Return to Video

Porque é que escolhi uma arma | Peter van Uhm | TEDxAmsterdam

  • 0:21 - 0:23
    Senhoras e senhores,
  • 0:23 - 0:27
    obrigado por me terem aplaudido
    ainda antes de eu ter começado.
  • 0:29 - 0:34
    Enquanto o mais alto comandante
    militar da Holanda,
  • 0:34 - 0:37
    com tropas posicionadas
    pelo mundo inteiro,
  • 0:37 - 0:40
    sinto a maior honra em estar aqui hoje,
  • 0:41 - 0:45
    Quando olho à minha volta
    nesta conferência TEDxAmsterdam,
  • 0:45 - 0:49
    vejo um público muito especial.
  • 0:50 - 0:53
    Vocês são a razão de eu ter aceitado
  • 0:53 - 0:56
    o convite para vir aqui hoje.
  • 0:58 - 1:03
    Quando olho à minha volta,
    vejo pessoas que querem contribuir.
  • 1:04 - 1:08
    Vejo pessoas que querem
    fazer um mundo melhor,
  • 1:09 - 1:12
    com o seu trabalho
    científico de vanguarda,
  • 1:12 - 1:15
    com as suas impressionantes obras de arte,
  • 1:16 - 1:21
    com os seus artigos críticos
    ou livros inspiradores,
  • 1:21 - 1:24
    com as suas empresas sustentáveis.
  • 1:25 - 1:29
    Todos vocês escolheram
    os vossos instrumentos
  • 1:29 - 1:33
    para cumprirem essa missão
    de criar um mundo melhor.
  • 1:34 - 1:38
    Alguns escolheram o microscópio
    como instrumento.
  • 1:38 - 1:41
    Outros escolheram dançar ou pintar,
  • 1:41 - 1:44
    ou fazer música como acabámos de ouvir.
  • 1:44 - 1:47
    Alguns escolheram a caneta.
  • 1:47 - 1:51
    Outros trabalham
    com o instrumento do dinheiro.
  • 1:52 - 1:55
    Senhoras e senhores,
    eu fiz uma escolha diferente.
  • 2:09 - 2:11
    Obrigado.
  • 2:14 - 2:16
    Senhoras e senhores,
  • 2:17 - 2:20
    (Risos)
  • 2:20 - 2:23
    (Aplausos)
  • 2:26 - 2:28
    Eu partilho os vossos objetivos.
  • 2:29 - 2:33
    Partilho os objetivos
    dos oradores que ouvimos antes,
  • 2:34 - 2:39
    Não escolhi usar a caneta,
  • 2:40 - 2:41
    o pincel,
  • 2:42 - 2:43
    a câmara.
  • 2:44 - 2:47
    Escolhi este instrumento,
  • 2:48 - 2:51
    escolhi a espingarda.
  • 2:52 - 2:54
    Para vocês, e vocês já ouviram,
  • 2:54 - 3:00
    estar tão perto desta arma
    pode fazer-vos sentir inquietos,
  • 3:01 - 3:03
    até pode ser assustador.
  • 3:03 - 3:07
    Uma arma real
    a poucos metros de distância.
  • 3:08 - 3:13
    Paremos por momentos
    e sintamos esse desconforto.
  • 3:13 - 3:15
    Até o podemos ouvir.
  • 3:16 - 3:18
    Mas congratulemo-nos com o facto
  • 3:18 - 3:23
    de que, provavelmente, muitos de vocês
    nunca estiveram perto duma arma.
  • 3:24 - 3:29
    Significa que a Holanda
    é um país pacífico.
  • 3:29 - 3:32
    A Holanda não está em guerra.
  • 3:33 - 3:37
    Significa que não precisamos
    de soldados a patrulhar as ruas.
  • 3:38 - 3:42
    As armas não fazem parte da nossa vida.
  • 3:43 - 3:47
    Em muitos países, a situação é diferente.
  • 3:48 - 3:52
    Em muitos países, as pessoas
    são confrontadas com armas.
  • 3:52 - 3:54
    São oprimidas.
  • 3:54 - 3:56
    São intimidadas
  • 3:57 - 3:59
    por barões da guerra,
  • 3:59 - 4:01
    por terroristas,
  • 4:01 - 4:03
    por criminosos.
