Clay Shirky: Como a internet irá (um dia) transformar o governo
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0:00 - 0:02Eu quero falar hoje para vocês sobre algo
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0:02 - 0:05que o mundo da programação de código aberto pode ensinar à democracia,
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0:05 - 0:07mas, antes disso, um pequeno preâmbulo.
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0:07 - 0:09Vamos começar aqui.
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0:09 - 0:12Esta é Martha Payne. Martha é uma escocesa de 9 anos
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0:12 - 0:14que vive no Conselho de Argyll e Bute.
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0:14 - 0:17Há cerca de dois meses, Payne começou um blog culinário
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0:17 - 0:20chamado NeverSeconds, e levou sua câmera
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0:20 - 0:22com ela para a escola todos os dias para documentar
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0:22 - 0:24seus almoços escolares.
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0:24 - 0:26Vocês conseguem ver o vegetal? (Risos)
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0:26 - 0:30E, como acontece às vezes,
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0:30 - 0:32o blog conquistou primeiramente dúzias de leitores,
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0:32 - 0:34e então centenas de leitores,
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0:34 - 0:36e então milhares de leitores, à medida que as pessoas
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0:36 - 0:38entravam para vê-la classificar seus almoços escolares,
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0:38 - 0:40incluindo minha categoria favorita:
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0:40 - 0:43"Pedaços de cabelo encontrados na comida." (Risos)
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0:43 - 0:47Neste dia não houve nenhum. Isso é bom.
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0:47 - 0:50E então, ontem fez duas semanas, ela postou isso.
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0:50 - 0:52Um post que dizia: "Adeus."
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0:52 - 0:55E ela disse: "Eu sinto muito em dizer isso a vocês,
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0:55 - 0:58mas a professora me colocou para fora da sala hoje
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0:58 - 1:01e disse que eu não posso mais tirar fotos no refeitório.
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1:01 - 1:03Eu realmente gostava de fazer isso.
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1:03 - 1:06Obrigada por lerem. Adeus."
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1:06 - 1:11Vocês podem adivinhar o que aconteceu depois, certo? (Risos)
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1:11 - 1:17A indignação foi tão rápida, tão volumosa, tão unânime
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1:17 - 1:20que o Conselho de Argyll e Bute voltou atrás
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1:20 - 1:21no mesmo dia e disse: "Nós nunca
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1:21 - 1:23censuraríamos uma menina de 9 anos." (Risos)
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1:23 - 1:26Exceto, é claro, esta manhã. (Risos)
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1:26 - 1:30E isso levanta a questão:
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1:30 - 1:32o que os fez pensar que poderiam fugir
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1:32 - 1:34assim de uma questão como esta? (Risos)
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1:34 - 1:39E a resposta é: toda a história humana até agora.
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1:39 - 1:43(Risos). Então,
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1:43 - 1:47o que acontece quando um meio de repente coloca
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1:47 - 1:50um monte de novas ideias em circulação?
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1:50 - 1:52Agora, isto não é apenas uma questão contemporânea.
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1:52 - 1:54É algo com que nos deparamos várias vezes
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1:54 - 1:56ao longo dos últimos séculos.
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1:56 - 1:58Quando o telégrafo apareceu, estava claro
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1:58 - 2:00que ele iria globalizar a indústria das notícias.
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2:00 - 2:01Isso levaria a quê?
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2:01 - 2:05Bem, obviamente, levaria à paz mundial.
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2:05 - 2:08A televisão, um meio que nos permite não apenas ouvir,
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2:08 - 2:11mas ver, literalmente ver, o que está acontecendo
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2:11 - 2:13em qualquer lugar do mundo, levaria a quê?
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2:13 - 2:15À paz mundial. (Risos)
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2:15 - 2:16O telefone?
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2:16 - 2:19Vocês adivinharam: à paz mundial.
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2:19 - 2:24Perdoem-me pelo falso alerta, mas nada de paz mundial. Não ainda.
