Return to Video

Os amores e as mentiras dos pirilampos

  • 0:02 - 0:04
    Como cientista, e também como ser humano,
  • 0:04 - 0:06
    tenho tentado tornar-me
  • 0:06 - 0:09
    suscetível à maravilha.
  • 0:10 - 0:13
    Acho que a noite passada
    Jason Webley chamou-lhe
  • 0:13 - 0:16
    "conspirando para fazer parte da magia."
  • 0:17 - 0:19
    É uma sorte que
    a minha carreira como bióloga
  • 0:19 - 0:22
    me permita mergulhar profundamente na vida
  • 0:22 - 0:25
    de algumas criaturas
    verdadeiramente maravilhosas
  • 0:25 - 0:27
    que partilham o nosso planeta:
  • 0:27 - 0:29
    os pirilampos.
  • 0:29 - 0:31
    Sei que, para muitos de nós,
  • 0:31 - 0:33
    os pirilampos podem trazer
    muitas boas recordações:
  • 0:34 - 0:37
    a infância, o verão,
  • 0:37 - 0:39
    até outras palestras TED.
  • 0:39 - 0:41
    Talvez qualquer coisa destas.
  • 0:45 - 0:48
    A minha fascinação
    pelo mundo dos pirilampos
  • 0:48 - 0:51
    começou quando eu estava no liceu.
  • 0:52 - 0:55
    Uma noite, estava eu sentada
    no meu quintal
  • 0:55 - 0:57
    na Carolina do Norte
  • 0:57 - 1:02
    quando, de repente,
    estas cintilações silenciosas
  • 1:02 - 1:04
    surgiram à minha volta.
  • 1:04 - 1:05
    Comecei a perguntar-me:
  • 1:05 - 1:08
    Como é que estas criaturas fazem luz,
  • 1:08 - 1:10
    e o que é toda esta cintilação?
  • 1:10 - 1:12
    Estão a conversar uns com os outros?
  • 1:12 - 1:14
    O que acontece
    depois de as luzes se apagarem?
  • 1:14 - 1:16
    Tive suficiente sorte para responder
  • 1:16 - 1:18
    a algumas destas perguntas,
  • 1:18 - 1:20
    à medida que explorei esse mundo noturno.
  • 1:21 - 1:24
    Agora, se vocês já viram
  • 1:24 - 1:26
    ou já ouviram falar de pirilampos,
  • 1:26 - 1:28
    sabem como eles podem
    tranformar magicamente
  • 1:28 - 1:30
    a nossa paisagem quotidiana
  • 1:30 - 1:33
    numa coisa etérea e do outro mundo.
  • 1:33 - 1:35
    Isto acontece em todo o globo,
  • 1:35 - 1:37
    como nesta encosta em Smoky Mountains
  • 1:37 - 1:41
    que eu vi transformada
    numa cascata viva de luz
  • 1:41 - 1:45
    pelos brilhos estranhos desses
    fantasmagóricos pirilampos azuis,
  • 1:45 - 1:48
    ou num rio à beira da estrada
    que visitei no Japão,
  • 1:48 - 1:52
    que parecia gerar
    lentas cintilações flutuantes
  • 1:52 - 1:55
    desses pirilampos de Genji.
  • 1:55 - 1:58
    Ou na Malásia, nas árvores de mangue
  • 1:58 - 2:00
    onde assisti a uma floração noturna,
  • 2:00 - 2:01
    não de flores,
  • 2:01 - 2:04
    mas de luzes de milhares
    — clic! clic! — de pirilampos,
  • 2:04 - 2:05
    todos a cintilar ao mesmo tempo
  • 2:05 - 2:08
    numa sincronia impressionante.
  • 2:08 - 2:11
    Estas paisagens luminosas
  • 2:11 - 2:13
    ainda me enchem de admiração,
  • 2:13 - 2:16
    e mantêm-me ligada à magia
  • 2:16 - 2:18
    do mundo natural.
  • 2:18 - 2:20
    Acho que é surpreendente que sejam criadas
  • 2:20 - 2:23
    por estes pequenos insetos.
  • 2:23 - 2:26
    Pessoalmente,
    os pirilampos são encantadores.
  • 2:26 - 2:27
    São carismáticos.
  • 2:27 - 2:29
    Têm sido celebrados na arte
  • 2:29 - 2:32
    e na poesia ao longo de séculos.
  • 2:32 - 2:34
    Como tenho viajado à volta do mundo,
  • 2:34 - 2:35
    conheci muitas pessoas profundas
  • 2:35 - 2:38
    que me disseram que Deus
    pôs os pirilampos na Terra
  • 2:38 - 2:40
    para que os humanos os desfrutem.
