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Espiões no Facebook | Menny Barzilay |TEDxAcademy

  • 0:17 - 0:20
    Gostava de começar
    por vos fazer umas perguntas.
  • 0:20 - 0:23
    Por favor, levante a mão
    quem tem um "smartphone".
  • 0:24 - 0:26
    Ok. Há aqui alguém que não tenha
    um "smartphone"?
  • 0:26 - 0:29
    Oh, lamento.
    (Risos)
  • 0:29 - 0:31
    Levante a mão quem tenha
    uma conta no Facebook.
  • 0:32 - 0:35
    Ok. Há alguém aqui
    que não tenha conta no Facebook?
  • 0:35 - 0:38
    Uau, vou falar mais devagar.
  • 0:38 - 0:39
    (Risos)
  • 0:39 - 0:42
    Há aqui alguém que tenha
    mais de uma conta no Facebook?
  • 0:43 - 0:45
    Ok, interessante.
  • 0:45 - 0:48
    E no Twitter?
    No Instagram?
  • 0:48 - 0:51
    Alguma vez já compraram
    alguma coisa no eBay?
  • 0:52 - 0:55
    No Amazon? No Deal Extreme?
  • 0:55 - 0:57
    Vocês são o máximo.
  • 0:57 - 1:00
    Há aqui alguém que tenha "bitcoins"?
  • 1:00 - 1:02
    Ok. Interessante.
  • 1:02 - 1:04
    Ok. Esta é a última.
    Oiçam com atenção.
  • 1:04 - 1:07
    Se tivessem de escolher
    entre passar três dias
  • 1:07 - 1:10
    sem "smartphone"
    ou sem escova de dentes,
  • 1:10 - 1:12
    o que é que escolhiam?
  • 1:12 - 1:13
    (Risos)
  • 1:13 - 1:16
    Não respondam.
    Há aqui câmaras.
  • 1:16 - 1:19
    Desde criança que me sentia
    fascinado por computadores.
  • 1:19 - 1:22
    Adorava desmontá-los e depois
    voltar a montá-los.
  • 1:23 - 1:26
    Essa montagem nem sempre
    corria bem.
  • 1:26 - 1:28
    Apesar disso, aprendi muito.
  • 1:28 - 1:31
    Mas isso tinha as suas desvantagens,
    como devem calcular.
  • 1:31 - 1:34
    Os amigos, os amigos dos amigos,
    e até os pais deles
  • 1:34 - 1:36
    costumavam ligar-me e pedir:
  • 1:36 - 1:39
    "Tens um minuto livre?
    Preciso que arranjes o meu computador".
  • 1:39 - 1:41
    Nunca demorava só um minuto.
  • 1:41 - 1:45
    Eu odiava que os computadores
    tivessem tantos problemas.
  • 1:45 - 1:47
    Um dia, decidi: "Basta.
  • 1:47 - 1:51
    "A partir de hoje, vou cobrar a quem
    queira que eu arranje um computador".
  • 1:51 - 1:54
    Para minha surpresa, isso funcionou.
  • 1:54 - 1:57
    As pessoas começaram a pagar-me
    para consertar os computadores.
  • 1:57 - 1:59
    A partir dessa altura,
  • 1:59 - 2:02
    adorei que os computadores
    tivessem tantos problemas.
  • 2:02 - 2:03
    (Risos)
  • 2:03 - 2:06
    Assim, aos 15 anos,
    abri o meu primeiro negócio
  • 2:06 - 2:08
    juntamente com um amigo da minha escola.
  • 2:08 - 2:10
    Foi um enorme êxito.
  • 2:10 - 2:13
    Já não precisávamos de tirar
    dinheiro aos nossos pais.
  • 2:13 - 2:15
    E começámos a consertar
    computadores.
  • 2:16 - 2:18
    A certa altura começámos
    a vender computadores.
  • 2:18 - 2:22
    Mas a coisa mais espantosa nesta história
  • 2:22 - 2:25
    é que poucas pessoas a conhecem.