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2:24 - 2:26Até mesmo a imprensa escrita, até mesmo a imprensa escrita
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2:26 - 2:29foi considerada como uma ferramenta que iria reforçar
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2:29 - 2:33a hegemonia intelectual católica na Europa.
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2:33 - 2:35Em vez disso, o que tivemos foram as 95 Teses de Martin Luther,
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2:35 - 2:37a Reforma Protestante, e, vocês sabem,
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2:37 - 2:40a Guerra dos 30 Anos. Certo,
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2:40 - 2:44então, no que todas estas previsões de paz mundial acertaram
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2:44 - 2:47é que, quando muitas novas ideias de repente
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2:47 - 2:49entram em circulação, isso muda a sociedade.
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2:49 - 2:53O que elas erraram muito foi o que acontece depois.
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2:53 - 2:56Quanto mais ideias há em circulação,
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2:56 - 3:00mais ideias há para qualquer indivíduo discordar delas.
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3:00 - 3:05Mais mídia sempre significa mais discussão.
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3:05 - 3:08Isso é o que acontece quando o espaço da mídia se expande.
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3:08 - 3:11E ainda, quando olhamos para trás, para o prelo
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3:11 - 3:14nos primeiros anos, nós gostamos do que aconteceu.
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3:14 - 3:17Nós somos uma sociedade pró-prelo.
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3:17 - 3:19Então como conciliamos essas duas coisas,
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3:19 - 3:22que isso leva a mais discussão, mas pensamos que isso é bom?
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3:22 - 3:25E a resposta, eu acho, pode ser achada em coisas como essa.
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3:25 - 3:28Esta é a capa do "Philosophical Transactions",
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3:28 - 3:31o primeiro jornal científico já publicado em inglês,
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3:31 - 3:33em meados de 1600,
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3:33 - 3:34e foi criado por um grupo de pessoas
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3:34 - 3:36que se auto-denominavam "A Faculdade Invisível",
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3:36 - 3:38um grupo de filósofos naturais que apenas mais tarde
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3:38 - 3:41iria se denominar cientistas,
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3:41 - 3:44e eles queriam melhorar a forma
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3:44 - 3:47como os filósofos naturais debatiam uns com os outros,
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3:47 - 3:49e eles precisavam fazer duas coisas para isso.
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3:49 - 3:52Eles precisavam de abertura. Precisavam criar uma norma
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3:52 - 3:53que dissesse: quando você fizer um experimento,
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3:53 - 3:56você tem que publicar não apenas suas afirmações,
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3:56 - 3:58mas como você fez o experimento.
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3:58 - 4:00Se você não nos disser como você fez, não vamos acreditar em você.
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4:00 - 4:03Mas a outra coisa de que eles precisavam era velocidade.
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4:03 - 4:05Eles precisavam sincronizar rapidamente o que
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4:05 - 4:07outros filósofos naturais sabiam. Do contrário,
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4:07 - 4:10não se poderia acompanhar o debate.
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4:10 - 4:13A mída impressa era claramente o meio certo para isso,
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4:13 - 4:16mas o livro era a ferramenta errada. Ele era muito lento.
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4:16 - 4:19E então eles inventaram o jornal científico
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4:19 - 4:21como um modo de sincronizar o debate
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4:21 - 4:24entre a comunidade de cientistas naturais.
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4:24 - 4:28A revolução científica não foi criada pela mídia impressa.
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4:28 - 4:30Ela foi criada pelos cientistas,
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4:30 - 4:32mas não poderia ter sido criada se eles não tivessem
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4:32 - 4:34uma mídia impressa como ferramenta.
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4:34 - 4:36E nós? E nossa geração,
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4:36 - 4:38e nossa revolução midiática, a internet?
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4:38 - 4:42Bem, previsões de paz mundial? Vejamos. (Risos)
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4:42 - 4:51Mais discussão? Uma estrelinha dourada para quem acertar. (Risos)
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4:51 - 4:52(Risos)
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4:52 - 4:56Quer dizer, o YouTube é uma mina de ouro. (Risos)
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4:56 - 5:00Melhor discussão? Esta é a questão.
