Return to Video

O que é que provoca as cáries? — Mel Rosenberg

  • 0:07 - 0:10
    Quando arqueólogos
    recentemente encontraram
  • 0:10 - 0:13
    ossadas humanas com cerca de 15 000 anos,
  • 0:13 - 0:15
    fizeram uma descoberta interessante.
  • 0:15 - 0:19
    Os dentes desses seres humanos primitivos
    estavam cheios de buracos.
  • 0:19 - 0:24
    Essas cáries eram causadas pela mesma coisa
    que ainda hoje nos atormenta,
  • 0:24 - 0:27
    minúsculos micróbios específicos
    que proliferam na nossa boca.
  • 0:28 - 0:31
    Estes micróbios acompanham-nos
    desde que nascemos.
  • 0:31 - 0:34
    Adquirimo-los habitualmente, quando bebés,
    da boca da nossa mãe.
  • 0:34 - 0:36
    Quando os dentes despontam,
  • 0:36 - 0:39
    começam, naturalmente,
    a acumular comunidades de bactérias.
  • 0:40 - 0:41
    Consoante aquilo que comemos,
  • 0:41 - 0:44
    e especificamente a quantidade de açúcar
    que consumimos,
  • 0:44 - 0:48
    certos micróbios podem propagar-se
    e causar cáries.
  • 0:48 - 0:52
    As dietas com alto teor de açúcar
    podem provocar uma explosão de bactérias
  • 0:52 - 0:56
    chamadas "mutans streptococci"
    na nossa boca.
  • 0:56 - 0:59
    Tal como os seres humanos, estes
    micro-organismos adoram açúcar,
  • 0:59 - 1:03
    usando-o como componentes moleculares
    e como fonte de energia.
  • 1:03 - 1:05
    À medida que o consomem,
  • 1:05 - 1:08
    as bactérias geram subprodutos
    sob a forma de ácidos,
  • 1:08 - 1:10
    como o ácido láctico.
  • 1:10 - 1:13
    Os "mutans streptococci"
    são resistentes a este ácido,
  • 1:13 - 1:16
    mas infelizmente,
    os nossos dentes não são.
  • 1:16 - 1:18
    Embora os dentes humanos
    estejam revestidos
  • 1:18 - 1:20
    de uma camada dura e protetora de esmalte,
  • 1:20 - 1:23
    esta não resiste ao ácido.
  • 1:23 - 1:26
    Este corrói o revestimento,
    ao fim de algum tempo,
  • 1:26 - 1:28
    privando-o dos minerais de cálcio.
  • 1:28 - 1:32
    A pouco e pouco, o ácido abre um caminho
    para as bactérias
  • 1:32 - 1:35
    na camada secundária do dente,
    chamada dentina.
  • 1:36 - 1:40
    Como os vasos sanguíneos e os nervos
    estão profundamente enterrados nos dentes,
  • 1:40 - 1:44
    nesta fase, a cárie em desenvolvimento
    não provoca dor.
  • 1:44 - 1:46
    Mas se os danos se estendem
    para além da dentina,
  • 1:46 - 1:49
    a invasão bacteriana vai avançando
  • 1:49 - 1:52
    provocando uma dor terrível
    quando os nervos são atingidos.
  • 1:53 - 1:56
    Sem tratamento, todo o dente
    pode ficar infetado
  • 1:56 - 1:57
    e precise de ser arrancado
  • 1:57 - 2:01
    tudo por causa destas bactérias
    que adoram açúcar.
  • 2:01 - 2:03
    Quanto mais açúcar a nossa comida tiver,
  • 2:03 - 2:05
    mais os nossos dentes correm riscos.
  • 2:06 - 2:10
    Mas aqueles trogloditas dificilmente
    comeriam doces,
  • 2:10 - 2:12
    então, o que é
    que lhes provocou as cáries?
  • 2:12 - 2:16
    Nas dietas à base de carne, devia haver
    baixo risco de desenvolvimento de cáries
  • 2:16 - 2:19
    porque a carne magra
    contém muito pouco açúcar,
  • 2:19 - 2:22
    mas os nossos antepassados primitivos
    não comiam só isso.
  • 2:22 - 2:25
    Os homens das cavernas
    também deviam consumir
  • 2:25 - 2:27
    raízes, frutos secos e cereais,
  • 2:27 - 2:30
    que contêm, todos eles, carboidratos.
  • 2:30 - 2:32
    Quando expostos às enzimas da saliva,
  • 2:32 - 2:36
    os carboidratos decompõem-se
    em açúcares simples,
  • 2:36 - 2:40
    que podem tornar-se no alimento
    para essas vorazes bactérias da boca.
  • 2:40 - 2:44
    Por isso, embora os primitivos comessem
    menos açúcar, em comparação connosco,
  • 2:44 - 2:48
    os seus dentes também
    estavam expostos a açúcares.