  • 2:25 - 2:28
    É esta a primeira vez
    que distribuo este cartão de visita.
  • 2:28 - 2:34
    Só tirei esta fotografia há quatro dias
    para efeitos desta palestra.
  • 2:34 - 2:36
    Eu sou da última geração que sabe
  • 2:36 - 2:40
    como era o mundo antes da Internet.
  • 2:40 - 2:44
    Não se esqueçam disso, e pensem
    nos filhos dos nossos netos.
  • 2:45 - 2:47
    Eles vão conhecer-nos muito bem.
  • 2:47 - 2:50
    Eu não tenho nenhuma ideia
    de quem era o meu bisavô.
  • 2:50 - 2:52
    Pode ter sido um qualquer.
  • 2:53 - 2:56
    Há tão poucas informações
    sobre as gerações passadas.
  • 2:56 - 2:59
    E só alguns escolhidos
    receberam a mais alta honra
  • 2:59 - 3:01
    de ter a sua vida documentada.
  • 3:01 - 3:04
    Claro, os reis e os filósofos.
  • 3:04 - 3:07
    Mas, quanto a nós, documentamos
    a nossa vida todos os dias.
  • 3:08 - 3:13
    Em cada 60 segundos, há 100 horas
    de vídeos carregados no YouTube.
  • 3:13 - 3:19
    Nesses 60 segundos, cerca de 40 000
    imagens são colocadas no Instagram.
  • 3:19 - 3:23
    E são partilhados 350 000 "tweets".
  • 3:23 - 3:27
    Assim, as futuras gerações terão
    imensas informações sobre nós,
  • 3:27 - 3:29
    nem saberão o que fazer com isso.
  • 3:29 - 3:32
    Podem conhecer-nos muito bem
    mas também qualquer outra pessoa.
  • 3:32 - 3:35
    Incluindo o nosso futuro potencial patrão
  • 3:35 - 3:38
    que pode utilizar
    um novo tipo de psicólogo
  • 3:38 - 3:39
    a quem pedirá que determine
  • 3:39 - 3:42
    se somos adequados para o lugar
    a que nos candidatámos
  • 3:42 - 3:45
    E ele fará isso sem sequer falar connosco,
  • 3:45 - 3:48
    apenas percorrendo
    as informações que partilhámos
  • 3:48 - 3:52
    e, sim, por vezes, as informações
    que esquecemos que tínhamos partilhado.
  • 3:52 - 3:53
    (Risos)
  • 3:53 - 3:56
    Não tenho desculpa, lamento.
  • 3:57 - 3:59
    Ninguém precisa de falar connosco
    para nos conhecer.
  • 3:59 - 4:02
    Assim, por vezes, sabemos
    que obtivemos o lugar
  • 4:02 - 4:04
    mesmo antes de sermos entrevistados.
  • 4:05 - 4:09
    Por mais estranho que pareça,
    hoje, 75% dos empregadores
  • 4:09 - 4:13
    já estão a percorrer os perfis
    pessoais dos candidatos,
  • 4:13 - 4:15
    antes de os contratarem.
  • 4:15 - 4:19
    Um em cada três reconheceu
    ter desclassificado um candidato
  • 4:19 - 4:22
    por causa das informações
    encontradas "online".
  • 4:22 - 4:26
    E cada vez somos melhores
    a partilhar informações, não é?
  • 4:26 - 4:29
    Há empresas fantásticas
    a criar ferramentas ótimas
  • 4:29 - 4:32
    que nos ajudam a partilhar
    cada vez mais informações.
  • 4:33 - 4:36
    Fazem isso porque reconhecem
    o grande valor
  • 4:36 - 4:39
    em deter enorme quantidade
    de informações pessoais,
  • 4:39 - 4:41
    das nossas informações.
  • 4:41 - 4:44
    Devemos pensar nelas
    como uma ótima máquina
  • 4:44 - 4:49
    que sabe como transformar
    dados pessoais em lucro.
