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Margaret Heffernan: Ouse discordar

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    Em Oxford, na década de 50,
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    havia uma médica
    fantástica, muito notável,
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    chamada Alice Stewart.
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    E Alice era notável em
    parte porque, claro,
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    era mulher, o que era
    muito raro nos anos 50.
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    E era brilhante,
    na época era uma das colegas
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    mais jovens a ser escolhida
    para a Faculdade Real dos Médicos.
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    Ela também era notável porque continuou
    a trabalhar depois de ter se casado,
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    depois de ter tido filhos.
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    e até mesmo depois de ter
    se divorciado e ser mãe solteira,
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    continuou seu trabalho na medicina.
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    E era notável porque se interessava
    muito por uma ciência nova,
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    o campo emergente da epidemiologia,
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    o estudo de padrões na doença.
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    Mas como todo cientista, ela reconhecia
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    que para deixar sua marca,
    o que precisava fazer
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    era encontrar um problema
    difícil e resolvê-lo.
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    O problema difícil que Alice escolheu
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    foi a incidência crescente
    de câncer infantil.
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    Muitas doenças têm relação com a pobreza,
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    mas no caso do câncer infantil,
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    as crianças que estavam morrendo
    pareciam proceder principalmente
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    de famílias ricas.
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    Então, o que ela queria saber
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    poderia explicar essa anomalia.
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    Mas Alice tinha problemas para obter
    financiamento para sua pesquisa.
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    Por fim, ela conseguiu apenas 1.000 libras
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    do prêmio Memorial de Lady Tata.
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    E isso significava que ela sabia
    que tinha apenas uma tentativa
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    para coletar seus dados.
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    Mas ela não tinha ideia do que procurar.
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    Isto era, na verdade,
    como procurar agulha num palheiro,
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    então ela perguntava tudo
    o que podia imaginar.
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    As crianças tinham comido doces cozidos?
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    Tinham consumido bebidas com corantes?
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    Elas comiam peixe com batatas fritas?
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    Elas tinham saneamento básico?
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    Em que época tinham
    começado a ir à escola?
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    E quando seus questionários com cópia
    em carbono começaram a voltar,
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    uma coisa e só uma coisa saltava à vista
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    com uma clareza estatística com a qual
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    muitos cientistas podem apenas sonhar.
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    Numa relação de dois para um,
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    as crianças que tinham morrido
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    tiveram mães submetidas
    à raios-X enquanto grávidas.
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    Mas essa descoberta afetou
    a sabedoria convencional.
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    A sabedoria convencional sustentava
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    que tudo era seguro
    até um certo ponto, um limite.
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    Isso afetou a sabedoria convencional,
  • 2:17 - 2:21
    que tinha grande entusiasmo
    pela nova e perfeita tecnologia
  • 2:21 - 2:24
    daquela época,
    que era o aparelho de raios-X.
  • 2:24 - 2:29
    E afetou a ideia que os médicos
    tinham de si mesmos,
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    que era a de pessoas
    que ajudavam pacientes,
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    e não os causavam nenhum mal.
  • 2:35 - 2:39
    Contudo, Alice Stewart
    correu para publicar
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    suas descobertas preliminares
    no The Lancet em 1956.
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    As pessoas ficaram muito entusiasmadas,
    havia rumores sobre o Prêmio Nobel
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    e Alice estava mesmo com muita pressa
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    de tentar estudar todos os casos
    de câncer infantil que ela podia encontrar
  • 2:52 - 2:54
    antes que eles desaparecessem.
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    Na verdade, ela não precisava ter corrido.
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    25 anos inteiros se passaram
    até que as autoridades britânicas,
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    britânicas e americanas
  • 3:06 - 3:12
    abandonassem a prática de submeter
    mulheres grávidas ao raio-X.
  • 3:12 - 3:17
    Os dados estavam lá, estavam abertos,
    foram disponibilizados livremente,
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    mas ninguém queria saber.
  • 3:22 - 3:24
    Uma criança por semana estava morrendo,
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    mas nada mudava.
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    A abertura por si só não leva a mudanças.
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    Assim, por 25 anos Alice Stewart
    teve uma luta muito grande em suas mãos.
  • 3:39 - 3:42
    E como ela sabia que estava certa?
  • 3:42 - 3:46
    Bem, ela tinha um modelo
    fantástico para reflexão.
  • 3:46 - 3:48
    Ela trabalhava com um estatístico
    chamado George Kneale,
  • 3:48 - 3:51
    e George era certamente
    tudo o que Alice não era.
