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A passagem do tempo, captada numa única foto

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    Sou movido por uma pura paixão
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    por criar fotografias
    que contam histórias.
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    Uma fotografia pode ser descrita
    como o registo de um momento único
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    congelado numa fração de tempo.
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    Cada momento ou cada fotografia
    representa um pedaço tangível
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    das nossas memórias ao longo do tempo.
  • 0:22 - 0:25
    E se fosse possível captar
    mais de um momento numa fotografia?
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    Que aconteceria, se uma fotografia
    pudesse destruir o tempo,
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    comprimindo os melhores momentos
    do dia e da noite,
  • 0:32 - 0:35
    sem cortes, numa só imagem?
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    Eu criei um conceito chamado
    "Do Dia até à Noite"
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    e penso que vai mudar
    a forma como vemos o mundo.
  • 0:41 - 0:43
    Para mim mudou.
  • 0:43 - 0:48
    O meu processo começa
    por fotografar locais emblemáticos,
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    lugares a que eu chamo
    a nossa memória coletiva.
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    Fotografo a partir de um local
    privilegiado, e não me mexo.
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    Capto os momentos passageiros
    das pessoas e da luz ao longo do tempo.
  • 1:00 - 1:03
    Fotografo aproximadamente
    entre 15 a 30 horas
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    e disparo cerca de 1500 fotos.
  • 1:06 - 1:09
    Depois escolho os melhores momentos
    da noite e do dia.
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    Usando o tempo como guia,
  • 1:11 - 1:15
    junto os melhores momentos
    numa única fotografia,
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    visualizando a nossa viagem
    consciente pelo tempo.
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    Posso levar-vos a Paris,
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    para uma vista
    a partir da ponte Tournelle.
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    Posso mostrar os remadores
    de manhã cedo
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    ao longo do rio Sena.
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    E ao mesmo tempo,
  • 1:30 - 1:33
    posso mostrar a radiosa
    Notre Dame, à noite.
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    E entretanto, posso mostrar
    o romantismo da Cidade Luz.
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    Sou sobretudo um fotógrafo de rua,
    mas fotografo a 15 metros de altura.
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    Tudo o que vemos nesta fotografia
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    aconteceu nesse dia.
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    "Do Dia até à Noite" é um projeto global.
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    O meu trabalho concentra-se
    sempre na História.
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    Sou fascinado pelo conceito
    de ir a um lugar como Veneza
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    e observá-la durante
    um acontecimento específico.
  • 2:02 - 2:05
    Decidi que queria ver
    a histórica Regata,
  • 2:05 - 2:09
    um acontecimento
    que se realiza desde 1498.
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    Os barcos e os trajes são exatamente
    como eram nessa época.
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    E um elemento importante,
    que é preciso que percebam,
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    é que isto não é um efeito
    de aceleração do tempo.
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    Sou eu a fotografar
    ao longo do dia e da noite
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    Sou um colecionador incansável
    de momentos mágicos.
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    O que me motiva
    é o medo de perder um desses momentos.
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    Este conceito surgiu em 1996.
  • 2:41 - 2:45
    Fui encarregado pela revista LIFE
    de criar uma fotografia panorâmica
  • 2:45 - 2:50
    da equipa do filme "Romeu e Julieta",
    do diretor Baz Luhrmann.
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    Fui ver o cenário do filme e percebi
    que era um quadrado.
  • 2:54 - 2:59
    Por isso, a única forma de criar
    uma panorâmica seria fazer uma colagem
  • 2:59 - 3:01
    de 250 imagens.
  • 3:02 - 3:05
    Tinha o DiCaprio e Claire Danes
    abraçados.
  • 3:05 - 3:08
    Quando virei a máquina para a direita,
  • 3:08 - 3:10
    reparei que havia um espelho na parede
  • 3:10 - 3:13
    e vi que eles estavam
    a ser refletidos no espelho.