  • 4:03 - 4:06
    As armas podem causar muitos danos.
  • 4:06 - 4:09
    São a causa de muito sofrimento.
  • 4:10 - 4:14
    Então, porque é que eu estou
    aqui à vossa frente com esta arma?
  • 4:14 - 4:19
    Porque é que escolhi uma arma
    como o meu instrumento?
  • 4:20 - 4:23
    Hoje, vou dizer-vos porquê.
  • 4:23 - 4:24
    Hoje, quero contar-vos
  • 4:24 - 4:27
    porque é que escolhi uma arma
    para criar um mundo melhor.
  • 4:28 - 4:32
    Quero dizer-vos
    como esta arma pode ajudar.
  • 4:35 - 4:39
    A minha história começa
    na cidade de Nijmegen,
  • 4:40 - 4:42
    a leste da Holanda,
  • 4:43 - 4:45
    a cidade onde nasci.
  • 4:47 - 4:51
    O meu pai era padeiro
    e trabalhava muito,
  • 4:53 - 4:56
    mas, quando acabava
    o trabalho na padaria,
  • 4:56 - 4:59
    contava-me histórias,
    a mim e ao meu irmão.
  • 5:00 - 5:02
    Na maioria das vezes,
  • 5:02 - 5:05
    contava-me uma história
    que vou partilhar convosco.
  • 5:06 - 5:09
    A história do que acontecera
  • 5:09 - 5:13
    quando ele era soldado recruta
    nas forças armadas holandesas
  • 5:13 - 5:16
    no início da II Guerra Mundial.
  • 5:17 - 5:19
    Os nazis invadiram a Holanda.
  • 5:20 - 5:22
    Os seus planos sombrios eram evidentes.
  • 5:22 - 5:26
    Queriam governar pela repressão.
  • 5:27 - 5:31
    A diplomacia não tinha conseguido
    deter os alemães.
  • 5:31 - 5:34
    Só restava a força bruta.
  • 5:35 - 5:37
    Era o nosso último recurso.
  • 5:38 - 5:42
    O meu pai estava ali para a exercer.
  • 5:42 - 5:46
    Enquanto filho dum agricultor,
    sabia caçar,
  • 5:46 - 5:49
    o meu pai era um excelente atirador.
  • 5:49 - 5:52
    Quando atirava, nunca falhava.
  • 5:53 - 5:56
    Nesse momento decisivo
    na história da Holanda
  • 5:56 - 6:01
    o meu pai estava colocado
    na margem do rio Waal,
  • 6:01 - 6:03
    perto da cidade de Nijmegen.
  • 6:04 - 6:10
    Via nitidamente os soldados alemães
    que tinham vindo ocupar um país livre,
  • 6:10 - 6:12
    o país dele.
  • 6:12 - 6:14
    o nosso país.
  • 6:14 - 6:17
    Disparou. Não aconteceu nada.
  • 6:17 - 6:19
    Disparou outra vez.
  • 6:19 - 6:22
    Nenhum soldado alemão caiu por terra.
  • 6:23 - 6:27
    Tinham dado ao meu pai
    uma espingarda velha
  • 6:27 - 6:31
    que nem sequer atingia a margem oposta.
  • 6:32 - 6:35
    As tropas de Hitler avançaram
  • 6:35 - 6:39
    e o meu pai não pôde fazer nada.
  • 6:40 - 6:43
    O meu pai, até ao dia em que morreu,
  • 6:43 - 6:47
    sentiu-se frustrado
    por ter falhado aqueles disparos.
  • 6:48 - 6:50
    Podia ter feito qualquer coisa.
  • 6:50 - 6:52
    Mas, com uma espingarda velha,
  • 6:52 - 6:55
    nem mesmo o melhor artilheiro
    das forças armadas
  • 6:55 - 6:57
    podia ter atingido o alvo.
  • 6:58 - 7:00
    Esta história ficou-me gravada.
  • 7:02 - 7:03
    Depois, já no liceu,
  • 7:03 - 7:07
    fui confrontado com as histórias
    dos soldados Aliados,
  • 7:08 - 7:13
    soldados que abandonaram a segurança
    das suas casas e arriscaram a vida
  • 7:13 - 7:15
    para libertar um país
  • 7:16 - 7:19
    e pessoas que não conheciam.