  • 3:51 - 3:54
    Alice era muito extrovertida e sociável,
  • 3:54 - 3:56
    e George era um solitário.
  • 3:56 - 4:00
    Alice era muito calorosa,
    muito empática com seus pacientes,
  • 4:00 - 4:04
    George preferia sinceramente
    números em vez de pessoas.
  • 4:04 - 4:08
    Mas ele disse uma coisa fantástica
    sobre sua relação profissional.
  • 4:08 - 4:14
    Ele disse, "Meu trabalho é provar
    que Dr. Stewart está errada."
  • 4:14 - 4:18
    Ele procurava essa negação
    de forma efetiva.
  • 4:18 - 4:20
    Formas diferentes de olhar
    para os modelos dela,
  • 4:20 - 4:23
    suas estatísticas, formas diferentes
    de desmembrar os dados
  • 4:23 - 4:27
    a fim de provar o seu erro.
  • 4:27 - 4:32
    Ele via seu trabalho como a criação
    de conflitos em torno das teorias dela.
  • 4:32 - 4:35
    Porque era só não sendo capaz de provar
  • 4:35 - 4:38
    que ela estava errada,
  • 4:38 - 4:41
    que George podia dar a Alice
    a confiança que ela precisava
  • 4:41 - 4:44
    para saber que ela estava certa.
  • 4:44 - 4:48
    É um fantástico modelo de colaboração --
  • 4:48 - 4:53
    parceiros pensantes
    que não são câmaras de eco.
  • 4:53 - 4:56
    Imagino quantos de nós temos,
  • 4:56 - 5:03
    ou ousamos ter, tais colaboradores.
  • 5:03 - 5:06
    Alice e George eram
    muito bons nos conflitos.
  • 5:06 - 5:10
    Eles a viam como uma reflexão.
  • 5:10 - 5:14
    Então o que esse tipo
    de conflito construtivo precisa?
  • 5:14 - 5:17
    Bem, em primeiro lugar, ele precisa
    que encontremos pessoas
  • 5:17 - 5:20
    que são muito diferentes de nós mesmos.
  • 5:20 - 5:24
    Isso significa que temos
    que resistir à força neurobiológica,
  • 5:24 - 5:29
    que significa que temos preferência
    principalmente por pessoas iguais a nós mesmos,
  • 5:29 - 5:31
    e isso significa que temos
    que buscar pessoas
  • 5:31 - 5:33
    com conhecimentos diferentes,
    disciplinas diferentes,
  • 5:34 - 5:38
    diferentes formas de pensar
    e experiência diferente,
  • 5:38 - 5:41
    e encontrar maneiras de unir-se a elas.
  • 5:41 - 5:46
    Isso exige muita paciência
    e muita energia.
  • 5:46 - 5:48
    E quanto mais eu penso nisso,
  • 5:48 - 5:53
    mais eu acho, realmente,
    que isso é um tipo de amor.
  • 5:53 - 5:56
    Porque você não vai simplesmente
    disponibilizar esse tipo de energia
  • 5:56 - 6:01
    e tempo se você realmente não se importa.
  • 6:01 - 6:05
    E isso também significa que temos
    que estar preparados para mudar de ideia.
  • 6:05 - 6:08
    A filha de Alice me contou
  • 6:08 - 6:11
    que toda vez que Alice ficava
    frente-a-frente com um colega cientista,
  • 6:11 - 6:15
    ele a fazia pensar
    e pensar e pensar outra vez.
  • 6:15 - 6:19
    "Minha mãe," ela disse,
    "Minha mãe não gostava de uma briga,
  • 6:19 - 6:24
    mas era muito boa nisso."
  • 6:24 - 6:28
    Então, uma coisa é fazer
    isso numa relação um-a-um.
  • 6:28 - 6:32
    Mas me ocorre que os maiores
    problemas que enfrentamos,
  • 6:32 - 6:34
    muitos dos maiores desastres
    que enfrentamos,
  • 6:34 - 6:36
    não surgem principalmente de indivíduos,
  • 6:36 - 6:38
    eles surgem de organizações,
  • 6:38 - 6:40
    algumas delas maiores que países,
  • 6:40 - 6:43
    muitas delas capazes de afetar centenas,
  • 6:43 - 6:47
    milhares, até mesmo milhões de vidas.
  • 6:47 - 6:51
    Então como as organizações pensam?
