Beeban Kidron: A Magia Coletiva do Cinema
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0:01 - 0:05Evidências sugerem que todos seres-humanos, de todas idades e culturas,
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0:05 - 0:09criam sua identidade em algum tipo de forma narrativa.
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0:09 - 0:12De mãe para filha, de pregador para congregante,
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0:12 - 0:15de professor para aluno, de contador de histórias para audiência.
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0:15 - 0:17Tanto em pinturas em cavernas
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0:17 - 0:20às mais recentes aplicações da Internet,
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0:20 - 0:24seres humanos sempre contaram suas histórias e verdades
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0:24 - 0:26por alegorias e fábulas.
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0:26 - 0:29Somos contadores de história crônicos.
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0:29 - 0:34Mas dentro de um mundo cada vez mais secular e fragmentado,
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0:34 - 0:38será que conseguimos oferecer uma partilha de experiência
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0:38 - 0:42não mediada pelo nosso consumerismo agressivo?
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0:42 - 0:46E qual narrativa, qual história,
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0:46 - 0:48qual identidade, qual código moral
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0:48 - 0:52estamos transmitindo para nossa juventude?
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0:52 - 0:55O cinema é possivelmente
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0:55 - 0:57a forma de arte mais influente do século 20.
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0:57 - 0:59Seus artistas contaram histórias
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0:59 - 1:01além das fronteiras nacionais,
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1:01 - 1:04em mais línguas, gêneros e filosofias
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1:04 - 1:05do que alguém poderia imaginar.
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1:05 - 1:07De fato é difícil encontrar um tópico
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1:07 - 1:09que o cinema já não tenha retratado.
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1:09 - 1:11Durante a última década
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1:11 - 1:13temos visto um vasto processo de integração dentro da mídia global,
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1:13 - 1:17que agora se encontra dominada pela cultura Hollywoodiana.
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1:17 - 1:19Cada vez mais, nos é oferecida uma dieta
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1:19 - 1:23onde reina o sensacionalismo, e não a história.
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1:23 - 1:25O que nos era comum a 40 anos atrás --
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1:25 - 1:28o contar de histórias entre gerações --
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1:28 - 1:30agora se tornou uma raridade.
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1:30 - 1:32Como uma cineasta, isso me preocupou.
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1:32 - 1:36Como um ser humano, isso me deixa aterrorizada.
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1:36 - 1:39Que futuro a juventude poderá construir
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1:39 - 1:40com tão pouco entendimento
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1:40 - 1:42de onde eles vieram
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1:42 - 1:45e com tão poucas narrativas sobre o que é possível?
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1:45 - 1:46A ironia é palpável;
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1:46 - 1:50a acessibilidade técnica nunca foi maior,
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1:50 - 1:53enquanto que a acessibilidade cultural nunca foi tão baixa.
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1:53 - 1:57Portanto, em 2006 nós montamos a FILMCLUB,
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1:57 - 2:01uma organização que passou a exibir filmes semanalmente em escolas,
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2:01 - 2:03acompanhados por discussões.
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2:03 - 2:07Se pudéssemos acessar os relatórios anuais dos 100 anos de cinema,
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2:07 - 2:09talvez pudéssemos construir uma narrativa
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2:09 - 2:11que daria algum sentido
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2:11 - 2:14ao mundo fragmentado e irrequieto dos jovens.
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2:14 - 2:16Dado o acesso à tecnologia,
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2:16 - 2:19até uma escola em um pequeno povoado no interior
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2:19 - 2:23poderia projetar um DVD em uma lousa branca.
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2:23 - 2:25Nos primeiros 9 meses
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2:25 - 2:27administramos 25 clubes através do Reino Unido,
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2:27 - 2:30com crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos
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2:30 - 2:33assistindo um filme ininterrupto por 90 minutos.
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2:33 - 2:36Os filmes foram selecionados e contextualizados.