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5:00 - 5:02Eu estudo mídias sociais, o que significa,
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5:02 - 5:05numa primeira aproximação, eu observo as pessoas discutirem.
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5:05 - 5:09E se eu tivesse que escolher um grupo que eu penso que é
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5:09 - 5:13nossa "Faculdade Invisível", coleção de pessoas da nossa geração
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5:13 - 5:16tentando pegar essas ferramentas e colocá-las a serviço,
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5:16 - 5:19não para mais argumentos, mas para melhores argumentos,
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5:19 - 5:21eu escolheria os programadores de código aberto.
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5:21 - 5:24Programação é uma relação de três vias
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5:24 - 5:26entre um programador, algum código-fonte,
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5:26 - 5:28e o computador no qual isso deve funcionar, mas computadores
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5:28 - 5:33são tão famosos pela interpretação inflexível das instruções
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5:33 - 5:37que é extraordinariamente difícil escrever um conjunto
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5:37 - 5:40de instruções que o computador saiba como executar,
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5:40 - 5:42e isso se uma pessoa está escrevendo.
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5:42 - 5:44Uma vez que se tem mais de uma pessoa escrevendo,
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5:44 - 5:47é muito fácil para qualquer dos dois programadores sobrepor
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5:47 - 5:50o trabalho um do outro se estão trabalhando no mesmo arquivo,
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5:50 - 5:52ou mandar instruções incompatíveis,
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5:52 - 5:55que simplesmente fazem o computador travar,
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5:55 - 5:57e este problema fica maior
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5:57 - 6:00quanto maior o número de programadores envolvidos.
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6:00 - 6:04Para uma primeira aproximação, a questão de administrar
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6:04 - 6:06um grande projeto de software é o problema
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6:06 - 6:10de manter este caos social sob controle.
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6:10 - 6:12Agora, há décadas existe uma solução canônica
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6:12 - 6:14para este problema, que é usar algo chamado
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6:14 - 6:16"sistema de controle de versão",
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6:16 - 6:18e um sistema de controle de versão faz o que seu nome diz.
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6:18 - 6:22Ele fornece uma cópia canônica do software
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6:22 - 6:23em um outro servidor.
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6:23 - 6:26Os únicos programadores que podem mudá-la são pessoas
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6:26 - 6:30com autorização específica para acessá-la,
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6:30 - 6:33e elas só podem acessar a subseção
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6:33 - 6:36que têm permissão para mudar.
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6:36 - 6:39E quando as pessoas desenham diagramas de sistemas de controle de versão,
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6:39 - 6:41eles sempre se parecem com isso.
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6:41 - 6:44Certo. Eles se parecem com organogramas.
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6:44 - 6:46E você não precisa olhar muito detalhadamente
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6:46 - 6:49para ver as ramificações políticas de um sistema como este.
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6:49 - 6:54Isso é feudalismo: um dono, muitos trabalhadores.
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6:54 - 6:57Agora, isso é bom para a indústria de softwares comerciais.
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6:57 - 7:02Isso é o Microsof Office. É o Adobe Photoshop.
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7:02 - 7:05A corporação é dona do software.
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7:05 - 7:08Os programadores vêm e vão.
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7:08 - 7:11Mas houve um programador que decidiu
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7:11 - 7:14que esta não era a forma de trabalhar.
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7:14 - 7:15Este é Linus Torvalds.
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7:15 - 7:17Torvalds é o mais famoso programador de código aberto,
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7:17 - 7:23criou o Linux, obviamente, e Torvalds olhou para a forma
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7:23 - 7:26como o movimento de código aberto estava lidando com este problema.
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7:26 - 7:31Softwares de código aberto, a promessa-chave da licença de código aberto,
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7:31 - 7:34é que qualquer pessoa deveria ter acesso a todo o código-fonte
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7:34 - 7:38o tempo todo, mas, é claro, isso cria
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7:38 - 7:41a ameaça de caos que você tem que prevenir
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7:41 - 7:43para que as coisas funcionem.
