Rory Stewart: Por que a democracia é importante.
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0:01 - 0:04Então Joãozinho vai pra a escola,
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0:04 - 0:06se senta e a professora pergunta:
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0:06 - 0:09"O que o seu pai faz?"
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0:09 - 0:13E Joãozinho responde: "Meu pai toca piano
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0:13 - 0:16na sala do ópio."
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0:16 - 0:18Então a professora liga para os pais e fala:
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0:18 - 0:21"Joãozinho me contou uma estória bem chocante hoje.
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0:21 - 0:25Acabei de ouvir ele dizer que você toca piano
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0:25 - 0:27na sala do ópio."
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0:27 - 0:31E o pai responde: "Sinto muito. Sim, é verdade, eu menti.
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0:31 - 0:35Mas como posso contar a um menino de 8 anos
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0:35 - 0:39que o pai dele é um político?" (Risos)
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0:39 - 0:42Bem, sendo eu mesmo um político, estando aqui de pé na frente de vocês,
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0:42 - 0:46ou mesmo sendo apresentado a um estranho em qualquer lugar do mundo,
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0:46 - 0:49quando finalmente revelo a natureza da minha profissão,
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0:49 - 0:52eles olham pra mim como se eu fosse uma mistura
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0:52 - 0:56de cobra, macaco e iguana
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0:56 - 1:00e, por causa disso, sinto, fortemente,
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1:00 - 1:03que tem alguma coisa errada.
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1:03 - 1:07Quatrocentos anos de amadurecimento da democracia,
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1:07 - 1:09colegas de parlamento que me parecem indivíduos
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1:09 - 1:13razoavelmente impressionantes, uma população cada vez instruída,
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1:13 - 1:18ativa, informada e, não obstante,
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1:18 - 1:23um sentimento muito, muito profundo de desapontamento.
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1:23 - 1:27Meus colegas no parlamento incluem, na minha leva,
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1:27 - 1:31médicos de família, empresários, professores,
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1:31 - 1:36economistas notáveis, historiadores, escritores,
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1:36 - 1:41oficiais do Exército que vão desde coronéis a suboficiais.
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1:41 - 1:44Todos eles, no entanto, incluindo eu mesmo, quando passamos debaixo
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1:44 - 1:48daquelas estranhas gárgulas de pedras na rua,
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1:48 - 1:52sentimos que nos tornamos menos que a soma de nossas partes,
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1:52 - 1:58sentimos como se tivéssemos nos tornado profundamente diminuídos.
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1:58 - 2:02E este não é um problema somente da Inglaterra.
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2:02 - 2:05É um problema de todo o mundo em desenvolvimento,
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2:05 - 2:08assim como de economias de renda média. Na Jamaica,
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2:08 - 2:11por exemplo -- vide os membros do parlamento jamaicano --
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2:11 - 2:14você é apresentado a essas pessoas que normalmente são
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2:14 - 2:19bolsistas Rhodes, que estudaram em Harvard ou em Princeton,
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2:19 - 2:22e, mesmo assim, você vai ao centro de Kingston
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2:22 - 2:26se depara com um dos lugares mais deprimentes
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2:26 - 2:30que se pode ver em qualquer economia de renda média no mundo:
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2:30 - 2:33uma paisagem sombria e deprimente
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2:33 - 2:36de prédios queimados e meio abandonados.
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2:36 - 2:39E tem sido assim já há 30 anos, e a transição
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2:39 - 2:43em 1979, 1980, de um líder jamaicano que era
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2:43 - 2:47o filho de um bolsista da Rhodes e Conselheiro da Rainha para outro
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2:47 - 2:50que tinha um doutorado em economia em Harvard,
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2:50 - 2:53cerca de 800 pessoas foram mortas nas ruas
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2:53 - 2:57por violência ligada às drogas.
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2:57 - 3:00Dez anos atrás, no entanto, a promessa de democracia
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3:00 - 3:04parecia extraordinária. George W. Bush, ao fazer
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3:04 - 3:07seu discurso do Estado da Nação em 2003,
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3:07 - 3:11disse que a democracia era a força que derrotaria
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3:11 - 3:14a maioria dos males do mundo. Ele disse que,
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3:14 - 3:18devido ao fato de os governos democráticos respeitarem seus povos
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3:18 - 3:24e respeitarem seus vizinhos, a liberdade traria paz.
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3:24 - 3:27Ao mesmo tempo, acadêmicos notáveis defendiam que
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3:27 - 3:31as democracias tinham este incrível leque de benefícios colaterais.
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3:31 - 3:34Elas trariam prosperidade, segurança,
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3:34 - 3:37subjugariam a violência sectária,
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3:37 - 3:42garantiriam que os estados jamais acolheriam de novo terroristas.
