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Como transformar o protesto em mudanças poderosas - Eric Liu

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    Vivemos numa era de protestos.
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    Em universidades e praças públicas,
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    nas ruas e nas redes sociais,
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    os manifestantes em todo o mundo
    desafiam o status quo.
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    Os protestos podem fazer
    problemas serem discutidos
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    nacional e globalmente;
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    podem derrubar tiranos;
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    fazer pessoas que viviam alienadas
    tornarem-se politicamente ativas.
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    Embora os protestos sejam necessários,
    será que eles são suficientes?
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    Considere a Primavera Árabe.
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    Por todo o Oriente Médio,
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    os cidadãos em protesto
    derrubaram ditadores.
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    Depois, contudo, o vácuo de poder,
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    na maioria das vezes, foi preenchido
    pelos mais militantes e violentos.
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    Os protestos podem criar
    mudanças positivas duradouras
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    quando são acompanhados
    por vigorosos esforços
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    para molibizar eleitores,
    organizar eleições,
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    compreender o governo
    e torná-lo mais inclusivo.
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    Eis três estratégias para transformar,
    pacificamente, a consciência em ação
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    e o protesto em poder político duradouro.
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    Primeiro, tenha uma visão clara
    e ampla do que é possível,
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    em segundo lugar,
    escolha uma bandeira de luta,
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    e, terceiro, busque uma vitória inicial.
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    Vamos começar por ter uma visão
    ampla e clara do que é possível.
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    Frequentemente, ouve-se,
    em resposta a uma proposta política:
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    “Isto nunca vai acontecer.”
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    Quando alguém lhe diz isso,
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    está tentanto limitar
    sua imaginação cívica.
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    O cidadão atuante procura
    superar essas limitações.
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    Ele questiona: “Mas...
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    e se fosse possível?
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    E se várias formas de poder,
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    poder popular, ideias,
    investimento, leis sociais,
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    contribuíssem para que isto acontecesse?”
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    Simplesmente levantar tais questões
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    e não aceitar “as verdades”
    da política convencional
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    é o primeiro passo para conseguir
    transformar protesto em poder.
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    Mas isto exige compreender concretamente
    o que seria ter, digamos,
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    um governo nacional radicalmente menor,
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    ou, por contraste, um grande monopólio
    de sistema de saúde estatal,
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    um modo de conter as empresas
    e responsabilizá-las por malfeitos,
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    ou, no outro extremo, um jeito
    de livrá-las de normas onerosas.
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    Isso nos leva à segunda estratégia:
    escolher uma bandeira de luta.
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    Disputas são inerentes
    a qualquer política.
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    Poucos imaginam a vida
    civil de modo abstrato.
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    Pensamos em coisas melhores
    quando as comparamos com outras.
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    Os cidadãos atuantes impõem
    as condições dessa disputa.
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    Isto não quer dizer que sejam rudes.
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    Significa apenas pensar sobre um debate
    dentro das condições desejadas
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    sobre uma questão que captura
    a essência da mudança desejada.
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    Foi o que fizeram os ativistas dos EUA
    que lutaram pelo salário mínimo de US$ 15.
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    Eles não acreditavam que o salário mínimo
    de US$ 15 pudesse resolver a desigualdade,
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    mas com esta meta
    ambiciosa e controvertida,
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    primeiramente conquistada em Seatle
    e depois em outros locais,
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    eles forçaram um debate mais amplo
    sobre a justiça econômica
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    e a prosperidade.
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    Estabeleceram um visão clara e ampla
    do que é possível, a estratégia um,
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    e criaram uma disputa nítida
    e emblemática, a estratégia dois.
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    A terceira estratégia-chave é
    tentar conseguir uma vitória inicial.
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    Uma vitória inicial, mesmo que não seja
    tão ambiciosa quanto a meta final,
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    fortalece a luta,
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    modifica o que as pessoas
    consideram ser possível.
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    O Movimento Solidariedade,
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    que organizou trabalhadores durante
    a Guerra Fria, na Polônia, surgiu assim,
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    em greves locais de trabalhadores
    em estaleiros, em 1980,
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    o que forçou concessões;
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    depois, na década seguinte,
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    um esforço nacional
    que acabou por derrubar
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    o governo comunista da Polônia.
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    Obter vitória inicial cria
    um círculo virtuoso,
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    um contágio, uma fé,
    uma motivação.
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    Exige pressionar os políticos,
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    usar a mídia para mudar
    a forma como os fatos são divulgados,
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    fazer debates públicos,
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    convencer vizinhos céticos,
    um por vez, um por um.
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    Nada disto é tão atraente
    quanto um protesto,
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    mas esta é a história, nos EUA,
    do Movimento pelos Direitos Civís,
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    da Independência da Índia,
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    da autodeterminação checa.
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    Não foi um triunfo isolado e repentino,
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    mas um avanço lento e longo.
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    Não é preciso ser alguém especial
    para fazer parte desta luta,
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    ampliar a visão geral do que é possível,
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    escolher uma bandeira de luta,
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    ou conseguir uma vitória inicial.
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    É preciso apenas ser um participante
    e viver como um cidadão.
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    O espírito do protesto é poderoso.
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    É o que surge depois do protesto.
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    Você, em conjunto com outros,
    poderá criar o futuro.
Title:
Como transformar o protesto em mudanças poderosas - Eric Liu
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-to-turn-protest-into-powerful-change-eric-liu

Vivemos numa era de protestos. Nos campi universitários, nas praças públicas e nas redes sociais, os protestos em toda a parte do mundo desafiam o status quo. Embora os protestos sejam necessários, será que eles são suficientes? Eric Liu delineia três estratégias para transformar pacificamente a consciência em ação e o protesto em poder político duradouro.

Lição de Eric Liu, animação de Sarah Saidan.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:57

Portuguese, Brazilian subtitles

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