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7:43 - 7:45Então, a maioria dos projetos de código aberto fez vista grossa
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7:45 - 7:48e adotou sistemas de gestão feudais.
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7:48 - 7:50Mas Torvalds disse: "Não, eu não vou fazer isso".
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7:50 - 7:54Seu ponto de vista sobre isso era muito claro.
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7:54 - 7:56Quando você adota uma ferramenta, você também adota
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7:56 - 8:00a filosofia de gestão intrínseca a ela,
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8:00 - 8:03e ele não ia adotar nada que não funcionasse
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8:03 - 8:05da forma como a comunidade Linux trabalhava.
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8:05 - 8:08E para dar a vocês uma ideia do tamanho
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8:08 - 8:12de uma decisão como esta, este é um mapa
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8:12 - 8:15das dependências internas do Linux,
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8:15 - 8:18do sistema operacional Linux, no qual subpartes
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8:18 - 8:22dependem de outras subpartes para funcionar.
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8:22 - 8:26É um processo tremendamente complicado.
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8:26 - 8:29É um programa tremendamente complicado,
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8:29 - 8:31e ainda assim, por anos, Torvalds o fez funcionar
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8:31 - 8:35sem nenhuma ferramenta automática a não ser sua caixa de e-mail.
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8:35 - 8:38As pessoas literalmente mandavam as mudanças para ele por e-mail
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8:38 - 8:42que tinham acordado, e ele fazia as mudanças manualmente.
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8:42 - 8:46E então, depois de 15 anos olhando para o Linux e vendo
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8:46 - 8:49como a comunidade trabalhava, ele disse: "Eu acho que sei
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8:49 - 8:53como escrever um sistema de controle de versão para pessoas livres."
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8:53 - 8:59E ele o chamou de "Git". Git é um controle de versão distribuído.
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8:59 - 9:02Ele tem duas grandes diferenças
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9:02 - 9:04em relação aos tradicionais sistemas de controle de versão.
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9:04 - 9:08A primeira é que ele faz jus à promessa filosófica
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9:08 - 9:11do código aberto. Qualquer um que trabalhe em um projeto
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9:11 - 9:15têm acesso a todo o código-fonte o tempo todo.
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9:15 - 9:17E quando as pessoas desenham diagramas do fluxo de trabalho do Git,
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9:17 - 9:20eles se parecem com isso.
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9:20 - 9:22E você não tem que entender o que os círculos,
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9:22 - 9:26as caixas e as setas significam para ver que é um
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9:26 - 9:29modo de trabalhar muito mais complicado do que
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9:29 - 9:32o dos sistemas comuns de controle de versão.
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9:32 - 9:36Mas é isto também que traz o caos de volta,
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9:36 - 9:39e esta é a segunda grande inovação do Git.
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9:39 - 9:43Esta é uma tela do GitHub, o principal serviço de hospedagem do Git,
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9:43 - 9:47e toda vez que um programador usa o Git
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9:47 - 9:50para fazer qualquer mudanças importante,
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9:50 - 9:53criando um novo arquivo, ou modificando um já existente,
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9:53 - 9:58misturando dois arquivos, o Git cria este tipo de assinatura.
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9:58 - 10:01Esta longa sequência com números e letras
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10:01 - 10:06é um identificador único associado a cada mudança,
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10:06 - 10:09mas sem qualquer coordenação central.
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10:09 - 10:13Todos os sistemas Git geram este número da mesma forma,
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10:13 - 10:17o que significa que esta é uma assinatura associada diretamente
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10:17 - 10:20a uma mudança particular, e que não pode ser fraudada.
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10:20 - 10:22Isso tem o seguinte efeito:
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10:22 - 10:25Um programador em Edinburgo e um programador em Entebbe
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10:25 - 10:29podem ter o mesmo - uma cópia do mesmo software.
