O que podemos aprender com atalhos?
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0:01 - 0:03Quando projectamos novos produtos,
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0:03 - 0:05serviços ou negócios,
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0:05 - 0:08a única altura em que saberemos
se eles são bons, -
0:08 - 0:09se os designs são bons,
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0:09 - 0:14é vendo a forma como eles são
utilizados no mundo real, no contexto. -
0:15 - 0:19Recordo isso cada vez que
passo por Highbury Fields -
0:19 - 0:20no norte de Londres.
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0:20 - 0:22É completamente belo.
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0:22 - 0:23Há um grande espaço verde.
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0:23 - 0:26Há edifícios georgianos à volta.
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0:26 - 0:29Mas depois há aquela armadilha
de barro que se atravessa no meio. -
0:30 - 0:33Claro que as pessoas
não querem dar a volta. -
0:33 - 0:35Em vez disso, querem utilizar o atalho,
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0:35 - 0:38e esse atalho vai-se reforçando.
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0:39 - 0:42Este atalho é designado por
"caminho de desejo", -
0:42 - 0:45e é muitas vezes o caminho
de menor resistência. -
0:45 - 0:46Acho-os fascinantes,
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0:46 - 0:52porque são muitas vezes o ponto em que
divergem o design e a experiência de uso. -
0:52 - 0:54Nesta altura, eu deveria pedir desculpa,
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0:54 - 0:57porque vocês vão começar a ver disto
em todo o lado. -
0:57 - 1:00Mas hoje, vou escolher três
que acho interessantes -
1:00 - 1:02e partilhar aquilo
que realmente me recorda -
1:02 - 1:05como lançar novos produtos e serviços.
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1:05 - 1:09A primeira coisa está na capital
do Brasil — a cidade de Brasília. -
1:09 - 1:11e lembra-me que, por vezes,
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1:11 - 1:14apenas temos de focar-nos em fazer
design para uma necessidade real -
1:15 - 1:16sem muitos atritos.
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1:16 - 1:18Brasília é fascinante.
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1:18 - 1:21Foi projectada por Niemeyer nos anos 50.
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1:21 - 1:23Eram os anos de ouro do voo,
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1:23 - 1:26então ele traçou-a como um avião,
como podem ver. -
1:26 - 1:28De modo um pouco preocupante,
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1:28 - 1:32ele colocou a maioria dos edifícios
governamentais importantes no "cockpit". -
1:32 - 1:33Mas se nos aproximarmos,
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1:33 - 1:36no centro de Brasília, onde está o ponto,
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1:36 - 1:39vemos que está cheia de caminhos de desejo.
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1:39 - 1:41Eles estão em todo o lado.
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1:41 - 1:44Eles pensaram que tinham
um projeto à prova do futuro. -
1:44 - 1:47Pensaram que no futuro não
precisaríamos de passear, -
1:47 - 1:49seríamos capazes de conduzir,
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1:49 - 1:52por isso não havia necessidade
de passeios ou pavimentos. -
1:52 - 1:55Mas como podem ver, há um desejo real.
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1:56 - 1:58Estes são caminhos de desejo
muito perigosos -
1:58 - 2:00Se apenas seleccionarmos um, no meio,
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2:00 - 2:03podemos ver que atravessa
15 faixas de tráfico. -
2:03 - 2:04Não vos irá surpreender
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2:04 - 2:07que Brasília tenha uma taxa
de acidentes com peões, -
2:07 - 2:10cinco vezes mais alta que a média
nas vossas cidades nos EUA. -
2:11 - 2:13As pessoas são engenhosas.
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2:13 - 2:16Vão sempre encontrar
o caminho de menor atrito -
2:16 - 2:18para poupar dinheiro e tempo.
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2:18 - 2:21Nem todos estes caminhos de desejo
são perigosos. -
2:21 - 2:24Recordo-me de voar para aqui
quando estava em Heathrow. -
2:24 - 2:26Ficamos frustrados quando
somos confrontados -
2:26 - 2:29com a passagem obrigatória
na zona "duty-free". -
2:31 - 2:32Para mim, foi espantoso
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2:32 - 2:36ver o número de pessoas que se recusaram
a usar o longo caminho sinuoso, à esquerda -
2:36 - 2:38e cortaram para a direita,
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2:38 - 2:41cortaram através do caminho de desejo.
