Os nossos filhos virão a ser uma espécie diferente? | Juan Enriquez | TEDxSummit
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0:02 - 0:03Como todas as boas histórias,
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0:03 - 0:05isto começa há muito, muito tempo,
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0:05 - 0:07quando não existia praticamente nada.
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0:07 - 0:09Temos aqui uma fotografia
completa do universo -
0:09 - 0:12há cerca de 14 mil milhões de anos.
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0:12 - 0:13(Risos)
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0:13 - 0:16Toda a energia está concentrada
num único ponto de energia. -
0:16 - 0:17Por alguma razão ela explode
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0:17 - 0:20e começamos a ter estas coisas.
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0:20 - 0:22Isto aconteceu há cerca de
14 mil milhões de anos. -
0:22 - 0:24Estas coisas expandem,
expandem e expandem -
0:24 - 0:26formando galáxias gigantes,
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0:26 - 0:28e formam-se biliões de galáxias.
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0:28 - 0:30Dentro destas galáxias
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0:30 - 0:31existem enormes nuvens de pó.
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0:31 - 0:33Quero que prestem atenção
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0:33 - 0:35a três pequenas garras
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0:35 - 0:37no centro desta fotografia.
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0:37 - 0:39Se fizermos uma aproximação,
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0:39 - 0:40têm este aspecto.
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0:40 - 0:43O que vêem são colunas de pó
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0:43 - 0:45onde existe tanto pó
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0:45 - 0:50— já agora, a escala disto
é um bilião de milhas verticais — -
0:50 - 0:52e o que acontece é que há tanto pó,
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0:52 - 0:54que se junta e se funde,
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0:54 - 0:57iniciando uma reacção termonuclear.
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0:57 - 1:00Portanto, o que estão a ver
é o nascimento das estrelas. -
1:00 - 1:02São estrelas que nascem disto.
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1:02 - 1:04Quando nascem suficientes estrelas,
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1:04 - 1:07formam uma galáxia.
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1:07 - 1:09Esta aqui é uma galáxia
bastante importante, -
1:09 - 1:11porque é onde estamos.
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1:11 - 1:13(Risos)
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1:13 - 1:14Ao fazermos uma aproximação à galáxia,
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1:14 - 1:17encontramos uma estrela
relativamente normal -
1:17 - 1:19e pouco interessante.
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1:19 - 1:24Já agora, estamos a dois terços
do caminho desta história. -
1:24 - 1:25Esta estrela só aparece
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1:25 - 1:28depois de dois terços desta história.
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1:28 - 1:30O que acontece depois
é que sobra suficiente pó -
1:30 - 1:32que não se forma numa estrela,
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1:32 - 1:35forma-se num planeta.
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1:36 - 1:39Isto aconteceu há cerca
de 4 mil milhões de anos. -
1:39 - 1:43E pouco depois, sobra matéria suficiente
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1:43 - 1:45para formar uma sopa primordial,
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1:45 - 1:47(Risos)
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1:47 - 1:49e isso gera vida.
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1:49 - 1:53A vida começa a expandir,
expandir e expandir, -
1:53 - 1:55até que rebenta.
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1:55 - 1:57(Risos)
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1:58 - 2:01O que é realmente estranho
é que a vida rebenta, -
2:01 - 2:03não uma vez, não duas vezes
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2:03 - 2:05mas cinco vezes.
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2:05 - 2:07Portanto, toda a vida na Terra
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2:07 - 2:09é dizimada umas 5 vezes.
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2:09 - 2:11Quando pensamos nisso,
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2:11 - 2:13o que acontece é que ficamos
com mais complexidade, -
2:13 - 2:15e cada vez mais coisas
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2:15 - 2:17para construir coisas novas.
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2:18 - 2:20Nós só aparecemos
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2:20 - 2:25ao fim de cerca de 99,96%
do tempo desta história, -
2:25 - 2:29para termos uma perspectiva nossa
e dos nossos antepassados. -
2:30 - 2:33Dentro deste contexto,
existem duas teorias -
2:33 - 2:35sobre o porquê de estarmos todos aqui.
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2:35 - 2:37A primeira teoria do caso
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2:37 - 2:38é que estava tudo escrito.
