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Todas as obras de arte que sempre quiseram ver — de perto e pesquisáveis

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    O mundo está cheio de objetos incríveis
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    e de um rico património cultural.
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    E quando conseguimos acesso a eles,
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    ficamos maravilhados, apaixonamo-nos.
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    Mas, na maior parte do tempo,
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    a população mundial está a viver
    sem verdadeiro acesso às artes e cultura.
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    Quais serão as conexões ao começarmos
    a explorar o nosso património,
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    os belos locais e a arte neste mundo?
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    Antes de começarmos esta apresentação,
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    quero apenas pôr os pontos nos ii.
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    Primeiro, não sou especialista
    em arte ou em cultura.
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    Por engano, dei comigo nisto
    mas estou a adorar.
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    Segundo, tudo o que vos vou mostrar
  • 0:45 - 0:49
    pertence aos fantásticos museus,
    arquivos e fundações
  • 0:49 - 0:51
    nossos parceiros.
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    Nada disto pertence à Google.
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    E, finalmente,
    o que veem atrás de mim
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    está agora mesmo disponível
    nos vossos telemóveis,
  • 1:00 - 1:02
    nos vossos computadores portáteis.
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    Esta é a nossa plataforma atual,
    onde podem explorar
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    milhares de museus e objetos
    na ponta dos dedos,
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    com detalhes em alta definição.
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    É a diversidade do conteúdo
    que é espantosa.
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    Se tivéssemos apenas pinturas europeias,
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    se tivéssemos apenas arte moderna,
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    acho que seria um pouco enfadonho.
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    Por exemplo, este mês
    lançámos o canal "Black History"
  • 1:22 - 1:25
    com 82 curadorias
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    que falam das artes e cultura
    naquela comunidade.
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    Temos também
    alguns objetos espantosos do Japão,
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    centrados em torno do artesanato,
    chamados "Made in Japão".
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    Uma das minhas exposições preferidas,
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    que é a ideia da minha palestra,
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    é que não esperava tornar-me fã
    de bonecas japonesas.
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    Mas sou, graças a esta exposição,
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    que me ensinou sobre a técnica artesanal
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    por detrás da alma de uma boneca japonesa.
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    Acreditem-me, é muito empolgante.
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    Palavra de honra.
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    Continuemos, depressa, então.
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    Uma coisa rápida que gostaria de mostrar
    nesta plataforma
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    e que podem partilhar com os vossos filhos
    e os vossos amigos, agora mesmo,
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    é que também podem navegar virtualmente
    por todas estas espantosas instituições.
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    Uma das nossas ideias recentes
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    foi com o Museu Guggenheim,
    em Nova Iorque,
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    onde podem experimentar
    o que poderá ser a sensação
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    de estar lá.
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    Podem ir ao rés-do-chão
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    e, presumo que, obviamente,
    a maior parte de vocês já lá esteve.
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    Podem ver a obra-prima arquitetónica
    que o museu é.
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    Mas imaginem esta acessibilidade
    para um miúdo em Bombaim
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    que esteja a estudar arquitetura,
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    que nunca tenha tido a oportunidade
    de ir ao Guggenheim.
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    Claro que podem olhar para as obras
    no Museu Guggenheim,
  • 2:37 - 2:39
    interessarem-se por elas,
    e por aí fora.
  • 2:39 - 2:41
    Há muita informação aqui.
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    Mas este não é o propósito
    da minha palestra de hoje.
  • 2:46 - 2:47
    Isto existe agora.
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    O que temos agora
    são os blocos de construção
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    de um futuro empolgante,
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    no que diz respeito às artes e à cultura.
  • 2:54 - 2:55
    e à acessibilidade às artes e cultura.
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    Por isso, reuni-me hoje no palco
    com o meu amigo e artista residente
  • 3:00 - 3:03
    no nosso escritório em Paris,
    Cyril Diagne,
  • 3:03 - 3:07
    Professor de "Design" Interativo na
    Universidade ECAL em Lausanne, Suíça.
  • 3:07 - 3:10
    O que o Cyril e a nossa equipa
    de engenheiros têm estado a fazer
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    é tentar encontrar as conexões
    e visualizar algumas.
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    Vou ser bastante rápido, agora.