  • 3:13 - 3:16
    Para aquele momento, para aquela imagem,
    perguntei-lhes:
  • 3:16 - 3:18
    "Importam-se de se beijar
    apenas para esta foto?"
  • 3:18 - 3:21
    Depois, voltei para o meu estúdio
    em Nova Iorque
  • 3:21 - 3:26
    e colei à mão essas 250 imagens,
    dei um passo atrás e pensei:
  • 3:26 - 3:28
    "Uau, isso está ótimo!
  • 3:28 - 3:30
    "Estou a mudar o tempo numa fotografia."
  • 3:30 - 3:35
    Esse conceito permaneceu comigo
    durante 13 anos
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    até que a tecnologia
    veio ao encontro dos meus sonhos.
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    Esta é uma imagem que criei
    do pontão de Santa Mónica,
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    do dia até à noite.
  • 3:43 - 3:45
    Vou mostrar-vos um pequeno vídeo
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    que dá uma ideia
    de como é acompanhar-me
  • 3:47 - 3:49
    enquanto faço estas fotos.
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    Para começar, é preciso perceber que,
    para obter vistas como esta
  • 3:53 - 3:57
    eu passo muito tempo lá no alto,
    em geral numa grua
  • 3:57 - 3:58
    ou num guindaste.
  • 3:58 - 4:01
    Este é um dia típico,
    12 a 18 horas, sem parar
  • 4:01 - 4:03
    para captar a passagem de um dia inteiro.
  • 4:04 - 4:07
    Uma das coisas ótimas
    é que eu gosto de observar as pessoas.
  • 4:07 - 4:09
    Acreditem em mim,
    quando vos digo
  • 4:09 - 4:11
    que este é o melhor assento
    que se pode desejar.
  • 4:12 - 4:15
    Mas é mesmo assim que eu faço
    ao criar estas fotografias.
  • 4:16 - 4:19
    Depois de decidir
    quanto à vista e ao local,
  • 4:20 - 4:23
    tenho que decidir
    quando começa o dia e acaba a noite.
  • 4:23 - 4:25
    É aquilo a que chamo o vetor tempo.
  • 4:25 - 4:29
    Einstein descreveu o tempo como um tecido.
  • 4:29 - 4:32
    Pensem na superfície de um trampolim.
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    Deforma-se e estica-se com a gravidade.
  • 4:35 - 4:38
    Eu também vejo o tempo como um tecido,
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    exceto que agarro nesse tecido,
    estico-o, comprimo-o num simples plano.
  • 4:43 - 4:45
    Um dos aspetos únicos deste trabalho,
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    se virem todas as minhas imagens,
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    é que o vetor tempo também muda.
  • 4:48 - 4:50
    Por vezes vou da esquerda para a direita,
  • 4:50 - 4:54
    por vezes da frente para trás,
    de cima para baixo, ou mesmo na diagonal.
  • 4:55 - 4:58
    Vou explorando o contínuo espaço-tempo
  • 4:58 - 5:01
    numa fotografia parada de duas dimensões.
  • 5:01 - 5:03
    Quando faço estas fotos,
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    é como um "puzzle" em tempo real
    que faço na minha cabeça.
  • 5:07 - 5:09
    Construo uma fotografia
    com base no tempo.
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    É aquilo a que chamo a chapa mestra.
  • 5:12 - 5:15
    Pode levar-me meses até ficar pronta.
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    O divertido neste trabalho
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    é que não tenho controlo nenhum
    quando estou lá em cima
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    num determinado dia e faço as fotografias.
  • 5:23 - 5:25
    Nunca sei quem vai aparecer na imagem,
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    se vai ser um nascer do sol
    ou um pôr-do-sol espetacular
  • 5:28 - 5:29
    — nenhum controlo.
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    Só no fim do processo,
  • 5:31 - 5:34
    se tive um dia muito bom
    e tudo se manteve na mesma,
  • 5:34 - 5:36
    é que decido quem fica e quem sai,
  • 5:36 - 5:38
    tudo isto com base no tempo.
