocês não vão mais entrar.
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E se vocês não podem participar, como vão ser uma Assembleia Nacional?".
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Surpreendentemente, os representantes do Terceiro Estado
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encontraram uma sala diferente na França, uma quadra de tênis fechada
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onde juraram o famoso Juramento da Quadra de Tênis.
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E juraram não desistir até que uma constituição francesa fosse estabelecida.
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Aí Luís XVI respondeu enviando tropas a Paris
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primeiro para abafar revoltas relacionadas à falta de comida.
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Mas os revolucionários viram isso como uma provocação.
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Então, eles tomaram a prisão da Bastilha em 14 de julho,
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coincidentemente era o dia da Bastilha.
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Esse ato era para libertar os prisioneiros,
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apesar de haver apenas 7 presos na época,
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mas também para pegar armas.
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O movimento mais radical da Assembleia Nacional ocorreu em 4 de agosto
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quando eles aboliram a maior parte do Regime Antigo.
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Direitos feudais, títulos, privilégios para os nobres, impostos desiguais,
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tudo isso foi abolido para escrever uma nova constituição.
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Aí, em 26 de agosto, a Assembleia Nacional
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proclamou a Declaração de Direitos dos homens e cidadãos,
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que se baseava em um sistema de direitos aplicados a toda pessoa
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e tornava esses direitos integrais à nova constituição.
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Isso é um pouco diferente da Carta de Direitos Americana,
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que era basicamente alinhada
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e aplicada aos não-escravos.
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Os DOROMAC, como eu os chamava no ensino médio,
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declararam que todos tinham o direito à liberdade, propriedade e segurança.
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Direitos que a Revolução Francesa
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protegeria de uma forma bem pobre,
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mas como notado na semana passada, o mesmo poderia ser falado
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sobre outras revoluções mais bem sucedidas.
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Ok, vamos ao pensamento.
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Enquanto isso, em Versalhes, Luís XVI ainda era rei da França
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e parecia que a França podia ter uma monarquia constitucional,
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o que significava que a família real
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podia usufruir da sua magnífica casa.
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Mas em outubro de 1789, um boato começou
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dizendo que Maria Antonieta estava acumulando pães dentro do palácio.
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E no que ficou conhecido como Marcha das Mulheres,
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muitas plebeias armadas seguiram em direção ao palácio
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e exigiram que Luís e Maria Antonieta saíssem de Versalhes para Paris.
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E assim foi feito, porque todo mundo tem medo de plebeias armadas.
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E isso é um bom lembrete de que para muitas pessoas da época
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a Revolução Francesa, primeiramente, não era sobre ideias de esclarecimento,
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mas era voltada à falta de comida e sistema político
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que faziam as mudanças econômicas serem piores para os pobres.
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Agora, um bom argumento pode ser feito.
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Essa primeira fase da revolução não foi tão revolucionária.
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A Assembleia Nacional queria criar uma monarquia constitucional.
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Eles acreditavam que um rei era necessário pra o funcionamento do estado
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e estavam mais preocupados com as votações
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que eram feitas só por oficiais e homens de propriedade.
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Apenas a vertente mais radical, os Jacobinos, queriam uma república no país.
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Mas as coisas ficaram bem mais revolucionárias
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e piores para a França.
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Primeiro, os Jacobinos fizeram uma petição meio desorganizada
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que levou ao controle das tropas do rei pela Assembleia Nacional,
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matando 50 pessoas numa multidão em meio ao fogo.
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Isso mostra que a Assembleia Nacional,
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que era a voz revolucionária do povo,
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acabou matando pessoas numa tentativa de reinar no fervor revolucionário.
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Há muito disso durante a história das revoluções.
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O que parece esperança e mudanças radicais de repente
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se torna "o homem" conforme mais ideias radicais são reivindicadas.
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Obrigado.
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Enquanto isso, as monarquias vizinhas da França
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estavam ficando nervosas com toda essa coisa de república,
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especialmente Leopoldo II, que era o Sagrado Imperador Romano, mas não era sagrado,
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nem romano e nem imperial.