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10:29 - 10:33Cada um deles pode fazer mudanças e eles podem combiná-las
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10:33 - 10:36depois disso, mesmo que não soubessem
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10:36 - 10:39da existência um do outro até então.
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10:39 - 10:42Isso é cooperação sem coordenação.
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10:42 - 10:45Esta é a grande mudança.
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10:45 - 10:51Agora, eu digo isso a vocês não para convencê-los de que é genial
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10:51 - 10:54que os programadores de código aberto tenham agora uma ferramenta
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10:54 - 10:57que suporta sua filosofia de trabalho,
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10:57 - 10:59embora eu pense que é genial.
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10:59 - 11:02Eu digo isso por conta do que eu penso que significa
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11:02 - 11:04para o modo como as comunidades se unem.
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11:04 - 11:11Uma vez que o Git permitiu a cooperação sem coordenação,
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11:11 - 11:14você começa a ver comunidades se formarem
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11:14 - 11:18que são extremamente grandes e complexas.
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11:18 - 11:20Este é um gráfico da comunidade Ruby.
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11:20 - 11:22É uma linguagem de programação de código aberto,
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11:22 - 11:25e todas as interconexões entre as pessoas –
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11:25 - 11:27este já não é um gráfico de software, mas um gráfico de pessoas –
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11:27 - 11:29todas as interconexões entre as pessoas
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11:29 - 11:32trabalhando no projeto –
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11:32 - 11:35e isso não se parece com um organograma.
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11:35 - 11:38Isso se parece com um "desorgranograma", e, ainda assim,
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11:38 - 11:41fora desta comunidade, mas usando estas ferramentas,
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11:41 - 11:43eles podem agora criar algo juntos.
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11:43 - 11:47Então há duas boas razões para pensar que
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11:47 - 11:51este tipo de técnica pode ser aplicado
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11:51 - 11:56a democracias em geral e, em particular à lei.
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11:56 - 11:58Quando você faz a afirmação, na verdade,
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11:58 - 12:01de que alguma coisa na internet será boa
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12:01 - 12:03para a democracia, você geralmente encontra esta reação.
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12:03 - 12:09(música) (risos)
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12:09 - 12:12O que significa: você está falando sobre a coisa
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12:12 - 12:14com os gatos que cantam? É isso
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12:14 - 12:17que você pensa que será bom para a sociedade?
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12:17 - 12:19E eu devo dizer: aqui está a coisa
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12:19 - 12:22dos gatos que cantam. Isso sempre acontece.
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12:22 - 12:24E eu não quero dizer que sempre acontece com a internet,
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12:24 - 12:26digo que sempre acontece com a mídia. Ponto final.
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12:26 - 12:29Não se passou muito tempo após o surgimento
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12:29 - 12:31da imprensa comercial escrita até que alguém
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12:31 - 12:34descobrisse que as novelas eróticas eram uma boa ideia. (risos)
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12:34 - 12:38Não é necessário um incentivo econômico para vender livros
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12:38 - 12:41por muito tempo até que alguém diga: "Ei, sabe o que eu aposto
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12:41 - 12:43que as pessoas pagariam para ler?" (risos)
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12:43 - 12:46As pessoas levaram outros 150 anos para pensar
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12:46 - 12:53sobre um jornal científico, certo? Então – (risos) (aplausos)
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12:53 - 12:56Então, a mobilização por parte da Faculdade Invisível
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12:56 - 12:58da imprensa escrita para criar o jornal científico
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12:58 - 13:01foi extremamente importante, mas isso surgiu grande,
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13:01 - 13:04e não aconteceu rápido, então
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13:04 - 13:07se você vai olhar para onde a mudança está acontecendo,
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13:07 - 13:09você tem que olhar para as margens.
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13:09 - 13:15Então, a lei também é relacionada à dependência.
