Como funciona a menstruação — Emma Bryce

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-menstruation-works-emma-bryce

Feito em parceria com a campanha Always #LikeAGirl

Neste preciso momento, há 300 milhões de mulheres no planeta que passam pela mesma coisa: um período. O ciclo menstrual mensal que dá origem ao período é uma realidade que a maior parte das mulheres no planeta experimenta durante a sua vida. Porque é que este ciclo é tão universal? E o que é que provoca este ciclo? Emma Brice dá-nos uma lição sobre os períodos.

Lição de Emma Bryce, animação de Kozmonot Animation Studio.

Pode parecer difícil de acreditar
mas, neste preciso momento,

há 300 milhões de mulheres no planeta
que passam pela mesma coisa:

um período.

O ciclo menstrual mensal
que leva ao período

é uma realidade que a maior parte
das mulheres na Terra

experimenta durante a vida.

Porque é que este ciclo é tão universal?

Em primeiro lugar,
o que é que provoca este ciclo?

Os períodos têm uma duração
entre dois e sete dias,

aparecendo numa rotação de 28 dias.

Todo o sistema vai-se repetindo,

ocorrendo cerca de 450 vezes
durante a vida da mulher.

Por detrás dele, há uma série
de controlos hormonais

que afinam o funcionamento
interno do corpo,

para que a menstruação
comece ou termine durante esses 28 dias.

Este mecanismo interior
inclui dois ovários

cheios de milhares de pequenos sacos
chamados folículos.

Cada folículo contém um oócito,
um óvulo não fertilizado.

Na puberdade, os ovários
contêm mais de 400 mil óvulos,

mas só libertam um por mês

que resulta numa gravidez
ou num período.

Eis como se desenrola este ciclo.

Todos os meses, a partir da puberdade,

a glândula pituitária, no cérebro,
que produz hormonas,

começa a libertar
duas substâncias no sangue:

a hormona que estimula o folículo
e a hormona luteinizante.

Quando elas chegam aos ovários,

encorajam os óvulos internos
a crescer e a amadurecer.

Os folículos reagem
bombando estrogénio.

Os óvulos crescem
e os níveis de estrogénio atingem um pico,

inibindo a produção da hormona
que estimula o folículo,

e informando a pituitária
para produzir mais hormona luteinizante.

Isso faz com que o óvulo mais maduro
de um dos ovários

rebente o folículo e atravesse
a parede do ovário.

A isto chama-se ovulação

e acontece habitualmente 10 a 16 dias
antes do início do período.

O pequeno oócito
percorre a trompa de Falópio.

Só pode ocorrer uma gravidez se o óvulo
for fecundado por um espermatozoide

num prazo de 24 horas.

De contrário, termina a fuga do óvulo

e a janela para a gravidez
fica fechada durante esse mês.

Entretanto, o folículo vazio
começa a libertar progesterona,

uma hormona que informa
a parede do útero

a bombar sangue e nutrientes

na preparação de um ovo fertilizado
que possa lá aninhar-se e desenvolver-se.

Se ele não se implantar, uns dias depois,

os níveis da progesterona
e do estrogénio baixam muito,

ou seja, o revestimento do útero
começa a degenerar,

acabando por ser expulso.

O sangue e os tecidos saem do corpo,
formando o período.

O útero pode levar uma semana
a libertar-se desse conteúdo não usado,

após o que o ciclo recomeça.

Os ovários começam imediatamente
a segregar estrogénio outra vez

e o revestimento do útero
torna-se mais espesso,

preparando-se para acomodar
um óvulo fecundado

ou livrar-se dele.

As hormonas controlam
continuamente estas atividades

proporcionando as quantidades ideais
sempre no momento adequado.

O ciclo continua a ocorrer,

transformando cada dia e cada semana,
ao longo do seu caminho,

numa meta para uma gravidez
ou para um período.

Embora este ciclo pareça
girar como um relógio,

há espaço para variações.

Cada mulher e cada corpo são únicos.

Os ciclos menstruais ocorrem
em diferentes alturas do mês,

a ovulação ocorre em diversos
pontos, no ciclo,

e alguns períodos duram
mais tempo do que outros.

A própria menstruação começa e termina
em diferentes alturas da vida

para mulheres diferentes.

Por outras palavras, as variações
entre períodos são normais.

Conhecer estas diferenças e aprender
este processo mensal

pode dar poder às mulheres,

dando-lhes os instrumentos para perceberem
e assumirem o controlo do seu corpo.

Desse modo, podem
integrar este pequeno ciclo

no ciclo da vida muito maior.