  • 5:38 - 5:42
    Agarro nos melhores momentos
    que consegui, ao fim de um mês de edição
  • 5:42 - 5:46
    e eles fundem-se, sem cortes,
    numa chapa mestra.
  • 5:46 - 5:49
    Vou comprimindo o dia e a noite
  • 5:49 - 5:51
    tal como os vi,
  • 5:51 - 5:55
    criando uma harmonia única
    entre esses dois mundos muito discordantes.
  • 5:56 - 5:59
    A pintura teve sempre uma grande influência
    em todo o meu trabalho
  • 5:59 - 6:02
    e fui sempre um grande fã
    de Albert Bierstadt,
  • 6:02 - 6:04
    o grande pintor da Escola do Rio Hudson.
  • 6:04 - 6:07
    Ele inspirou uma série recente
    que fiz nos parques nacionais.
  • 6:08 - 6:10
    Este é o Vale Yosemite de Bierstadt.
  • 6:11 - 6:14
    Esta é a fotografia do Yosemite que criei.
  • 6:14 - 6:17
    É a história da capa
    da edição de janeiro de 2016
  • 6:17 - 6:19
    da revista National Geographic.
  • 6:20 - 6:23
    Fotografei mais de 30 horas
    para esta imagem.
  • 6:23 - 6:25
    Estava à borda dum penhasco,
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    a captar as estrelas e o luar
    enquanto o tempo passava.
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    O luar iluminava El Capitan.
  • 6:31 - 6:35
    Também captei a transição do tempo
    por toda a paisagem.
  • 6:36 - 6:40
    A melhor parte é obviamente
    ver os momentos mágicos das pessoas
  • 6:40 - 6:42
    à medida que o tempo muda
  • 6:43 - 6:45
    do dia para a noite.
  • 6:46 - 6:48
    Numa nota pessoal,
  • 6:48 - 6:52
    eu tinha no bolso uma fotocópia
    da pintura de Bierstadt.
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    Quando o sol começou
    a erguer-se no vale,
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    comecei a tremer de excitação
  • 6:57 - 6:59
    porque olhei para a pintura e pensei:
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    "Oh, meu Deus, estou a ter exatamente
    a mesma luz que Bierstadt teve
  • 7:02 - 7:04
    "há cem anos".
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    O "Dia até à Noite"
    tem a ver com todas as coisas,
  • 7:09 - 7:12
    é como uma compilação
    de todas as coisas de que eu gosto
  • 7:12 - 7:14
    neste meio de comunicação
    que é a fotografia.
  • 7:14 - 7:15
    Tem a ver com a paisagem,
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    tem a ver com a fotografia de rua,
  • 7:17 - 7:19
    tem a ver com a cor, com a arquitetura,
  • 7:19 - 7:22
    a perspetiva, a escala
    e, em especial, a História.
  • 7:23 - 7:25
    Este é um dos momentos mais históricos
  • 7:25 - 7:26
    que pude fotografar,
  • 7:26 - 7:30
    a tomada de posse em 2013
    do presidente Barack Obama.
  • 7:30 - 7:32
    Se olharem para a foto com atenção,
  • 7:32 - 7:34
    verão o tempo a mudar
  • 7:34 - 7:36
    nestes grandes aparelhos de televisão.
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    Vemos Michelle à espera com as filhas,
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    o presidente a cumprimentar a multidão,
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    a prestar juramento,
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    e a falar ao povo.
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    Há muitos aspetos problemáticos
    quando criamos fotografias como esta.
  • 7:49 - 7:51
    Para esta fotografia em particular,
  • 7:51 - 7:55
    eu estava num elevador de mola
    a 15 metros de altura,
  • 7:55 - 7:56
    que não era muito estável.
  • 7:56 - 7:59
    Sempre que o meu assistente e eu
    nos movíamos,
  • 7:59 - 8:01
    a linha do nosso horizonte mudava.