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2:38 - 2:40(Risos)
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2:40 - 2:41De acordo com essa teoria,
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2:41 - 2:43somos o objectivo e o fim de tudo,
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2:43 - 2:44de toda a criação.
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2:44 - 2:48A razão para biliões de galáxias,
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2:48 - 2:49milhares de triliões de planetas,
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2:49 - 2:52é criar algo com aquele aspecto
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2:52 - 2:54(Risos)
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2:54 - 2:56e algo com aspecto daquilo.
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2:56 - 2:58(Risos)
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2:58 - 3:01Esse é o propósito do universo
e depois estabiliza e não melhora. -
3:02 - 3:05(Risos)
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3:06 - 3:09A única pergunta que podem querer fazer é:
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3:09 - 3:12"Isso não será um pouco arrogante?"
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3:15 - 3:17E se assim é...
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3:17 - 3:21— sobretudo tendo em conta
que estivemos muito perto da extinção — -
3:22 - 3:25... só restaram cerca de 2000
da nossa espécie. -
3:25 - 3:27Mais umas semanas sem chuva,
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3:27 - 3:31e nunca teríamos visto nenhum destes.
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3:30 - 3:35[Einstein, Gates, Feiman. Bezos, Pelé,
Anderson, Colbert, Stein, Gaga, Giussani] -
3:35 - 3:37(Risos)
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3:37 - 3:39(Aplausos)
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3:42 - 3:45Portanto, talvez tenhamos
que pensar numa segunda teoria, -
3:45 - 3:47se a primeira não é suficientemente boa.
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3:47 - 3:50A segunda teoria é:
"Podíamos actualizar-nos?" -
3:50 - 3:52(Risos)
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3:52 - 3:55Porque é que alguém faria
uma pergunta destas? -
3:55 - 3:58Porque tem havido pelo menos
29 actualizações de humanóides, -
3:58 - 4:00até agora.
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4:00 - 4:03Portanto,
parece que nos temos actualizado. -
4:03 - 4:04Temos-nos actualizado repetidamente.
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4:04 - 4:07Parece que continuamos
a descobrir actualizações. -
4:07 - 4:10Encontrámos esta no ano passado.
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4:10 - 4:12Encontrámos outra no mês passado.
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4:12 - 4:14Quando pensamos nisso,
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4:14 - 4:16podemos também perguntar:
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4:16 - 4:19"Porquê uma única espécie humana?"
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4:20 - 4:21Não seria muito estranho
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4:21 - 4:25se fôssemos a África, à Ásia
e à Antárctida, -
4:25 - 4:28e encontrássemos o mesmo pássaro
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4:28 - 4:32— sobretudo tendo em conta
que co-existimos simultaneamente -
4:32 - 4:34com, pelo menos.
8 outras versões de humanóides -
4:34 - 4:37ao mesmo tempo neste planeta?
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4:37 - 4:39Portanto, a situação normal
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4:39 - 4:42não é apenas ter o Homo sapiens;
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4:42 - 4:43a situação normal seria
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4:43 - 4:46ter várias versões de humanos
a andar por aí. -
4:47 - 4:50Se essa é a situação normal,
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4:50 - 4:51então podemos perguntar:
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4:51 - 4:53"Se quisermos criar algo diferente,
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4:53 - 4:56"de que tamanho tem que ser a mutação?"
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4:57 - 4:59Svante Paabo tem a resposta.
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4:59 - 5:01A diferença entre humanos e o Neandertal
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5:01 - 5:05é 0,004% do código genético.
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5:05 - 5:08É esse o tamanho da diferença
entre uma espécie e a outra. -
5:09 - 5:12Isto explica a maioria
dos debates políticos contemporâneos. -
5:13 - 5:15(Risos)
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5:16 - 5:18Mas quando pensamos nisto,
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5:18 - 5:20uma das coisas interessantes
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5:20 - 5:23é o pequeno tamanho das mutações
e onde elas ocorrem. -
5:23 - 5:25A diferença humana/Neandertal
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5:25 - 5:27é esperma e testículos,
cheiro e pele. -
5:27 - 5:29Esses são os genes específicos
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5:29 - 5:32que diferem de um para o outro.
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5:32 - 5:35Portanto, pequenas mudanças
podem ter um grande impacto. -
5:35 - 5:37Quando pensamos nisso,
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5:37 - 5:39continuamos a sofrer mutações.