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2:36 - 2:38Mas a escolha foi deles,
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2:38 - 2:40e nossa audiência cresceu rapidamente
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2:40 - 2:44para escolher a mais rica e variada dieta cinemática que poderíamos oferecer.
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2:44 - 2:47O resultado foi imediato.
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2:47 - 2:52Foi uma educação do jeito mais profundo e transformativo.
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2:52 - 2:56Em grupos tão grandes quanto 150 pessoas e tão pequenos como 3,
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2:56 - 2:58esses jovens descobriram novos lugares,
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2:58 - 3:00novos pensamentos, novas perspectivas.
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3:00 - 3:02Quando estávamos chegando ao término do projeto piloto,
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3:02 - 3:05já havíamos recebido os nomes de mil escolas
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3:05 - 3:09que gostariam de participar.
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3:09 - 3:11O filme que mudou minha vida
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3:11 - 3:16chama-se "Milagre em Milão" de Vittorio De Sica, feito em 1951.
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3:16 - 3:17É um comentário extraordinário
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3:17 - 3:21sobre as favelas, a pobreza e aspirações.
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3:21 - 3:25Eu tinha visto esse filme na ocasião do quinquagésimo aniversário do meu pai.
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3:25 - 3:29Naquela época a tecnologia significava que tínhamos que alocar uma sala de cinema,
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3:29 - 3:32encontrar e pagar pela reprodução do filme e pelo projecionista.
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3:32 - 3:34Mas para meu pai,
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3:34 - 3:39a visão emocional e artística de De Sica era tão importante
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3:39 - 3:42que ele decidiu celebrar seu meio século de existência
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3:42 - 3:46com seus três adolescentes e trinta de seus amigos,
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3:46 - 3:47"Para conseguir passar o bastão", ele disse
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3:47 - 3:51"da preocupação e esperança
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3:51 - 3:53para a nova geração."
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3:53 - 3:56Na última tomada de "Milagre em Milão",
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3:56 - 4:00favelados flutuam em direção ao céu em vassouras voadoras.
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4:00 - 4:02Sessenta anos depois que esse filme foi feito
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4:02 - 4:05e trinta anos após tê-lo assistido,
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4:05 - 4:07vejo rostos jovens impressionados,
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4:07 - 4:09sua incredulidade igual à minha.
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4:09 - 4:12E a velocidade com a qual eles o associam
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4:12 - 4:16com "Quem Quer Ser um Milionário?" ou com as favelas do Rio
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4:16 - 4:18diz algo sobre uma natureza duradoura.
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4:18 - 4:22Numa temporada do FILMCLUB sobre democracia e governo,
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4:22 - 4:24projetamos "A Mulher faz o Homem".
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4:24 - 4:30Realizado em 1939, o filme é mais velho do que muitos dos avós de nossos membros.
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4:30 - 4:34Esse clássico de Frank Capra valoriza a independência e a decência moral.
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4:34 - 4:36Mostra como fazer o que é certo,
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4:36 - 4:37como ser heroicamente desajeitado.
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4:37 - 4:40É também uma prova de fé
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4:40 - 4:44no sistema político como uma força de honra.
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4:44 - 4:47Pouco tempo depois que "A Mulher faz o Homem" tornou-se um clássico no FILMCLUB,
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4:47 - 4:52houve uma semana inteira de intermináveis obstruções parlamentares na Câmara dos Lordes.
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4:52 - 4:53E foi com grande prazer
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4:53 - 4:56que presenciamos jovens no país inteiro
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4:56 - 4:58explicando com autoridade
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4:58 - 5:00os efeitos dessas táticas dilatórias
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5:00 - 5:05e o porquê de os Lordes não respeitarem seu toque de recolher por princípio.
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5:05 - 5:09Afinal, até Jimmy Stewart foi elusivo por dois rolos de filme inteiros.
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5:09 - 5:12Tendo escolhido "Hotel Ruanda",
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5:12 - 5:16esses jovens exploraram genocídio da forma mais brutal.