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    O objeto que veem atrás de mim
    — apenas um esclarecimento:
  • 3:19 - 3:20
    É sempre melhor ver o objeto real.
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    No caso de as pessoas pensarem
    que estou a tentar replicar o real.
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    Avancemos.
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    O objeto que veem atrás de mim
    é a Vénus de Berekhat Ram.
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    É um dos objetos mais antigos do mundo,
  • 3:31 - 3:34
    de há cerca de 233 000 anos,
    encontrado nos Montes Golan,
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    e atualmente encontra-se
    no Museu de Israel em Jerusalém.
  • 3:37 - 3:40
    É também um dos mais antigos objetos
    na nossa plataforma.
  • 3:40 - 3:42
    Ampliemos.
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    Começamos a partir deste objeto.
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    E se nos afastássemos
  • 3:46 - 3:51
    e tentássemos ter a experiência
    do nosso próprio "Big Bang" cultural?
  • 3:51 - 3:53
    Como seria?
  • 3:53 - 3:57
    É com isto que temos de lidar diariamente
    no Instituto Cultural
  • 3:57 - 4:02
    — mais de 6 milhões de artefactos curados
    e que nos são doados por instituições
  • 4:02 - 4:04
    para se fazerem estas conexões.
  • 4:04 - 4:06
    Podemos viajar no Tempo,
  • 4:06 - 4:09
    podemos compreender melhor
    a nossa sociedade através disto.
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    Podemos olhar para isto
    da perspetiva do nosso planeta,
  • 4:14 - 4:16
    e tentar ver como se pareceria
    sem fronteiras,
  • 4:16 - 4:19
    se apenas organizássemos a arte
    e a cultura.
  • 4:19 - 4:21
    Também podemos fazer um gráfico
    cronológico,
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    o que, para o cromo dos dados
    que há em mim, é muito fascinante.
  • 4:25 - 4:29
    Pode-se perder horas a olhar
    para cada década
  • 4:29 - 4:32
    e para as contribuições
    nessa década e nesses anos
  • 4:32 - 4:35
    para a arte, a história e as culturas.
  • 4:35 - 4:38
    Adorávamos passar horas a mostrar-vos
    cada uma das décadas,
  • 4:38 - 4:40
    mas não temos tempo, agora.
  • 4:40 - 4:43
    Podem pegar nos vossos telemóveis
    e fazê-lo vocês mesmos.
  • 4:43 - 4:46
    (Aplausos)
  • 4:46 - 4:50
    Mas, se não se importam, guardem
    os vossos aplausos para mais tarde,
  • 4:50 - 4:51
    é que não quero ficar sem tempo,
  • 4:51 - 4:53
    quero mostrar-vos
    montes de coisas giras.
  • 4:53 - 4:54
    (Risos)
  • 4:54 - 4:55
    Então, muito rapidamente:
  • 4:55 - 4:59
    podem sair daqui para outra ideia
    muito interessante.
  • 4:59 - 5:01
    Para além da imagem bonita,
  • 5:01 - 5:03
    para além da visualização agradável,
  • 5:03 - 5:05
    qual é o propósito,
    qual é a utilidade disto?
  • 5:05 - 5:09
    Esta próxima ideia veio de discussões
    com curadores
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    que temos estado a ter nos museus,
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    já agora, pelos quais me apaixonei,
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    porque eles dedicaram a sua vida inteira
    a tentar contar estas histórias.
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    Um dos curadores perguntou-me:
  • 5:18 - 5:22
    "Amit, como seria se pudesses criar
    uma mesa de curador virtual
  • 5:22 - 5:24
    "onde todos estes 6 milhões de objetos
  • 5:24 - 5:28
    "fossem expostos de forma a que
    víssemos as conexões entre eles?"
  • 5:30 - 5:33
    Acreditem-me, podem passar muito tempo
    a olhar para objetos diferentes
  • 5:33 - 5:35
    a compreender de onde eles provieram.
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    É uma experiência Matrix louca.
  • 5:37 - 5:38
    (Risos)
  • 5:38 - 5:39
    Avancemos.
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    Vamos ver o mundialmente famoso
    Vincent van Gogh
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    que está muito bem representado
    nesta plataforma.
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    graças à diversidade de instituições
    que nós temos,
  • 5:49 - 5:55
    temos mais de 211 espantosas obras de arte
    deste artista, em alta definição,
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    organizadas agora numa linda vista.
