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Sete princípios para construir cidades melhores

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    Vou descrever a complexidade
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    da situação que estamos vivendo.
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    Ao mesmo tempo em que estamos buscando
    soluções para as mudanças climáticas,
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    estamos construindo cidades
    para 3 bilhões de pessoas.
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    É uma duplicação do ambiente urbano.
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    Se não fizermos isso direito,
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    nem todas as soluções climáticas do mundo,
    penso, poderão salvar a humanidade.
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    Porque muita coisa depende
    de como construímos nossas cidades:
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    não só impactos ambientais,
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    mas também nosso bem-estar social,
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    nossa vitalidade econômica,
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    nosso senso de comunidade e conexão.
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    Basicamente, o modo como moldamos
    as cidades é uma manifestação
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    do tipo de humanidade que queremos ser.
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    E fazer isso direito é,
    a meu ver, a ordem do dia.
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    De certo modo, fazer direito pode
    ajudar a resolver questões climáticas,
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    porque, no fim, é o nosso comportamento
    que está causando o problema.
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    O problema não é algo isolado,
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    e não é apenas a ExxonMobil
    e as companhias de petróleo.
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    Somos nós; como vivemos.
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    Como vivemos.
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    Existe um vilão nessa história
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    e é a expansão urbana desordenada,
    vou ser sincero sobre isso.
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    Não é apenas o tipo de expansão
    sobre o qual muitas pessoas pensam,
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    desenvolvimento de baixa densidade
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    na periferia da área metropolitana.
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    Na verdade, a expansão urbana pode ocorrer
    em qualquer lugar, com qualquer densidade.
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    Sua principal característica
    é isolar as pessoas.
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    Ela segrega as pessoas
    em enclaves econômicos
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    e enclaves territoriais.
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    Ela as separa da natureza.
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    Não permite a fertilização cruzada,
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    a interação,
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    que faz das cidades ótimos lugares
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    e que faz a sociedade prosperar.
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    Nós realmente precisamos pensar
    sobre o antídoto para a expansão urbana,
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    especialmente quando estamos tratando
    de um projeto de construção em massa.
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    Vamos fazer um exercício.
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    Nós desenvolvemos um modelo
    para o estado da Califórnia
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    continuar com a redução
    da emissão de carbono.
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    Simulamos uma série de cenários
    de como o estado poderia crescer,
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    e esse é apenas um bem simplificado.
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    Misturamos diferentes
    protótipos de desenvolvimento
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    e dissemos que eles vão nos levar
    até o fim do ano 2050
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    com 10 milhões de novas pessoas
    no estado da Califórnia.
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    Um deles era desordenado.
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    Mais do mesmo: shoppings,
    condomínios residenciais,
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    centros empresariais.
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    O outro era dominado, não por pessoas
    migrando para a cidade,
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    mas por um desenvolvimento compacto,
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    bairros residenciais
    com pequenos comerciantes,
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    vizinhanças caminháveis,
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    prédios baixos, mas integrados,
    ambientes de uso diversificado.
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    E os resultados são surpreendentes.
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    São surpreendentes não só
    pela extensão da diferença
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    dessa mudança na nossa forma
    de construir cidades,
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    mas também porque cada um representa
    um grupo com interesses específicos,
  • 3:04 - 3:08
    um grupo com interesses específicos
    que costuma defender seus interesses
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    um de cada vez.
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    Eles não viram o que eu chamo
    de "cobenefício" da forma urbana
  • 3:15 - 3:17
    que permite a eles se juntarem aos outros.
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    Quanto à ocupação territorial,
  • 3:19 - 3:22
    os ambientalistas são muito
    preocupados com isso,
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    os fazendeiros também.
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    Existe uma grande quantidade de pessoas
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    e grupos de vizinhos que querem
    mais espaço aberto na vizinhança.
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    A versão de expansão
    desordenada da Califórnia
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    quase duplica a pegada física urbana.
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    Gases de efeito estufa: enorme economia,
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    porque na Califórnia nossas maiores
    emissões de carbono vêm dos carros;
  • 3:44 - 3:48
    e as cidades que não
    dependem muito de carros
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    obviamente geram grande economia.
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    Quilômetros rodados:
    é sobre isso que estou falando.
