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Quatro formas de podermos evitar uma seca catastrófica | David Sedlak | TEDxMarin

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    A geração dos nossos avós
    criou um sistema fantástico
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    de canais e reservatórios
    que tornou possível
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    que as pessoas vivessem em locais
    onde não havia muita água.
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    Por exemplo, durante a Grande Depressão,
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    criaram a Barragem Hoover
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    que, por sua vez, criou o Lago Mead
  • 0:30 - 0:33
    e tornou possível que as cidades
    de Las Vega, Phoenix
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    e Los Angeles fornecessem água
  • 0:35 - 0:37
    às pessoas que viviam
    num local muito seco.
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    No século XX,
    gastámos biliões de dólares
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    na construção de infraestruturas
    para abastecer as cidades de água.
  • 0:45 - 0:49
    Em termos de desenvolvimento económico,
    foi um investimento ótimo.
  • 0:49 - 0:52
    Mas, na década passada,
    vimos os efeitos combinados
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    da alteração climática, do crescimento
    populacional e da competição pela água
  • 0:58 - 1:02
    ameaçar estas fontes de vida
    e estes recursos de água.
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    Este gráfico mostra a alteração
    do nível do Lago Mead
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    que ocorreu nos últimos 15 anos.
  • 1:08 - 1:11
    Podemos ver que, por volta de 2000,
  • 1:11 - 1:13
    o nível do lago começou a descer.
  • 1:13 - 1:15
    Foi descendo a um ritmo tal
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    que, por esse andar, deixaria
    de abastecer Las Vegas com água potável.
  • 1:19 - 1:22
    A cidade ficou tão preocupada com isso
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    que construiu uma nova estrutura
    de captação de água potável
  • 1:27 - 1:28
    que designou por a "Terceira Gota",
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    para ir buscar a água
    às profundezas do lago.
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    Os problemas associados ao fornecimento
    de água às cidades modernas
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    não se restringem ao sudoeste americano.
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    Em 2007, a terceira maior cidade
    da Austrália, Brisbane,
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    em seis meses, viu-se
    com falta de água corrente.
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    Um drama semelhante está hoje
    a acontecer em São Paulo, no Brasil,
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    onde o principal reservatório da cidade
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    deixou de estar totalmente cheio
    em 2010,
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    para ficar quase vazio atualmente,
  • 1:58 - 2:02
    altura em que a cidade se aproxima
    dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.
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    Aqueles que têm a sorte
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    de viver numa das maiores
    cidades do mundo,
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    nunca experimentaram
    os efeitos duma seca catastrófica.
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    Gostamos de nos queixar
    dos duches militares que temos que tomar.
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    Gostamos que os vizinhos vejam
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    os nossos carros sujos
    e os relvados amarelos.
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    Mas nunca enfrentámos a sério
    a perspetiva de abrir a torneira
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    e não sair nada.
  • 2:26 - 2:29
    Isso é possível porque,
    quando as coisas correram mal no passado,
  • 2:29 - 2:32
    foi sempre possível
    aumentar um reservatório
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    ou escavar mais alguns poços subterrâneos.
  • 2:35 - 2:39
    Numa época em que todos
    os recursos de água estão utilizados
  • 2:39 - 2:42
    não vai mais ser possível
    depender deste modo antes utilizado
  • 2:42 - 2:45
    para nos abastecermos de água.
  • 2:45 - 2:49
    Há pessoas que pensam que vamos
    resolver o problema da água urbana
  • 2:49 - 2:52
    indo buscar a água
    aos nossos vizinhos rurais.
  • 2:52 - 2:58
    Mas isso é uma abordagem cheia
    de perigos políticos, legais e sociais.
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    Mesmo que conseguíssemos deitar a mão
    à água dos nossos vizinhos rurais,
  • 3:02 - 3:05
    estaríamos apenas a adiar
    o problema para os outros
  • 3:05 - 3:07
    e há boas hipóteses
    de que ele nos fosse devolvido,
  • 3:07 - 3:09
    sob a forma de preços mais altos
    dos alimentos
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    e perigo para os ecossistemas aquáticos
    que já dependem dessa água.