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    À medida que aumenta a resolução
    da imagem, e o Cyril explora mais,
  • 6:02 - 6:04
    podem ver estes autorretratos,
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    podem ver naturezas-mortas.
  • 6:06 - 6:08
    Mas queria só destacar
    um exemplo muito rápido,
  • 6:08 - 6:09
    e que é muito oportuno:
  • 6:09 - 6:11
    "Quarto em Arles".
  • 6:11 - 6:13
    Esta é uma obra de arte
    de que existem três cópias:
  • 6:13 - 6:15
    uma no Museu Van Gogh, em Amesterdão,
  • 6:15 - 6:18
    uma no Museu de Orsay, em Paris,
  • 6:18 - 6:19
    e uma no Instituto de Arte de Chicago,
  • 6:19 - 6:22
    que, na verdade, está neste momento
    a receber a reunião
  • 6:22 - 6:25
    de todas as três obras de arte,
    fisicamente,
  • 6:25 - 6:27
    creio que apenas pela segunda vez
    na sua história.
  • 6:27 - 6:30
    Mas estão unidas digital e virtualmente
    para qualquer pessoa as ver
  • 6:30 - 6:33
    de forma muito diferente,
  • 6:33 - 6:36
    sem ser empurrada na fila,
    por entre a multidão.
  • 6:36 - 6:41
    Vamos então viajar e levar-vos através
    do "Quarto em Arles", bem depressa,
  • 6:41 - 6:44
    para poderem experienciar o que estamos
    a fazer para cada objeto.
  • 6:44 - 6:48
    Queremos que a imagem fale
    o mais possível
  • 6:48 - 6:50
    numa plataforma digital.
  • 6:50 - 6:52
    E tudo o que é preciso é ter
    Internet e um computador.
  • 6:52 - 6:55
    (Aplausos)
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    Cyril, se pudesses ampliar mais,
    depressa...
  • 7:00 - 7:02
    Desculpem, isto é tudo ao vivo,
  • 7:02 - 7:04
    por isso, têm de dar ao Cyril
    um desconto...
  • 7:05 - 7:07
    E isto está disponível
    para todos os objetos:
  • 7:07 - 7:10
    arte moderna, arte contemporânea,
    Renascença — o que quiserem,
  • 7:10 - 7:11
    até para a escultura.
  • 7:12 - 7:15
    Às vezes,
    não sabemos o que nos pode atrair
  • 7:15 - 7:21
    a uma obra de arte ou a um museu
    ou a uma descoberta cultural.
  • 7:22 - 7:24
    Pessoalmente, para mim,
    foi um grande desafio
  • 7:24 - 7:27
    porque quando decidi fazer disto
    uma ocupação a tempo inteiro na Google,
  • 7:27 - 7:29
    a minha mãe não me deu muito apoio.
  • 7:29 - 7:31
    Adoro a minha mãe,
  • 7:31 - 7:35
    mas ela pensou que eu estava a desperdiçar
    a minha vida com esta coisa dos museus.
  • 7:35 - 7:38
    E, para ela, um museu
    é o que se faz em férias
  • 7:38 - 7:39
    e cumprida a tarefa, acabou, certo?
  • 7:39 - 7:42
    Levou-me cerca de quatro anos e meio
  • 7:42 - 7:44
    para convencer
    a minha adorável mãe indiana
  • 7:44 - 7:46
    de que, de facto, isto vale a pena.
  • 7:46 - 7:49
    E como o fiz foi assim:
    percebi um dia que ela adora ouro.
  • 7:49 - 7:54
    Então comecei a mostrar-lhe
    todos os objetos feitos com ouro.
  • 7:54 - 7:57
    A primeira coisa que a minha mãe
    me perguntou, foi:
  • 7:57 - 8:00
    "Como é que podemos comprar estes?"
  • 8:00 - 8:02
    (Risos)
  • 8:02 - 8:04
    E, claro que o meu vencimento
    não é assim tão alto,
  • 8:04 - 8:06
    por isso, eu disse:
  • 8:06 - 8:08
    "Não podemos fazer isso
    na realidade, mamã.
  • 8:08 - 8:09
    "Mas podes explorá-los virtualmente."
