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Mesmo debaixo do nariz: os cães estão a salvar o mundo | Megan Parker | TEDxBozeman

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    Muito obrigada.
  • 0:46 - 0:50
    É uma honra estar aqui, neste evento
    e com estas pessoas fantásticas.
  • 0:51 - 0:52
    Os lobos evoluíram em cães
  • 0:52 - 0:56
    e os seres humanos têm vivido com eles
    talvez desde há 15 000 anos.
  • 0:57 - 0:59
    Alterámos a fisiologia deles
    e o seu comportamento
  • 0:59 - 1:02
    nesta incrível variedade de raças
    que temos hoje,
  • 1:02 - 1:04
    todas elas com origem nos lobos.
  • 1:04 - 1:09
    Também beneficiámos,
    e temos sido alterados pelos cães,
  • 1:09 - 1:11
    ao longo da evolução.
  • 1:11 - 1:14
    As pessoas que vivem com cães
    vivem mais tempo,
  • 1:14 - 1:16
    são mais saudáveis e mais felizes
  • 1:16 - 1:17
    do que as pessoas que não têm cães.
  • 1:18 - 1:23
    Mudámo-nos a nós mesmos
    ao interagir com cães.
  • 1:23 - 1:26
    Eles alteraram toda
    a sua história evolutiva,
  • 1:26 - 1:28
    ao adaptarem-se aos seres humanos.
  • 1:28 - 1:31
    Entendem os gestos humanos,
  • 1:32 - 1:34
    o tom de voz e a nossa intenção
    de comunicar com eles
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    melhor do que qualquer outra espécie,
  • 1:36 - 1:40
    mesmo os nossos parentes mais próximos,
    os chimpanzés e os bonobos
  • 1:40 - 1:42
    que, segundo parece,
    não se preocupam com isso.
  • 1:42 - 1:44
    (Risos)
  • 1:45 - 1:49
    Sempre me interessei pela forma
    como os cães comunicam,
  • 1:49 - 1:50
    o que me levou a África
  • 1:50 - 1:53
    para o meu doutoramento
    sobre os cães selvagens africanos.
  • 1:53 - 1:57
    São uma espécie enorme,
    abrangente, em perigo de extinção
  • 1:57 - 1:59
    que não ladram nem uivam.
  • 1:59 - 2:02
    Eu queria saber como comunicavam
    numa área enorme,
  • 2:02 - 2:05
    através dos químicos na urina e nas fezes
  • 2:05 - 2:09
    que os seus compatriotas farejam
    para obter informações.
  • 2:09 - 2:12
    Sim, podemos fazer um doutoramento
    a apanhar cocó de cão.
  • 2:12 - 2:13
    (Risos)
  • 2:13 - 2:17
    Adiante, queria compreender
    essa linguagem do olfato
  • 2:17 - 2:19
    e ajudar a decifrá-la, para ajudar
    à sua conservação.
  • 2:20 - 2:23
    Gastámos dezenas de milhares de dólares
    em coleiras de rádio,
  • 2:23 - 2:24
    mas falhavam muitas vezes,
  • 2:24 - 2:28
    por isso, alvejámos e manipulámos cães
    mais vezes do que queríamos.
  • 2:28 - 2:31
    Também tivemos de manter e usar
    um avião, algumas vezes por semana.
  • 2:32 - 2:34
    Para além de ser muito caro
  • 2:34 - 2:38
    e de nos preocuparmos
    com o impacto que tínhamos nos cães,
  • 2:38 - 2:41
    provavelmente devíamos preocupar-nos
    um pouco mais connosco
  • 2:42 - 2:44
    e com as girafas,
  • 2:45 - 2:48
    porque foi assim que começou
    e acabou um dos nossos voos.
  • 2:48 - 2:50
    Mas isso deu-me tempo
  • 2:51 - 2:53
    para pensar porque é
    que sempre arranjamos
  • 2:53 - 2:57
    a solução mais cara, mais invasiva
    e com tecnologia de ponta
  • 2:57 - 2:59
    para obter informações.
  • 3:00 - 3:02
    Por isso, voltei lá para explorar
  • 3:02 - 3:06
    um sistema de recolha de dados
    muito evoluído, mas de baixa tecnologia.
  • 3:06 - 3:10
    Sempre usámos cães para caçar
    e para reunir o gado.
  • 3:11 - 3:13
    Há séculos que eles andam
    debaixo do nosso nariz,
  • 3:13 - 3:17
    mas só recentemente, começámos
    a pensar no que está debaixo desse nariz.
  • 3:17 - 3:19
    Foi só nos anos 60
  • 3:19 - 3:23
    que se treinou um cão, pela primeira vez,
    para detetar um cheiro específico
  • 3:23 - 3:25
    e assim nasceu a área dos cães de deteção.