  • 6:51 - 6:55
    Bem, na maior parte das vezes,
    não o fazem.
  • 6:55 - 6:58
    E isso não é porque não querem,
  • 6:58 - 7:00
    é porque não podem mesmo.
  • 7:00 - 7:04
    E não podem porque as pessoas
    que dentro delas
  • 7:04 - 7:08
    têm medo demais de conflitos.
  • 7:08 - 7:11
    Em pesquisas com executivos
    europeus e americanos,
  • 7:11 - 7:14
    85% deles admitiam
  • 7:14 - 7:17
    que tinham questões
    ou preocupações no trabalho
  • 7:17 - 7:21
    que tinham medo de levantar.
  • 7:21 - 7:24
    Medo do conflito
    que aquilo poderia provocar,
  • 7:24 - 7:26
    medo de enveredar por discussões
  • 7:26 - 7:29
    com as quais não sabiam como administrar,
  • 7:29 - 7:33
    e sentiam que estavam certos de perder.
  • 7:33 - 7:39
    Oitenta e cinco por cento
    é um número grande mesmo.
  • 7:39 - 7:42
    Significa que as organizações
    principalmente não podem fazer
  • 7:42 - 7:44
    o que George e Alice fizeram
    de modo triunfante.
  • 7:44 - 7:49
    Elas não podem pensar juntas.
  • 7:49 - 7:51
    E isso significa que as pessoas
    como muitos de nós,
  • 7:51 - 7:53
    que dirigem organizações,
  • 7:53 - 7:57
    e saíram do caminho para tentar achar
    as melhores pessoas que podem,
  • 7:57 - 8:03
    falham principalmente em
    conseguir o seu melhor.
  • 8:03 - 8:06
    Então como desenvolvemos
    as habilidades que precisamos?
  • 8:06 - 8:10
    Porque também
    é preciso habilidade e prática.
  • 8:10 - 8:14
    Se não iremos ter medo do conflito,
  • 8:14 - 8:16
    temos que vê-lo como uma reflexão,
  • 8:16 - 8:20
    e então temos que ficar muito bons nisso.
  • 8:20 - 8:25
    Assim, recentemente eu trabalhei
    com um executivo chamado Joe,
  • 8:25 - 8:28
    e Joe trabalhava para uma empresa
    de equipamentos médicos.
  • 8:28 - 8:32
    E Joe estava muito preocupado com o
    aparelho com o qual estava trabalhando,
  • 8:32 - 8:34
    Ele achava que ele era complicado demais
  • 8:34 - 8:36
    e achava que sua complexidade
  • 8:36 - 8:40
    criava margens de erro
    que podia machucar as pessoas.
  • 8:40 - 8:44
    Ele tinha medo de prejudicar
    os pacientes que tentava ajudar.
  • 8:44 - 8:47
    Mas quando ele olhou em
    torno de sua organização,
  • 8:47 - 8:51
    ninguém mais parecia preocupado.
  • 8:51 - 8:54
    Então, ele não quis falar nada.
  • 8:54 - 8:56
    Afinal, talvez eles soubessem
    de algo que ele não sabia.
  • 8:56 - 8:59
    Talvez ele parecesse tolo.
  • 8:59 - 9:01
    Mas ele continuou
    se preocupando com aquilo,
  • 9:01 - 9:04
    e se preocupava tanto que chegou ao ponto
  • 9:04 - 9:06
    de pensar que a única
    coisa que poderia fazer
  • 9:06 - 9:10
    era deixar o emprego que amava.
  • 9:10 - 9:14
    No final, Joe e eu achamos uma maneira
  • 9:14 - 9:16
    de ele levantar suas questões.
  • 9:16 - 9:19
    E o que aconteceu depois
    é o que quase sempre
  • 9:19 - 9:20
    acontece nessa situação.
  • 9:20 - 9:24
    Acabou que todos tinham
    exatamente as mesmas
  • 9:24 - 9:25
    questões e dúvidas.
  • 9:25 - 9:29
    Então Joe tinha aliados.
    Eles podiam pensar juntos.
  • 9:29 - 9:33
    E sim, havia muito conflito e debate
  • 9:33 - 9:37
    e discussão, mas isso permitia
    com que todos em volta da mesa
  • 9:37 - 9:41
    fossem criativos, resolvessem o problema,
  • 9:41 - 9:45
    e modificassem o aparelho.