  • 8:09 - 8:13
    Então agora, a minha mãe, de cada vez
    que a vejo, pergunta-me:
  • 8:13 - 8:15
    "Há mais algum ouro,
    alguma prata no teu projeto?
  • 8:15 - 8:17
    "Podes mostrar-me?"
  • 8:17 - 8:19
    É essa a ideia que tento ilustrar.
  • 8:19 - 8:20
    Não importa como chegamos lá,
  • 8:20 - 8:22
    desde que cheguemos lá.
  • 8:22 - 8:23
    Uma vez lá, ficamos cativados.
  • 8:23 - 8:26
    Avancemos muito rapidamente,
  • 8:26 - 8:28
    há uma espécie de ideia lúdica,
  • 8:28 - 8:30
    para ilustrar o ponto de acesso,
  • 8:30 - 8:33
    e vou apresentá-la muito rapidamente.
  • 8:33 - 8:38
    Todos sabemos que ver em pessoa
    a obra-prima é espantoso.
  • 8:38 - 8:41
    Mas também sabemos
    que a maioria de nós não o pode fazer,
  • 8:41 - 8:44
    e para os que se podem dar ao luxo
    de o fazer, é complicado.
  • 8:44 - 8:47
    Por isso... Cyril, podemos carregar
    a nossa viagem pela arte
  • 8:47 - 8:48
    — como lhe chamamos?
  • 8:48 - 8:50
    Não temos um bom nome para ela.
  • 8:50 - 8:55
    Mas, temos cerca de 1000
    espantosas instituições,
  • 8:55 - 8:56
    68 países.
  • 8:56 - 8:58
    Mas vamos começar por Rembrandt.
  • 8:58 - 9:00
    Talvez tenhamos tempo apenas
    para um exemplo.
  • 9:00 - 9:02
    Graças à diversidade,
  • 9:02 - 9:05
    temos cerca de 500 espantosas
    obras de arte de Rembrandt
  • 9:05 - 9:08
    de 46 instituições e 17 países.
  • 9:08 - 9:11
    Suponhamos que nas vossas próximas férias
  • 9:11 - 9:12
    querem ver cada uma delas.
  • 9:12 - 9:14
    Aquele é o vosso itinerário,
  • 9:14 - 9:17
    provavelmente vão viajar 53 000 km,
  • 9:17 - 9:20
    e visitar, creio eu, 46 instituições,
  • 9:20 - 9:25
    e, só para vossa informação,
    vão gerar 10 toneladas de emissões CO2.
  • 9:25 - 9:26
    (Risos)
  • 9:26 - 9:27
    Mas, lembrem-se, é arte,
  • 9:27 - 9:30
    por isso, em parte,
    talvez o possam justificar.
  • 9:30 - 9:35
    Avançando rapidamente para algo um pouco
    mais técnico e interessante.
  • 9:35 - 9:41
    Tudo o que vos mostrámos, até agora,
    usa metadados para fazer as conexões.
  • 9:41 - 9:43
    Mas é óbvio que temos uma coisa
    gira, hoje em dia,
  • 9:43 - 9:47
    de que ninguém gosta de falar
    e que é a aprendizagem automática.
  • 9:47 - 9:49
    O que pensámos foi:
    vamos retirar todos os metadados,
  • 9:49 - 9:53
    vamos ver o que a aprendizagem
    automática consegue fazer
  • 9:53 - 9:57
    baseada unicamente no reconhecimento
    visual de toda a coleção.
  • 9:57 - 10:01
    Acabámos por ficar
    com este mapa, muito interessante,
  • 10:01 - 10:06
    estes aglomerados
    sem ponto de referência de informação,
  • 10:06 - 10:09
    mas que usou as imagens
    para reunir as coisas.
  • 10:09 - 10:13
    Cada aglomerado é uma arte em si mesma
    para nossa descoberta.
  • 10:13 - 10:16
    Mas um dos aglomerados que queremos
    mostrar muito depressa,
  • 10:16 - 10:19
    é este aglomerado de retratos
  • 10:19 - 10:21
    que encontrámos, provenientes de museus
    de todo o mundo.
  • 10:21 - 10:24
    Se pudesses ampliar um pouco mais, Cyril.
  • 10:24 - 10:27
    É só para vos mostrar que podem viajar
    através de retratos.