  • 2:40 - 2:42
    Outras criaturas
    também os podem desfrutar.
  • 2:42 - 2:47
    Acho que esses insetos graciosos
    são realmente milagrosos
  • 2:47 - 2:51
    porque iluminam tão maravilhosamente
  • 2:51 - 2:55
    a improvisação criativa da evolução.
  • 2:55 - 2:59
    Foram moldados por
    duas poderosas forças evolutivas:
  • 2:59 - 3:02
    a seleção natural,
    a luta pela sobrevivência
  • 3:02 - 3:04
    e a seleção sexual,
  • 3:04 - 3:08
    a luta por uma oportunidade reprodutiva.
  • 3:08 - 3:10
    Para uma viciada em pirilampos,
  • 3:10 - 3:13
    os últimos vinte anos
    têm sido uma jornada excitante.
  • 3:13 - 3:16
    Juntamente com os meus alunos
    na Universidade Tufts
  • 3:16 - 3:17
    e com outros colegas,
  • 3:17 - 3:21
    temos feito muitas descobertas
    sobre os pirilampos,
  • 3:21 - 3:23
    a sua parada nupcial e a sua vida sexual,
  • 3:23 - 3:25
    as suas traições e assassínios.
  • 3:25 - 3:27
    Portanto, gostaria de partilhar convosco
  • 3:27 - 3:30
    algumas histórias que recolhemos
  • 3:30 - 3:32
    nas nossas aventuras coletivas
  • 3:32 - 3:34
    neste mundo escondido.
  • 3:36 - 3:39
    Os pirilampos pertencem a um grupo
  • 3:39 - 3:43
    muito bonito e variado
    de insetos, os besouros.
  • 3:43 - 3:48
    Há no mundo, mais de
    2000 espécies de pirilampos,
  • 3:48 - 3:51
    que desenvolveram sinais
    muito variados de parada nupcial,
  • 3:51 - 3:55
    ou seja, diferentes maneiras
    de encontrar e atrair parceiros.
  • 3:55 - 3:57
    Há cerca de 150 milhões de anos,
  • 3:57 - 4:00
    os primeiros pirilampos tinham
    provavelmente, este aspeto.
  • 4:00 - 4:02
    Voavam de dia
  • 4:02 - 4:04
    e não se iluminavam.
  • 4:04 - 4:07
    Em vez disso, os machos usavam
    as suas fantásticas antenas
  • 4:07 - 4:10
    para farejar perfumes
    emitidos pelas fêmeas.
  • 4:11 - 4:15
    Noutros pirilampos,
    somente as fêmeas se iluminam.
  • 4:15 - 4:19
    São atraentemente gordas e não têm asas,
  • 4:19 - 4:21
    por isso, todas as noites,
    sobem a poleiros
  • 4:21 - 4:23
    e brilham vivamente durante horas
  • 4:23 - 4:27
    para atrair os machos voadores,
    que não têm luz.
  • 4:28 - 4:31
    Noutros pirilampos, ambos os sexos
  • 4:31 - 4:33
    usam cintilações luminosas e rápidas
    para encontrar os seus pares.
  • 4:33 - 4:36
    Aqui na América do Norte,
  • 4:36 - 4:38
    temos mais de cem tipos
    diferentes de pirilampos
  • 4:38 - 4:42
    que têm a extraordinária capacidade
    de irradiar energia
  • 4:42 - 4:44
    para fora dos seus corpos,
  • 4:44 - 4:46
    sob a forma de luz.
  • 4:46 - 4:49
    Como é que eles fazem isso?
  • 4:49 - 4:51
    Parece totalmente mágico,
  • 4:51 - 4:53
    mas esses sinais bioluminescentes surgem
  • 4:53 - 4:55
    de reações químicas
    cuidadosamente orquestradas
  • 4:55 - 4:58
    que acontecem
    dentro da lanterna do pirilampo.
  • 4:58 - 5:01
    A estrela principal é uma enzima
    chamada luciferase
  • 5:01 - 5:03
    que, no decurso da evolução,
  • 5:03 - 5:06
    descobriu uma maneira
    de envolver nos seus bracinhos
  • 5:06 - 5:10
    uma molécula ainda menor
    chamada luciferina,
  • 5:10 - 5:13
    que, durante o processo, fica tão excitada
  • 5:13 - 5:16
    que acaba por emitir luz.
  • 5:16 - 5:18
    Incrível!