  • 3:25 - 3:29
    Foi em 1984 que o primeiro Beagle
    foi levado para um aeroporto
  • 3:29 - 3:31
    para procurar produtos agrícolas ilegais.
  • 3:32 - 3:35
    São o melhor instrumento para bombas,
    narcóticos e canábis
  • 3:36 - 3:39
    — uma quantidade de coisas
    de que falarei mais adiante.
  • 3:39 - 3:42
    Mas porque é que eles são tão bons
    em encontrar coisas?
  • 3:43 - 3:44
    Por causa do nariz.
  • 3:45 - 3:50
    Estes animais têm um sistema
    sensorial químico incrível
  • 3:50 - 3:51
    no focinho
  • 3:52 - 3:54
    que os guia ao ambiente,
  • 3:54 - 3:57
    às moléculas específicas
    que flutuam sobre todas as coisas.
  • 3:57 - 4:01
    Têm uma capacidade
    que dificilmente compreendemos
  • 4:01 - 4:04
    porque não temos possibilidade
    de compreender.
  • 4:04 - 4:07
    Mas há algumas comparações
    que são úteis.
  • 4:07 - 4:11
    Os humanos têm uns cinco milhões
    de células olfativas recetoras,
  • 4:11 - 4:14
    e os cães têm cerca de 220 milhões.
  • 4:15 - 4:16
    É também o cérebro deles.
  • 4:16 - 4:21
    60% do cérebro é dedicado ao olfato,
    enquanto o nosso é de apenas 12%.
  • 4:22 - 4:24
    Se formos a passear pela rua,
  • 4:24 - 4:26
    podemos cheirar pão fresco
    alguma portas mais abaixo
  • 4:26 - 4:28
    e cheiramos em partes por cem.
  • 4:28 - 4:33
    Um cão pode cheirar o mesmo pão
    a um quilómetro de distância
  • 4:33 - 4:36
    e distinguir o tipo de fermento
    usado nesse pão,
  • 4:37 - 4:39
    e cheira em partes por bilião.
  • 4:40 - 4:43
    Assim, nos anos 90, arranjámos um grupo
  • 4:43 - 4:46
    para investigar como pedir ajuda
    aos cães na conservação.
  • 4:47 - 4:50
    Começámos a treiná-los
    e desenvolvemos novos métodos
  • 4:50 - 4:53
    para utilizar esses cães
    e levá-los a locais
  • 4:53 - 4:55
    onde precisávamos
    de fazer investigação.
  • 4:55 - 4:57
    Treinámo-los a encontrar coisas
  • 4:57 - 5:00
    que os seres humanos
    não conseguem encontrar
  • 5:00 - 5:03
    como uma subespécie
    de uma pequena planta,
  • 5:03 - 5:05
    uma pequena porção de cocó antigo
  • 5:05 - 5:08
    ou mesmo uma armadilha metálica.
  • 5:09 - 5:12
    Eles trabalham em troca de um brinquedo.
  • 5:12 - 5:16
    Escolhemos a maior parte dos cães
    em abrigos, e levámos os mais malucos,
  • 5:16 - 5:19
    os cães obcecados por brinquedos,
    os de maior energia
  • 5:19 - 5:21
    que não fazem bons animais de companhia,
  • 5:21 - 5:23
    mas são o tipo certo de malucos.
  • 5:23 - 5:25
    (Risos)
  • 5:25 - 5:28
    Eu tenho o melhor emprego do mundo,
    tenho de passear o meu cão.
  • 5:28 - 5:32
    Temos de passear os cães
    em ecossistemas enormes, complexos.
  • 5:32 - 5:35
    Acontece que trabalhamos
    em áreas enormes
  • 5:35 - 5:37
    procurando coisas muito pequenas.
  • 5:37 - 5:40
    Os nossos cães
    levam-nos a grandes distâncias
  • 5:40 - 5:42
    para encontrarem pequenas amostras
  • 5:42 - 5:45
    das quais podemos extrair ADN,
  • 5:45 - 5:49
    hormonas, informações
    sobre doenças, ou dietas,
  • 5:49 - 5:51
    para compreender uma população de animais,
  • 5:51 - 5:54
    sem sequer os termos visto.
  • 5:54 - 5:57
    Estes são alguns dos locais
    onde trabalhámos em todo o mundo
  • 5:57 - 6:00
    e as espécies em que os nossos cães
    têm trabalhado.
  • 6:00 - 6:02
    Dos carnívoros nas ontanhas Rochosas
  • 6:02 - 6:06
    às plantas invasivas ou nativas
    por todo o Oeste,
  • 6:06 - 6:09
    os tigres na Rússia,
    os ursos-negros na China,
  • 6:09 - 6:11
    os leopardos-das-neves na Mongólia,
  • 6:11 - 6:13
    as cobras invasivas em Guam,
  • 6:13 - 6:16
    não houve uma só pergunta
    a que eles não nos ajudassem a responder.