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3:42 - 3:44Desde então, o que aconteceu?
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3:44 - 3:47Bem, o que temos visto é a criação, em lugares como o Iraque
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3:47 - 3:51e Afeganistão, de sistemas democráticos de governo
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3:51 - 3:54que não têm tido quaisquer desses benefícios colaterais.
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3:54 - 3:57No Afeganistão, por exemplo, não tivemos nem uma,
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3:57 - 4:00nem duas eleições. Tivemos três eleições,
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4:00 - 4:03presidenciais e parlamentares. E o que temos?
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4:03 - 4:07Por acaso temos uma sociedade civil florescente, um Estado de Direito vigoroso
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4:07 - 4:10e segurança pública? Não. O que temos no Afeganistão
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4:10 - 4:14é um Judiciário fraco e corrupto,
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4:14 - 4:18uma sociedade civil muito limitada tremendamente ineficiente,
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4:18 - 4:21uma mídia que está começando a se fortalecer,
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4:21 - 4:24mas um governo que é profundamente impopular,
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4:24 - 4:28percebido como profundamente corrupto, e a segurança
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4:28 - 4:32que é chocante, a segurança pública é horrível.
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4:32 - 4:36No Paquistão, em partes da África subsaariana,
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4:36 - 4:39também se pode ver que democracia e eleições são compatíveis,
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4:39 - 4:43com governos corruptos, com estados instáveis
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4:43 - 4:46e perigosos.
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4:46 - 4:48E quando converso com as pessoas, me lembro
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4:48 - 4:51de ter conversado, por exemplo, no Iraque,
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4:51 - 4:54com uma comunidade que me perguntou
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4:54 - 4:57se o tumulto que estávamos vendo na nossa frente
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4:57 - 5:01- uma grande turba saqueando o prédio de um conselho provincial -
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5:01 - 5:06era um sinal da nova democracia.
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5:06 - 5:10Senti que aquilo era verdade em cada um dos países
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5:10 - 5:13de renda média e em desenvolvimento que visitei,
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5:13 - 5:17e, de algum modo, o mesmo vale para nós.
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5:17 - 5:20Bem, qual é a solução para isso tudo? Seria simplesmente
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5:20 - 5:22desistir da ideia de democracia?
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5:22 - 5:26Bem, obviamente que não. Seria um absurdo
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5:26 - 5:29se decidíssemos nos envolver novamente no tipo de operações
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5:29 - 5:32nas quais estivemos metidos no Iraque e no Afeganistão.
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5:32 - 5:35Se de repente nos colocássemos na situação
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5:35 - 5:38de impor
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5:38 - 5:41qualquer outro sistema diferente do democrático.
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5:41 - 5:43Tudo o mais seria ir contra nossos valores,
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5:43 - 5:45seria ir contra os desejos do povo
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5:45 - 5:49do lugar, seria ir contra nossos próprios interesses.
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5:49 - 5:52Eu me lembro no Iraque, por exemplo, que atravessamos
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5:52 - 5:55um período em que achávamos que deveríamos postergar a democracia.
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5:55 - 5:58Atravessamos um período achando que a lição aprendida
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5:58 - 6:01na Bósnia foi que eleições realizadas precocemente
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6:01 - 6:05consagravam a violência sectária, consagravam partidos extremistas.
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6:05 - 6:08Assim, no Iraque em 2003 a decisão foi tomada -
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6:08 - 6:11não vamos ter eleições por dois anos. Vamos investir na
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6:11 - 6:15educação do eleitor. Vamos investir na democratização.
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6:15 - 6:19O resultado foi que me deparei do lado de fora do meu escritório
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6:19 - 6:22com uma enorme multidão, isso na verdade é uma fotografia
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6:22 - 6:25tirada na Líbia, mas eu vi a mesma cena no Iraque
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6:25 - 6:29de pessoas em pé do lado de fora gritando por eleições,
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6:29 - 6:32e quando saí e perguntei: "O que há de errado
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6:32 - 6:35com o conselho provincial interino?
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6:35 - 6:39O que há de errado com as pessoas que escolhemos?
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6:39 - 6:41Tem um xeique sunita, tem um xeique xiita,
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6:41 - 6:45tem os sete -- líderes das sete maiores tribos --,
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6:45 - 6:47tem um cristão, tem um sabiano,
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6:47 - 6:51tem mulheres parlamentares, tem todos os partidos políticos nesse conselho,
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6:51 - 6:54o que há errado com as pessoas que escolhemos?"
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6:54 - 6:57A resposta foi: "O problema não são as pessoas
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6:57 - 7:03que vocês escolheram. O problema é que vocês é que as escolheram."