  • 5:18 - 5:20
    Como é que estas luzes brilhantes
  • 5:20 - 5:23
    podem ter beneficiado
    alguns desses proto-pirilampos?
  • 5:24 - 5:25
    Para responder a esta pergunta,
  • 5:25 - 5:30
    precisamos de voltar ao álbum de família
    para algumas fotos de bebés.
  • 5:30 - 5:34
    Os pirilampos reinventam completamente
    os seus corpos à medida que crescem.
  • 5:34 - 5:36
    Gastam uma boa parte da sua vida
  • 5:36 - 5:38
    até aos dois anos,
  • 5:38 - 5:41
    nesta forma larval.
  • 5:41 - 5:43
    O seu principal objetivo,
    tal como os adolescentes,
  • 5:43 - 5:45
    é comer e crescer.
  • 5:46 - 5:51
    A luz do pirilampo formou-se
    inicialmente nestes jovens.
  • 5:51 - 5:53
    Todas as larvas de pirilampos
    podem iluminar-se
  • 5:53 - 5:56
    mesmo quando em adultos não podem.
  • 5:56 - 5:59
    Mas, para que serve ser tão vistoso?
  • 6:01 - 6:04
    Sabemos que esses jovens produzem químicos
    de sabor desagradável
  • 6:04 - 6:08
    que os ajuda a sobreviver
    na sua longa infância.
  • 6:08 - 6:12
    Pensamos que as luzes surgiram
    inicialmente como um aviso,
  • 6:12 - 6:14
    um sinal de néon que diz:
  • 6:14 - 6:16
    "Tóxico! Afasta-te!"
  • 6:16 - 6:19
    a qualquer possível predador.
  • 6:20 - 6:22
    Demorou muitos milhões de anos
  • 6:22 - 6:24
    antes que essas luzes brilhantes evoluíssem
  • 6:24 - 6:26
    num inteligente instrumento de comunicação
  • 6:26 - 6:29
    que podia ser usado,
    não só para afastar possíveis predadores,
  • 6:29 - 6:32
    mas também para atrair
    possíveis parceiros.
  • 6:32 - 6:35
    Impulsionados agora pela seleção sexual
  • 6:35 - 6:37
    alguns pirilampos adultos,
  • 6:37 - 6:39
    como este macho orgulhoso,
  • 6:39 - 6:43
    desenvolveram uma pequena lanterna
    que brilha no escuro
  • 6:43 - 6:46
    que os permitirá levar a sua parada nupcial
  • 6:46 - 6:48
    a um novo nível.
  • 6:49 - 6:51
    Estes adultos só vivem umas semanas,
  • 6:51 - 6:56
    e agora estão concentrados única
    e exclusivamente no sexo,
  • 6:56 - 6:58
    ou seja, em impulsionar os seus genes
  • 6:58 - 7:01
    para a geração seguinte de pirilampos.
  • 7:01 - 7:04
    Podemos seguir este macho até ao campo
  • 7:04 - 7:07
    enquanto ele se junta
    a centenas de outros machos
  • 7:07 - 7:11
    que estão todos a mostrar
    os seus novos sinais de parada nupcial.
  • 7:11 - 7:14
    É incrível pensar que
    as exibições luminosas
  • 7:14 - 7:16
    que admiramos,
  • 7:16 - 7:19
    aqui e em qualquer lugar no mundo,
  • 7:19 - 7:23
    são, na verdade,
    canções de amor silenciosas
  • 7:23 - 7:25
    de pirilampos machos.
  • 7:26 - 7:30
    Estão a voar e a cintilar os seus corações.
  • 7:30 - 7:32
    Continuo a achar isso muito romântico.
  • 7:33 - 7:37
    Entretanto, onde estão todas as fêmeas?
  • 7:37 - 7:38
    Bem, estão-se a espreguiçar lá em baixo
  • 7:38 - 7:40
    a avaliar as suas opções.
  • 7:40 - 7:42
    Têm muitos machos por onde escolher
  • 7:42 - 7:46
    e essas fêmeas são muito exigentes.
  • 7:46 - 7:48
    Quando uma fêmea vê uma cintilação
  • 7:48 - 7:51
    de um macho especialmente atraente,
  • 7:51 - 7:54
    aponta a sua lanterna na direção dele
  • 7:54 - 7:56
    e responde com outra cintilação.
  • 7:56 - 8:00
    É o seu sinal "vem cá".
  • 8:00 - 8:03
    Voa para mais perto e ele cintila de novo.
  • 8:03 - 8:06
    Se ela ainda gostar dele,
  • 8:06 - 8:08
    iniciam uma conversa.
