Minhas descobertas em cavernas glaciárias - Eddy Cartaya
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0:13 - 0:14Quantos de vocês
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0:14 - 0:16já estiveram em uma caverna antes?
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0:16 - 0:17Certo. Alguns.
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0:17 - 0:18Ao pensar em uma caverna,
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0:18 - 0:19a maioria de vocês pensa em um túnel
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0:19 - 0:21que atravessa uma rocha maciça.
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0:21 - 0:23Na verdade,
a maioria das cavernas é assim. -
0:23 - 0:24Nesta parte do país,
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0:24 - 0:26a maioria das cavernas
é feita de calcário. -
0:26 - 0:27De onde venho,
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0:27 - 0:29a maioria de nossas cavernas
é feita de rocha vulcânica, -
0:29 - 0:31porque lá temos muitos vulcões.
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0:31 - 0:33Mas as cavernas
sobre as quais quero falar hoje -
0:33 - 0:34são feitas completamente de gelo,
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0:34 - 0:36especificamente gelo de glaciares,
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0:36 - 0:38como os que existem
na lateral da montanha mais alta -
0:38 - 0:39do Estado de Oregon,
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0:39 - 0:41chamada Monte Hood.
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0:41 - 0:44Bem, o Monte Hood
fica a apenas uma hora de carro -
0:44 - 0:44de Portland,
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0:44 - 0:46a maior cidade do Oregon,
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0:46 - 0:48onde vivem mais de dois milhões
de pessoas. -
0:48 - 0:49O mais empolgante
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0:49 - 0:50para um explorador de cavernas
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0:50 - 0:52é encontrar uma nova caverna
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0:52 - 0:54e ser o primeiro humano a entrar nela.
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0:54 - 0:55A segunda coisa mais empolgante
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0:55 - 0:56para um explorador de cavernas
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0:56 - 0:58é ser o primeiro a criar um mapa dela.
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0:58 - 0:59Bom, hoje em dia,
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0:59 - 1:01com tanta gente se aventurando por aí,
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1:01 - 1:03é bem difícil encontrar uma nova caverna.
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1:03 - 1:04Então, dá para imaginar
como ficamos empolgados -
1:04 - 1:06quando encontramos três novas cavernas,
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1:06 - 1:08nas proximidades
da maior cidade do Oregon, -
1:08 - 1:10e percebemos que elas jamais
tinham sido exploradas -
1:10 - 1:11ou mapeadas antes.
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1:11 - 1:13Foi meio como ser um astronauta,
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1:13 - 1:14porque podíamos ver coisas
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1:14 - 1:16que ninguém tinha visto
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1:16 - 1:18e ir aonde ninguém
jamais tinha ido antes. -
1:19 - 1:20Então, o que é um glaciar?
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1:20 - 1:21Bem, aqueles que já viram
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1:21 - 1:22ou tocaram em neve
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1:22 - 1:23sabem que ela é bem leve,
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1:23 - 1:25porque é apenas um monte
de minúsculos cristais de gelo -
1:25 - 1:26amontoados
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1:26 - 1:27e, basicamente, ar.
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1:27 - 1:29Se você apertar um bom punhado de neve
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1:29 - 1:30para fazer uma bola de neve,
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1:30 - 1:32ela fica bem pequena, rígida e densa.
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1:32 - 1:33Bem, em uma montanha como a Hood,
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1:33 - 1:35onde neva mais de seis metros por ano,
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1:35 - 1:37o ar é empurrado para fora
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1:37 - 1:40e, gradualmente, a neve
transforma-se em gelo duro e azul. -
1:40 - 1:42Bem, a cada ano, cada vez mais gelo
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1:42 - 1:43se acumula em cima
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1:43 - 1:45e, por fim, fica tão pesado
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1:45 - 1:47que começa a escorregar montanha abaixo,
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1:47 - 1:49pela força de seu próprio peso,
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1:49 - 1:51formando um rio de gelo
que se move lentamente. -
1:51 - 1:53Quando um bloco de gelo como esse
começa a se mover, -
1:53 - 1:54nós o chamamos de glaciar
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1:54 - 1:55e damos a ele um nome.
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1:55 - 1:57O nome do glaciar
em que essas cavernas se formaram -
1:57 - 1:59é Glaciar Sandy.