  • 4:49 - 4:52
    E ganham milhares de milhões.
  • 4:52 - 4:56
    Mas eu quero falar sobre
    um tipo diferente de máquinas.
  • 4:56 - 5:00
    Essas máquinas também reúnem
    dados pessoais, os mesmos dados,
  • 5:00 - 5:04
    mas transformam-nos em Segurança Nacional.
  • 5:04 - 5:08
    Esses são os governos
    e as agências de informações.
  • 5:09 - 5:12
    Com o Facebook, sabemos
    como obtêm as informações.
  • 5:12 - 5:15
    Damos-lhas, gratuitamente.
  • 5:15 - 5:18
    Mas como é que as agências
    de informações obtêm esses dados?
  • 5:19 - 5:21
    Não são fáceis de obter, pois não?
  • 5:22 - 5:23
    Mas esperem aí.
  • 5:23 - 5:27
    Se alguém já as obteve,
    talvez possamos usá-las.
  • 5:28 - 5:33
    Muitos estados percebem hoje
    que têm um grande incentivo
  • 5:33 - 5:37
    para colocar um espião
    dentro do Facebook.
  • 5:37 - 5:39
    Mas não é só no Facebook.
  • 5:39 - 5:41
    Muitas empresas do setor privado
  • 5:41 - 5:44
    também estão a ser forçadas,
    a serem peões
  • 5:44 - 5:48
    nos jogos de segurança nacional,
    nas campanhas de segurança interna.
  • 5:48 - 5:50
    Provavelmente reconhecem este tipo, não?
  • 5:50 - 5:53
    É Edward Snowden
    que trabalhou para a NSA.
  • 5:53 - 5:56
    A NSA é a Agência de Segurança Nacional.
  • 5:56 - 5:58
    O que é que lá fazem, na NSA?
  • 5:59 - 6:01
    No mundo das informações,
  • 6:01 - 6:04
    chamam-se unidades de recolha
    de informações SIGINT.
  • 6:04 - 6:07
    SIGINT significa Signals Intelligence.
  • 6:07 - 6:10
    Isso significa que a NSA,
  • 6:10 - 6:12
    tal como o Facebook e o Google e outros,
  • 6:12 - 6:16
    está no negócio de reunir
    dados digitais e processá-los.
  • 6:17 - 6:20
    Todos os países do mundo
    têm uma agência
  • 6:20 - 6:22
    encarregada da obtenção SIGINT.
  • 6:22 - 6:24
    Nos EUA, é a NSA.
  • 6:24 - 6:26
    Edward Snowden trabalhou lá
  • 6:26 - 6:28
    e um dia decidiu fazer qualquer coisa
  • 6:28 - 6:31
    que alterou totalmente a forma
    como falamos de privacidade.
  • 6:31 - 6:33
    Agarrou em muitos documentos
    e publicou-os,
  • 6:33 - 6:37
    muitos documentos confidenciais
    da NSA, e publicou-os.
  • 6:37 - 6:39
    Devem compreender
    que, até àquela altura,
  • 6:40 - 6:41
    as pessoas na minha área de trabalho
  • 6:42 - 6:45
    referia-se à NSA
    como Não Existe tal Agência.
  • 6:45 - 6:47
    Era assim que lhe chamávamos.
  • 6:47 - 6:50
    Mas agora, temos muitas informações
    sobre o que se lá passa.
  • 6:50 - 6:53
    Uma das primeiras coisas
    que Edward Snowden publicou
  • 6:53 - 6:57
    revelou ao mundo
    este projeto secreto, secreto,
  • 6:57 - 6:59
    chamado PRISM.
  • 6:59 - 7:01
    Isto foi o que Edward Snowden publicou.
  • 7:01 - 7:05
    Isto era o que costumava ser
    uma apresentação "top secret".
  • 7:05 - 7:09
    Era tão secreta que só poucos
    escolhidos no interior da NSA
  • 7:09 - 7:12
    tinham possibilidade de a ver.