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Ele era irmão de Maria Antonieta.
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Devo dizer que, nesse ponto,
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o Sagrado Império Romano era apenas a Áustria.
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Assim como tantos monarcas,
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Leopoldo II gostava da ideia de monarquia e queria manter seu cargo
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como uma pessoa que pode ter e vestir boas roupas,
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apontando pro nada, tendo macacos alados feitos de ouro.
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Quem pode culpá-lo?
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Ele e o Rei Frederico Guilherme II da Prússia
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emitiram a Declaração de Pillnitz,
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que prometia restaurar a monarquia francesa.
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Nesse ponto, Luís e a Assembleia Nacional fizeram um plano:
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vamos invadir a Áustria.
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A ideia era roubar a riqueza austríaca
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e talvez roubar alguns pães austríacos para restabelecer a comida francesa
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e também espalhar o zelo revolucionário.
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O que aconteceu foi que a Prússia e a Áustria se juntaram contra a França.
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Aí Luís encorajou os prússios,
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o que o fez parecer inimigo da revolução,
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o que de fato ele era.
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Como resultado, a Assembleia votou para suspender a monarquia.
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ter novas eleições onde todos poderiam votar,
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contanto que fossem homens,
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e criar uma nova constituição republicana.
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Logo, essa convenção decidiu fazer um julgamento para Luís XVI,
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que se sentia culpado e, por um voto,
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setenciado a morrer na guilhotina.
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Isso deixou as coisas difíceis para que a Áustria e a Prússia o colocassem de volta ao trono.
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É hora da carta aberta?
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Uma carta aberta para a guilhotina.
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Mas antes vamos ver o que está no compartimento secreto hoje.
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Não tem nada.
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Minha nossa, Stan!
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Não tem graça!
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Cara guilhotina,
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não consigo pensar em melhor exemplo de um louco pensamento esclarecedor.
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Dr. Joseph Guillotin, o criador da guilhotina,
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visionou que esse era um jeito igualitário de morrer.
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Diziam que a guilhotina era humana
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e não fazia distinção entre ricos ou pobres, nobres ou plebeus.
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Matava igualmente.
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Você foi celebrada por não causar tortura no momento da execução.
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Mas vou lembrá-la, você não tirou a morte da execução.
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Infelizmente para você, a França não executava ninguém desde 1977.
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Mas você vai ficar feliz agora
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que a última execução legal na França foi feita com uma guilhotina.
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E mais, você sempre terá um papel nos futuros filmes de terror.
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Desejo o melhor, John Green.
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A morte de Luís XVI marcou o começo de "O Terror".
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A fase mais conhecida ou, o no mínimo, a mais sensacional da revolução.
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Se você pode matar o rei,
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você com certeza pode matar qualquer um. E foi o que o governo
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fez sob a liderança do Comitê de Segurança Pública.
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Lema: "não servimos para proteger a segurança pública", liderados por Maximilien Robespiere.
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O Terror viu a morte por guilhotina de 16.000 inimigos da revolução,
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incluindo Maria "nunca disse: podem comer bolo" Antonieta
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e o próprio Maximilien Robespiere,
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que foi guilhotinado no mês de Termidor, no ano II.
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Enquanto a França estava falida e lutando 9 guerras,
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o Comitê de Segurança Pública mudou a forma de contar o tempo,
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porque ao tradicional era bem irracional e religiosa.
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Eles renomearam todos os meses e decidiram que cada dia teria 10 horas
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e cada hora, 100 minutos.
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Assim, após O Terror, a revolução retrocedeu um pouco
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e outra nova constituição foi colocada em prática.
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Essa dava mais poder às pessoas ricas.
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Nesse ponto, a França ainda estava em guerra contra a Áustria e a Grã-Bretanha.
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Guerras vencidas pela França,
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graças a um ser pequeno chamado Napoleão Bonaparte.