  • 3:14 - 3:18
    Penso que há uma forma melhor
    de resolver a nossa crise de água urbana
  • 3:18 - 3:22
    e penso que é abrir
    quatro novas fontes locais de água
  • 3:22 - 3:24
    que eu comparo a torneiras.
  • 3:24 - 3:29
    Se fizermos investimentos inteligentes
    nestas novas fontes de água,
  • 3:29 - 3:30
    nos próximos anos,
  • 3:30 - 3:33
    podemos resolver
    o nosso problema de água urbana
  • 3:33 - 3:36
    e diminuir a possibilidade
    de virmos a depararmo-nos
  • 3:36 - 3:38
    com os efeitos duma seca catastrófica.
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    Se me dissessem, há 20 anos,
  • 3:41 - 3:46
    que podia existir uma cidade moderna
    sem o abastecimento de água importada,
  • 3:46 - 3:50
    provavelmente, eu considerar-vos-ia
    sonhadores irrealistas e mal informados.
  • 3:50 - 3:52
    Mas, segundo a minha experiência,
  • 3:52 - 3:56
    o trabalho com algumas das cidades
    mais sedentas de água, nas últimas décadas,
  • 3:56 - 4:00
    mostrou-me que temos as tecnologias
    e as competências de gestão
  • 4:00 - 4:03
    para prescindirmos da água importada.
  • 4:03 - 4:06
    É sobre isso que vos quero falar hoje.
  • 4:06 - 4:10
    A primeira fonte de abastecimento
    de água local que precisamos de explorar,
  • 4:10 - 4:13
    para resolver o nosso problema
    da água urbana,
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    provém da água da chuva
    que cai nas nossas cidades.
  • 4:16 - 4:18
    Uma das grandes tragédias
    do desenvolvimento urbano
  • 4:18 - 4:21
    é que, à medida que as cidades cresceram,
  • 4:21 - 4:24
    começámos a cobrir toda a superfície
    com betão e asfalto.
  • 4:24 - 4:27
    Ao fazermos isso,
    tivemos que construir esgotos pluviais
  • 4:27 - 4:29
    para recolher a água
    que caía nas cidades
  • 4:29 - 4:31
    antes de ela provocar inundações.
  • 4:31 - 4:34
    Isso é um desperdício
    duma fonte de água vital.
  • 4:35 - 4:37
    Vou dar-vos um exemplo.
  • 4:37 - 4:40
    Este gráfico mostra o volume de água
  • 4:40 - 4:43
    que pode ser aproveitado
    na cidade de San Jose
  • 4:43 - 4:46
    se recolherem a água da chuva
    que cai dentro dos limites da cidade.
  • 4:47 - 4:52
    Podemos ver, pela interseção
    da linha azul e da linha preta a tracejado
  • 4:52 - 4:56
    que, se San Jose recolher metade
    da água que cai na cidade,
  • 4:56 - 4:59
    terão água suficiente
    para um ano inteiro.
  • 5:00 - 5:02
    Acho que devem estar a pensar:
  • 5:02 - 5:06
    "A resposta ao nosso problema
    é começar a construir grandes cisternas
  • 5:06 - 5:09
    "e ligá-las às goteiras
    das caleiras dos telhados,
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    "uma colheita da água da chuva".
  • 5:11 - 5:14
    Isso é uma ideia
    que pode funcionar nalguns locais.
  • 5:14 - 5:17
    Mas, se vivermos num local
    em que só há chuvas no inverno
  • 5:17 - 5:19
    e a maior necessidade de água
    é na época do verão,
  • 5:19 - 5:24
    não é uma forma muito eficaz
    de resolver o problema da água.