  • 8:08 - 8:11
    Estas criaturas demonstram o seu amor
  • 8:11 - 8:13
    na linguagem da luz.
  • 8:13 - 8:17
    O que é que essas fêmeas
    consideram "sexy"?
  • 8:19 - 8:21
    Decidimos fazer uma sondagem
    de opinião aos pirilampos
  • 8:21 - 8:23
    para descobrir isso.
  • 8:23 - 8:26
    Quando testámos fêmeas,
    usando pisca-piscas LED,
  • 8:26 - 8:28
    descobrimos que elas preferem machos
  • 8:28 - 8:32
    que têm cintilações mais duradouras.
  • 8:32 - 8:34
    (Risos)
  • 8:34 - 8:36
    (Aplausos)
  • 8:36 - 8:38
    Sei que vocês estão a interrogar-se:
  • 8:38 - 8:40
    "O que é que dá a esses machos
    o seu 'sex appeal'"?
  • 8:41 - 8:44
    Vamos ver o que acontece
    quando as luzes se apagam.
  • 8:45 - 8:46
    A primeira coisa que descobrimos
  • 8:46 - 8:49
    é que, quando um macho e uma fêmea
    se relacionam assim,
  • 8:49 - 8:52
    permanecem juntos toda a noite.
  • 8:52 - 8:53
    Quando olhámos para dentro
  • 8:53 - 8:54
    para ver o que podia estar a acontecer,
  • 8:54 - 8:57
    descobrimos um elemento novo surpreendente
  • 8:57 - 8:58
    no sexo dos pirilampos.
  • 8:58 - 9:00
    Enquanto acasalam
  • 9:00 - 9:03
    o macho está ocupado
    a dar à fêmea o seu esperma
  • 9:03 - 9:07
    mas também um pacote cheio de nutrientes,
  • 9:07 - 9:10
    chamado o presente nupcial.
  • 9:10 - 9:12
    (Risos)
  • 9:12 - 9:14
    Podemos ampliar
    para ver mais de perto
  • 9:14 - 9:16
    este acasalamento.
  • 9:16 - 9:17
    Podemos ver o presente
  • 9:17 - 9:19
    — mostrado aqui a vermelho —
  • 9:19 - 9:22
    no momento em que é passado
    do macho para a fêmea.
  • 9:22 - 9:26
    O que torna este presente tão valioso
  • 9:26 - 9:28
    é que está cheio de proteínas
  • 9:28 - 9:31
    que a fêmea usará
    para alimentar os seus ovos.
  • 9:32 - 9:36
    As fêmeas estão de olhos nesse prémio
  • 9:36 - 9:38
    quando avaliam um possível companheiro.
  • 9:38 - 9:41
    Descobrimos que as fêmeas usam
    os sinais de luzes dos machos
  • 9:41 - 9:43
    para tentar prever quais os machos
  • 9:43 - 9:45
    que têm o maior presente a oferecer,
  • 9:45 - 9:50
    porque este valioso presente
    ajuda a fêmea a pôr mais ovos
  • 9:50 - 9:53
    e, assim, a garantir uma prole maior
  • 9:53 - 9:56
    para a geração seguinte.
  • 9:58 - 10:00
    Mas nem tudo é carinho e luz.
  • 10:00 - 10:03
    O romance do pirilampo é arriscado.
  • 10:03 - 10:06
    Na sua maioria, esses pirilampos adultos
    não são comidos
  • 10:06 - 10:08
    porque, tal como os jovens,
  • 10:08 - 10:11
    podem produzir toxinas que são repelentes
  • 10:11 - 10:14
    para os pássaros e outros insetívoros.
  • 10:14 - 10:17
    Mas, em determinada altura,
  • 10:17 - 10:19
    um grupo especial de pirilampos
  • 10:19 - 10:22
    perdeu o mecanismo metabólico
  • 10:22 - 10:26
    necessário para fazer
    as suas toxinas protetoras.
  • 10:26 - 10:28
    Esta falha evolutiva,
  • 10:28 - 10:31
    que foi descoberta
    pelo meu colega Tom Eisner,
  • 10:31 - 10:33
    tem levado esses pirilampos
  • 10:33 - 10:37
    a usar as suas luzes brilhantes à noite
  • 10:37 - 10:39
    com uma intenção traiçoeira.
  • 10:40 - 10:41
    Batizadas de "femmes fatales"
  • 10:41 - 10:44
    por Jim Lloyd, outro colega,
  • 10:44 - 10:47
    estas fêmeas descobriram como apanhar
  • 10:47 - 10:51
    os machos de outras espécies de pirilampos.