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7:03 - 7:06Não encontrei, no Afeganistão, mesmo na comunidade
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7:06 - 7:09mais remota, alguém que não quisesse dar
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7:09 - 7:12sua contribuição a quem os governava.
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7:12 - 7:14Na comunidade mais remota, nunca encontrei um habitante
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7:14 - 7:18que não quisesse votar.
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7:18 - 7:21Então precisamos saber
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7:21 - 7:25que, apesar das estatísticas duvidosas, apesar do fato de que
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7:25 - 7:3084% das pessoas na Inglaterra sentem que a política está falida,
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7:30 - 7:33apesar do fato de que quando eu estava no Iraque, fizemos uma pesquisa de opinião
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7:33 - 7:37em 2003 e perguntamos às pessoas que sistemas políticos elas preferiam,
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7:37 - 7:40e a resposta foi que
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7:40 - 7:437% queriam os Estados Unidos,
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7:43 - 7:455% queriam a França,
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7:45 - 7:483% queriam a Inglaterra,
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7:48 - 7:53e quase 40% queriam Dubai, que não é, afinal,
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7:53 - 7:55nem de longe, um estado democrático, mas uma monarquia pequena relativamente
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7:55 - 8:00próspera. Democracia é algo de valor
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8:00 - 8:03pelo qual deveríamos estar lutando. No entanto, para fazer isso
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8:03 - 8:06precisamos nos afastar dos argumentos instrumentais.
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8:06 - 8:10Precisamos parar de dizer que a democracia é importante
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8:10 - 8:13por causa das outras coisas que ela traz.
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8:13 - 8:15Precisamos parar de sentir, da mesma forma, que
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8:15 - 8:19os direitos humanos são importantes por causa das outras coisas que eles trazem,
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8:19 - 8:23ou que os direitos das mulheres são importantes pelas outras coisas que trazem.
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8:23 - 8:25Por que temos de nos afastar desses argumentos?
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8:25 - 8:27Porque eles são muito perigosos. Se começarmos a dizer,
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8:27 - 8:32por exemplo, que a tortura é errada porque não extrai
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8:32 - 8:37boa informação, ou dizer que precisamos garantir os direitos das mulheres
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8:37 - 8:42porque eles estimulam o crescimento econômico ao dobrar o tamanho da força de trabalho,
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8:42 - 8:44você se coloca numa posição em que
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8:44 - 8:46o governo da Coreia do Norte pode se virar e dizer:
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8:46 - 8:48"Bem, na verdade, estamos tendo bastante sucesso conseguindo
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8:48 - 8:51boa informação com nossa tortura no momento,"
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8:51 - 8:53ou o governo da Arábia Saudita dizer: "Bem,
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8:53 - 8:55nosso crescimento econômico vai muito bem, obrigado,
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8:55 - 8:56consideravelmente melhor que o de vocês,
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8:56 - 9:01então talvez não precisemos continuar com este programa sobre os direitos das mulheres."
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9:01 - 9:05A questão fundamental da democracia não é instrumental.
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9:05 - 9:07Não tem a ver com as coisas que ela traz.
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9:07 - 9:10O ponto central da democracia não é o que ela propicia -
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9:10 - 9:16um Estado de Direito legítimo, efetivo e próspero.
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9:16 - 9:21Nao é que ela garanta a paz interna ou com os vizinhos.
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9:21 - 9:24A questão central da democracia é intrínseca.
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9:24 - 9:29A democracia é importante porque ela reflete uma ideia de igualdade
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9:29 - 9:34e uma ideia de liberdade. Ela reflete uma ideia de dignidade,
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9:34 - 9:37a dignidade do indivíduo, a ideia de que cada indivíduo
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9:37 - 9:41deveria ter um voto igual, uma contribuição igual,
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9:41 - 9:45na formação de seu governo.
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9:45 - 9:49Mas se realmente vamos revigorar a democracia novamente,
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9:49 - 9:52se realmente vamos revivificá-la, precisamos nos envolver
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9:52 - 9:56num novo projeto dos cidadãos e dos políticos.
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9:56 - 10:01A democracia não é simplesmente uma questão de estruturas.
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10:01 - 10:05É um estado mental. É uma atividade.
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10:05 - 10:09E parte dessa atividade é honestidade.
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10:09 - 10:12Depois de falar pra vocês hoje, vou participar de um programa de rádio
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10:12 - 10:14chamado "Qualquer pergunta", e a coisa que vocês já notaram
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10:14 - 10:18sobre políticos nesse tipo de programa de rádio
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10:18 - 10:22é que eles nunca, nunca dizem que não sabem a resposta
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10:22 - 10:23a uma pergunta. Não importa qual seja.