  • 5:23 - 5:26
    Se experimentarmos os efeitos
    duma seca de anos seguidos
  • 5:26 - 5:29
    como a Califórnia está
    a experimentar atualmente,
  • 5:29 - 5:32
    não podemos construir
    uma cisterna suficientemente grande
  • 5:32 - 5:33
    para resolver esse problema.
  • 5:33 - 5:35
    Penso que há uma forma mais prática
  • 5:35 - 5:39
    de recolher a água da chuva
    que cai sobre as nossas cidades.
  • 5:39 - 5:42
    É captá-la e infiltrá-la no terreno.
  • 5:43 - 5:45
    Afinal, muitas das nossas cidades
  • 5:45 - 5:48
    estão situadas em cima dum sistema
    de armazenamento de água natural
  • 5:48 - 5:51
    que pode conter um volume enorme de água.
  • 5:51 - 5:55
    Por exemplo, historicamente,
    Los Angeles obtinha
  • 5:55 - 5:59
    cerca de um terço do seu abastecimento
    de água dum aquífero enorme
  • 5:59 - 6:00
    subjacente ao Vale de San Fernando.
  • 6:01 - 6:03
    Quando olhamos para a água
    que escorre pelos telhados
  • 6:03 - 6:06
    atravessa os relvados
    e se escoa pelas sarjetas,
  • 6:06 - 6:07
    podemos perguntar:
  • 6:07 - 6:09
    "Serei capaz de beber aquilo?"
  • 6:10 - 6:12
    A resposta é que não queremos beber aquilo
  • 6:12 - 6:13
    enquanto não sofrer um tratamento.
  • 6:13 - 6:17
    Por isso, o problema que enfrentamos
    na recolha da água urbana
  • 6:17 - 6:19
    é captar a água, tratar a água
  • 6:19 - 6:22
    e guardá-la subterraneamente.
  • 6:22 - 6:25
    É isso exatamente
    o que Los Angeles está a fazer
  • 6:25 - 6:29
    com um novo projeto que estão a montar
    em Burbank, na Califórnia.
  • 6:29 - 6:33
    Isto mostra o parque das águas pluviais
    que estão a construir,
  • 6:33 - 6:37
    ligando uma série de sistemas
    de recolha de esgotos pluviais
  • 6:37 - 6:40
    e canalizando essa água
    para uma pedreira abandonada.
  • 6:41 - 6:43
    A água que é captada na pedreira
  • 6:43 - 6:46
    passa lentamente
    por uma área alagada artificial,
  • 6:46 - 6:48
    depois vai para aquele campo de futebol
  • 6:49 - 6:50
    e infiltra-se no terreno,
  • 6:50 - 6:53
    repondo o aquífero
    de água potável da cidade.
  • 6:53 - 6:58
    Ao passar pela área alagada
    e infiltrar-se no terreno,
  • 6:58 - 7:01
    a água encontra micróbios
    que vivem na superfície das plantas
  • 7:01 - 7:03
    e à superfície do solo,
  • 7:03 - 7:05
    e que purificam a água.
  • 7:05 - 7:08
    Se a água não ficar
    suficientemente pura para beber,
  • 7:08 - 7:10
    depois de passar por este processo
    de tratamento natural,
  • 7:10 - 7:12
    a cidade pode voltar a tratá-la
  • 7:12 - 7:15
    quando a extraírem de novo
    dos aquíferos subterrâneos
  • 7:15 - 7:17
    antes de a fornecerem
    às pessoas para beberem.
  • 7:17 - 7:20
    A segunda torneira que temos que abrir
  • 7:20 - 7:22
    para resolver o nosso problema
    da água urbana
  • 7:22 - 7:24
    provém das águas residuais
  • 7:24 - 7:26
    que derivam das instalações
    de tratamento de esgotos.
  • 7:26 - 7:30
    Muitos aqui conhecem provavelmente
    o conceito de água reciclada.