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2:41 - 2:43A questão interessante é:
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2:43 - 2:46O que é que os designers pensam
quando vêem este nosso comportamento? -
2:46 - 2:48Acham que somos estúpidos?
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2:48 - 2:50Pensam que somos preguiçosos?
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2:50 - 2:53Ou aceitam que esta é
a única verdade? -
2:53 - 2:55Isto é o produto deles.
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2:55 - 2:58Estamos efectivamente a co-projectar
os seus produtos. -
2:59 - 3:03Portanto o nosso trabalho é projectar
para necessidades reais a baixo atrito, -
3:03 - 3:07porque, caso contrário,
o cliente fá-lo-á na mesma. -
3:07 - 3:09O segundo caminho de desejo
que quero partilhar -
3:09 - 3:12é na Universidade da Califórnia.
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3:12 - 3:13E lembra-me
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3:13 - 3:16que, algumas vezes, a melhor forma
de encontrar um bom design -
3:16 - 3:18é apenas lançando-o.
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3:19 - 3:23Os campus universitários são fantásticos
para descobrir esses caminhos de desejo. -
3:23 - 3:26Penso que é porque os estudantes
estão sempre atrasados e são espertos. -
3:26 - 3:28Eles vão em correria às aulas.
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3:28 - 3:30Vão sempre descobrir o atalho.
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3:30 - 3:33E os designers sabiam isso.
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3:33 - 3:35Por isso construíram os edifícios
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3:35 - 3:38e esperaram alguns meses para
que os caminhos se formassem. -
3:38 - 3:39E depois pavimentaram-nos.
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3:39 - 3:40(Risos)
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3:40 - 3:43Uma abordagem muito inteligente.
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3:43 - 3:46De facto, muitas vezes, basta lançar
o projeto de um serviço -
3:46 - 3:48para nos ensinar
o que as pessoas querem. -
3:49 - 3:53Por exemplo, Ayr Muir em Boston sabia
que queria abrir um restaurante. -
3:53 - 3:55Mas onde deveria ser?
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3:55 - 3:57O que deveria ser o menu?
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3:57 - 3:58Lançou um serviço,
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3:58 - 4:00neste caso um camião de comida,
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4:00 - 4:02e mudou de local cada dia.
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4:02 - 4:06Escrevia um menu diferente
num quadro branco -
4:06 - 4:08para descobrir o que as pessoas queriam.
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4:08 - 4:11Ele agora tem uma cadeia de restaurantes.
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4:11 - 4:13Então pode ser incrivelmente eficaz
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4:13 - 4:16lançar algo para identificar
os caminhos de desejo. -
4:16 - 4:19O terceiro e último caminho de desejo
que quero partilhar aqui -
4:19 - 4:22é o Instituto Nacional de Saúde, dos EUA.
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4:22 - 4:24Lembra-me que o mundo está em movimento,
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4:24 - 4:27e temos de responder a essas mudanças.
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4:27 - 4:29Como podem calcular, isto é um hospital.
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4:29 - 4:33Marquei na esquerda
o departamento de oncologia. -
4:33 - 4:37Os doentes costumavam ficar em hotéis,
no canto inferior direito. -
4:38 - 4:41Isto era uma organização
focada nos doentes. -
4:41 - 4:43portanto disponibilizavam carros
para os doentes. -
4:44 - 4:47Mas perceberam que, quando
começaram a usar a quimioterapia -
4:47 - 4:50os doentes raramente
queriam entrar nos carros. -
4:50 - 4:54Sentiam-se tão enjoados
que voltavam para os hotéis a pé. -
4:54 - 4:57Formou-se o caminho de desejo
que vemos na diagonal. -
4:58 - 5:00Os doentes até lhe chamavam
"O Caminho da Quimio." -
5:01 - 5:03Quando os do hospital
viram isso inicialmente, -
5:03 - 5:07tentaram arrelvá-lo de novo, ignorá-lo.