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    Só reduzir em média 16 mil km
    por família por ano,
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    de algo em torno de 41 mil por família,
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    tem um grande impacto, não somente
    na qualidade do ar e no carbono,
  • 4:10 - 4:12
    mas também no orçamento das famílias.
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    É muito caro dirigir tanto assim
  • 4:15 - 4:20
    e, como vimos, a classe média
    está lutando para se manter.
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    Saúde: estamos falando sobre
    consertar o que já foi destruído,
  • 4:24 - 4:25
    limpar o ar,
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    então, por que não parar de poluir?
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    Por que não usar mais
    nossos pés e bicicletas?
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    E isso vai depender do tipo
    de cidade que planejamos.
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    Custo por família:
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    2008 foi um marco na história,
  • 4:39 - 4:43
    não só pela selvageria
    da indústria financeira.
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    Estávamos tentando vender
    muitas residências do tipo errado:
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    casas em lotes grandes
    para uma só família, distantes,
  • 4:51 - 4:55
    muito caras para boa parte da classe média
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    e que, francamente, não se encaixavam mais
    no seu estilo de vida.
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    Mas, para movimentar o mercado,
  • 5:01 - 5:04
    pode-se abater o financiamento e vender.
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    Eu acho que isso aconteceu muito.
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    Reduzir US$ 10 mil nos custos,
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    lembrem-se, na Califórnia
    a média é de US$ 50 mil,
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    é um fator importante.
  • 5:14 - 5:16
    E isso é só com carros
    e serviços públicos.
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    Então os defensores de imóveis
    acessíveis, que ficam em seus redutos,
  • 5:21 - 5:25
    separados dos ambientalistas,
    separados dos políticos,
  • 5:25 - 5:27
    todos brigando entre si,
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    começam a ver o interesse comum.
  • 5:29 - 5:33
    E o interesse comum é o que realmente
    faz a mudança acontecer.
  • 5:34 - 5:36
    Los Angeles, como resultado
    desses esforços,
  • 5:36 - 5:40
    decidiu agora se transformar
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    em um ambiente mais orientado
    para o transporte público.
  • 5:43 - 5:44
    É fato que, desde 2008,
  • 5:44 - 5:49
    já destinaram US$ 400 bilhões
    em títulos do governo para o transporte
  • 5:49 - 5:51
    e zero dólar para novas rodovias.
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    Que transformação!
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    LA se transformou em uma cidade
    de pedestres e transporte público,
  • 5:56 - 5:58
    e não de carros. (Aplausos)
  • 5:58 - 5:59
    Como isso aconteceu?
  • 5:59 - 6:02
    Pegamos o lugar menos desejado,
    o canteiro central,
  • 6:02 - 6:04
    colocamos transporte público
  • 6:04 - 6:08
    e diversificamos o uso do espaço ao redor,
  • 6:08 - 6:10
    satisfazendo novas demandas por imóveis
  • 6:10 - 6:14
    e tornando a vizinhança já existente
    no entorno mais complexa,
  • 6:14 - 6:16
    mais interessante,
    que facilita os percursos a pé.
  • 6:17 - 6:20
    Aqui temos outro tipo
    de expansão urbana desordenada.
  • 6:20 - 6:23
    China, expansão de alta densidade,
    e até parece um paradoxo,
  • 6:23 - 6:27
    mas os problemas são os mesmos,
    tudo isolado em grandes blocos,
  • 6:27 - 6:30
    e, claro, essa poluição
    atmosférica que fala por si.
  • 6:30 - 6:33
    Doze por cento do PIB na China é gasto
  • 6:33 - 6:36
    com os impactos da poluição
    atmosférica na saúde.
  • 6:36 - 6:39
    A história das cidades chinesas é sólida.
  • 6:39 - 6:40
    Como em qualquer outro lugar.
  • 6:40 - 6:43
    A comunidade gira em torno
    de um comércio local e pequeno,
  • 6:43 - 6:47
    de serviços locais e de caminhadas
    e interação com os vizinhos.
  • 6:47 - 6:49
    Pode parecer utópico, mas não é.
  • 6:49 - 6:51
    É o que as pessoas realmente querem.