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5:39 - 5:42Há cerca de 10 000 anos,
perto do Mar Negro, -
5:42 - 5:44tivemos uma mutação num gene
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5:44 - 5:47que gerou olhos azuis.
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5:47 - 5:50E isso continua, continua e continua.
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5:50 - 5:52À medida que continua,
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5:52 - 5:54uma das coisas que vai acontecer
este ano -
5:54 - 5:57é que vamos descobrir
os primeiros 10 000 genomas humanos, -
5:57 - 6:00porque agora é bastante barato
fazer a sequenciação genética. -
6:00 - 6:02Quando as encontrarmos,
-
6:02 - 6:05poderemos encontrar diferenças.
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6:04 - 6:07Já agora, isto não é um debate
para o qual estamos preparados, -
6:07 - 6:10porque temos utilizado mal
a ciência envolvida nisto. -
6:11 - 6:14Na década de 1920, pensávamos que
havia grandes diferenças entre as pessoas. -
6:15 - 6:18Isso baseava-se parcialmente
no trabalho de Francis Galton. -
6:18 - 6:20Ele era primo de Darwin.
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6:20 - 6:23Mas os EUA,
o Instituto Carnegie, o Stanford, -
6:23 - 6:25a Associação Americana de Neurologia
-
6:25 - 6:27levaram isso muito longe.
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6:27 - 6:31Foi exportada e foi muito mal usada.
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6:31 - 6:35De facto, levou a certos tratamentos
horríveis de seres humanos. -
6:35 - 6:38Portanto, desde os anos 40,
temos vindo a dizer que não há diferenças, -
6:38 - 6:40que somos todos idênticos.
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6:40 - 6:43Saberemos no final do ano
se isso é verdade. -
6:43 - 6:44Quando pensamos nisso,
-
6:44 - 6:47estamos a encontrar coisas como:
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6:47 - 6:50"Será que temos o gene ECA?"
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6:50 - 6:51Porque é que isso interessa?
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6:51 - 6:56Porque nunca ninguém escalou
um pico de 8000 metros sem oxigénio, -
6:56 - 6:58sem ter o gene ACE.
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6:58 - 7:00Se quiserem ser mais específicos,
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7:00 - 7:03que tal um genótipo 577R?
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7:04 - 7:08Parece que todos os atletas olímpicos
de força, alguma vez testados, -
7:08 - 7:11têm pelo menos uma destas variantes.
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7:11 - 7:13Se isso for verdade,
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7:13 - 7:15leva a algumas questões muito complicadas
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7:15 - 7:17para os Jogos Olímpicos de Londres.
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7:17 - 7:18Há três opções:
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7:18 - 7:20Queremos mesmo que os Jogos Olímpicos
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7:20 - 7:24sejam uma montra
para mutantes esforçados? -
7:23 - 7:25(Risos)
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7:26 - 7:29Opção número dois:
-
7:29 - 7:32Porque é que não o jogamos
como golfe ou vela? -
7:32 - 7:34"Como vocês aí têm um
e vocês aqui não têm, -
7:34 - 7:37"dou-vos um avanço
de um décimo de segundo". -
7:38 - 7:39Versão número três:
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7:39 - 7:42Porque isto é um gene que ocorre
de forma natural e vocês aí têm-lo, -
7:42 - 7:45mas, como vocês aqui não escolheram
os pais certos, -
7:45 - 7:47vocês têm o direito
de fazer uma actualização. -
7:48 - 7:49Três opções diferentes.
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7:49 - 7:51Se estas diferenças forem a diferença
-
7:51 - 7:54entre receber uma medalha olímpica ou não.
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7:55 - 7:58Acontece que, à medida
que descobrimos estas coisas, -
7:58 - 8:00nós, seres humanos, gostamos de mudar
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8:00 - 8:03a forma como parecemos,
como nos comportamos, -
8:03 - 8:04o que fazem os nossos corpos.
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8:04 - 8:08Tivemos cerca de 10,2 milhões
de cirurgias plásticas nos EUA. -
8:08 - 8:12Mas, com as tecnologias
que aparecem "online" hoje em dia, -
8:12 - 8:14as correcções de hoje, os apagamentos,
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8:14 - 8:17os aumentos e os melhoramentos
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8:17 - 8:19vão parecer brincadeiras de crianças.