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5:16 - 5:19Isso provocou muitas lágrimas, assim como perguntas incisivas
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5:19 - 5:21sobre as forças desarmadas para a manutenção da paz
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5:21 - 5:24e sobre os acordos desleais de uma sociedade Ocidental
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5:24 - 5:28que escolhe suas batalhas de teor moral com mercadorias em mente.
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5:28 - 5:32E quando "A Lista de Schindler" exigiu que eles nunca se esquecessem,
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5:32 - 5:36uma criança cheia de dor de consciência, fez uma observação,
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5:36 - 5:37"Nós já esquecemos,
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5:37 - 5:41pois caso contrário, como "Hotel Ruanda" poderia ter acontecido?"
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5:41 - 5:45À medida que os jovens assistem a mais filmes, suas vidas se tornam palpavelmente mais ricas.
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5:45 - 5:49O filme "O Batedor de Carteiras" começou um debate sobre injustiça criminal.
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5:49 - 5:53"Ao Mestre com Carinho" inflamou sua audiência adolescente.
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5:53 - 5:56Eles celebraram uma mudança de atitude
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5:56 - 5:58em relação aos britânicos de outras etnias.
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5:58 - 6:01Mas recriminaram nosso inquieto sistema escolar
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6:01 - 6:04que não valoriza a identidade coletiva,
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6:04 - 6:10diferentemente daquela oferecida pela cuidadosa tutelagem de Sidney Poitier.
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6:10 - 6:14Até agora, esses jovens pensativos, obstinados e curiosos
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6:14 - 6:17não pensaram nada a respeito de abordar filmes de todos os tipos --
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6:17 - 6:18preto e branco, legendados,
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6:18 - 6:21documentários, não-narrativos, fantasias --
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6:21 - 6:24e não pensaram nada a respeito de escrever resenhas detalhadas
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6:24 - 6:27que competissem para favorecer um filme sobre outro
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6:27 - 6:31utilizando uma prosa cada vez mais apaixonada e sofisticada.
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6:31 - 6:34Seis mil resenhas por cada semana escolar
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6:34 - 6:39competindo pela honra de se tornarem a resenha da semana.
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6:39 - 6:43De 25 clubes, nos tornamos centenas e até milhares,
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6:43 - 6:46até que conseguimos agariar a participação de quase 250.000 crianças
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6:46 - 6:49em 7.000 clubes através do país.
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6:49 - 6:52E embora os números tenham sido, e continuam a ser, extraordinários,
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6:52 - 6:55o que se tornou mais extraordinário ainda
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6:55 - 6:58foi como essa experiência de questionamento crítico e curioso
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6:58 - 7:01se traduziu dentro da minha vida.
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7:01 - 7:04Alguns dos nossos jovens começaram a conversar com seus pais,
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7:04 - 7:05outros com seus professores,
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7:05 - 7:06ou seus amigos.
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7:06 - 7:08E aqueles sem amigos
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7:08 - 7:10começaram a fazê-los.
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7:10 - 7:15Os filmes proporcionaram um senso de comunhão sobre quaisquer diferenças.
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7:15 - 7:19E as histórias que eles contaram, proporcionaram uma experiência partilhada.
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7:19 - 7:23"Persépolis" trouxe uma filha junto à sua mãe iraniana,
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7:23 - 7:27e "Tubarão" viabilizou o jeito sobre o qual um garoto
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7:27 - 7:30conseguiu articular o medo que ele vivia
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7:30 - 7:32na fuga da violência
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7:32 - 7:35que havia matado primeiro seu pai -- e depois sua mãe,
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7:35 - 7:40a qual foi jogada ao mar numa viagem de navio.
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7:40 - 7:42Quem estava certo e quem estava errado?
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7:42 - 7:44O que eles teriam feito dentro da mesma situação?
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7:44 - 7:45O conto foi bem narrado?
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7:45 - 7:47Houve alguma mensagem subliminar?
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7:47 - 7:50Como o mundo tem mudado? E como poderia ser diferente?