  • 7:12 - 7:17
    Quando vimos essa apresentação
    viemos a perceber duas coisas espantosas.
  • 7:17 - 7:21
    A primeira é que, na NSA,
    concebem apresentações horrorosas,
  • 7:21 - 7:23
    (Risos)
  • 7:23 - 7:26
    Este "design" é imperdoável.
    A sério.
  • 7:27 - 7:30
    A segunda coisa que aprendemos
    é o que é o PRISM.
  • 7:30 - 7:34
    O PRISM é um programa
    de recolha de informações
  • 7:34 - 7:38
    através do qual a NSA tinha acesso
    a empresas privadas
  • 7:38 - 7:41
    para informações armazenadas
    em empresas privadas,
  • 7:41 - 7:46
    como a Microsoft, a Yahoo, a Google,
    o Facebook, o Skype, o YouTube e a Apple.
  • 7:46 - 7:48
    A NSA tinha acesso a essas empresas
  • 7:48 - 7:51
    a fim de ter acesso às nossas informações.
  • 7:52 - 7:55
    Obviamente, essas coisas
    que Edward Snowden publicou
  • 7:55 - 7:58
    criaram muitas críticas do público
    contra a NSA, não foi?
  • 7:58 - 8:00
    O público não ficou satisfeito com isso.
  • 8:00 - 8:03
    Então, alguém teve de contar
    o outro lado da história.
  • 8:03 - 8:06
    Essa tarefa caiu
    sobre os ombros deste tipo,
  • 8:06 - 8:07
    o general Keith Alexander,
  • 8:07 - 8:10
    que até há pouco tempo
    era o chefe da NSA.
  • 8:10 - 8:13
    A função dele foi demonstrar o conflito.
  • 8:13 - 8:15
    Assim, se tivermos a privacidade dum lado
  • 8:15 - 8:17
    e a segurança nacional do outro,
  • 8:17 - 8:19
    e quisermos mais segurança nacional,
  • 8:19 - 8:21
    é preciso comprometer
    a privacidade. É só isso.
  • 8:21 - 8:26
    Ele tenta convencer-nos que a NSA
    é uma máquina eficaz
  • 8:26 - 8:29
    para transformar dados pessoais
    em segurança nacional.
  • 8:30 - 8:31
    Como é que ele fez isso?
  • 8:31 - 8:33
    Uma das coisas que ele fez
  • 8:33 - 8:38
    subiu ao palco duma grande
    ciberconferência em Las Vegas.
  • 8:39 - 8:42
    Essa conferência é para "hackers"
    e profissionais de segurança.
  • 8:42 - 8:44
    Eu estava no meio da audiência a ouvi-lo,
  • 8:44 - 8:49
    e ele falou do PRISM e de outros
    programas de recolha de informações
  • 8:49 - 8:54
    que eram uma ferramenta vital
    para impedir ataques terroristas.
  • 8:54 - 8:57
    Oh, meu Deus!
    O que devemos concluir daí?
  • 8:57 - 9:01
    O que devemos concluir do facto
    de que a NSA está a usar estas informações
  • 9:01 - 9:03
    para impedir ataques terroristas?
  • 9:03 - 9:07
    Agora, a verdade indesmentível;
    as informações guardadas
  • 9:07 - 9:11
    nas empresas privadas
    como o Facebook,
  • 9:11 - 9:15
    são informações valiosas
    para as agências de informações.
  • 9:15 - 9:18
    São o tipo de informações
    que os EUA podem usar
  • 9:18 - 9:21
    a fim de promover a sua velha agenda
    de segurança nacional.
  • 9:22 - 9:24
    A NSA tem uma vida muito fácil
  • 9:24 - 9:27
    porque todas essas empresas
    são empresas americanas,
  • 9:27 - 9:29
    que têm sede nos EUA.
  • 9:29 - 9:32
    Portanto, podem abordar um juiz federal
    que emite um mandado.