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1:59 - 2:02Bem, a cada ano, conforme mais neve
se acumula sobre o glaciar, -
2:02 - 2:04ela se derrete sob o sol de verão,
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2:04 - 2:06formando pequenos riachos de água,
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2:06 - 2:07que fluem pelo gelo,
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2:07 - 2:08que começa a derreter,
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2:08 - 2:10abrindo caminho
enquanto descem pelo glaciar, -
2:10 - 2:12formando grandes redes de cavernas,
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2:12 - 2:13que vão, às vezes, do alto
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2:13 - 2:15até o leito rochoso.
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2:15 - 2:17Mas o interessante
das cavernas de glaciares -
2:17 - 2:20é que, a cada ano, novos túneis se formam,
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2:20 - 2:22diferentes cachoeiras surgem
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2:22 - 2:23e mudam de um lugar para outro
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2:23 - 2:24dentro da caverna.
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2:24 - 2:26A água aquecida da parte superior do gelo
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2:26 - 2:27abre caminho até embaixo,
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2:27 - 2:29e o ar quente de debaixo da montanha,
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2:29 - 2:31na verdade, sobe,
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2:31 - 2:32entra na caverna
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2:32 - 2:35e vai derretendo o gelo no teto,
cada vez mais acima. -
2:35 - 2:36Mas o mais estranho
das cavernas de glaciares -
2:36 - 2:39é que a caverna inteira se move,
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2:39 - 2:40porque ela se forma
dentro de um bloco de gelo -
2:40 - 2:42do tamanho de uma pequena cidade,
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2:42 - 2:45que desliza lentamente pela montanha.
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2:45 - 2:46Bem, este é Brent McGregor,
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2:46 - 2:48meu parceiro de exploração de cavernas.
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2:48 - 2:51Eu e ele exploramos cavernas
há muito tempo -
2:51 - 2:53e escalamos montanhas há muito tempo,
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2:53 - 2:55mas jamais havíamos exploramos, de fato,
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2:55 - 2:56uma caverna de glaciar antes.
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2:56 - 2:59Em 2011, Brent assistiu
a um vídeo no YouTube -
2:59 - 3:00de um casal de exploradores
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3:00 - 3:02que encontraram a entrada
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3:02 - 3:03de uma dessas cavernas.
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3:03 - 3:05Não havia coordenadas de GPS para isso,
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3:05 - 3:07e tudo que sabíamos
era que ela ficava em algum lugar -
3:07 - 3:08do glaciar Sandy.
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3:08 - 3:09Então, em julho daquele ano,
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3:09 - 3:10fomos para o glaciar
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3:10 - 3:13e encontramos
uma grande rachadura no gelo. -
3:13 - 3:15Tivemos de criar escoras de neve e gelo,
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3:15 - 3:16para que amarrássemos cordas
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3:16 - 3:18e descêssemos pela abertura.
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3:18 - 3:21Este sou eu olhando pela entrada da fenda.
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3:21 - 3:22No fim deste buraco,
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3:22 - 3:23encontramos um enorme túnel
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3:23 - 3:25que ia até o topo da montanha,
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3:25 - 3:27debaixo de milhares de toneladas de gelo.
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3:27 - 3:29Seguimos por essa caverna
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3:29 - 3:31por cerca de 800 m,
até que chegamos ao fim. -
3:31 - 3:33Então, com a ajuda de nossas
ferramentas de pesquisa, -
3:33 - 3:35criamos um mapa tridimensional da caverna
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3:35 - 3:37no caminho de volta.
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3:37 - 3:39Então, como se mapeia uma caverna?
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3:39 - 3:42Bem, os mapas de cavernas não são
como mapas de trilhas ou de estradas, -
3:42 - 3:43porque elas possuem fossas e buracos
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3:43 - 3:45em níveis sobrepostos.
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3:45 - 3:46Para criar uma mapa de caverna,
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3:46 - 3:47é preciso estabelecer estações de inspeção
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3:47 - 3:49a cada poucos metros dentro da caverna,
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3:49 - 3:52e usa-se um laser para medir a distância
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3:52 - 3:53entre essas estações.
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3:53 - 3:56E usa-se um compasso e um inclinômetro
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3:56 - 3:57para descobrir
em que direção a caverna segue -
3:57 - 4:00e medir a inclinação do chão e dos tetos.
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4:00 - 4:02Bem, aqueles que estudam trigonometria,
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4:02 - 4:03ela é um ramo específico da matemática
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4:03 - 4:05muito útil na criação de mapas desse tipo,
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4:05 - 4:06porque permite que se mensurem
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4:06 - 4:08alturas e distâncias
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4:08 - 4:10sem, de fato, ter de estar lá fisicamente.