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5:07 - 5:10Mas depois, perceberam
que era uma necessidade importante, -
5:10 - 5:12foram ao encontro dos doentes,
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5:12 - 5:13por isso pavimentaram-no.
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5:13 - 5:17Penso que o nosso trabalho é muitas
vezes pavimentar esses caminhos de desejo. -
5:17 - 5:20Se olharmos para o norte de Londres
novamente, -
5:20 - 5:23aquele caminho de desejo
não esteve sempre aí. -
5:23 - 5:25A razão pela qual surgiu
-
5:25 - 5:28é porque as pessoas dirigiam-se ao estádio
do poderoso Arsenal Football Club -
5:29 - 5:30em dias de jogos,
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5:30 - 5:33desde a estação de metro
que vemos no canto inferior direito. -
5:33 - 5:34Vemos assim o caminho de desejo.
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5:34 - 5:37Se andarmos uns anos para trás,
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5:37 - 5:39quando o estádio estava a ser construído,
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5:39 - 5:41não há caminho de desejo.
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5:42 - 5:46Portanto a nossa tarefa é olhar para
o aparecimento desses caminhos de desejo, -
5:47 - 5:49e, quando apropriado, pavimentá-los,
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5:49 - 5:51como alguém fez aqui.
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5:51 - 5:53Alguém instalou uma barreira,
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5:54 - 5:57as pessoas começaram a contornar
a parte de baixo como podem ver, -
5:57 - 5:59e pavimentaram-na.
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5:59 - 6:00(Risos)
-
6:00 - 6:03Mas penso que isto
também é um grandioso lembrete, -
6:03 - 6:04que, agora, o mundo
está em movimento. -
6:04 - 6:06Está sempre a mudar,
-
6:06 - 6:08porque, se olharmos para
a parte de cima desta imagem, -
6:08 - 6:10há outro caminho de desejo
a formar-se. -
6:11 - 6:14Por isso estes três caminhos de desejo
lembram-me -
6:14 - 6:17que precisamos de projectar
para necessidades humanas reais. -
6:18 - 6:20Acho que a empatia pelo que
os nossos clientes querem -
6:20 - 6:24é provavelmente o maior indicador
de sucesso nos negócios. -
6:24 - 6:26Projectar para necessidades reais
-
6:26 - 6:29e projectá-los com baixo atrito,
-
6:29 - 6:32porque se não oferecerem baixo atrito,
-
6:32 - 6:35alguém o fará, geralmente o cliente.
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6:35 - 6:39Em segundo lugar, a melhor forma
de aprender o que as pessoas querem -
6:39 - 6:41é lançar o vosso serviço.
-
6:41 - 6:44A resposta está raramente
dentro do edifício. -
6:44 - 6:46Saiam e vejam o que os consumidores
realmente querem. -
6:47 - 6:49E finalmente, em parte devido
à tecnologia, -
6:49 - 6:52o mundo está em muito movimento
neste momento. -
6:52 - 6:54Está sempre a mudar.
-
6:54 - 6:57Esses caminhos de desejo vão surgir
mais depressa que nunca. -
6:58 - 7:01A nossa tarefa é seleccionar
os apropriados -
7:01 - 7:02e pavimentá-los.
-
7:03 - 7:04Muito obrigado.
-
7:04 - 7:07(Aplausos)
- Title:
- O que podemos aprender com atalhos?
- Speaker:
- Tom Hulme
- Description:
-
Como construir um produto que as pessoas realmente desejam? Autorizem os consumidores a tornarem-se parte do processo. "Empatia para com aquilo que os consumidores querem é provavelmente o maior indicador de sucesso de negócio," diz o designer Tom Hulme. Nesta curta palestra, Hulme expõe três exemplos ilustrativos da intersecção do design com a experiência de utilizador, onde as pessoas desenvolveram os seus próprios caminhos de desejo a partir da necessidade. Uma vez que aprendam a identificá-los, começarão a reparar neles em toda a parte.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 07:20
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