  • 6:51 - 6:53
    Os novos superblocos,
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    estes blocos têm 5 mil unidades cada,
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    e são gradeados,
    porque ninguém se conhece.
  • 7:01 - 7:04
    Não têm sequer calçadas ou lojas térreas.
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    Um ambiente estéril.
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    Eu encontrei, em um desses superblocos,
  • 7:11 - 7:15
    negócios ilegais abertos nas garagens,
  • 7:15 - 7:19
    onde as pessoas podem
    ter uma economia local.
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    As pessoas desejam fazer do jeito certo.
  • 7:23 - 7:27
    Nós só precisamos da ajuda
    de planejadores e políticos.
  • 7:27 - 7:31
    Algum planejamento técnico.
  • 7:31 - 7:34
    Chongqing é uma cidade
    de 30 milhões de habitantes.
  • 7:34 - 7:36
    É quase do tamanho da Califórnia.
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    Esta é uma área de pequeno crescimento.
  • 7:38 - 7:42
    Eles querem testar uma alternativa
    para a expansão desordenada
  • 7:42 - 7:45
    em várias cidades da China.
  • 7:45 - 7:48
    Essa é para 4,5 milhões de pessoas.
  • 7:48 - 7:50
    O que tiramos desta imagem é:
  • 7:50 - 7:55
    cada um desses círculos fica próximo
    de um terminal de passageiros;
  • 7:55 - 7:59
    investimento pesado em metrô
    e transporte coletivo
  • 7:59 - 8:01
    e uma distribuição que permite a todos
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    caminharem até seu local de trabalho.
  • 8:04 - 8:06
    A área vermelha
    é o centro da transformação.
  • 8:06 - 8:09
    De repente, nossos princípios pediram
    por um espaço verde,
  • 8:09 - 8:13
    com características ecológicas
    importantes preservadas.
  • 8:13 - 8:17
    E aquelas outras ruas são ruas
    que não permitem carros.
  • 8:17 - 8:21
    Então, em vez de aplainar,
    nivelando o espaço
  • 8:21 - 8:23
    e construindo até a beira do rio,
  • 8:23 - 8:27
    deixamos essa borda verde,
    que não era padrão na China
  • 8:27 - 8:33
    até essas práticas
    começarem a ser testadas.
  • 8:33 - 8:35
    A estrutura urbana: pequenos blocos,
  • 8:35 - 8:38
    talvez 500 famílias por bloco,
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    as pessoas se conhecem,
  • 8:39 - 8:41
    o perímetro da rua tem lojas,
  • 8:41 - 8:43
    criando, assim, destinos locais.
  • 8:43 - 8:47
    As ruas ficaram menores
    porque há mais delas.
  • 8:47 - 8:49
    Muito simples,
  • 8:49 - 8:51
    desenho urbano de estilo simples.
  • 8:51 - 8:54
    Agora, algo de que eu gosto muito.
  • 8:54 - 8:56
    Pensem na lógica.
  • 8:56 - 8:58
    Se apenas um terço das pessoas tem carros,
  • 8:58 - 9:03
    por que disponibilizamos 100%
    das nossas ruas para os carros?
  • 9:03 - 9:06
    E se deixássemos 70% dessas ruas
  • 9:06 - 9:08
    livres de carros, para que todos usem,
  • 9:08 - 9:10
    de modo que o trânsito seja melhor
  • 9:10 - 9:13
    e todos possam caminhar e pedalar?
  • 9:13 - 9:14
    Por que não ter...
  • 9:14 - 9:16
    (Aplausos)
  • 9:16 - 9:18
    equidade geográfica
  • 9:18 - 9:21
    em nosso sistema de circulação?
  • 9:21 - 9:24
    E, francamente,
    as cidades funcionariam melhor.
  • 9:24 - 9:26
    Não importa o que façam,
  • 9:26 - 9:28
    não importa quantas rodovias
    construam em Beijing,
  • 9:28 - 9:31
    eles não conseguem acabar
    com os engarrafamentos.
  • 9:31 - 9:35
    Esta é uma rua livre de carros,
    aproveitada de diferentes formas.
  • 9:35 - 9:37
    Tem transporte no meio.
  • 9:37 - 9:40
    Estou feliz por criar aquele trânsito
    de veículos autônomos,
  • 9:40 - 9:43
    talvez eu possa falar disso depois.