  • 2:48 - 2:51
    Mas isso não significa que eles
    não podiam tratar das suas cáries.
  • 2:51 - 2:55
    As ossadas arqueológicas mostram
    que, há cerca de 14 000 anos,
  • 2:55 - 2:58
    os seres humanos já usavam
    pedras aguçadas
  • 2:58 - 3:01
    para remover pedaços de dentes podres.
  • 3:01 - 3:03
    Os seres humanos antigos até
    faziam brocas rudimentares
  • 3:03 - 3:06
    para alisar os buracos grosseiros
    que se criavam
  • 3:06 - 3:10
    e cera de abelha para encher as cavidades,
    tal como as modernas obturações.
  • 3:10 - 3:14
    Hoje, temos técnicas e ferramentas
    muito mais sofisticadas,
  • 3:14 - 3:18
    felizmente, porque também precisamos
    de lidar com formas de consumo de açúcar
  • 3:18 - 3:20
    muito mais prejudiciais.
  • 3:20 - 3:25
    Depois da Revolução Industrial, aumentou
    a incidência de cáries nos seres humanos
  • 3:25 - 3:28
    porque, subitamente,
    tivemos um progresso tecnológico
  • 3:28 - 3:31
    que tornou o açúcar refinado
    mais barato e mais acessível.
  • 3:31 - 3:37
    Hoje, 92% de norte-americanos
    já tiveram cáries nos dentes.
  • 3:37 - 3:40
    Há pessoas mais suscetíveis às cáries
    devido aos genes
  • 3:40 - 3:43
    que podem causar certas fraquezas,
    como um esmalte mais frágil,
  • 3:43 - 3:47
    mas, na maioria, a culpa é
    do alto consumo de açúcar.
  • 3:47 - 3:50
    No entanto, desenvolvemos outras formas
    de minimizar as cáries
  • 3:50 - 3:54
    para além de reduzir o consumo
    de açúcar e de amido.
  • 3:54 - 3:57
    Na maior parte das pastas de dentes
    e em muitos abastecimentos de água,
  • 3:57 - 3:59
    usamos pequenas quantidades de fluor.
  • 3:59 - 4:03
    Este fortalece os dentes e estimula
    o crescimento de cristais de esmalte
  • 4:03 - 4:06
    que constituem as defesas do dente
    contra o ácido.
  • 4:06 - 4:08
    Quando se desenvolvem as cáries,
  • 4:08 - 4:12
    usamos obturações do dente
    para preencher e fechar a área infetada,
  • 4:12 - 4:14
    evitando que elas piorem.
  • 4:14 - 4:18
    A melhor forma para evitar uma cárie
    é reduzir o consumo de açúcar
  • 4:18 - 4:20
    e praticar uma boa higiene oral
  • 4:20 - 4:23
    para nos livrarmos das bactérias
    e das suas fontes alimentares.
  • 4:23 - 4:25
    Isso inclui escovar os dentes
    com regularidade,
  • 4:25 - 4:28
    usar fio dental,
    evitar as coisas doces, os amidos
  • 4:28 - 4:32
    e os alimentos pegajosos que se colam
    aos dentes, entre as refeições.
  • 4:32 - 4:36
    A pouco e pouco, a população de micróbios,
    amante de açúcar, na boca, diminuirá.
  • 4:36 - 4:38
    Ao contrário dos homens das cavernas,
  • 4:38 - 4:42
    temos hoje os conhecimentos necessários
    para impedir uma calamidade de cáries.
  • 4:42 - 4:44
    Só temos que os usar.
Title:
O que é que provoca as cáries? — Mel Rosenberg
Speaker:
Mel Rosenberg
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/what-causes-cavities-mel-rosenberg

Quando uma equipa de arqueólogos encontrou recentemente ossadas humanas com cerca de 15 000 anos, fez uma descoberta interessante: os dentes desses seres humanos primitivos estavam cheios de buracos. O que é que provoca as cáries, e como podemos evitá-las? Mel Rosenberg leva-nos ao interior dos dentes para o descobrirmos.

Lição de Mel Rosenberg, animação de Andrew Foerster

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:01
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for What causes cavities?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
André Martins accepted Portuguese subtitles for What causes cavities?
André Martins edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
Ana Lopo edited Portuguese subtitles for What causes cavities?
Show all

Portuguese subtitles

Revisions