  • 10:51 - 10:53
    A caça começa com a predadora
  • 10:53 - 10:54
    — mostrada aqui à esquerda em baixo —
  • 10:54 - 10:57
    sentada muito quieta
  • 10:57 - 11:00
    e à escuta da conversa da parada nupcial
  • 11:00 - 11:01
    da presa que escolheu.
  • 11:01 - 11:03
    Eis como poderá acontecer:
  • 11:03 - 11:05
    Primeiro o macho cintila:
  • 11:05 - 11:07
    "Gostas de mim?"
  • 11:07 - 11:11
    A namorada dele responde: "Talvez."
  • 11:11 - 11:14
    Ele cintila novamente.
  • 11:14 - 11:17
    Mas, desta vez, a predadora
    intervém numa resposta
  • 11:17 - 11:22
    que imita habilidosa e exatamente
    o que a outra fêmea disse.
  • 11:23 - 11:27
    Não está à procura de amor;
    está à procura de toxinas.
  • 11:28 - 11:31
    Se for boa, pode atraí-lo
    suficientemente perto
  • 11:31 - 11:34
    para alcançá-lo e agarrá-lo.
  • 11:35 - 11:37
    E ele não é só uma refeição ligeira.
  • 11:37 - 11:42
    Durante a hora seguinte,
    ela lentamente suga o macho,
  • 11:42 - 11:46
    deixando apenas alguns restos sangrentos.
  • 11:46 - 11:49
    Incapaz de fazer as suas toxinas,
  • 11:49 - 11:51
    essas fêmeas recorrem a beber o sangue
  • 11:51 - 11:55
    de outros pirilampos
    para obter esses químicos protetores.
  • 11:56 - 12:00
    Portanto, uma pirilampo vampira,
  • 12:02 - 12:04
    criada pela seleção natural.
  • 12:06 - 12:09
    Ainda temos muito a aprender
    a respeito dos pirilampos,
  • 12:09 - 12:13
    mas provavelmente
    muitas histórias ficarão por contar
  • 12:13 - 12:17
    porque, por todo o mundo,
    há populações de pirilampos a apagar-se.
  • 12:18 - 12:20
    O principal culpado: perda de "habitat".
  • 12:20 - 12:23
    Praticamente em toda a parte,
    os campos e forestas,
  • 12:23 - 12:26
    os manguezais e os prados, de que
    os pirilampos precisam para sobreviver,
  • 12:26 - 12:29
    estão a dar lugar
    ao desenvolvimento e à expansão.
  • 12:30 - 12:34
    E há outro problema: vencemos a escuridão
  • 12:34 - 12:37
    mas, nesse processo,
    espalhamos tanta luz na noite
  • 12:37 - 12:40
    que perturba a vida de outras criaturas.
  • 12:40 - 12:44
    Os pirilampos são especialmente
    sensíveis à poluição luminosa
  • 12:44 - 12:46
    porque obscurece os sinais
  • 12:46 - 12:49
    que eles usam para encontrar
    os seus parceiros.
  • 12:51 - 12:53
    Precisamos mesmo dos pirilampos?
  • 12:53 - 12:55
    Afinal, são somente um pedacinho
  • 12:55 - 12:57
    da biodiversidade terrestre.
  • 12:57 - 13:00
    No entanto, cada vez que
    desaparece uma espécie
  • 13:00 - 13:03
    é como extinguir um quarto cheio de velas,
  • 13:03 - 13:05
    uma a uma.
  • 13:06 - 13:07
    Podemos não notar
  • 13:07 - 13:11
    quando se extinguem as primeiras chamas
  • 13:11 - 13:13
    mas, por fim, ficamos presos na escuridão.
  • 13:20 - 13:25
    À medida que trabalhamos juntos
    para criar um futuro planetário,
  • 13:25 - 13:27
    espero que possamos encontrar uma maneira
  • 13:27 - 13:30
    de manter essas luzes brilhantes a brilhar.
  • 13:31 - 13:32
    Obrigada.
  • 13:32 - 13:35
    (Aplausos)
Title:
Os amores e as mentiras dos pirilampos
Speaker:
Sara Lewis
Description:

A bióloga Sara Lewis passou os últimos 20 anos a investigar a fundo a magia e a maravilha dos pirilampos. Nesta fascinante palestra, conta-nos como e porquê estes insetos produzem as suas cintilações silenciosas, o que acontece quando dois pirilampos acasalam, e porque é que um grupo de fêmeas é conhecido como pirilampos vampiras. (Não é nada bonito.)

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:51
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The loves and lies of fireflies
Show all

Portuguese subtitles

Revisions