  • 9:45 - 9:49
    Joe era o que muitos podiam imaginar ser
  • 9:49 - 9:51
    um informante,
  • 9:51 - 9:54
    exceto que, como quase
    todos os informantes,
  • 9:54 - 9:56
    ele não era excêntrico de modo algum,
  • 9:56 - 10:00
    ele era apaixonadamente
    devotado à organização
  • 10:00 - 10:03
    e aos mais altos objetivos que
    aquela organização servia.
  • 10:03 - 10:07
    Mas ele tinha tido tanto medo do conflito,
  • 10:07 - 10:12
    que no final passou a ter
    mais medo do silêncio.
  • 10:12 - 10:14
    E quando ele ousou falar,
  • 10:14 - 10:17
    descobriu que havia muito
    mais dentro de si mesmo
  • 10:17 - 10:22
    e muito mais para dar ao sistema
    do que ele jamais imaginara.
  • 10:22 - 10:26
    E seus colegas não acham
    que ele é excêntrico.
  • 10:26 - 10:31
    Eles acham que ele é um líder.
  • 10:31 - 10:35
    Assim, como temos essas
    conversas mais facilmente
  • 10:35 - 10:37
    e mais frequentemente?
  • 10:37 - 10:39
    Bem, a Universidade de Delft
  • 10:39 - 10:41
    exige que seus doutorandos
  • 10:41 - 10:45
    tenham que apresentar cinco declarações
    que estejam preparados para contestar.
  • 10:45 - 10:49
    Não importa sobre o que
    são as declarações,
  • 10:49 - 10:53
    o que importa é que os candidatos
    estejam querendo e sejam
  • 10:53 - 10:55
    capazes de afrontar a autoridade.
  • 10:55 - 10:58
    Acho que é um sistema fantástico,
  • 10:58 - 11:00
    mas deixá-lo para os candidatos
    a doutoramento
  • 11:00 - 11:04
    são muito poucas pessoas
    e tarde demais na vida.
  • 11:04 - 11:08
    Acho que precisamos
    ensinar essas habilidades
  • 11:08 - 11:12
    para crianças e adultos em todos
    os estágios de seu desenvolvimento,
  • 11:12 - 11:14
    se quisermos ter organizações pensantes
  • 11:14 - 11:18
    e uma sociedade pensante.
  • 11:18 - 11:23
    O fato é que a maioria das grandes
    catástrofes que temos testemunhado
  • 11:23 - 11:30
    raramente vêm de informação
    secreta ou oculta.
  • 11:30 - 11:34
    Vêm de informação que é disponibilizada
    livremente por aí afora,
  • 11:34 - 11:36
    mas que evitamos encarar,
  • 11:36 - 11:40
    porque não podemos enfrentar,
    não queremos enfrentar,
  • 11:40 - 11:44
    o conflito que isso causa,
  • 11:44 - 11:47
    Mas quando ousamos quebrar esse silêncio,
  • 11:47 - 11:50
    ou quando ousamos enxergar,
  • 11:50 - 11:52
    e criamos conflito,
  • 11:52 - 11:54
    possibilitamos a nós
    e às pessoas à nossa volta
  • 11:54 - 11:59
    fazer nossas maiores reflexões.
  • 11:59 - 12:02
    A informação aberta é ótima,
  • 12:02 - 12:05
    redes abertas são essenciais.
  • 12:05 - 12:07
    Mas a verdade não nos libertará
  • 12:07 - 12:11
    até que tenhamos desenvolvido as
    habilidades e o hábito e o talento
  • 12:11 - 12:15
    e a coragem moral para usá-la.
  • 12:15 - 12:19
    A abertura não é o fim.
  • 12:19 - 12:21
    É o começo.
  • 12:21 - 12:25
    (Aplausos)
Title:
Margaret Heffernan: Ouse discordar
Speaker:
Margaret Heffernan
Description:

Muitas pessoas instintivamente evitam o conflito, mas como nos mostra Margaret Heffernan, uma boa divergência é central para o progresso. Ela ilustra (às vezes de forma contraintuitiva) como os melhores parceiros não são câmaras de eco - e como as grandes equipes de pesquisa, os relacionamentos e os negócios permitem que as pessoas discordem profundamente.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:56
Helene Batt edited Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
Helene Batt edited Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
Helene Batt edited Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
João Daniel Ferrari Nogueira accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
João Daniel Ferrari Nogueira commented on Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
João Daniel Ferrari Nogueira edited Portuguese, Brazilian subtitles for Dare to disagree
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