  • 7:30 - 7:32
    provavelmente já viram sinais como este
  • 7:32 - 7:35
    que indicam que os arbustos,
    os separadores das autoestradas
  • 7:35 - 7:37
    e o campo de golfe local
  • 7:37 - 7:39
    estão a ser regados com água
  • 7:39 - 7:41
    que provém duma instalação
    de tratamento de esgotos.
  • 7:42 - 7:45
    Há algumas décadas
    que temos vindo a fazer isto.
  • 7:45 - 7:48
    Estamos a aprender
    com a experiência
  • 7:48 - 7:51
    que esta abordagem é muito mais
    dispendiosa do que esperávamos.
  • 7:51 - 7:54
    Como outrora construímos
    os primeiros sistemas de reciclagem de água
  • 7:54 - 7:57
    perto da instalação
    de tratamento de esgotos,
  • 7:57 - 7:59
    temos que construir redes de tubagens
    cada vez mais compridas
  • 7:59 - 8:02
    para levar a água aonde ela é necessária.
  • 8:02 - 8:05
    Isso torna-a proibitiva
    em termos de custos.
  • 8:05 - 8:06
    Chegámos à conclusão
  • 8:06 - 8:10
    de que uma forma muito mais económica
    e mais prática de reciclar águas residuais
  • 8:10 - 8:13
    é transformar as águas residuais
    em água potável
  • 8:13 - 8:15
    através dum processo de duas fases.
  • 8:16 - 8:19
    Na primeira fase deste processo
    pressurizamos a água
  • 8:19 - 8:22
    e fazemo-la passar por uma membrana
    de osmose inversa:
  • 8:22 - 8:24
    uma delgada membrana
    permeável, de plástico
  • 8:24 - 8:27
    que permite que as moléculas de água
    atravessem a membrana
  • 8:27 - 8:31
    mas retém os sais, os vírus
    e os químicos orgânicos
  • 8:31 - 8:34
    que podem estar presentes
    nas águas residuais.
  • 8:34 - 8:36
    Na segunda fase do processo
  • 8:36 - 8:39
    adicionamos uma pequena quantidade
    de peróxido de oxigénio
  • 8:39 - 8:42
    e sujeitamos a água a luzes ultravioletas.
  • 8:42 - 8:45
    A luz ultravioleta divide
    o peróxido de oxigénio
  • 8:45 - 8:48
    em duas partes, a que chamamos
    os radicais hidroxilo.
  • 8:48 - 8:52
    Estes radicais hidroxilo
    são formas muito potentes de oxigénio
  • 8:52 - 8:55
    que quebram a maior parte
    dos químicos orgânicos.
  • 8:55 - 8:59
    Depois de a água passar
    por este processo de duas fases,
  • 8:59 - 9:00
    pode beber-se.
  • 9:00 - 9:02
    (Risos)
  • 9:02 - 9:03
    Eu sei.
  • 9:03 - 9:05
    Tenho estudado a água reciclada
  • 9:05 - 9:09
    usando todas as técnicas de medida
    da ciência moderna
  • 9:09 - 9:11
    nos últimos 15 anos.
  • 9:11 - 9:13
    Detetámos alguns químicos
  • 9:13 - 9:15
    que podem passar
    pela primeira fase do processo,
  • 9:15 - 9:17
    mas, depois de passarmos à segunda fase,
  • 9:17 - 9:19
    o processo avançado de oxidação,
  • 9:19 - 9:22
    raramente vemos
    quaisquer químicos presentes.
  • 9:22 - 9:26
    Isto em contraste com o abastecimento
    de água considerado seguro
  • 9:26 - 9:28
    que estamos sempre a beber.
  • 9:28 - 9:31
    Há uma outra forma de reciclar a água.
  • 9:31 - 9:34
    Isto é uma área de tratamento artificial
    que construímos recentemente
  • 9:34 - 9:37
    no rio Santa Ana, na Califórnia do Sul.
