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Toda a energia do universo é... — George Zaidan e Charles Morton

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    Não é fácil definir energia.
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    As coisas têm energia,
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    mas não podemos segurar
    um alqueire de energia nas mãos.
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    Podemos ver os seus efeitos,
    mas não a vemos diretamente.
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    Há diferentes formas de energia,
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    mas as diferenças entre elas
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    só se manifestam pela forma
    como o seu ambiente se comporta.
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    Sabemos que a soma total
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    de todas as formas
    de energia, no universo,
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    é sempre a mesma.
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    Para os químicos, há dois tipos
    importantes de energia:
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    a energia de potencial químico
    e a energia cinética.
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    A energia potencial é a energia
    "armazenada".
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    Pensem num elástico esticado.
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    Se o cortarem, toda essa energia potencial
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    transforma-se em energia cinética,
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    de que nos apercebemos como uma dor.
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    Tal como um elástico esticado,
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    as ligações químicas
    também armazenam energia
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    e, quando essas ligações se quebram,
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    essa energia potencial converte-se
    noutras formas de energia,
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    como o calor ou a luz,
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    ou é usada para fazer
    ligações diferentes.
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    A energia cinética
    é a energia do movimento,
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    e as moléculas estão sempre em movimento.
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    Não vão necessariamente
    a algum lado, embora pudessem ir,
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    mas estão a vibrar, a esticar,
    a dobrar-se, e/ou a girar.
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    Vejam o exemplo do metano,
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    que é quatro hidrogénios
    ligado a um carbono central.
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    Desenhado num papel
    é apenas um tetraedro imóvel.
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    Mas, na realidade,
    é uma confusão em movimento.
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    A energia cinética das moléculas
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    é exatamente a mesma forma de energia
    que a energia que nós temos
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    quando estamos em movimento.
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    Nós podemos estar parados
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    mas as moléculas não podem.
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    Se retirarmos a energia cinética
    a um grupo de moléculas,
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    elas movimentam-se menos,
    mas nunca param totalmente.
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    Em qualquer grupo de moléculas
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    algumas têm mais energia
    cinética do que outras.
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    E, se calcularmos a energia
    cinética média do grupo,
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    teremos um número
    relacionado matematicamente
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    com a temperatura.
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    Assim, quanto mais energia cinética
    tiver um grupo de moléculas,
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    mais alta é a temperatura.
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    Isso significa que, num dia quente,
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    as moléculas do ar à nossa volta
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    estão a girar, a esticar, a dobrar-se
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    e, geralmente, movimentam-se
    muito mais depressa
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    do que num dia frio.
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    A propósito, quente e frio
    são termos relativos.
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    São sempre usados para comparar
    uma coisa com outra coisa.
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    Assim, nesse dia quente de verão,
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    as moléculas do ar
    têm mais energia cinética
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    do que as moléculas da nossa pele.
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    Quando essas moléculas do ar
    esbarram connosco,
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    transferem parte da sua energia
    para as moléculas da nossa pele
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    e sentimos isso como calor.
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    Num dia frio, as moléculas do ar
    têm menos energia cinética
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    do que as moléculas da nossa pele.
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    Assim, quando esbarramos
    nessas moléculas do ar,
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    transferimos parte da nossa
    energia cinética para elas,
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    e sentimos isso como frio.
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    Podemos traçar o percurso
    da energia à nossa volta.
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    Tentem-no no próximo churrasco.
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    Queimamos carvão,
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    e a libertação dessa energia potencial
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    revela-se como calor extremo e luz.
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    Aquecer as moléculas dos hambúrgueres,
    dos cachorros ou dos vegetais,
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    faz com que elas vibrem
    até as ligações se quebrarem
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    e se formarem novas estruturas químicas.
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    Demasiado calor e temos esturro;
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    o suficiente e temos o jantar pronto.
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    Uma vez dentro do corpo,
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    as moléculas dos alimentos,
    deliciosas ou queimadas,
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    decompõem-se e libertam a energia
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    que é usada para nos manter vivos
    neste preciso momento
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    ou é armazenada noutras moléculas
    para mais tarde.
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    Quando a noite cai,
    o ar quente do verão arrefece
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    e o fluxo da energia
    dentro de nós abranda.
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    Depois, quando o ar atinge
    a temperatura da nossa pele,
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    durante o mais curto dos momentos,
    o fluxo suspende-se.
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    Depois, recomeça na direção oposta,
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    quando a energia abandona a superfície
    mais quente da nossa pele
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    para voltar para o universo à nossa volta,
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    uma energia, que não é criada
    nem destruída,
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    mas está sempre em mudança,
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    a fénix camaleónica do nosso mundo físico.
Title:
Toda a energia do universo é... — George Zaidan e Charles Morton
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/all-of-the-energy-in-the-universe-is-george-zaidan-and-charles-morton

A energia no universo nunca aumenta nem diminui — mas movimenta-se muito. A energia pode ser potencial (como um elástico esticado, à espera de ser cortado) ou cinética (como as moléculas que vibram no interior de qualquer substância). Embora não a possamos ver, sempre que cozinhamos o jantar ou trememos numa noite fria, sabemos que ela está ali. George Zaidan e Charles Morton adoram a energia.

Lição de George Zaidan e Charles Morton, animação de Pew36 Animation Studios.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
03:52

Portuguese subtitles

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