  • 10:27 - 10:29
    Podem fazê-lo através das paisagens,
    dos cavalos,
  • 10:29 - 10:31
    numa abundância de aglomerados.
  • 10:31 - 10:34
    Quando vimos todos estes retratos,
    pensámos:
  • 10:34 - 10:38
    "Ei, será que conseguimos fazer algo giro
    para os miúdos,
  • 10:38 - 10:40
    "ou será que conseguimos fazer
    algo lúdico
  • 10:40 - 10:42
    "para as pessoas se interessarem
    por retratos?"
  • 10:42 - 10:47
    Porque eu nunca vi miúdos entusiasmados
    por visitarem uma galeria de retratos.
  • 10:47 - 10:49
    Eu quis tentar imaginar alguma coisa.
  • 10:49 - 10:52
    Nós criámos uma coisa chamada
    "combinador de retratos".
  • 10:52 - 10:54
    É bastante autoexplicativo,
  • 10:54 - 10:56
    por isso, vou deixar que o Cyril
    mostre o seu lindo rosto.
  • 10:56 - 11:00
    E o que acontece é que,
    com o movimento da sua cabeça,
  • 11:00 - 11:03
    estamos a combinar diferentes retratos
    de todo o mundo, de museus.
  • 11:03 - 11:06
    (Aplausos)
  • 11:17 - 11:19
    Quanto a vocês, não sei,
  • 11:19 - 11:21
    mas eu mostrei-o ao meu sobrinho
    e à minha irmã,
  • 11:21 - 11:23
    e a reação é simplesmente fenomenal.
  • 11:23 - 11:27
    Tudo o que me perguntaram, foi:
    "Quando é que podemos ir ver isto?"
  • 11:27 - 11:28
    (Risos)
  • 11:28 - 11:30
    E, a já agora, se formos simpáticos,
  • 11:30 - 11:33
    Cyril, podes sorrir e encontrar um feliz?
  • 11:33 - 11:34
    Oh, perfeito.
    (Risos)
  • 11:34 - 11:36
    A propósito, isto não é ensaiado.
  • 11:36 - 11:39
    Parabéns, Cyril. Muito bom. Oh, uau.
  • 11:39 - 11:42
    Ok, avancemos, senão
    isto vai tomar-nos o tempo todo.
  • 11:42 - 11:44
    (Risos) (Aplausos)
  • 11:44 - 11:48
    Então, a arte e a cultura
    também podem ser divertidas, certo?
  • 11:49 - 11:51
    Para a nossa última experiência
  • 11:51 - 11:53
    — chamamos "experiências" a tudo isto —
  • 11:53 - 11:57
    a nossa última e rápida experiência
    regressa à aprendizagem automática.
  • 11:57 - 12:00
    Mostramos-vos aglomerados visuais,
  • 12:00 - 12:04
    mas e se pudéssemos perguntar à máquina
    para também nomear estes aglomerados?
  • 12:04 - 12:09
    E se ela os etiquetasse automaticamente
    sem usar metadados reais?
  • 12:09 - 12:12
    O que temos é esta espécie de explorador,
  • 12:12 - 12:17
    onde conseguimos combinar, creio eu,
    cerca de 4000 etiquetas.
  • 12:17 - 12:20
    Não fizemos nada de especial aqui,
  • 12:20 - 12:22
    só aumentámos a coleção.
  • 12:22 - 12:24
    E encontrámos categorias interessantes.
  • 12:24 - 12:26
    Podemos começar com cavalos,
    uma categoria muito simples.
  • 12:26 - 12:30
    Seria de esperar que a máquina
    tivesse posto imagens de cavalos, certo?
  • 12:30 - 12:33
    E pôs, mas reparem também ali,
  • 12:33 - 12:35
    que tem uma imagem muito abstrata
  • 12:35 - 12:39
    que ainda assim conseguiu reconhecer
    como cavalos e reunir em aglomerado.
  • 12:39 - 12:43
    Temos também uma cabeça espantosa
    no que se refere a cavalos.
  • 12:43 - 12:46
    E cada um tem as etiquetas que explicam
    porque foi categorizado assim.
  • 12:46 - 12:51
    Passemos a outro que achei
    muito divertido e interessante,
  • 12:51 - 12:53
    porque não compreendo como surgiu
    esta categoria.