  • 7:20 - 7:22
    Libertaram a minha cidade natal.
  • 7:23 - 7:28
    Foi então que decidi
    que ia agarrar numa arma
  • 7:29 - 7:34
    por respeito e gratidão
    para com aqueles homens e mulheres
  • 7:34 - 7:36
    que vieram libertar-nos.
  • 7:37 - 7:42
    Com a consciência de que,
    por vezes, só a espingarda
  • 7:42 - 7:47
    pode interpor-se entre o bem e o mal.
  • 7:47 - 7:51
    Foi por isso que agarrei numa arma,
  • 7:51 - 7:53
    não para disparar,
  • 7:53 - 7:55
    não para matar,
  • 7:55 - 7:57
    não para destruir,
  • 7:57 - 8:00
    mas para impedir
    os que queriam fazer mal,
  • 8:01 - 8:03
    para proteger os vulneráveis,
  • 8:04 - 8:06
    para defender os valores democráticos,
  • 8:07 - 8:13
    para defender a liberdade que temos
    de falar aqui, hoje, em Amsterdão
  • 8:13 - 8:17
    sobre como podemos
    tornar o mundo num local melhor.
  • 8:18 - 8:19
    Senhoras e senhores,
  • 8:19 - 8:24
    não venho aqui hoje para vos falar
    da glória das armas.
  • 8:26 - 8:28
    Eu não gosto de armas.
  • 8:29 - 8:33
    Depois de estarmos sob fogo,
  • 8:34 - 8:36
    percebemos ainda melhor
  • 8:36 - 8:41
    que uma arma não é um instrumento
    machista que exibimos.
  • 8:42 - 8:44
    Venho aqui hoje
  • 8:44 - 8:49
    para vos falar do uso duma arma
    como instrumento de paz e estabilidade.
  • 8:52 - 8:56
    Uma arma pode ser um dos instrumentos
    mais importantes de paz e estabilidade
  • 8:56 - 8:58
    que temos neste mundo.
  • 8:59 - 9:02
    Isto pode parecer-vos contraditório.
  • 9:03 - 9:07
    Mas não só já o vi
    com os meus próprios olhos
  • 9:07 - 9:09
    durante as minhas missões
    no Líbano, em Serajevo
  • 9:09 - 9:13
    e enquanto chefe da Defesa da Holanda,
  • 9:13 - 9:19
    mas também é comprovado
    por estatísticas, frias e duras.
  • 9:20 - 9:26
    A violência diminuiu drasticamente
    nos últimos 500 anos.
  • 9:26 - 9:30
    Apesar das imagens que, todos os dias,
    aparecem nas notícias,
  • 9:31 - 9:35
    as guerras entre países desenvolvidos
    já não são habituais.
  • 9:36 - 9:37
    A taxa de homicídios na Europa
  • 9:37 - 9:42
    baixou num fator de 30
    desde a Idade Média.
  • 9:42 - 9:45
    E as ocorrências de guerras civis
    e de repressão
  • 9:45 - 9:48
    diminuíram desde o fim da Guerra Fria.
  • 9:49 - 9:54
    As estatísticas mostram que vivemos
    numa era relativamente pacífica.
  • 9:55 - 9:56
    Porquê?
  • 9:57 - 9:59
    Porque é que a violência diminuiu?
  • 10:00 - 10:02
    O espírito humano mudou?
  • 10:02 - 10:05
    Esta manhã, estivemos a falar
    do espírito humano.
  • 10:05 - 10:09
    Será que perdemos os nossos
    impulsos animais para a vingança,
  • 10:10 - 10:12
    para rituais violentos,
  • 10:12 - 10:14
    para a raiva pura e simples?
  • 10:15 - 10:17
    Ou haverá mais qualquer coisa?