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8:19 - 8:23Já vimos o trabalho de Tony Atala no TED.
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8:23 - 8:26Mas esta capacidade de começar
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8:26 - 8:29a encher cartuchos
de impressora com células -
8:29 - 8:34permite-nos agora imprimir pele, órgãos
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8:34 - 8:37e todo um conjunto
de outras partes corporais. -
8:37 - 8:40À medida que estas tecnologias avançam,
-
8:40 - 8:43continuamos a ver, continuamos a ver,
continuamos a ver coisas -
8:43 - 8:46— 2000: sequência do genoma humano —
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8:47 - 8:51e parece que nada está a acontecer,
até que acontece. -
8:52 - 8:55Podemos até estar metidos
numa dessas semanas. -
8:56 - 8:59Quanto pensamos nestes dois indivíduos
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8:59 - 9:01a sequenciar um genoma humano em 2000,
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9:01 - 9:04e o Projecto Público a sequenciar
o genoma humano em 2000, -
9:06 - 9:08não ouvimos falar muito disso,
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9:08 - 9:12até ouvirmos falar de uma experiência
feita na China no ano passado, -
9:12 - 9:16em que pegaram
nas células da pele deste rato, -
9:16 - 9:18colocaram nelas quatro químicos,
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9:18 - 9:21transformaram essas células da pele
em células estaminais, -
9:21 - 9:22deixaram as células estaminais crescer
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9:22 - 9:25e criaram uma cópia completa daquele rato.
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9:27 - 9:29É um grande feito.
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9:29 - 9:31Porque, na essência, o que significa
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9:31 - 9:35é que podemos pegar numa célula,
que é uma célula estaminal pluripotente, -
9:35 - 9:37— é como um esquiador
no topo de uma montanha — -
9:37 - 9:41e esses dois esquiadores tornam-se
em duas células estaminais pluripotentes, -
9:41 - 9:43quatro, oito, 16...
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9:43 - 9:46Depois ficam tão sobrecarregadas,
depois de 16 divisões, -
9:46 - 9:48que essas células têm que se diferenciar.
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9:48 - 9:51Descem por um lado da montanha,
descem pelo outro lado. -
9:51 - 9:53Quando escolhem um lado,
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9:53 - 9:55umas tornam-se em osso.
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9:55 - 9:58Depois escolhem outro caminho
e tornam-se em plaquetas. -
9:58 - 9:59Estas tornam-se em macrófagos,
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9:59 - 10:01e estas tornam-se em linfócitos T.
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10:01 - 10:03Mas é muito difícil, depois de descerem,
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10:03 - 10:05subirem novamente.
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10:05 - 10:09A não ser que haja um elevador.
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10:10 - 10:12O que estes quatro químicos fazem
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10:12 - 10:14é pegar em qualquer célula
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10:14 - 10:16e levarem-na ao topo da montanha
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10:16 - 10:18para se tornarem
em qualquer parte do corpo. -
10:19 - 10:20Quando pensamos nisso,
-
10:20 - 10:22o potencial disso
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10:22 - 10:24é que podem reconstruir
uma cópia completa -
10:24 - 10:26de qualquer organismo,
-
10:26 - 10:29de qualquer uma das suas células.
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10:29 - 10:31Isso acaba por ser muito importante
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10:31 - 10:34porque agora podemos pegar
em células de ratos, -
10:34 - 10:37e também em células da pele humanas
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10:37 - 10:39e transformá-las
em células estaminais humanas. -
10:41 - 10:43O que fizeram em Outubro,
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10:43 - 10:47foi pegar em células da pele,
transformá-las em células estaminais -
10:47 - 10:50e depois transformá-las
em células do fígado. -
10:50 - 10:53Portanto, em teoria,
podemos aumentar qualquer órgão -
10:53 - 10:55a partir de qualquer uma
das nossas células. -
10:56 - 10:58Esta é uma segunda experiência:
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10:58 - 11:02Se pudermos fazer
uma cópia do nosso corpo, -
11:02 - 11:04talvez queiramos fazer uma da nossa mente.
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11:04 - 11:06Uma das coisas que vimos no TED
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11:06 - 11:08há cerca de ano e meio, foi este indivíduo
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11:09 - 11:11que deu uma palestra técnica maravilhosa.