  • 9:32 - 9:34
    É uma chave mágica.
  • 9:34 - 9:37
    Força toda a gente a entregar
    essas informações.
  • 9:37 - 9:39
    Mas o que pode a Rússia fazer?
  • 9:39 - 9:40
    O que pode a China fazer?
  • 9:40 - 9:43
    O que pode fazer qualquer
    outro país do mundo?
  • 9:43 - 9:46
    Todas as agências de informações do mundo
  • 9:46 - 9:50
    querem as informações que estão
    no Facebook e nas outras empresas.
  • 9:50 - 9:52
    Se os EUA podem impedir
    ataques terroristas
  • 9:52 - 9:54
    usando estas informações,
  • 9:54 - 9:56
    todos podem usar essas informações.
  • 9:57 - 9:58
    Não se iludam.
  • 9:58 - 10:01
    Não é uma questão
    de se eles as vão obter.
  • 10:01 - 10:03
    É uma questão de como e quando.
  • 10:04 - 10:07
    Podem tentar abordar o juiz federal,
  • 10:07 - 10:09
    o juiz federal americano.
  • 10:09 - 10:12
    Não servirá de nada, embora
    ele fique muito divertido.
  • 10:12 - 10:15
    Portanto, há duas formas básicas
    de a conseguir.
  • 10:15 - 10:18
    Uma, podem tentar piratear o Facebook,
  • 10:18 - 10:21
    o que não é uma coisa fácil
    de conseguir, acreditem em mim.
  • 10:21 - 10:22
    (Risos)
  • 10:22 - 10:25
    A outra coisa que podem fazer
  • 10:25 - 10:27
    é que podem pôr um espião
    no Facebook,
  • 10:27 - 10:30
    de forma a ele fornecer
    as informações de que precisam.
  • 10:30 - 10:33
    Quando pensamos
    num espião no Facebook,
  • 10:33 - 10:35
    não é provavelmente num espião
    que estamos a pensar.
  • 10:35 - 10:37
    É mais uma coisa assim.
  • 10:37 - 10:39
    (Risos)
  • 10:39 - 10:42
    É estranho pensar em espiões
    patrocinados pelo estado
  • 10:42 - 10:45
    dentro de empresas privadas,
    dentro de empresas comerciais.
  • 10:45 - 10:50
    Mas há várias razões
    que tornam as coisas mais fáceis.
  • 10:50 - 10:52
    Uma é que é muito mais fácil
    arranjar trabalho
  • 10:52 - 10:54
    no Facebook do que na NSA,
  • 10:54 - 10:56
    por questões de segurança.
  • 10:56 - 10:59
    A segunda coisa
    é que o risco é mais baixo.
  • 10:59 - 11:01
    Ser um espião no Facebook
    não é tão arriscado
  • 11:01 - 11:03
    como ser um espião na NSA.
  • 11:04 - 11:08
    E terceiro, no passado,
    se queríamos ser um bom espião,
  • 11:08 - 11:11
    se queríamos contratar um bom espião,
    queríamos este tipo.
  • 11:12 - 11:14
    Este é o tipo que sabia tudo, não era?
  • 11:14 - 11:17
    Queríamos alguém que fosse
    tão importante quanto possível
  • 11:17 - 11:19
    dentro da organização.
  • 11:19 - 11:22
    Mas hoje, na era das informações,
  • 11:22 - 11:26
    as pessoas que têm o poder
    são estas pessoas,
  • 11:26 - 11:29
    os práticos, os engenheiros,
    as equipas de apoio.
  • 11:29 - 11:33
    Essas pessoas têm acesso ilimitado
    às informações.
  • 11:33 - 11:35
    É isto que queremos.
  • 11:35 - 11:37
    Isto torna-nos a vida muito mais fácil,
  • 11:37 - 11:40
    se quisermos pôr um espião
    dentro duma empresa comercial.
  • 11:40 - 11:42
    Depois, a trama adensa-se,
  • 11:42 - 11:46
    porque há muitas outras empresas
    que detêm informações valiosas.