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A guerra era um pano de fundo para vários golpes e contra-golpes
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que não vou detalhar agora, porque eles foram bem complicados.
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Mas o último golpe do qual vamos falar foi em 1799,
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feito por Napoleão Bonaparte como o Primeiro Cônsul Francês.
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Isso deu a ele quase poder ilimitado ainda sob uma nova constituição.
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Quando ele foi nomeado Primeiro Cônsul Francês, Napoleão proclamou:
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"Cidadãos, a revolução se estabeleceu nos princípios que agora vão começar.
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Acabou".
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Com isso, ele mostra que o governo francês
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tinha ido sempre de lá para cá. Para cá.
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Assim como a Revolução Americana,
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é fácil ver que a francesa não foi assim tão revolucionária.
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Napoleão foi basicamente um imperador
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e, de alguma forma, foi ainda mais um monarca absolutista
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do que Luís XVI havia sido.
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Com o tempo, os nobres voltaram para a França,
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apesar de quase terem perdido seus privilégios.
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A Igreja Católica voltou também,
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apesar de enfraquecida por ter perdido terras
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e o direito de coletar dízimos.
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Quando Napoleão caiu, a França restaurou a monarquia
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e, exceto por um período de 4 anos, entre 1815 e 1870,
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a França teve um rei que era Bourbon e Bonaparte.
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Mas, essas não foram mais monarquias absolutas
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que diziam que o seu direito de governar vinha de Deus.
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Eram monarquias constitucionais do rei
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que os revolucionários de 1789 originalmente propuseram.
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O fato é que a França teve um rei de novo,
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uma nobreza e uma religião determinada.
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E isso não era uma democracia ou uma república.
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Talvez seja por isso que a Revolução Francesa seja tão controversa
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e sujeita à interpretação.
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Alguns dizem que a revolução foi bem sucedida por espalhar ideais de esclarecimento
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mesmo que não tenha trazido democracia para a França.
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Outros afirmam que o verdadeiro legado da revolução
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não foi o aumento da liberdade, mas de poder do Estado.
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Apesar disso tudo, eu acredito que a Revolução Francesa
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foi muito mais revolucionária do que a Americana.
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De alguma maneira, a América nunca teve uma aristocracia.
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Mas continuou a ter uma.
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O pensador francês, Diderot,
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dizia que os americanos deveriam temer uma divisão desigual de riquezas,
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resultando num número pequeno de cidadãos ricos
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e uma multidão de cidadãos vivendo na miséria.
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A Revolução Americana não fez nada para mudar essa polarização de riquezas.
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O que fez a Revolução Francesa tão radical foi
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a sua insistência sobre os ideais universais.
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Olhem o artigo 6 da Declaração de Direitos do Homem e Cidadão:
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"A lei é a expressão da vontade geral.
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Todo cidadão tem o direito de participar pessoalmente
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ou através de um representante da sua nação.
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Isso serve para tudo, se for em protestos ou punições".
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Essas eram ideias radical que vieram de cidadãos
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e não de reis ou deuses.
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E essas leis deveriam ser aplicadas a todos igualmente.
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Esse é um longo caminho desde Hamurabi e, na verdade,
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é um longo caminho desde o proprietário de escravos Thomas Jefferson.
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Na década de 1970, o presidente chinês Zhou Enlai foi perguntado
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sobre os efeitos da Revolução Francesa. E ele disse:
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"É muito cedo para dizer".
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E de certa forma é mesmo.
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A Revolução Francesa abriu novas questões sobre a natureza dos direitos humanos
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e a origem desses direitos.
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Nós ainda estamos respondendo a essas questões
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e descobrindo como a nossas respostas moldaram a sociedade de hoje.
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O governo deve ser das pessoas que reinam para as pessoas?
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Os nossos direitos derivam da nossa natureza, de Deus ou de nenhum?
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E quais são esses direitos?
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Como William Faulkner disse:
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"o passado nunca morre.
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Nem ao menos é passado".
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Obrigado por assistir.
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Vejo vocês na semana que vem.