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11:11 - 11:13É professor no MIT.
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11:13 - 11:15Em suma, o que ele disse
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11:15 - 11:16é que podemos pegar num retrovírus
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11:16 - 11:19que entra nas células cerebrais de ratos.
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11:19 - 11:21Podemos marcá-los com proteínas
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11:21 - 11:24que se iluminam quando as acendemos.
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11:25 - 11:27Podemos mapear os caminhos exactos
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11:27 - 11:32em que um rato vê, sente,
toca, recorda, ama. -
11:33 - 11:36Depois podemos pegar
num cabo de fibra óptica -
11:36 - 11:39e acender algumas das mesmas coisas.
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11:39 - 11:41Já agora, quando fazemos isso,
-
11:41 - 11:43podemos imaginá-lo a duas cores,
-
11:43 - 11:46o que significa que podemos
descarregar esta informação -
11:46 - 11:49como código binário directamente
para o computador. -
11:50 - 11:53Portanto, qual é a essência disso?
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11:53 - 11:55Não é totalmente inconcebível
-
11:55 - 11:58que um dia possamos
descarregar as nossas memórias, -
11:59 - 12:02talvez para um outro corpo.
-
12:02 - 12:06Talvez possamos carregar também
as memórias de outras pessoas. -
12:07 - 12:10Isso pode ter uma ou duas
pequenas implicações -
12:10 - 12:12éticas, políticas e morais.
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12:12 - 12:14(Risos)
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12:15 - 12:16É só uma ideia.
-
12:18 - 12:19Estas são o tipo de questões
-
12:19 - 12:21que estão a tornar-se
questões interessantes -
12:21 - 12:23para filósofos, para governantes,
-
12:23 - 12:26para economistas, para cientistas.
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12:27 - 12:30Isto porque estas tecnologias
estão a avançar rapidamente. -
12:30 - 12:32Quando pensamos nisso,
-
12:32 - 12:34deixem-me terminar
com um exemplo do cérebro. -
12:34 - 12:37O primeiro sítio onde esperariam ver
-
12:37 - 12:40uma grande pressão evolutiva hoje em dia,
-
12:40 - 12:41por causa das entradas,
-
12:41 - 12:43que estão a ficar massivas,
-
12:43 - 12:46por causa da plasticidade do órgão,
-
12:46 - 12:47é o cérebro.
-
12:48 - 12:50Temos alguma prova
que isso esteja a acontecer? -
12:51 - 12:55Vamos olhar para
a incidência do autismo por milhar. -
12:56 - 12:58Este é o seu aspecto em 2000.
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12:58 - 13:00Este é o seu aspecto em 2002,
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13:00 - 13:02em 2006,
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13:03 - 13:04em 2008.
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13:06 - 13:08Este é o aumento em menos de uma década.
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13:10 - 13:12Ainda não sabemos
por que razão isto acontece. -
13:13 - 13:16O que sabemos é que, possivelmente,
-
13:16 - 13:18o cérebro está a reagir
-
13:18 - 13:20de uma forma hiper-plástica.
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13:20 - 13:22Está a criar indivíduos que são assim.
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13:23 - 13:26Esta é apenas uma das situações
que por aí andam. -
13:26 - 13:29Também existem pessoas que são
extraordinariamente espertas, -
13:29 - 13:32pessoas que se conseguem lembrar
de tudo que viram na vida, -
13:32 - 13:34pessoas que têm sinestesia,
pessoas que têm esquizofrenia. -
13:34 - 13:37Temos uma variedade de coisas
a acontecer por aí, -
13:37 - 13:40e ainda não compreendemos
como e porquê isto está a acontecer. -
13:41 - 13:43Mas uma pergunta que
podemos querer fazer é: -
13:43 - 13:46"Estaremos a assistir
a uma rápida evolução do cérebro?" -
13:46 - 13:47e "Como processamos os dados?"
-
13:47 - 13:50Porque, quando pensamos
na quantidade de dados -
13:50 - 13:51que entram nos nossos cérebros,
-
13:51 - 13:54que tentamos absorver por dia
uma quantidade de dados -
13:54 - 13:56que as pessoas absorviam
ao longo da vida. -
13:57 - 13:59Quando pensamos nisso,
-
13:59 - 14:02existem quatro teorias sobre
o porquê de isto estar a acontecer, -
14:02 - 14:03para além de uma série de outras.