  • 10:18 - 10:22
    No seu último livro,
    Steven Pinker, professor em Harvard
  • 10:22 - 10:24
    — e muitos outros pensadores antes dele —
  • 10:24 - 10:29
    conclui que um dos principais motores
  • 10:29 - 10:31
    por detrás das sociedades menos violentas
  • 10:32 - 10:35
    é a propagação do estado constitucional
  • 10:35 - 10:39
    e a introdução, em grande escala,
  • 10:39 - 10:43
    do monopólio estatal
    do uso legítimo da violência,
  • 10:44 - 10:49
    legitimado por um governo
    democraticamente eleito,
  • 10:50 - 10:56
    legitimado por pesos e contrapesos
    e por um sistema judicial independente.
  • 10:56 - 10:59
    Por outras palavras, um monopólio estatal
  • 10:59 - 11:04
    que tem o uso da violência sob controlo.
  • 11:05 - 11:11
    Este monopólio estatal da violência
    serve, sobretudo, como garantia.
  • 11:13 - 11:16
    Elimina o incentivo
    de uma corrida às armas
  • 11:16 - 11:19
    entre potenciais grupos hostis
    na nossa sociedade.
  • 11:20 - 11:23
    Em segundo lugar, a presença de punições
  • 11:23 - 11:26
    que ultrapassam os benefícios
    do uso da violência
  • 11:26 - 11:29
    ainda reforça mais o equilíbrio.
  • 11:29 - 11:32
    Abster-se da violência
  • 11:32 - 11:35
    torna-se mais proveitoso
    do que iniciar uma guerra.
  • 11:37 - 11:41
    A não violência começa
    a funcionar como um volante,
  • 11:42 - 11:44
    ainda reforça mais a paz.
  • 11:45 - 11:49
    Onde não há conflito,
    o comércio prospera.
  • 11:50 - 11:54
    E o comércio é outro importante
    incentivo contra a violência.
  • 11:55 - 12:01
    Com o comércio, há uma interdependência
    mútua e um ganho mútuo entre as partes.
  • 12:02 - 12:04
    E quando há um ganho mútuo,
  • 12:04 - 12:08
    ambos os lados perderão mais
    do que ganhariam
  • 12:08 - 12:11
    se iniciassem uma guerra.
  • 12:11 - 12:15
    A guerra já não é a melhor opção
  • 12:16 - 12:20
    e é por isso que a violência diminuiu.
  • 12:22 - 12:23
    Senhoras e senhores,
  • 12:23 - 12:28
    é esta a lógica por detrás
    da existência das forças armadas.
  • 12:29 - 12:34
    As forças armadas implementam
    o monopólio estatal da violência.
  • 12:34 - 12:37
    Fazemos isso de forma legítima
  • 12:37 - 12:42
    só depois de a nossa democracia
    nos pedir para fazermos isso.
  • 12:44 - 12:48
    É este uso legítimo
    e controlado das armas
  • 12:49 - 12:51
    que tem contribuído muito
  • 12:51 - 12:56
    para reduzir as estatísticas da guerra,
    do conflito e da violência no planeta.
  • 12:57 - 13:01
    É esta participação
    em missões de manutenção da paz
  • 13:01 - 13:05
    que levou à resolução
    de muitas guerras civis.
  • 13:05 - 13:10
    Os meus soldados usam as armas
    como instrumentos de paz.
  • 13:12 - 13:16
    Isto é a razão por que os estados
    falhados são tão perigosos.
  • 13:17 - 13:20
    Os estados falhados
    não têm um uso legítimo,
  • 13:20 - 13:23
    democraticamente
    controlado da força.
  • 13:23 - 13:26
    Os estados falhados
    não consideram as armas
  • 13:26 - 13:29
    como instrumentos
    de paz e estabilidade.
  • 13:30 - 13:34
    É por isso que os estados falhados
    podem arrastar uma região inteira
  • 13:34 - 13:37
    para o caos e o conflito.
  • 13:38 - 13:41
    É por isso que a propagação
    do conceito de estado constitucional
  • 13:42 - 13:46
    é um aspeto tão importante
    das nossas missões no estrangeiro.
  • 13:46 - 13:50
    É por isso que estamos a tentar
    criar um sistema judicial
  • 13:50 - 13:52
    neste momento no Afeganistão.