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7:50 - 7:55Um tsunami de perguntas começou a sair das bocas das crianças
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7:55 - 7:56que o mundo pensou serem desinteressadas.
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7:56 - 8:00E elas mesmas não sabiam que se importavam tanto assim.
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8:00 - 8:02E à medida que elas escreviam e debatiam,
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8:02 - 8:05ao invés de verem os filmes como meros artefatos,
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8:05 - 8:10elas começaram a enxergar a si mesmas.
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8:10 - 8:13Eu tenho uma tia que é uma maravilhosa contadora de histórias.
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8:13 - 8:15Em apenas um minuto ela é capaz de invocar imagens
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8:15 - 8:19de corridas descalças pela Table Mountain ou de brincadeiras de polícia e ladrão.
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8:19 - 8:21Recentemente ela me contou que
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8:21 - 8:24em 1948, duas de suas irmãs e meu pai
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8:24 - 8:27viajaram de navio para Israel sem meus avós.
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8:27 - 8:31Quando os marinheiros se rebelaram em alto mar, exigindo condições humanas de trabalho,
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8:31 - 8:35foi esse grupo de adolescentes que alimentou a tripulação.
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8:35 - 8:37Eu já tinha passado dos 40 quando meu pai morreu.
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8:37 - 8:40Ele nunca havia mencionado essa jornada.
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8:40 - 8:43A mãe da minha mãe deixou a Europa às pressas
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8:43 - 8:47sem seu marido, mas com sua filha de três anos
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8:47 - 8:51e diamantes costurados na barra de sua saia.
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8:51 - 8:52Depois de mais de dois anos em esconderijo,
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8:52 - 8:55meu avô apareceu em Londres.
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8:55 - 8:57Ele nunca mais foi o mesmo.
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8:57 - 9:02E sua história foi abafada enquanto ele se tentava se assimilar.
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9:02 - 9:06Minha história começou na Inglaterra
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9:06 - 9:10com um novo futuro e o silêncio de pais imigrantes.
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9:10 - 9:12Eu tive "O Diário de Anne Frank," "A Grande Fuga,"
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9:12 - 9:14"Shoah,"O Triunfo da Vontade."
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9:14 - 9:17Foi Leni Riefenstahl
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9:17 - 9:19em sua elegante propaganda nazista,
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9:19 - 9:23que deu contexto ao que minha família teve que suportar.
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9:23 - 9:29Esses filmes conteram o que era muito doloroso para falar em voz alta,
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9:29 - 9:31e eles se tornaram mais úteis para mim
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9:31 - 9:34do que os sussurros dos sobreviventes
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9:34 - 9:37e o ocasional relance de uma tatuagem
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9:37 - 9:40no pulso de uma tia solteira.
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9:40 - 9:43Os tradicionalistas podem até pensar que a ficção dissipa
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9:43 - 9:46a busca por verdadeiro entendimento humano,
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9:46 - 9:47que o cinema é grosseiro demais
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9:47 - 9:49para contar uma história complexa e detalhada,
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9:49 - 9:54ou que os cineastas sempre favorecem o drama à verdade.
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9:54 - 9:57Mas dentro desses rolos de filme, vivem propósitos e valores.
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9:57 - 10:00Como uma criança de 12 anos uma vez me disse, após assistir ao "Mágico de Oz,"
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10:00 - 10:02"Todo mundo deveria assistir a esse filme,
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10:02 - 10:04porque a menos que você o faça
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10:04 - 10:09você pode não saber que você também possui um coração."
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10:09 - 10:13Se nós honramos a leitura, porque não honrar o ato de assistir com a mesma importância?
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10:13 - 10:17Considere "Cidadão Kane" tão valioso como Jane Austen.
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10:17 - 10:20Concorde que "Os Donos da Rua", assim como Tennyson,
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10:20 - 10:24oferece uma paisagem emocional e um entendimento apurado
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10:24 - 10:26que funcionam juntos.
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10:26 - 10:27Cada um desses trabalhos, um pedaço artístico memorável,
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10:27 - 10:31cada um, um tijolo na parede de quem somos.