  • 11:46 - 11:51
    Por exemplo, podem pôr um espião
    dentro de uma operadora de telemóveis.
  • 11:51 - 11:54
    E ele pode escutar
    as nossas chamadas telefónicas,
  • 11:54 - 11:58
    e pode dizer onde estamos
    em cada momento.
  • 11:58 - 12:01
    Podemos querer pôr um espião
    numa empresa de cartões de crédito.
  • 12:01 - 12:05
    Ele saberá tudo sobre toda a gente
  • 12:05 - 12:07
    estando dentro de uma empresa
    de cartões de crédito,
  • 12:07 - 12:10
    por vezes, os nossos segredos
    mais profundos.
  • 12:10 - 12:12
    E há muitas outras empresas
  • 12:12 - 12:15
    que detêm informações valiosas
    para os serviços de informações.
  • 12:15 - 12:19
    Então, onde chegamos a partir daí?
  • 12:19 - 12:21
    Alguém pirateou a minha palestra.
  • 12:21 - 12:23
    (Risos)
  • 12:24 - 12:26
    Bom trabalho, meu.
  • 12:26 - 12:28
    Onde chegamos a partir daí?
  • 12:28 - 12:30
    Temos de perceber que, hoje,
  • 12:30 - 12:35
    as empresas comerciais
    são melhores a reunir dados
  • 12:35 - 12:38
    do que as agências
    de serviços de informações.
  • 12:38 - 12:42
    Empresas como o Facebook e a Google
    são melhores a reunir os nossos dados
  • 12:42 - 12:45
    do que as agências
    de serviços de informações.
  • 12:45 - 12:47
    É espantoso!
  • 12:47 - 12:52
    Pensem no mecanismo
    de reconhecimento facial do Facebook.
  • 12:52 - 12:54
    É uma ferramenta fantástica para espiões.
  • 12:54 - 12:56
    Conhecem esse mecanismo?
  • 12:56 - 12:58
    Significa que tiramos fotos a um amigo
  • 12:58 - 13:01
    e o Facebook, imediatamente,
    lhes põe uma etiqueta.
  • 13:01 - 13:04
    Vai reconhecer os nossos amigos
    e automaticamente põe-lhes etiquetas.
  • 13:04 - 13:08
    Se formos um espião, podemos
    criar uma câmara fantástica
  • 13:08 - 13:11
    e ficar fora de uma agência secreta,
  • 13:11 - 13:14
    tirar fotografias de pessoas
    que saem de lá
  • 13:14 - 13:17
    e imediatamente receber os nomes delas,
    os nomes dos seus amigos,
  • 13:17 - 13:20
    quais são os seus segredos mais profundos,
    onde é que eles vão estar.
  • 13:20 - 13:23
    O Facebook é um lugar de sonho
    para os espiões.
  • 13:23 - 13:26
    Podem ver como o espião está feliz.
  • 13:27 - 13:29
    Então, onde chegamos a partir daí?
  • 13:29 - 13:32
    Devemos educar os nossos filhos
    a só usar aplicações
  • 13:32 - 13:36
    que sejam feitas por países
    que consideramos amigáveis?
  • 13:36 - 13:38
    Ou devemos aceitar
    que vivemos num mundo
  • 13:38 - 13:41
    que não tem segredos?
  • 13:41 - 13:45
    Do que podemos ter a certeza
    é que nada é de graça.
  • 13:45 - 13:48
    Na Internet, nada é de graça.
  • 13:48 - 13:52
    Ou pagamos com dinheiro
    ou com a nossa privacidade.
  • 13:52 - 13:53
    Obrigado.
  • 13:53 - 13:57
    (Aplausos)
Title:
Espiões no Facebook | Menny Barzilay |TEDxAcademy
Description:

Menny Barzilay sublinha que empresas como o Facebook e a Google são melhores a reunir os nossos dados do que as agências de informações.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:10

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