  • 9:43 - 9:47
    Foram adotados sete princípios
  • 9:47 - 9:50
    pelas altas autoridades do governo chinês
  • 9:50 - 9:52
    e que serão implementados.
  • 9:52 - 9:53
    Eles são simples.
  • 9:53 - 9:56
    E são princípios globais, universais.
  • 9:56 - 9:58
    Um é preservar o ambiente natural,
  • 9:58 - 10:02
    a história e a agricultura
    tão fundamental.
  • 10:02 - 10:03
    O segundo é misturar.
  • 10:03 - 10:06
    O uso misto é algo comum,
    mas quando digo misturar
  • 10:06 - 10:08
    quero dizer rendas mistas,
    grupos de idades diferentes
  • 10:08 - 10:11
    assim como o uso misto do solo.
  • 10:12 - 10:13
    Caminhar.
  • 10:13 - 10:16
    Não existe uma cidade maravilhosa
    em que não gostemos de caminhar.
  • 10:16 - 10:18
    Não vamos lá.
  • 10:18 - 10:20
    Viajamos de férias para lugares
    onde podemos caminhar.
  • 10:20 - 10:22
    Por que não fazer isso em qualquer lugar?
  • 10:22 - 10:26
    Bicicleta é o meio de transporte
    mais eficiente que conhecemos.
  • 10:26 - 10:31
    A China adotou políticas que colocam
    seis metros de ciclovia em cada rua.
  • 10:31 - 10:36
    Eles estão focados em voltar
    às suas origens.
  • 10:36 - 10:37
    (Aplausos)
  • 10:37 - 10:39
    Aqui está o mais complicado:
  • 10:39 - 10:41
    conectar.
  • 10:41 - 10:46
    Existe uma malha rodoviária que permite
    diversas rotas em vez de uma única,
  • 10:46 - 10:50
    e dispõe de uma série de ruas
    em vez de apenas uma.
  • 10:51 - 10:52
    Transporte.
  • 10:52 - 10:54
    Nós temos que investir mais
    em transporte público.
  • 10:54 - 10:56
    Não existe solução milagrosa.
  • 10:56 - 10:59
    Os veículos autônomos
    não vão resolver isso para nós.
  • 10:59 - 11:04
    Na verdade, eles vão gerar mais tráfego
    e mais quilômetros rodados por veículo
  • 11:04 - 11:06
    do que alternativas.
  • 11:06 - 11:07
    E foco.
  • 11:07 - 11:11
    A cidade tem uma hierarquia
    baseada no transporte público
  • 11:11 - 11:14
    e não mais na antiga malha rodoviária.
  • 11:14 - 11:17
    É uma grande mudança de paradigma,
  • 11:17 - 11:20
    mas essas duas coisas devem se reconectar
  • 11:20 - 11:24
    de forma a, realmente,
    moldar a estrutura da cidade.
  • 11:25 - 11:28
    Então, eu tenho muita esperança.
  • 11:28 - 11:32
    Na Califórnia, nos EUA, e na China,
    essas mudanças foram bem aceitas.
  • 11:32 - 11:35
    Eu tenho esperança por duas razões.
  • 11:35 - 11:37
    Uma é que a maioria das pessoas entende.
  • 11:37 - 11:39
    Eles entendem intrinsecamente
  • 11:39 - 11:42
    como pode e deve ser uma ótima cidade.
  • 11:42 - 11:47
    A segunda é que o tipo de análise
    que nós fazemos agora
  • 11:47 - 11:50
    permite que as pessoas conectem os pontos,
  • 11:50 - 11:53
    permite que as pessoas
    formem coalizões políticas
  • 11:53 - 11:55
    que não existiam no passado.
  • 11:55 - 11:58
    Isso permite que elas formem o tipo
    de comunidade de que todos precisamos.
  • 11:58 - 12:00
    Obrigado.
  • 12:00 - 12:03
    (Aplausos)
  • 12:08 - 12:11
    Chris Anderson: Certo.
    Direção autônoma, veículos autônomos.
  • 12:11 - 12:15
    Muitos aqui estão animados com isso.
  • 12:15 - 12:18
    Quais são as suas preocupações sobre isso?