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10:31 - 10:33E tudo bem se lembramos mais de Tom Hanks
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10:33 - 10:35do que o astronauta Jim Lovell
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10:35 - 10:40ou que vemos o rosto de Ben Kingsley antes do de Ghandi.
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10:40 - 10:44E embora não reais, Eve Harrington, Howard Beale e Mildred Pierce
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10:44 - 10:46representam uma oportunidade para descobrir
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10:46 - 10:49o que é ser humano,
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10:49 - 10:53e não menos útil em nos ajudar a entender nossas vidas e nossos tempos,
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10:53 - 10:58como Shakespeare é em iluminar o mundo do Período Elizabetano na Inglaterra.
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10:58 - 11:00Adivinhamos que o cinema,
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11:00 - 11:02cujas histórias são um ponto de encontro
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11:02 - 11:04tanto do drama como da música, literatura e experiência humana,
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11:04 - 11:09fosse engajar e inspirar a juventude a participar do FILMCLUB.
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11:09 - 11:10O que não podíamos ter previsto
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11:10 - 11:12foram as melhorias mesuráveis
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11:12 - 11:16em comportamento, confiança e conquistas acadêmicas.
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11:16 - 11:20Estudantes antes relutantes, agora voam para a escola, conversam com seus professores,
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11:20 - 11:21lutam, não no recreio,
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11:21 - 11:24mas para escolher o filme da próxima semana --
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11:24 - 11:27jovens que acharam auto-afirmação, ambição
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11:27 - 11:31e apetite para a educação e para o engajamento social
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11:31 - 11:34das histórias que eles testemunharam.
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11:34 - 11:38Nossos participantes desafiam o jeito sistemático
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11:38 - 11:41de como muitas vezes descrevemos nossa juventude.
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11:41 - 11:46Eles não são selvagens nem miopemente absortos em si mesmos.
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11:46 - 11:47Eles estão, como tantos outros jovens,
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11:47 - 11:51tentando negociar um mundo repleto de infinitas possibilidades,
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11:51 - 11:55mas com pouca cultura em como buscar sentido em suas experiências.
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11:55 - 11:58Parecemos sempre surpresos em relação ao comportamento
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11:58 - 12:00daqueles que se auto-definem
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12:00 - 12:02pela coisas que possuem,
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12:02 - 12:07mas no entanto, o conceito de aquisição tem sido a narrativa que temos oferecido.
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12:07 - 12:08Se quisermos ter valores diferentes
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12:08 - 12:12temos que começar a contar uma história diferente,
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12:12 - 12:16uma história que entende que uma narrativa individual
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12:16 - 12:20é um componente essencial da identidade de uma pessoa,
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12:20 - 12:21que a narrativa coletiva
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12:21 - 12:25é um componente essencial de uma identidade cultural,
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12:25 - 12:29e que sem isso, é impossível imaginar a si mesmo
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12:29 - 12:31como pertencente a um grupo.
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12:31 - 12:34Porque quando essas pessoas chegam em casa
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12:34 - 12:36depois de uma projeção de "Janela Indiscreta",
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12:36 - 12:39e cravam seus olhos no prédio vizinho,
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12:39 - 12:43elas possuem as ferramentas para se perguntarem quem, além delas mesmas
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12:43 - 12:44estão lá fora
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12:44 - 12:47e quais são suas histórias.
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12:47 - 12:48Obrigada.
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12:48 - 12:51(Aplausos)
- Title:
- Beeban Kidron: A Magia Coletiva do Cinema
- Speaker:
- Beeban Kidron
- Description:
-
Filmes tem o poder de criar uma narrativa coletiva, criando memórias e visões do mundo. A cineasta britânica, Beeban Kidron invoca cenas cinematográficas icônicas -- de filmes como "Milagre em Milão" à "Os Donos da Rua" -- enquanto conta ao público como seu grupo, FILMCLUB, compartilha grandes títulos do cinema com crianças e adolescentes.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:12
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