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13:15 - 13:18Aqui está um gráfico do Código Fiscal dos EUA,
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13:18 - 13:21e as correlações de uma lei com outras leis
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13:21 - 13:24para o resultado global.
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13:24 - 13:27Então, existe esse lugar para a gestão do código-fonte.
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13:27 - 13:29Mas há também o fato de que a lei é outro lugar
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13:29 - 13:31onde há muitas opiniões em circulação,
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13:31 - 13:35mas elas precisam resultar em uma cópia canônica,
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13:35 - 13:37e quando você entra no GitHub, e procura,
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13:37 - 13:40há milhões e milhões de projetos,
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13:40 - 13:41quase todos eles de códigos-fonte,
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13:41 - 13:44mas se você olha as margens, você vê pessoas
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13:44 - 13:46experimentando com as ramificações políticas
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13:46 - 13:47de um sistema como este.
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13:47 - 13:49Alguém colocou todos os cabos de Wikileak
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13:49 - 13:51do Departamento de Estado, juntamente com softwares usados
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13:51 - 13:55para interpretá-los, incluindo o meu uso favorito
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13:55 - 13:57dos cabos Cablegate, que é uma ferramenta para detectar
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13:57 - 14:00haikais que aparecem naturalmente na prosa do Departamento de Estado.
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14:00 - 14:06(risos)
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14:06 - 14:09Certo. (risos)
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14:09 - 14:12O Senado de Nova Iorque criou algo chamado
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14:12 - 14:14Legislação Aberta, também alojado no GitHub,
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14:14 - 14:17novamente, devido a razões de atualização e fluidez.
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14:17 - 14:19Você pode ver seu senador e
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14:19 - 14:21uma lista de projetos de lei que ele apoiou.
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14:21 - 14:25Alguém sob o pseudônimo de Divegeek postou o código de Utah,
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14:25 - 14:28as leis do estado de Utah, e colocou isso lá
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14:28 - 14:29não apenas para distribuir o código,
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14:29 - 14:32mas com a possibilidade muito interessante de que isso fosse
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14:32 - 14:37usado para favorecer o desenvolvimento da legislação.
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14:37 - 14:41Alguém postou uma ferramenta durante o debate sobre direitos autorais
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14:41 - 14:45no ano passado, no Senado, dizendo: "É estranho que Hollywood
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14:45 - 14:48acesse mais os legisladores canadenses
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14:48 - 14:52do que os cidadãos canadenses. Por que não usar o GitHub
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14:52 - 14:56para mostrar a eles como seria um projeto de lei desenvolvido pelos cidadãos?
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14:56 - 15:00E inclui esta imagem muito sugestiva.
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15:00 - 15:03Isso aqui à direita é o que chamamos "diff".
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15:03 - 15:06Isso mostra, em textos que muitas pessoas estão editando,
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15:06 - 15:08quando uma mudança foi feita, quem fez
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15:08 - 15:09e qual é a mudança.
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15:09 - 15:11O que aparece em vermelho é o que foi deletado.
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15:11 - 15:13O que aparece em verde é o que foi acrescentado.
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15:13 - 15:16Programadores consideram esta capacidade como garantida.
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15:16 - 15:19Nenhuma democracia em nenhum lugar do mundo oferece esta funcionalidade
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15:19 - 15:23a seus cidadãos, seja para legislação ou para orçamentos,
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15:23 - 15:25mesmo que estas coisas sejam feitas
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15:25 - 15:29com nosso consentimento e nosso dinheiro.
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15:29 - 15:32Eu adoraria dizer a vocês que o fato
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15:32 - 15:35de programadores de código aberto terem criado
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15:35 - 15:39um método colaborativo em larga escala, distribuído,
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15:39 - 15:42barato e em sintonia com os ideais da democracia, eu adoraria
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15:42 - 15:44dizer que, por conta dessas ferramentas,
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15:44 - 15:49a inovação é inevitável. Mas não é.
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15:49 - 15:52Parte do problema, é claro, é apenas falta de informação.