  • 8:01 - 8:03
    Por isso, cada imagem que veem,
  • 8:03 - 8:05
    e tirei cerca de 1800 fotos
    para esta imagem
  • 8:05 - 8:08
    tínhamos ambos que fixar os pés
    com fita adesiva
  • 8:08 - 8:10
    sempre que eu disparava o obturador.
  • 8:11 - 8:14
    (Aplausos)
  • 8:15 - 8:18
    Aprendi muitas coisas extraordinárias
    a fazer este trabalho.
  • 8:19 - 8:21
    Acho que as duas mais importantes são
  • 8:21 - 8:25
    a paciência e o poder de observação.
  • 8:25 - 8:28
    Quando fotografei uma cidade
    como Nova Iorque, lá do alto,
  • 8:28 - 8:31
    descobri que as pessoas nos carros
  • 8:31 - 8:33
    com quem convivo todos os dias,
  • 8:33 - 8:35
    deixaram de se parecer
    com pessoas em carros.
  • 8:35 - 8:38
    Parecem-se como um gigantesco
    cardume de peixes,
  • 8:38 - 8:40
    numa forma de comportamento emergente.
  • 8:40 - 8:43
    Quando as pessoas descrevem
    a energia de Nova Iorque,
  • 8:43 - 8:46
    penso que esta fotografia
    começa, de facto, a captar isso.
  • 8:46 - 8:49
    Se olharem com mais atenção
    para o meu trabalho,
  • 8:49 - 8:51
    verão que há histórias a acontecer.
  • 8:51 - 8:54
    Percebem que Times Square
    é um desfiladeiro,
  • 8:54 - 8:56
    é sombra e é luz do sol.
  • 8:56 - 8:58
    Por isso decidi, nesta fotografia,
  • 8:58 - 9:00
    transformar o tempo
    num tabuleiro de xadrez.
  • 9:00 - 9:04
    Onde houver sombras, é noite
    e só onde houver sol, é que é dia.
  • 9:05 - 9:07
    O tempo é esta coisa extraordinária
  • 9:07 - 9:10
    que nunca podemos envolver a cabeça.
  • 9:10 - 9:12
    Mas, de modo muito especial,
  • 9:12 - 9:16
    acho que estas fotografias
    começam a dar rosto ao tempo.
  • 9:17 - 9:22
    Corporizam uma nova
    realidade visual metafísica
  • 9:23 - 9:26
    Quando passamos 15 horas
    a olhar para o mesmo local,
  • 9:27 - 9:29
    vemos as coisas de modo um pouco diferente
  • 9:29 - 9:31
    do que, se subíssemos lá acima
    com a máquina,
  • 9:31 - 9:34
    tirássemos uma foto e depois
    nos viéssemos embora.
  • 9:34 - 9:35
    Vou dar-vos este exemplo perfeito.
  • 9:35 - 9:38
    Chamei-lhe "Selfie Sacré-Coeur".
  • 9:38 - 9:40
    Observei durante 15 horas
    todas estas pessoas,
  • 9:40 - 9:43
    que nem sequer olhavam
    para o Sacré-Coeur.
  • 9:43 - 9:45
    Elas estavam mais interessadas
    em usá-lo como pano de fundo.
  • 9:45 - 9:48
    Subiam, tiravam uma foto,
  • 9:48 - 9:50
    e depois iam-se embora.
  • 9:51 - 9:55
    Achei que este era um exemplo
    perfeitamente extraordinário,
  • 9:55 - 10:00
    uma distanciação poderosa entre
    o que pensamos que é a experiência humana
  • 10:00 - 10:03
    e aquilo para que está a evoluir
    a experiência humana.
  • 10:04 - 10:09
    O ato de partilhar, subitamente,
    passou a ser mais importante
  • 10:09 - 10:11
    do que a própria experiência.
