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A história da dança social afro-americana - Camille A. Brown

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    Este é o bop.
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    (Música)
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    O bop é um tipo de dança social.
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    (Música)
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    Dança é uma linguagem,
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    e a dança social é uma expressão
    que surge de uma comunidade.
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    Uma dança social não é
    coreografada por alguém.
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    Não pode ser ligada
    a um momento qualquer.
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    Cada dança tem passos aceitos por todos,
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    mas ela tem a ver com o indivíduo
    e com sua identidade criativa.
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    (Música)
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    Por isso,
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    danças sociais surgem,
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    elas mudam,
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    e se alastram como fogo.
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    Elas são tão velhas como nossa história.
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    Em danças sociais afro-americanas,
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    vemos em mais de 200 anos
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    como tradições africanas e afro-americanas
    influenciaram nossa história.
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    (Música)
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    O presente sempre contém o passado.
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    E o passado molda quem somos
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    e quem seremos.
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    (Som de palmas marcando o ritmo)
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    A dança juba foi criada a partir
    das experiências de escravos africanos
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    nas plantações.
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    Trazidos para a América,
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    sem saber falar o idioma do lugar,
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    esta dança foi um meio de os escravos
    africanos lembrarem de onde vieram.
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    Ela se parecia com algo assim.
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    (Som de palmas e pés marcando o ritmo)
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    Bater nas coxas,
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    sapatear
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    e bater palmas.
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    Desta forma eles burlavam a proibição
    de bater tambores, feita pelos seus donos,
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    improvisando ritmos complexos,
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    assim como seus ancestrais
    faziam com tambores no Haiti
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    ou em comunidades yoruba
    na África Ocidental.
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    Se tratava de manter vivas
    as tradições culturais
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    e preservar um sentimento
    de liberdade interior
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    em cativeiro.
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    Foi o mesmo espírito subversivo
    que criou esta dança:
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    a cakewalk,
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    uma dança que parodiava os maneirismos
    da alta sociedade do Sul,
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    uma maneira de os escravos
    zombarem de seus senhores.
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    O mais doido sobre esta dança
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    é que a cakewalk
    era realizada para os donos,
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    os quais nunca suspeitaram
    que estavam sendo gozados.
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    Talvez você reconheça esta dança
    da década de 1920: o charleston.
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    O charleston era repleto
    de improvisação e musicalidade,
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    e abriu caminho para o lindy hop,
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    danças swing
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    e até para o Kid n Play,
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    originalmente chamado "Funky Charleston".
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    (Música)
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    Teve início em uma comunidade negra
    perto de Charleston, Carolina do Sul.
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    O charleston permeou os salões de dança
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    onde as jovens de repente
    tinham a liberdade de tirar os saltos
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    e mexer as pernas.
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    Agora, a dança social tem a ver
    com comunidade e conexão:
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    se você soubesse os passos,
    então fazia parte de um grupo.
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    Mas e se isso se tornasse
    uma mania mundial?
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    Entra o twist.
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    Não é surpresa que o twist
    remonta ao século 19,
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    trazido do Congo para a América
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    no tempo da escravidão.
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    Mas, no final dos anos 50,
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    logo antes do movimento
    pelos direitos civis,
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    o twist é popularizado
    por Chubby Checker e Dick Clark.
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    De repente, todos estavam
    dançando o twist:
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    adolescentes brancos,
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    jovens na América Latina,
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    ganhando seu lugar em músicas e filmes.
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    Por meio da dança social, as barreiras
    entre grupos ficaram indefinidas.
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    (Música)
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    A história continua nos anos 80 e 90.
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    Juntamente com o surgimento do hip-hop,
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    a dança social afro-africana
    ganhou ainda mais visibilidade,
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    tomando emprestado de seu longo passado,
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    moldando a cultura
    e sendo moldada por ela.
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    (Música)
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    Hoje, essas danças continuam
    a evoluir, crescer e se espalhar.
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    Por que dançamos?
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    Para nos mexermos,
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    para nos descontrairmos,
    para nos expressarmos.
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    Por que dançamos juntos?
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    Para nos curarmos,
    para nos lembrarmos,
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    para dizermos: "Falamos a mesma língua.
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    Nós existimos e somos livres".
Title:
A história da dança social afro-americana - Camille A. Brown
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-history-of-african-american-social-dance-camille-a-brown

Por que dançamos? As danças sociais afro-americanas começaram como uma forma de escravos africanos manterem tradições culturais vivas e preservarem um sentimento de liberdade interior. Elas continuam sendo uma afirmação de identidade e independência. Nesta elétrica demonstração, repleta de apresentações vibrantes, a coreógrafa, educadora e bolsista TED Camille A. Brown examina o que acontece quando comunidades se soltam e se expressam dançando juntas.

Lição e coreografia de Camille A. Brown, títulos de Kozmonot Animation Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:53

Portuguese, Brazilian subtitles

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