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4:10 - 4:12Na verdade, quanto mais
eu estudava e mapeava as cavernas, -
4:12 - 4:14mais útil eu achava toda aquela matemática
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4:14 - 4:16que eu odiava na época de escola.
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4:16 - 4:18Então, ao terminar a inspeção,
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4:18 - 4:19você pega todos esses dados,
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4:19 - 4:21passa-os para o computador
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4:21 - 4:23e encontra alguém
que saiba desenhar muito bem, -
4:23 - 4:24e pede a essa pessoa
que desenhe um mapa -
4:24 - 4:26que é mais ou menos assim.
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4:26 - 4:27E ele mostra
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4:27 - 4:29uma visão panorâmica da passagem,
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4:29 - 4:32bem como uma visão de perfil dela,
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4:32 - 4:34como que a visão de um formigueiro.
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4:34 - 4:36Chamamos essa caverna
de Caverna Dragão da Neve, -
4:36 - 4:37porque parecia um grande dragão
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4:37 - 4:39dormindo sob o gelo.
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4:39 - 4:40Bem, no fim do último verão,
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4:40 - 4:41conforme a neve do glaciar derretia,
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4:41 - 4:42encontramos mais cavernas,
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4:42 - 4:45e percebemos que estavam
todas conectadas. -
4:45 - 4:47Não muito depois de mapearmos
a Dragão da Neve, -
4:47 - 4:49Brent descobriu esta nova caverna,
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4:49 - 4:50não muito distante.
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4:50 - 4:52Seu interior estava coberto de gelo.
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4:52 - 4:54Por isso, tivemos de usar calçados
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4:54 - 4:55com grandes espinhos na sola,
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4:55 - 4:57para que pudéssemos andar
sem escorregar. -
4:57 - 4:59Era uma caverna incrível!
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4:59 - 5:02O gelo no teto era de um verde
e um azul brilhantes, -
5:02 - 5:03porque a luz do Sol, lá em cima,
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5:03 - 5:05brilhava através do gelo
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5:05 - 5:06e o iluminava totalmente.
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5:06 - 5:08Bom, não entendíamos por que essa caverna
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5:08 - 5:10era bem mais fria que a Dragão da Neve,
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5:10 - 5:11até chegarmos ao seu fim
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5:11 - 5:13e descobrimos por quê.
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5:13 - 5:16Havia uma enorme fossa,
ou buraco vertical, -
5:16 - 5:18que tinha 40 metros
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5:18 - 5:19até a superfície do glaciar.
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5:19 - 5:21O ar frio do alto do monte de gelo
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5:21 - 5:23descia pelo buraco,
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5:23 - 5:24soprando pela caverna,
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5:24 - 5:26congelando tudo dentro dela.
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5:26 - 5:28E estávamos tão empolgados por encontrar
essa nova passagem, -
5:28 - 5:31que acabamos voltando
em janeiro do ano seguinte, -
5:31 - 5:33e fomos os primeiros a explorá-la.
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5:33 - 5:35Era tão frio do lado de fora,
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5:35 - 5:37que tivemos de dormir dentro da caverna.
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5:37 - 5:39Este é nosso acampamento,
do lado esquerdo -
5:39 - 5:41da entrada.
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5:41 - 5:43Na manhã seguinte,
saímos da caverna escalando, -
5:43 - 5:45fomos até o alto, em cima do glaciar,
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5:45 - 5:48e finalmente driblamos
e vencemos essa fossa -
5:48 - 5:49pela primeira vez.
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5:49 - 5:52Brent a chamou
de caverna Pura Imaginação, eu acho, -
5:52 - 5:53porque a beleza que vimos dentro dela
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5:53 - 5:56estava além do que jamais
poderíamos imaginar. -
5:56 - 5:57Então, além da beleza do gelo,
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5:57 - 5:59o que mais existe dentro dessas cavernas?
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5:59 - 6:01Bem, não tem muita coisa vivendo nelas,
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6:01 - 6:02porque são muito frias
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6:02 - 6:04e a entrada, na verdade,
fica coberta de neve -
6:04 - 6:06durante cerca de oito meses do ano,
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6:06 - 6:08mas existem coisas bem legais lá dentro.
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6:08 - 6:10Há bactérias estranhas vivendo na água
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6:10 - 6:12que, de fato, digerem rochas
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6:12 - 6:13para produzir seu próprio alimento,
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6:13 - 6:15para viver sob o gelo.