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10:23 - 10:27Se você perguntar sobre a dedução de imposto por dependente, o futuro dos pinguins
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10:27 - 10:31no sul da Antártica, se perguntarem se
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10:31 - 10:34os empreendimentos em Chongqing contribuem
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10:34 - 10:36para o desenvolvimento sustentável na captura de carbono,
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10:36 - 10:39nós vamos ter uma resposta na ponta da língua.
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10:39 - 10:42Precisamos parar com isso, parar de fingir que somos
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10:42 - 10:44seres oniscientes.
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10:44 - 10:48Políticos também precisam aprender a ocasionalmente dizer que
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10:48 - 10:51certas coisas que os eleitores querem, certas coisas que foram
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10:51 - 10:55prometidas aos eleitores, podem ser coisas
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10:55 - 10:58que nós não vamos conseguir cumprir,
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10:58 - 11:02ou que talvez a gente sinta que não deva cumprir.
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11:02 - 11:05E a segunda coisa que temos de fazer é entender
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11:05 - 11:08a índole das nossas sociedades,
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11:08 - 11:12nossas sociedades nunca foram tão instruídas, nunca foram
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11:12 - 11:15tão cheias de energia, nunca foram tão saudáveis,
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11:15 - 11:18nunca souberam tanto, se importaram tanto,
-
11:18 - 11:24ou quiseram fazer tanto, e isso é a índole dos cidadãos.
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11:24 - 11:27Uma das razões pelas quais estamos nos livrando
-
11:27 - 11:30de salões majestosos como este em que estamos agora,
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11:30 - 11:35salões majestosos com imagens extraordinárias no teto
-
11:35 - 11:36de reis entronados,
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11:36 - 11:40o drama inteiro encenado aqui neste lugar,
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11:40 - 11:42no qual o Rei da Ingaterra teve sua cabeça cortada,
-
11:42 - 11:47o motivo de nos afastarmos de espaços como estes,
-
11:47 - 11:50indo em direção à prefeitura, é porque estamos indo mais e mais
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11:50 - 11:54em direção às energias do nosso povo, e precisamos aproveitar isso.
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11:54 - 11:57Isso pode significar coisas diferentes em países diferentes.
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11:57 - 12:01Na Inglaterra, poderia significar olhar para os franceses,
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12:01 - 12:02aprender com os franceses,
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12:02 - 12:06implementar a eleição direta para prefeito
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12:06 - 12:08num sistema de comunas francês.
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12:08 - 12:11No Afeganistão, poderia ter significado, em vez de nos concentrar
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12:11 - 12:14nas grandes eleições presidenciais e parlamentares,
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12:14 - 12:16ter cumprido o que estava na Constituição Afegã
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12:16 - 12:21desde o começo, que seria realizar eleições locais diretas
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12:21 - 12:26no âmbito distrital e eleger governantes provinciais do povo.
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12:26 - 12:29Mas para qualquer uma dessas coisas funcionar,
-
12:29 - 12:32a honestidade na linguagem, a democracia local,
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12:32 - 12:35não é apenas uma questão do que os políticos fazem.
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12:35 - 12:37Tem a ver com o que os cidadãos fazem.
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12:37 - 12:42Para que os politicos possam ser honestos, é preciso que o povo permita que eles sejam honestos,
-
12:42 - 12:44e a mídia, que é a mediadora dos políticos
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12:44 - 12:49e o povo, precisa permitir que esses políticos sejam honestos.
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12:49 - 12:52Se queremos que a democracia floresça, é preciso o engajamento
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12:52 - 12:57ativo e esclarecido de cada um dos cidadãos.
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12:57 - 13:01Em outras palavras, para que a democracia seja reconstruída
-
13:01 - 13:05e se torne novamente vigorosa e vibrante,
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13:05 - 13:09é necessário não apenas que o povo
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13:09 - 13:11aprenda a confiar em seus políticos,
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13:11 - 13:16mas que os políticos aprendam a confiar no povo.
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13:16 - 13:20Muito obrigado mesmo. (Aplausos)
- Title:
- Rory Stewart: Por que a democracia é importante.
- Speaker:
- Rory Stewart
- Description:
-
O povo está perdendo a fé na democracia, diz o membro do parlamento britânico Rory Stewart. As novas democracias do Iraque e do Afeganistão são profundamente corruptas; enquanto isso, 84% das pessoas na Inglaterra dizem que a política está falida. Nessa importante palestra, Stewart faz um chamado para a reconstrução da democracia, começando pelo reconhecimento da razão pela qual a democracia é importante -- não como uma ferramenta, mas como um ideal.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:41
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for Why democracy matters | ||
Wanderley Jesus accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Why democracy matters | ||
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Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Why democracy matters | ||
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