  • 6:16 - 6:18
    Todos estes projetos estavam entravados
  • 6:18 - 6:21
    por falta de informações
    que os nossos cães vieram a dar.
  • 6:21 - 6:24
    Alguns dos projetos
    em que trabalhámos recentemente:
  • 6:24 - 6:27
    No ano passado, estivemos na Zâmbia,
    procurando saber quantas chitas
  • 6:27 - 6:30
    usavam o parque nacional
    e as áreas à sua volta.
  • 6:30 - 6:33
    Os cães tiveram de aprender
    que as chitas defecam nas árvores
  • 6:33 - 6:36
    e tiveram de trabalhar a mais de 38º C
  • 6:36 - 6:38
    por isso, este está a usar
    uma capa de arrefecimento.
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    Este é um gorila-do-rio-cross,
    o mais raro de todos os grandes macacos
  • 6:42 - 6:46
    que só se encontram nas terras altas
    ao longo da fronteira Camarões-Níger.
  • 6:46 - 6:50
    São um mistério para os investigadores
    que precisam de saber quantos restam.
  • 6:50 - 6:52
    São certamente menos de 250.
  • 6:52 - 6:55
    Assim, fomos até Montana
  • 6:55 - 6:58
    para procurar nos excrementos
    informações sobre doenças e genéticas
  • 6:58 - 7:00
    o que é especialmente importante
  • 7:00 - 7:03
    porque eles transportam doenças
    que afetam os seres humanos e vice-versa.
  • 7:03 - 7:06
    Era um clima e um terreno
    extremamente difícil para nós,
  • 7:06 - 7:08
    mas os cães progrediram.
  • 7:08 - 7:11
    Bateram o terreno rapidamente
    e descobriram excrementos
  • 7:11 - 7:13
    a distâncias enormes na floresta tropical.
  • 7:14 - 7:18
    Obtivemos novas informações
    sobre vírus, nesta espécie de gorilas.
  • 7:19 - 7:22
    E quem diria que os caracóis
    tinham cheiro suficiente
  • 7:22 - 7:25
    para os cães os encontrarem
    enterrados no meio de folhas no Havai?
  • 7:25 - 7:27
    Este é Wicket com um caracol-canibal.
  • 7:27 - 7:31
    Deu-nos a conhecer
    como este caracol é invasivo
  • 7:31 - 7:34
    e mata os caracóis terrestres nativos.
  • 7:34 - 7:38
    Este é Camas a alertar-nos para
    o lupino Kincaid, no Vale Willamette
  • 7:39 - 7:42
    Para nós, todos os lupinos são iguais
    — todas as seis espécies —
  • 7:42 - 7:44
    mas, felizmente, Camas
    reconhece a diferença.
  • 7:45 - 7:47
    É muito importante
    para a borboleta-azul Fender,
  • 7:47 - 7:49
    uma espécie ameaçada,
  • 7:49 - 7:52
    que depende totalmente do lupino Kincaid
    para a sua sobrevivência.
  • 7:53 - 7:56
    Os cães estão a dizer-nos
    coisas incríveis para a conservação,
  • 7:56 - 7:59
    mas muita gente gosta de ouvir falar
    de cães que salvam vidas,
  • 7:59 - 8:02
    como os cães dos diabéticos
    que dizem aos seus donos
  • 8:02 - 8:05
    se o açúcar no sangue está demasiado alto
    ou perigosamente baixo.
  • 8:05 - 8:07
    Conseguem prever
    convulsões epiléticas.
  • 8:07 - 8:11
    Até conseguem farejar bactérias
    que estão hoje a invadir os hospitais.
  • 8:11 - 8:15
    Esta é uma foto de Daisy, a trabalhar
    numa amostra da mama duma mulher
  • 8:15 - 8:19
    e diz se ela tem um dos cinco
    tipos diferentes de cancro.
  • 8:19 - 8:21
    Consegue fazer isso
  • 8:21 - 8:25
    mais rigorosamente e mais cedo
    do que qualquer outro diagnóstico técnico.
  • 8:26 - 8:27
    Quando começámos este trabalho,
  • 8:27 - 8:31
    eu não fazia ideia de que ele
    nos ia levar onde os cães nos levaram.
  • 8:32 - 8:36
    Acabámos por ir aos Camarões,
    e parámos numa escola para surdos
  • 8:36 - 8:40
    onde as crianças
    só conheciam cães vadios.
  • 8:40 - 8:43
    Fomos lá e falámos sobre conservação
    e o que os cães podem fazer.
  • 8:43 - 8:47
    No fim da palestra, os miúdos
    quiseram fazer festas a um cão.
  • 8:47 - 8:48
    Embora com muito medo.