  • 13:53 - 13:57
    É por isso que formamos
    agentes policiais, formamos juízes,
  • 13:57 - 14:00
    formamos promotores públicos
    em todo o mundo,
  • 14:01 - 14:03
    E é por isso
  • 14:03 - 14:06
    — e na Holanda,
    somos muito especiais nisso —
  • 14:06 - 14:09
    é por isso que a Constituição
    da Holanda determina
  • 14:09 - 14:13
    que uma das principais funções
    das forças armadas
  • 14:13 - 14:17
    é defender e promover
    o estado de direito internacional.
  • 14:20 - 14:21
    Senhoras e senhores,
  • 14:21 - 14:23
    ao olhar para esta arma,
  • 14:23 - 14:27
    somos confrontados
    com o lado feio do espírito humano.
  • 14:29 - 14:33
    Todos os dias espero
    que os políticos, os diplomatas,
  • 14:33 - 14:35
    os trabalhadores para o desenvolvimento
  • 14:35 - 14:39
    consigam transformar o conflito em paz
  • 14:39 - 14:42
    e a ameaça em esperança.
  • 14:43 - 14:47
    E espero que, um dia,
    os exércitos possam ser dissolvidos
  • 14:47 - 14:50
    e os seres humanos encontrem
    uma forma de viverem juntos
  • 14:50 - 14:53
    sem violência e sem opressão.
  • 14:54 - 14:57
    Mas, até esse dia chegar,
  • 14:57 - 15:02
    teremos de fazer com que
    os ideais e o fracasso humano
  • 15:03 - 15:05
    se encontrem algures no meio.
  • 15:05 - 15:10
    Até esse dia chegar,
    represento o meu pai
  • 15:10 - 15:14
    que tentou alvejar os nazis
    com uma velha espingarda.
  • 15:15 - 15:20
    represento os meus homens e mulheres
    que estão prontos a arriscar a vida
  • 15:20 - 15:24
    por um mundo menos violento
    para todos nós.
  • 15:25 - 15:31
    Represento esta oficial
    que sofreu perda parcial do ouvido
  • 15:31 - 15:35
    e sofreu ferimentos
    permanentes numa perna.
  • 15:35 - 15:39
    quando foi atingida por um míssil,
    numa missão no Afeganistão.
  • 15:41 - 15:43
    Senhoras e senhores,
  • 15:43 - 15:47
    até chegar o dia
    em que possamos acabar com as armas,
  • 15:48 - 15:51
    espero que todos concordemos
  • 15:51 - 15:55
    que a paz e a estabilidade
    têm o seu preço.
  • 15:56 - 16:01
    É necessário muito trabalho,
    geralmente nos bastidores.
  • 16:02 - 16:07
    É preciso bom equipamento
    e soldados bem treinados, dedicados.
  • 16:08 - 16:13
    Espero que apoiem os esforços
    das nossas forças armadas,
  • 16:13 - 16:16
    para treinar soldados
    como esta jovem capitã
  • 16:16 - 16:19
    e lhe forneçam uma boa espingarda,
  • 16:19 - 16:22
    em vez da má espingarda
    que deram ao meu pai
  • 16:22 - 16:27
    Espero que apoiem os nossos soldados
    quando eles se encontram em missão,
  • 16:28 - 16:30
    quando eles regressam a casa
  • 16:31 - 16:34
    e quando são feridos
    e precisam dos nossos cuidados.
  • 16:34 - 16:39
    Puseram a vida em risco
    por nós, por vocês,
  • 16:39 - 16:43
    e não os podemos deixar ficar mal.
  • 16:43 - 16:47
    Espero que respeitem os meus soldados,
  • 16:47 - 16:50
    esta oficial com esta arma.
  • 16:50 - 16:54
    Porque ela quer um mundo melhor.
  • 16:54 - 16:58
    Porque ela dá uma contribuição
    ativa para um mundo melhor,
  • 16:59 - 17:02
    tal como todos nós aqui, hoje.
  • 17:02 - 17:04
    Muito obrigado.
  • 17:04 - 17:07
    (Aplausos)
Title:
Porque é que escolhi uma arma | Peter van Uhm | TEDxAmsterdam
Description:

Peter van Uhm é o chefe da Defesa da Holanda, mas isso não significa que seja a favor da guerra. Explica como a sua carreira é modelada pelo amor à paz, e não pelo desejo do derramamento de sangue — e porque é que necessitamos de exércitos, se queremos a paz.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:00

Portuguese subtitles

Revisions