  • 9:37 - 9:41
    A área de tratamento recebe a água
    duma parte do rio Santa Ana
  • 9:41 - 9:44
    que, na época do verão, consiste
    quase inteiramente em efluentes residuais
  • 9:44 - 9:48
    de cidades como Riverside
    e San Bernardino.
  • 9:48 - 9:50
    A água chega à área de tratamento,
  • 9:50 - 9:52
    é exposta à luz solar e a algas
  • 9:52 - 9:55
    e isso quebra os químicos orgânicos,
  • 9:55 - 9:58
    remove os nutrientes e neutraliza
    os agentes patogénicos da água.
  • 9:58 - 10:01
    A água reentra no rio Santa Ana,
  • 10:01 - 10:03
    desce até Anaheim,
  • 10:03 - 10:06
    é captada em Anaheim,
    infiltra-se no terreno,
  • 10:06 - 10:09
    e passa a ser a água potável
    da cidade de Anaheim,
  • 10:09 - 10:13
    completando a viagem,
    desde os esgotos do condado de Riverside
  • 10:13 - 10:16
    até ao abastecimento de água potável
    do condado de Orange.
  • 10:17 - 10:21
    Podem pensar
    que esta ideia de beber águas residuais
  • 10:21 - 10:24
    é uma fantasia futurista
    ou que não se faz vulgarmente.
  • 10:24 - 10:28
    Na Califórnia, já reciclamos
    cerca de 150 000 milhões de litros por ano
  • 10:28 - 10:32
    de águas residuais, por este processo
    de tratamento avançado de duas fases
  • 10:32 - 10:33
    de que vos falei.
  • 10:33 - 10:37
    É água suficiente para abastecer
    cerca de um milhão de pessoas
  • 10:37 - 10:39
    se fosse o único abastecimento de água.
  • 10:39 - 10:44
    A terceira torneira, que precisamos
    de abrir, não é bem uma torneira.
  • 10:44 - 10:46
    Será uma espécie de torneira virtual.
  • 10:46 - 10:48
    Será a poupança da água
    que conseguirmos fazer.
  • 10:48 - 10:52
    O local em que precisamos de pensar
    quanto à poupança da água é no exterior
  • 10:52 - 10:55
    porque na Califórnia
    e noutras cidades americanas modernas,
  • 10:55 - 10:58
    cerca de metade da água que gastamos
    é usada fora de casa.
  • 10:59 - 11:00
    Na atual seca,
  • 11:00 - 11:02
    já vimos que é possível
  • 11:02 - 11:05
    que os relvados sobrevivam,
    que as plantas sobrevivam
  • 11:05 - 11:07
    com metade da água.
  • 11:07 - 11:10
    Portanto, não há necessidade
    de começar a pintar o betão de verde,
  • 11:10 - 11:13
    de pôr relva artificial
    e de comprar catos.
  • 11:13 - 11:16
    Podemos ter paisagens agradáveis
    na Califórnia
  • 11:16 - 11:18
    com detetores de humidade do solo
  • 11:18 - 11:20
    e controladores de irrigação inteligentes
  • 11:20 - 11:22
    e ter belas paisagens verdes
    nas nossas cidades.
  • 11:24 - 11:27
    A quarta e última torneira de água
    que precisamos de abrir
  • 11:27 - 11:29
    para resolver o nosso problema
    da água urbana
  • 11:29 - 11:31
    jorrará com a água do mar dessalinizada.
  • 11:31 - 11:35
    Sei o que já devem ter ouvido dizer
    sobre a dessalinização da água do mar:
  • 11:35 - 11:40
    "É uma coisa ótima, se tivermos muito
    petróleo, não tivermos muita água
  • 11:40 - 11:42
    "e não nos preocuparmos
    com a alteração climática".
  • 11:42 - 11:46
    A dessalinização da água do mar
    gasta muita energia, seja como for feita.
