Return to Video

Qual o impacto dos carboidratos na saúde? — Richard J. Wood

  • 0:07 - 0:10
    Qual destes tem menos carboidratos?
  • 0:10 - 0:11
    Este pão?
  • 0:11 - 0:12
    Esta tijela de arroz?
  • 0:12 - 0:14
    Ou esta lata de refrigerante?
  • 0:14 - 0:16
    É uma pergunta enganadora.
  • 0:16 - 0:18
    Embora possam ser diferentes em gordura,
  • 0:18 - 0:20
    em vitaminas e outros
    conteúdos nutricionais,
  • 0:20 - 0:23
    no que se refere aos carboidratos,
    são praticamente iguais.
  • 0:23 - 0:26
    Então, que significa isso
    para a nossa dieta?
  • 0:27 - 0:31
    Primeiro, os carboidratos
    são a categoria nutricional dos açúcares
  • 0:31 - 0:35
    e das moléculas que o nosso corpo
    sintetiza para produzir açúcares.
  • 0:35 - 0:39
    Os carboidratos podem ser simples
    ou complexos, consoante a sua estrutura.
  • 0:39 - 0:43
    Este é um açúcar simples,
    ou um monossacarídeo.
  • 0:43 - 0:47
    A glucose, a frutose e a galactose
    são todas açúcares simples.
  • 0:47 - 0:51
    Se unirmos dois deles
    obtemos um dissacarídeo,
  • 0:51 - 0:54
    a lactose, a maltose ou a sacarose.
  • 0:55 - 0:58
    Os carboidratos complexos,
    por outro lado,
  • 0:58 - 1:01
    são constituídos
    por três açúcares simples, ou mais.
  • 1:01 - 1:05
    Os hidratos de carbono complexos
    com três a dez açúcares unidos
  • 1:05 - 1:07
    são os oligossacarídeos.
  • 1:07 - 1:10
    Os que têm mais de 10,
    são os polissacarídeos.
  • 1:10 - 1:12
    Durante a digestão,
  • 1:12 - 1:14
    o corpo sintetiza
    os carboidratos complexos
  • 1:14 - 1:18
    nos seus componentes monossacarídeos,
  • 1:18 - 1:20
    que as células utilizam para a energia.
  • 1:20 - 1:23
    Por isso, quando comemos
    qualquer alimento rico em carboidratos,
  • 1:23 - 1:27
    aumenta o nível de açúcar no sangue
    — normalmente uma colher de chá.
  • 1:27 - 1:32
    Mas o trato digestivo não reage
    da mesma maneira a todos os carboidratos.
  • 1:32 - 1:34
    Vejam os amidos e as fibras,
  • 1:34 - 1:36
    ambos polissacarídeos,
  • 1:36 - 1:38
    ambos derivados das plantas,
  • 1:38 - 1:42
    ambos compostos por centenas de milhares
    de monossacarídeos unidos,
  • 1:42 - 1:45
    mas unidos de formas diferentes.
  • 1:45 - 1:47
    Isso altera o efeito
    que têm no nosso corpo.
  • 1:47 - 1:52
    As plantas armazenam os amidos, sobretudo
    nas raízes e sementes, para energia.
  • 1:52 - 1:56
    Nos amidos, as moléculas de glucose
    estão unidas por ligações alfa,
  • 1:56 - 2:01
    a maior parte das quais pode ser facilmente
    quebrada por enzimas no trato digestivo.
  • 2:01 - 2:05
    Mas nas fibras, as ligações entre
    as moléculas monossacarídeas
  • 2:05 - 2:06
    são ligações beta,
  • 2:06 - 2:08
    que o nosso corpo não consegue digerir.
  • 2:08 - 2:11
    As fibras também podem
    capturar alguns amidos,
  • 2:11 - 2:14
    impedindo-os de serem digeridos,
  • 2:14 - 2:16
    produzindo aquilo a que se chama
    amidos resistentes.
  • 2:17 - 2:20
    Portanto, os alimentos ricos em amido,
    como os biscoitos e o pão branco
  • 2:20 - 2:22
    são digeridos facilmente,
  • 2:22 - 2:25
    libertando rapidamente
    grande quantidade de glucose no sangue,
  • 2:25 - 2:26
    o mesmo acontecendo
  • 2:26 - 2:30
    quando bebemos qualquer coisa rica
    em glucose, como um refrigerante.
  • 2:29 - 2:32
    Estes alimentos têm
    um elevado índice de glicémia,
  • 2:32 - 2:36
    a quantidade de açúcar no sangue
    que um determinado alimento eleva.
  • 2:37 - 2:40
    Um refrigerante e o pão branco
    têm um índice de glicémia semelhante
  • 2:40 - 2:43
    porque têm um efeito semelhante
    no açúcar do sangue.
  • 2:43 - 2:46