  • 12:18 - 12:21
    Peter Calthorpe: Bem, eu acho
    que existe muita propaganda.
  • 12:21 - 12:25
    Primeiro, todo mundo diz
    que vamos nos livrar de muitos carros.
  • 12:25 - 12:28
    Mas não dizem que vamos gerar
    mais quilômetros por veículo.
  • 12:28 - 12:31
    Teremos muito mais carros
    rodando nas ruas.
  • 12:31 - 12:33
    Haverá mais congestionamento.
  • 12:33 - 12:35
    CA: É que eles são tão atraentes...
  • 12:35 - 12:37
    podemos ler ou dormir enquanto dirigimos.
  • 12:37 - 12:38
    PC: Algumas razões.
  • 12:38 - 12:43
    Uma é que se eles tiverem um único dono,
    as pessoas vão viajar distâncias maiores.
  • 12:43 - 12:45
    Será uma nova forma de expansão urbana.
  • 12:45 - 12:47
    Se podemos trabalhar
    indo para o escritório,
  • 12:47 - 12:49
    podemos morar mais longe.
  • 12:49 - 12:51
    Isso vai revitalizar a expansão urbana
  • 12:51 - 12:54
    de uma forma que me assusta profundamente.
  • 12:54 - 12:56
    Compartilhar táxis:
  • 12:56 - 12:59
    cerca de 50% das pesquisas mostram
    que as pessoas não compartilham.
  • 12:59 - 13:01
    Se não compartilharem,
  • 13:01 - 13:06
    podemos terminar com um crescimento
    de 90% em quilômetros rodados.
  • 13:07 - 13:08
    Se compartilharem,
  • 13:08 - 13:11
    ainda assim teremos um crescimento
    de 30% em quilômetros rodados.
  • 13:11 - 13:14
    CA: Compartilhar significa
    ter várias pessoas juntas
  • 13:14 - 13:16
    compartilhando um transporte inteligente?
  • 13:16 - 13:19
    PC: Sim, assim o Uber
    compartilha sem um volante.
  • 13:19 - 13:22
    A verdade é que a eficiência
    dos veículos...
  • 13:22 - 13:25
    Podemos fazer isso com ou sem
    um volante, não faz diferença.
  • 13:25 - 13:29
    Eles afirmam que serão os únicos
    elétricos eficientes, mas não é verdade.
  • 13:29 - 13:34
    Mas o cerne da questão é que caminhar,
    pedalar e usar transporte público
  • 13:34 - 13:37
    é o caminho do sucesso
    para cidades e comunidades.
  • 13:37 - 13:40
    E colocar as pessoas
    em suas bolhas privativas,
  • 13:40 - 13:42
    tenham ou não um volante,
  • 13:42 - 13:43
    é a direção errada.
  • 13:43 - 13:44
    E francamente,
  • 13:44 - 13:50
    a imagem de um veículo autônomo
    indo para o McDonald's pegar um pacote
  • 13:50 - 13:52
    sem o seu dono,
  • 13:52 - 13:56
    saindo apenas para fazer algumas tarefas,
  • 13:56 - 13:57
    é realmente assustador.
  • 13:57 - 14:00
    CA: Muito obrigado. Devo dizer
    que as imagens que você mostrou
  • 14:00 - 14:04
    daquelas ruas com usos mistos
    foram realmente inspiradoras, lindas.
  • 14:04 - 14:06
    PC: Obrigado.
    CA: Obrigado pelo seu trabalho.
  • 14:06 - 14:08
    (Aplausos)
Title:
Sete princípios para construir cidades melhores
Speaker:
Peter Calthorpe
Description:

Mais da metade da população mundial já vive em cidades, e prevê-se que outros 2,5 bilhões de pessoas irão se mudar para áreas urbanas até 2050. A forma como construímos novas cidades está no centro da questão, desde mudanças climáticas e vitalidade econômica até bem-estar e senso de conectividade. Peter Calthorpe já está trabalhando no planejamento das cidades do futuro e defendendo o desenho de comunidades focadas na interação humana. Ele compartilha sete princípios universais para resolver a expansão urbana desordenada e construir cidades mais inteligentes e sustentáveis.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:20

Portuguese, Brazilian subtitles

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