  • 8:48 - 8:51
    fizeram festas a um cão
    pela primeira vez, com gentileza.
  • 8:51 - 8:53
    Quando nos fomos embora,
  • 8:53 - 8:56
    vimos um deles a atirar
    uma bola de lixo a um cão da aldeia,
  • 8:56 - 8:59
    mas não foi para o escorraçar,
    foi para ele brincar com ela.
  • 8:59 - 9:02
    Portanto, os cães transformam-nos
    e eu diria, para melhor.
  • 9:02 - 9:06
    Apresento-vos Pete Coppolillo
    que é o nosso diretor executivo.
  • 9:06 - 9:11
    O meu cão Pepin
    vai mostrar o que sabe fazer.
  • 9:16 - 9:19
    Pete Coppolillo: Enquanto a Megan
    e o Pepin se preparam,
  • 9:19 - 9:22
    vamos ver este processo
  • 9:22 - 9:25
    num mundo condensado, mas real.
  • 9:29 - 9:32
    Este é o sinal para Pepin
    de que chegou a hora de trabalhar.
  • 9:32 - 9:34
    Vamos ver como ele muda
    de comportamento.
  • 9:34 - 9:37
    Quando Meg e Pepin começam
    a funcionar em conjunto
  • 9:37 - 9:41
    tem uma linguagem corporal solta,
    o nariz anda para cima e para baixo,
  • 9:41 - 9:43
    está a tentar apanhar o primeiro cheiro.
  • 9:43 - 9:46
    Depois, logo que o apanha,
    reparem como o corpo se endireita
  • 9:46 - 9:49
    e o nariz baixa, pode mudar de direção
  • 9:49 - 9:52
    — tal como aqui, o nariz para baixo —
  • 9:52 - 9:53
    e avança decidido.
  • 9:53 - 9:57
    Pode andar em ziguezague,
    à medida que se aproxima do alvo
  • 9:58 - 10:01
    mas depois, quando o encontra,
    ele avisa, deste modo.
  • 10:01 - 10:03
    Chamamos a isto o alerta passivo.
  • 10:08 - 10:12
    Um de vocês tem um pouco
    de cocó de chita debaixo da cadeira,
  • 10:12 - 10:14
    (Risos)
  • 10:16 - 10:19
    mas não se preocupem,
    vocês conhecem-se.
  • 10:19 - 10:21
    (Risos)
  • 10:22 - 10:23
    Pepin não vos conhece
  • 10:23 - 10:27
    e vai começar a procurar
    e vai encontrá-lo.
  • 10:30 - 10:31
    Por aqui!
  • 10:31 - 10:34
    Megan intitula-se o "sistema
    de entrega de brinquedos",
  • 10:34 - 10:36
    porque é essa a recompensa.
  • 10:36 - 10:40
    Mas muitas pessoas chamam a Megan
    e a outros cientistas "ouvintes de cães".
  • 10:41 - 10:43
    Na verdade, o que eles são
    é "ouvintes de cães"
  • 10:43 - 10:45
    porque, se observarem este processo,
  • 10:46 - 10:47
    há uma quantidade enorme
  • 10:47 - 10:51
    de comunicações muito subtis
    através da linguagem corporal.
  • 10:51 - 10:55
    Megan lê a linguagem corporal de Pepin
    mas Pepin também lê a dela,
  • 10:55 - 10:57
    por isso, funciona nos dois sentidos.
  • 11:06 - 11:08
    Megan Parker: Ele já apanhou o cheiro.
  • 11:09 - 11:13
    PC: Pepin está habituado a trabalhar
    em grandes espaços abertos
  • 11:13 - 11:16
    e muitas vezes há vento,
    por isso, quando não há vento,
  • 11:16 - 11:20
    pode ser um pouco mais difícil
    perceber o que é e onde está.
  • 11:43 - 11:45
    Já encontrou.
  • 11:50 - 11:53
    Aqui está o pagamento, um rebocador.
  • 11:53 - 11:54
    Bom trabalho, Pepin!
  • 11:54 - 11:55
    MP: Bonito menino!
  • 11:55 - 11:58
    (Aplausos)
  • 11:58 - 11:59
    PC: Obrigado.
  • 11:59 - 12:01
    (Aplausos)
Title:
Mesmo debaixo do nariz: os cães estão a salvar o mundo | Megan Parker | TEDxBozeman
Description:

Os cães têm uma capacidade olfativa espantosa e estamos a aprender a percebê-la. Os cães de deteção da conservação encontram amostras raras que são quase impossíveis de encontrar de outra forma. A Working Dogs for Conservation treina cães para encontrar ervas em Montana, ursos-negros na China, chitas na Zâmbia ou o gorila-do-rio-cross nos Camarões, onde os cães demonstraram ser embaixadores incríveis e ajudaram o trabalho da conservação.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:06

Portuguese subtitles

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