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6:15 - 6:16Na verdade, no verão passado,
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6:16 - 6:19os cientistas colheram amostras
de água e gelo, -
6:19 - 6:22especificamente para ver se seres
chamados extremófilos, -
6:22 - 6:24minúsculas formas de vida que evoluíram
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6:24 - 6:26para viver sob condições
completamente hostis, -
6:26 - 6:28viviam sob o gelo,
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6:28 - 6:29como o que se espera encontrar
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6:29 - 6:31nas calotas polares de Marte algum dia.
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6:31 - 6:32Outra coisa bem legal
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6:32 - 6:34é que, conforme sementes e pássaros pousam
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6:34 - 6:36na superfície do glaciar e morrem,
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6:36 - 6:37acabam sendo enterrados sob a neve
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6:37 - 6:39e, aos poucos, tornam-se parte do glaciar,
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6:39 - 6:41afundando cada vez mais no gelo.
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6:41 - 6:43Conforme essas cavernas se formam
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6:43 - 6:45com o derretimento do gelo,
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6:45 - 6:47essas coisas escorrem do teto
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6:47 - 6:48e caem no chão da caverna,
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6:48 - 6:50onde acabamos as encontrando.
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6:50 - 6:53Por exemplo, esta é a primeira
semente que encontramos. -
6:53 - 6:55Ela esteve congelada
por mais de duzentos anos, -
6:55 - 6:58e agora está começando a germinar.
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6:58 - 7:01Esta pena de pato-real foi encontrada
a mais de 550 metros -
7:01 - 7:03no fundo da caverna Dragão da Neve.
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7:03 - 7:04Esse pato morreu na superfície
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7:04 - 7:06do glaciar, há muito tempo,
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7:06 - 7:08e suas penas finalmente atravessaram
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7:08 - 7:09mais de 30 metros de gelo,
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7:09 - 7:12caindo dentro da caverna.
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7:12 - 7:13E este lindo cristal de quartzo
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7:13 - 7:15também foi encontrado
no fundo da caverna Dragão da Neve. -
7:15 - 7:17Brent e eu ainda achamos difícil acreditar
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7:17 - 7:19que todas essas descobertas
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7:19 - 7:21estavam, basicamente,
em nosso próprio quintal, -
7:21 - 7:23escondidas, simplesmente esperando
para serem encontradas. -
7:23 - 7:24Como disse antes,
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7:24 - 7:25a ideia de descobertas,
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7:25 - 7:27neste mundo frenético em que vivemos,
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7:27 - 7:28meio que parece algo
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7:28 - 7:30que só pode ser feito através de viagens
ao espaço hoje em dia, -
7:30 - 7:31mas isso não é verdade.
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7:31 - 7:34Todos os anos,
novas cavernas são descobertas, -
7:34 - 7:36nas quais ninguém jamais esteve antes.
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7:36 - 7:37Então, na verdade, não é tarde demais
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7:37 - 7:40para que vocês também
se tornem descobridores. -
7:40 - 7:42Só precisam estar dispostos a procurar,
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7:42 - 7:44a ir aonde as pessoas
geralmente não vão -
7:44 - 7:46e a focar seus olhos e sua mente
-
7:46 - 7:48para reconhecer a descoberta
quando a avistarem, -
7:48 - 7:51porque ela pode estar
em seu próprio quintal. -
7:51 - 7:52Muito obrigado.
- Title:
- Minhas descobertas em cavernas glaciárias - Eddy Cartaya
- Description:
-
Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/my-glacier-cave-discoveries-eddy-cartaya
Dragão da Neve. Pura Imaginação. Minotauro Congelado. Estes são nomes que Eddy Cartaya e seu parceiro de escaladas, Brent McGregor, deram a três cavernas glaciárias que eles foram os primeiros a explorar, cavernas que estão em constante mudança, graças à água e ao ar aquecidos. No TEDYouth, Cartaya nos leva para dentro desses lugares mágicos, onde o gelo brilha em tons de verde e azul, e onde coisas escorrem do teto.
Palestra de Eddy Cartaya.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 08:03
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Leonardo Silva commented on Portuguese, Brazilian subtitles for My glacier cave discoveries - Eddy Cartaya | ||
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César Trevisan commented on Portuguese, Brazilian subtitles for My glacier cave discoveries - Eddy Cartaya | ||
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for My glacier cave discoveries - Eddy Cartaya |
César Trevisan
Tradução perfeita. Parabéns.
Leonardo Silva
Obrigado. ;o)