  • 12:53 - 12:56
    Chama-se "Dama de Companhia"
    (Literal: "Dama à espera").
  • 12:56 - 12:58
    Cyril, se o fizeres muito depressa,
  • 12:58 - 13:02
    vocês verão que temos
    estas espantosas imagens
  • 13:02 - 13:04
    de damas talvez à espera ou em pose.
  • 13:04 - 13:06
    Não percebo de todo.
  • 13:06 - 13:08
    Mas tenho tentado perguntar
    aos meus contactos nos museus:
  • 13:08 - 13:11
    "O que é isto?"
    "O que é que se passa aqui?"
  • 13:11 - 13:11
    E é fascinante.
  • 13:11 - 13:14
    Voltando ao ouro, muito rapidamente.
  • 13:14 - 13:16
    Quis pesquisar ouro
  • 13:16 - 13:18
    e ver como é que a máquina
    etiquetava todo o ouro.
  • 13:18 - 13:20
    Na verdade, ela não o etiqueta como ouro.
  • 13:20 - 13:22
    Estamos a viver uma época "Pop".
  • 13:22 - 13:25
    Ela etiqueta-o como "bling bling"
    (jóias espalhafatosas).
  • 13:25 - 13:27
    (Risos)
  • 13:27 - 13:31
    Estou a ser duro com o Cyril,
    porque estou a ir depressa demais.
  • 13:31 - 13:33
    Aqui têm todo o "bling bling"
  • 13:33 - 13:36
    dos museus do mundo,
    organizado para vocês.
  • 13:36 - 13:39
    E, finalmente, para terminar a palestra
    e estas experiências,
  • 13:39 - 13:43
    o que espero que sintam depois
    desta palestra, é felicidade e emoção.
  • 13:43 - 13:45
    E o que vemos quando vemos a felicidade?
  • 13:46 - 13:49
    Se olharmos a sério para todos os objetos
  • 13:49 - 13:51
    que foram etiquetados com "felicidade",
  • 13:51 - 13:54
    esperamos felicidade, suponho eu.
  • 13:54 - 13:56
    Mas houve um que apareceu
  • 13:57 - 14:00
    e que foi muito fascinante e interessante
  • 14:00 - 14:04
    e que foi esta obra de arte de
    Douglas Coupland,
  • 14:04 - 14:06
    o nosso amigo e também artista residente,
  • 14:06 - 14:09
    chamado "Sinto Falta do Meu Cérebro
    Pré-Internet".
  • 14:09 - 14:12
    Não sei porque é que a máquina sente
    falta do seu cérebro pré-Internet
  • 14:12 - 14:14
    como foi etiquetado aqui,
  • 14:14 - 14:16
    mas é um pensamento muito interessante.
  • 14:16 - 14:18
    Às vezes sinto falta do meu cérebro
    pré-Internet,
  • 14:18 - 14:21
    mas não no que toca a explorar "online"
    as artes e a cultura.
  • 14:21 - 14:24
    Por isso, peguem nos telemóveis
    e computadores, e vão aos museus.
  • 14:24 - 14:28
    Um rápido agradecimento a todos
    os espantosos arquivistas, historiadores,
  • 14:28 - 14:31
    e curadores que estão nos museus,
    a preservar a nossa cultura.
  • 14:31 - 14:35
    O mínimo que podemos fazer é obter
    a nossa dose diária de arte e cultura
  • 14:35 - 14:36
    para nós e para os nossos filhos.
  • 14:36 - 14:38
    Obrigado.
  • 14:38 - 14:41
    (Aplausos).
Title:
Todas as obras de arte que sempre quiseram ver — de perto e pesquisáveis
Speaker:
Amit Sood
Description:

Como é um "Big Bang" cultural? Para Amit Sood, diretor do Instituto Cultural e do Google Art Project (Projeto de Arte da Google), é uma plataforma digital onde qualquer pessoa pode explorar as maiores coleções de arte e artefactos do mundo, em detalhes vívidos e realistas. Juntem-se a Sood e ao artista residente da Google Cyril Diagne numa espantosa demonstração de experiências do Instituto Cultural e vislumbrem o entusiasmante futuro da acessibilidade às artes e à cultura.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:00

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