-
14:03 - 14:05Não tenho uma boa resposta.
-
14:05 - 14:08É preciso haver
mais investigação sobre isto. -
14:08 - 14:10Uma opção é o fetiche de "fast-food".
-
14:11 - 14:13Começa a haver algumas provas
-
14:13 - 14:15de que a obesidade e a dieta
-
14:15 - 14:18têm algo a ver com modificações genéticas,
-
14:18 - 14:21que podem ou não ter impacto
-
14:21 - 14:24na forma como funciona
o cérebro de uma criança. -
14:24 - 14:27Uma segunda opção
é a opção do "sexy geek". -
14:29 - 14:32Esta situação é extremamente rara.
-
14:32 - 14:34(Risos)
-
14:35 - 14:38(Aplausos)
-
14:41 - 14:42Mas o que começa a acontecer
-
14:42 - 14:45é que todos os "geeks" estão a juntar-se,
-
14:45 - 14:48porque são altamente qualificados
para a programação informática -
14:48 - 14:50— que é altamente renumerada —
-
14:50 - 14:53bem como para outras tarefas
orientadas para o detalhe. -
14:53 - 14:56Estão a concentrar-se geograficamente
-
14:56 - 14:59e a encontrar companheiros semelhantes.
-
14:59 - 15:02Portanto, esta é a hipótese
de acasalamento associativo, -
15:02 - 15:05destes genes a reforçarem-se
uns aos outros -
15:05 - 15:07nestas estruturas.
-
15:07 - 15:10A terceira: "Isto é informação a mais?"
-
15:10 - 15:12Estamos a tentar processar tanta coisa
-
15:12 - 15:14que algumas pessoas ficam sinestésicas
-
15:14 - 15:16e têm grandes tubos
que lhes lembram tudo. -
15:16 - 15:19Outras pessoas ficam hiper-sensíveis
à quantidade de informação. -
15:19 - 15:23Outras pessoas reagem
com várias situações psicológicas -
15:23 - 15:25ou reacções a essa informação.
-
15:25 - 15:28Ou talvez sejam químicos.
-
15:28 - 15:29Mas quando vemos um aumento
-
15:29 - 15:31daquela ordem de grandeza numa situação,
-
15:31 - 15:33ou não estamos a medi-la
de forma correcta, -
15:33 - 15:36ou as coisas estão a acontecer
muito rapidamente, -
15:36 - 15:39e podem ser uma evolução em tempo real.
-
15:40 - 15:42Esta é a conclusão.
-
15:42 - 15:44O que penso que estamos a fazer
-
15:44 - 15:46é a sofrer uma transição enquanto espécie.
-
15:46 - 15:49Eu não pensava assim quando
Steve Gullans e eu -
15:49 - 15:51começámos a escrever em conjunto.
-
15:51 - 15:54Penso que estamos a transitar
para o "Homo evolutis", -
15:54 - 15:56que, para o bem e para o mal,
-
15:56 - 15:59não é apenas um hominídeo
consciente do seu espaço. -
16:00 - 16:03É um hominídeo que está a começar,
directa e deliberadamente -
16:03 - 16:06a controlar a evolução
da sua própria espécie, -
16:06 - 16:10das bactérias, das plantas, dos animais.
-
16:10 - 16:13Penso que isto é uma mudança
de uma ordem de grandeza tal -
16:13 - 16:16que os vossos netos ou bisnetos
-
16:16 - 16:19podem vir a ser uma espécie
muito diferente de vocês. -
16:19 - 16:20Muito obrigado.
-
16:20 - 16:25(Aplausos)
- Title:
- Os nossos filhos virão a ser uma espécie diferente? | Juan Enriquez | TEDxSummit
- Speaker:
- Juan Enriquez
- Description:
-
Ao longo da evolução humana, co-existiram múltiplas versões de seres humanos. Estaremos neste momento num processo de actualização? No TEDx Summit, Juan Enriquez percorre o tempo e o espaço até ao presente momento — e mostra-nos como a tecnologia está a revelar indícios que sugerem que pode estar em curso uma evolução rápida.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:48
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for Will our kids be a different species? |