  • 11:46 - 11:49
    Mas essa caracterização
    da dessalinização da água do mar,
  • 11:49 - 11:52
    como não tendo hipótese de êxito,
    está ultrapassada.
  • 11:52 - 11:55
    Fizemos enormes progressos
    na dessalinização da água do mar
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    nos últimos 20 anos.
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    Esta imagem mostra
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    a maior instalação de dessalinização
    da água do mar no hemisfério ocidental
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    que está a ser construída
    a norte de San Diego.
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    Comparando com a instalação
    de dessalinização de água do mar
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    que foi construída em Santa Barbara
    há 25 anos,
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    esta instalação de tratamento
    vai usar metade da energia
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    para produzir um litro de água.
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    Mas, lá porque a dessalinização
    da água do mar
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    passou a usar menos energia
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    não vamos começar a construir
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    instalações de dessalinização
    por todo o lado.
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    Entre as diferentes opções que temos,
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    é provavelmente a que gasta mais energia
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    e talvez a mais prejudicial
    para o ambiente,
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    entre as opções para criar
    um abastecimento de água local.
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    Portanto, é assim.
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    Com estas quatro fontes de água,
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    podemos acabar com a nossa dependência
    de água importada.
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    Através da alteração da forma como
    desenhamos a superfície e as propriedades
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    podemos reduzir o uso da água no exterior
    em cerca de 50%,
  • 12:48 - 12:51
    aumentando assim em 25%
    o abastecimento de água
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    Podemos basear-nos
    na reutilização da água,
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    reciclar a água
    que escoa para os esgotos,
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    aumentando assim em 40%
    o abastecimento de água.
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    Podemos fazer a diferença,
    através duma combinação
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    de recolha da água da chuva
    e da dessalinização da água do mar.
  • 13:06 - 13:10
    Mas não será fácil
    construir um novo sistema de águas
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    que se baseie em fontes locais.
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    Foi este o tipo de desafio
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    — que a geração dos nossos avós
    enfrentou e conseguiu resolver —
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    que nos permitiu desenvolver
    as nossas cidades no século XX.
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    Portanto, vamos criar
    um abastecimento de água
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    que seja capaz de aguentar
    quaisquer desafios
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    que a alteração climática nos imponha
    nos próximos anos.
  • 13:31 - 13:35
    Vamos criar um abastecimento de água
    que use fontes locais
  • 13:35 - 13:39
    e mantenha mais água no meio ambiente
    para os peixes e alimentos.
  • 13:39 - 13:41
    Vamos criar um sistema de água
  • 13:41 - 13:44
    que seja consistente
    com os nossos valores ambientais.
  • 13:44 - 13:48
    Vamos fazê-lo para os nossos filhos
    e para os nossos netos
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    e vamos dizer-lhes que é este o sistema
  • 13:51 - 13:54
    de que eles têm que cuidar no futuro.
  • 13:54 - 13:58
    porque é a nossa última oportunidade
    de criar um novo tipo de sistema de águas.
  • 13:58 - 14:00
    Muito obrigado pela vossa atenção.
  • 14:00 - 14:03
    (Aplausos)
Title:
Quatro formas de podermos evitar uma seca catastrófica | David Sedlak | TEDxMarin
Description:

Esta palestra foi feita num evento local TEDx, produzido independentemente das Conferências TED.

À medida que os padrões climáticos mundiais continuam a mudar imprevisivelmente, locais onde a água potável era abundante podem em breve vir a encontrar os reservatórios secos e os aquíferos de águas subterrâneas esgotados. Nesta palestra, David Sedlak, engenheiro civil e ambiental, fala de quatro soluções práticas para a atual crise de água urbana. O seu objetivo: mudar o nosso abastecimento de água para novas fontes locais de água e criar um sistema capaz de resistir a quaisquer dos desafios que a mudança climática possa impor-nos no futuro.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:12
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought 4 ways we can avoid a catastrophic drought | David Sedlak | TEDxMarin
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