A idade da Terra em medidas que você consegue entender - Joshua M. Sneideman

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-earth-s-age-in-measurements-you-can-understand-joshua-m-sneideman

A Terra tem 4,6 bilhões de anos, mas como os humanos podem compreender números tão colossais, e onde nos encaixamos na linha geológica do tempo? Comparando o tempo de existência da Terra com um calendário anual, eventos como a extinção dos dinossauros e a saída de Colombo em navegação aconteceram relativamente há pouco tempo. Joshua M. Sneideman nos lembra de nosso tempo e lugar no universo.

Lição de Joshua M. Sneideman, animação de Powerhouse Animation Studios Inc.

Qual é a idade da Terra?

Bem, contando o número de isótopos

em uma amostra de rocha

que tenha passado por declínio radioativo,

os geólogos estimaram
o dia de nascimento da Terra

em 4,6 bilhões de anos,

quando surgiu de uma nebulosa solar.

Mas quanto tempo isso é de fato?

Eis algumas analogias

que talvez ajudem você a compreender.

Por exemplo, imaginemos
toda a história da Terra,

até o dia de hoje,

com um único ano do calendário.

No dia 1° de janeiro,
A Terra começou a se formar.

Por volta de 03 de março,
surge a primeira evidência

de bactérias unicelulares.

A vida surpreendentemente permanece
unicelular até 11 de novembro,

quando os primeiros
organismos multicelulares,

conhecidos como Biota Ediacarana,
surgiram.

Pouco tempo depois,
em 16 de novembro, às 18h 08min,

acontece a explosão de vida
do período Cambriano,

um grande marco,

quando todos os filos modernos
começaram a surgir.

Em 10 de dezembro, às 13h 26min,

os dinossauros se desenvolveram,

mas foram exterminados por um asteroide

apenas duas semanas depois.

Em 31 de dezembro,
o poderoso Império Romano

se levanta e cai em apenas 4 segundos.

E Colombo sai em navegação

em busca daquilo que acredita ser a Índia,

faltando 3 segundos para a meia noite.

Se você tentar escrever a história da Terra

usando apenas uma página para cada ano,

seu livro teria 233 km de espessura,

mais do que a metade da distância

até a estação espacial internacional.

A história do fóssil de australopiteco

de 3,2 milhões de anos,
conhecido como Lucy,

estaria no km 231,

a pouco mais de 152 m do fim do livro.

A Declaração de Independência
dos Estados Unidos da América

seria assinada nos últimos 1,27 cm.

Ou, se comparássemos o tempo geológico

a uma mulher com os braços esticados,

totalizando um comprimento de 1,83 m,

o simples ato de lixar suas unhas

apagaria todo o registro
da história humana.

Finalmente, imaginemos a história
da Terra como sua vida:

do momento em que você nasceu

ao seu primeiro dia no ensino médio.

Sua primeira palavra,

primeira vez em que se sentou

e primeira vez em que andou

todas aconteceriam enquanto a vida na Terra

era composta de organismos unicelulares.

Na verdade,
o primeiro organismo multicelular

não evoluiria até que você
tivesse 12 anos de idade

e estivesse começando o 7° ano,

exatamente no momento

em que seu professor de Ciências
estivesse ensinando à turma

como os fósseis são formados.

Os dinossauros não apareceriam

até o terceiro mês do 8° ano

e seriam exterminados
no recesso de primavera.

Três dias antes de o 9° ano começar,

quando você percebesse
que o verão terminou

e que precisaria de materiais escolares,

Lucy, o australopiteco,
estaria caminhando pela África.

Quando terminasse seu café da manhã

e estivesse saindo para pegar seu ônibus,

44 minutos antes da aula,

os homens de neandertal estariam
entrando em extinção em toda a Europa.

A era glacial mais recente

terminaria quando você descesse do ônibus,

16 minutos antes da aula.

Colombo sairia em navegação
50 segundos antes da aula,

enquanto você ainda estaria
procurando sua sala de aula.

A Declaração de Independência
dos EUA seria assinada

28 segundos depois,

enquanto você estaria procurando
um lugar para se sentar.

E você nasceria 1,3 segundos
antes que o sinal batesse.

Então, como se vê, a Terra é extremamente,

inacreditavelmente antiga,

se comparada a nós, seres humanos,

com um registro fóssil

que guarda histórias incríveis
a respeito do passado

e talvez do futuro também.

Mas, durante o pouco tempo
em que estamos aqui,

aprendemos bastante

e certamente aprenderemos mais

nas próximas décadas e séculos,

intervalos muito curtos em tempo geológico.