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15:52 - 15:54Alguém postou uma pergunta no Quora dizendo:
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15:54 - 15:56"Por que os legisladores não usam
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15:56 - 15:57controle de versão distribuído?"
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15:57 - 16:01Esta, graficamente, foi a resposta. (risos)
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16:01 - 16:03(risos) (aplausos)
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16:03 - 16:08E esta é realmente parte do problema, mas apenas parte.
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16:08 - 16:11O maior problema, obviamente, é poder.
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16:11 - 16:14As pessoas que estão experimentando com participação não têm
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16:14 - 16:17poder legislativo, e as pessoas que têm poder
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16:17 - 16:21legislativo não estão experimentando com participação.
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16:21 - 16:22Elas estão experimentando com abertura.
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16:22 - 16:24Não há democracia digna deste nome que não tenha
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16:24 - 16:27um movimento de transparência, mas transparência é abertura
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16:27 - 16:31em apenas uma direção, e dar um painel de controle
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16:31 - 16:34sem um controle nunca foi a promessa central
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16:34 - 16:37que uma democracia faz aos seus cidadãos.
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16:37 - 16:40Então considerem isto.
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16:40 - 16:42O que levou as opiniões de Martha Payne
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16:42 - 16:46ao público foi a tecnologia,
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16:46 - 16:50mas o que as manteve lá foi vontade política.
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16:50 - 16:52Foi a expectativa dos cidadãos
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16:52 - 16:56de que ela não devia ser censurada.
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16:56 - 17:01Este é o estado atual de nossas ferramentas colaborativas.
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17:01 - 17:05Nós temos essas ferramentas. Nós as vimos. Elas funcionam.
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17:05 - 17:06Podemos usá-las?
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17:06 - 17:11Podemos aplicar ali as tecnologias que funcionaram aqui?
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17:11 - 17:15T.S. Eliot disse uma vez: "Uma das coisas mais significativas
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17:15 - 17:17que podem acontecer a uma cultura
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17:17 - 17:21é ela adquirir uma nova forma de prosa."
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17:21 - 17:23Eu acho que isso é errado, mas - (risos)
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17:23 - 17:26Acho que é o direito de argumentação. Certo?
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17:26 - 17:30Uma coisa significativa que pode acontecer a uma cultura
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17:30 - 17:33é ela adquirir um novo estilo de debate:
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17:33 - 17:39julgamento por júri, direito de voto, revisão por pares, agora isso. Certo?
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17:39 - 17:42Uma nova forma de debate foi inventada durante nossas vidas,
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17:42 - 17:44na última década, na verdade.
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17:44 - 17:48É grande, é distribuída, é de baixo custo,
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17:48 - 17:52e é compatível com os ideais de democracia.
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17:52 - 17:54A questão para nós agora é: nós vamos deixar
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17:54 - 17:55os programadores manterem isso entre eles próprios?
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17:55 - 17:57Ou vamos tentar pegar isso e colocar a serviço
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17:57 - 17:59da sociedade em larga escala?
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17:59 - 18:02Obrigado por me ouvirem. (aplausos)
-
18:02 - 18:06(aplausos)
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18:06 - 18:11Obrigado. Obrigado. (aplausos)
- Title:
- Clay Shirky: Como a internet irá (um dia) transformar o governo
- Speaker:
- Clay Shirky
- Description:
-
O mundo de código aberto aprendeu a lidar com uma enxurrada de novas e divergentes ideias usando serviços de hospedagem como o GitHub – por que os governos não podem fazer o mesmo? Nesta palestra empolgante, Clay Shirky mostra como as democracias podem aprender com a internet, não apenas a ser transparentes, mas também a aproveitar o conhecimento de todos os seus cidadãos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:32
Jenny Zurawell approved Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Andrea Rojas accepted Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Andrea Rojas edited Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Andrea Rojas edited Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Renata Paes edited Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Renata Paes edited Portuguese, Brazilian subtitles for How the Internet will (one day) transform government | ||
Renata Paes added a translation |