  • 10:12 - 10:15
    (Aplausos)
  • 10:16 - 10:19
    Finalmente, a minha foto mais recente
  • 10:19 - 10:21
    que, pessoalmente,
    tem um significado muito especial.
  • 10:21 - 10:25
    É o Parque Nacional Serengeti
    na Tanzânia.
  • 10:25 - 10:28
    A fotografia foi tirada
    no meio da Seronera,
  • 10:28 - 10:30
    não é uma reserva.
  • 10:30 - 10:33
    Fui lá especificamente
    durante o pico da migração
  • 10:33 - 10:36
    na esperança de captar
    a maior diversidade de animais.
  • 10:37 - 10:38
    Infelizmente, quando lá cheguei,
  • 10:38 - 10:41
    estava a haver uma seca
    durante o pico da migração,
  • 10:41 - 10:42
    uma seca de cinco semanas.
  • 10:42 - 10:45
    Por isso os animais
    dirigiam-se para a água.
  • 10:45 - 10:47
    Encontrei este único buraco com água,
  • 10:47 - 10:51
    e pareceu-me que, se tudo se mantivesse
    da mesma maneira
  • 10:51 - 10:55
    eu tinha uma verdadeira oportunidade
    de captar qualquer coisa de único.
  • 10:55 - 10:56
    Passámos três dias a estudar o local,
  • 10:56 - 10:58
    e nada me preparou
  • 10:58 - 11:01
    para aquilo a que assisti
    durante o dia das fotos.
  • 11:01 - 11:04
    Fotografei durante 26 horas
  • 11:04 - 11:07
    camuflado, a quatro metros de altura.
  • 11:08 - 11:10
    O que vi foi inimaginável.
  • 11:10 - 11:12
    Francamente, foi bíblico.
  • 11:12 - 11:14
    Durante 26 horas,
  • 11:14 - 11:19
    vimos todas estas espécies em competição
    partilhar um único recurso chamado água.
  • 11:19 - 11:24
    O mesmo recurso que, possivelmente,
    vai provocar guerras da Humanidade
  • 11:24 - 11:25
    durante os próximos 50 anos,
  • 11:25 - 11:30
    Os animais nem sequer
    grunhiam uns para os outros.
  • 11:30 - 11:34
    Parecia que percebiam uma coisa
    que os homens não percebem.
  • 11:34 - 11:36
    Que este precioso recurso, chamado água,
  • 11:36 - 11:39
    é uma coisa que todos temos que partilhar.
  • 11:40 - 11:43
    Quando criámos esta imagem,
  • 11:43 - 11:47
    percebi que o "Dia até à Noite"
    é, de facto, uma nova forma de ver,
  • 11:48 - 11:50
    de comprimir o tempo,
  • 11:50 - 11:54
    de explorar o contínuo espaço-tempo
    dentro duma fotografia.
  • 11:55 - 11:59
    À medida que a tecnologia evolui
    juntamente com a fotografia,
  • 11:59 - 12:01
    os fotógrafos não só comunicarão
  • 12:01 - 12:04
    um significado mais profundo
    de tempo e memória,
  • 12:04 - 12:10
    como criarão uma nova narrativa
    de histórias desconhecidas,
  • 12:11 - 12:15
    criando uma janela intemporal
    para o nosso mundo.
  • 12:15 - 12:17
    Obrigado.
  • 12:17 - 12:20
    (Aplausos)
Title:
A passagem do tempo, captada numa única foto
Speaker:
Stephen Wilkes
Description:

O fotógrafo Stephen Wilkes cria composições espantosas de paisagens à medida que estas passam do dia para a noite, explorando o contínuo espaço-tempo dentro duma fotografia parada, a duas dimensões. Viajam com ele a locais icónicos como a Ponte Tournelle em Paris, El Capitan no Parque Nacional Yosemite e um buraco onde existe água no coração do Serengeti, nesta visita à sua arte e processo de trabalho.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:36

Portuguese subtitles

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