    Mas quando comemos
    alimentos ricos em fibras,
  • 2:46 - 2:48
    como vegetais, fruta e cereais integrais,
  • 2:48 - 2:53
    as ligações beta indigestíveis retardam
    a libertação de glucose no sangue.
  • 2:53 - 2:55
    Estes alimentos têm
    um índice de glicémia mais baixo
  • 2:55 - 2:58
    e alimentos como os ovos,
    o queijo e as carnes
  • 2:58 - 3:00
    têm o índice de glicémia mais baixo.
  • 3:01 - 3:04
    Quando o açúcar passa do trato digestivo
    para a corrente sanguínea,
  • 3:04 - 3:08
    o corpo entra em ação para o transferir
    para os tecidos
  • 3:08 - 3:11
    onde ele pode ser processado
    e utilizado como energia.
  • 3:12 - 3:15
    A insulina, uma hormona
    sintetizada no pâncreas,
  • 3:15 - 3:18
    é uma das principais ferramentas do corpo
    para a gestão do açúcar.
  • 3:18 - 3:21
    Quando comemos
    e o açúcar no sangue aumenta,
  • 3:21 - 3:23
    a insulina é segregada no sangue,
  • 3:23 - 3:27
    Predispõe os músculos e as células gordas
    para deixar entrar a glucose
  • 3:27 - 3:31
    e inicia-se a transformação
    do açúcar em energia.
  • 3:31 - 3:34
    O grau em que uma unidade de insulina
    faz baixar o açúcar no sangue
  • 3:34 - 3:38
    ajuda-nos a perceber uma coisa
    que se chama "sensibilidade à insulina".
  • 3:38 - 3:42
    Quanto mais uma determinada unidade
    de insulina faz baixar o açúcar no sangue,
  • 3:42 - 3:43
    mais sensíveis somos à insulina.
  • 3:43 - 3:46
    Se a sensibilidade à insulina diminui,
  • 3:46 - 3:48
    isso é conhecido
    por resistência à insulina.
  • 3:48 - 3:50
    O pâncreas continua a enviar insulina
  • 3:50 - 3:55
    mas as células, em especial as dos músculos,
    cada vez reagem menos a ela,
  • 3:55 - 3:58
    pelo que o açúcar no sangue
    não consegue diminuir.
  • 3:58 - 4:00
    e a insulina no sangue
    continua a aumentar.
  • 4:01 - 4:04
    O consumo crónico de muitos carboidratos
  • 4:04 - 4:07
    pode provocar resistência à insulina,
  • 4:07 - 4:10
    e muitos cientistas creem
    que a resistência à insulina
  • 4:10 - 4:14
    leva a uma situação grave
    chamada síndroma metabólico.
  • 4:14 - 4:16
    Isso envolve uma plêiade de sintomas,
  • 4:16 - 4:18
    incluindo alto nível de açúcar no sangue,
  • 4:18 - 4:20
    aumento da circunferência da cintura,
  • 4:20 - 4:21
    e tensão alta.
  • 4:21 - 4:24
    Aumenta o risco de desenvolver situações
  • 4:24 - 4:26
    como doenças cardiovasculares
  • 4:26 - 4:28
    e diabetes do tipo 2.
  • 4:28 - 4:32
    A sua prevalência está a aumentar
    rapidamente por todo o mundo.
  • 4:32 - 4:37
    Cerca de 23% da população dos EUA
    tem síndroma metabólico.
  • 4:38 - 4:40
    Portanto, voltemos à nossa dieta.
  • 4:40 - 4:44
    Quer a vossa comida seja doce ou não,
    açúcar é açúcar,
  • 4:44 - 4:47
    e demasiados carboidratos
    podem ser um problema.
  • 4:47 - 4:50
    Portanto, talvez queiram abdicar
  • 4:50 - 4:54
    das sanduíches com massas, sushi,
    burritos, "donuts", hambúrgueres.
Title:
Qual o impacto dos carboidratos na saúde? — Richard J. Wood
Speaker:
Richard J. Wood
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-do-carbohydrates-impact-your-health-richard-j-wood

As coisas que comemos e bebemos no dia-a-dia podem ter impacto na nossa saúde de muitas formas. Demasiados carboidratos, por exemplo, podem levar à resistência à insulina, o que contribui muito para as doenças cardiovasculares e os diabetes do tipo 2. Mas o que são os carboidratos realmente? E o que é que fazem ao nosso corpo? Richard J. Wood explica-nos.

Lição de Richard J. Wood, animação de Qa'ed Mai.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:11

Portuguese subtitles

Revisions