A razão pela qual devem definir os vossos medos, em vez dos vossos objetivos
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0:01 - 0:04Esta minha fotografia feliz
foi tirada em 1999. -
0:04 - 0:06Estava no último ano da faculdade,
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0:06 - 0:08e foi tirada logo após uma aula de dança.
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0:08 - 0:10Eu estava realmente muito feliz.
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0:10 - 0:14E lembro-me exatamente de onde eu estava
cerca de uma semana e meia depois. -
0:14 - 0:17Estava sentado no porta-bagagem
da minha velha mini van, -
0:17 - 0:19num estacionamento da faculdade,
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0:19 - 0:20quando decidi
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0:21 - 0:22cometer suicídio.
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0:24 - 0:28Eu fui muito rapidamente da decisão
ao completo planeamento. -
0:29 - 0:32E cheguei mesmo à beira do precipício.
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0:32 - 0:34O mais perto a que eu alguma vez cheguei.
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0:34 - 0:37E a única razão
pela qual tirei o dedo do gatilho, -
0:37 - 0:39foi graças a algumas
coincidências felizes. -
0:40 - 0:41Depois desse momento,
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0:41 - 0:45era isso o que mais me assustava:
a intervenção do acaso. -
0:45 - 0:48Então, tornei-me muito metódico
no teste aos diferentes modos -
0:48 - 0:51de controlar os meus bons e maus momentos,
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0:51 - 0:53o que se provou ser um bom investimento.
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0:53 - 0:54(Risos)
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0:54 - 0:56Muitas pessoas normais
-
0:56 - 0:59devem ter, digamos, de seis a dez
grandes episódios de depressão -
0:59 - 1:00nas suas vidas.
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1:00 - 1:03Eu tenho distúrbio bipolar.
É de família. -
1:03 - 1:06Já tive mais de 50 episódios até hoje,
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1:06 - 1:07e aprendi muito.
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1:08 - 1:10Já tive muitos episódios maníacos,
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1:10 - 1:12lutei várias vezes contra a escuridão,
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1:12 - 1:14tirando bons apontamentos.
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1:14 - 1:17Então, pensei que, em vez de criar
uma receita qualquer de sucesso, -
1:17 - 1:19ou falar desses momentos,
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1:19 - 1:23eu iria partilhar a minha receita
para evitar a auto-destruição, -
1:23 - 1:25e, certamente, as paralisias.
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1:26 - 1:29E a ferramenta que encontrei,
que mostrou ser -
1:29 - 1:31a rede de segurança mais confiável
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1:31 - 1:32para a queda-livre emocional,
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1:33 - 1:34é, na verdade, a mesma ferramenta
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1:34 - 1:37que me tem ajudado a fazer
as melhores decisões de negócio, -
1:37 - 1:38mas isso é secundário.
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1:39 - 1:40É o...
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1:40 - 1:42estoicismo.
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1:42 - 1:43Parece chato...
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1:43 - 1:44(Risos)
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1:45 - 1:46Talvez estejam a pensar no Spock,
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1:46 - 1:49ou talvez a evocar a imagem
de algo parecido com isto... -
1:49 - 1:50(Risos)
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1:50 - 1:52Uma vaca à chuva.
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1:53 - 1:56Não está triste.
Não está particularmente feliz. -
1:56 - 1:59É apenas uma criatura apática
a receber o que a vida lhe der. -
2:00 - 2:04Podem não estar a pensar
no derradeiro competidor, Bill Belichick, -
2:04 - 2:07treinador do New England Patriots,
-
2:07 - 2:10com o seu indiscutível recorde
de títulos da LNF na Super Bowl. -
2:10 - 2:15O estoicismo tem-se espalhado rapidamente
na Liga Nacional de Futebol -
2:15 - 2:18como método de treino de firmeza mental
nos últimos anos. -
2:19 - 2:22Provavelmente não vão pensar
nos "Pais Fundadores" -
2:22 - 2:26— Thomas Jefferson, John Adams,
George Washington — -
2:26 - 2:28para citar apenas três estudantes
do estoicismo. -
2:28 - 2:33George Washington ordenou
que uma peça de teatro sobre um estóico, -
2:33 - 2:35chamada "Catão: Uma tragédia",
-
2:35 - 2:38fosse apresentada em Valley Forge
para manter as suas tropas motivadas. -
2:38 - 2:42Então por que razão pessoas ativas
se focam tanto nesta antiga filosofia? -
2:42 - 2:44Parece algo muito académico.
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2:45 - 2:48Eu incentivo-vos a pensar no estoicismo
de um modo um pouco diferente, -
2:48 - 2:51como um sistema operacional
para ambientes de elevado "stress", -
2:52 - 2:53para tomar melhores decisões.
-
2:53 - 2:55E tudo começou...
-
2:55 - 2:56Aqui,
-
2:56 - 2:57mais ou menos,
-
2:57 - 2:59numa varanda.
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2:59 - 3:02Por volta de 300 a.C, em Atenas,
-
3:02 - 3:05alguém chamado Zenão de Cítio
deu diversas palestras -
3:05 - 3:06a caminhar numa varanda pintada,
-
3:07 - 3:08uma estoa,
-
3:08 - 3:10que mais tarde originou
a palavra "estoicismo". -
3:10 - 3:12No mundo greco-romano,
-
3:12 - 3:16as pessoas usavam o estoicismo
como um sistema abrangente -
3:16 - 3:17para fazerem muitas coisas.
-
3:18 - 3:20Mas para nós, a mais importante
-
3:20 - 3:23era treinar a distinção
entre o que podemos controlar, -
3:23 - 3:25e o que não podemos.
-
3:25 - 3:29E depois, fazer exercícios
que se foquem exclusivamente no primeiro. -
3:29 - 3:32Isto diminui a reatividade emocional,
-
3:32 - 3:34o que pode ser um superpoder.
-
3:34 - 3:37Por outro lado, digamos
que vocês são "quarterbacks". -
3:37 - 3:39Falham um passe e ficam furiosos convosco,
-
3:39 - 3:41o que vos pode arruinar o jogo.
-
3:41 - 3:45Se forem CEO e se se enfurecerem
com um funcionário valorizado, -
3:45 - 3:47devido a uma infração mínima,
-
3:47 - 3:49pode custar-vos o funcionário.
-
3:50 - 3:51Se forem universitários
-
3:51 - 3:55e estiverem numa fase, digamos, negativa,
-
3:55 - 3:57sentirem-se continuamente
incapazes e sem esperança, -
3:57 - 3:59pode custar-vos a vossa vida.
-
3:59 - 4:01As probabilidades são muito altas
-
4:02 - 4:04e há inúmeras ferramentas
no "kit" de ferramentas -
4:04 - 4:05que ajudam a chegar lá.
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4:06 - 4:07Vou focar-me numa
-
4:07 - 4:10que mudou completamente
a minha vida em 2004. -
4:10 - 4:13Ela veio ao meu encontro
graças a duas coisas: -
4:13 - 4:15um grande amigo, jovem, da minha idade,
-
4:15 - 4:18morreu inesperadamente
de cancro pancreático. -
4:18 - 4:21E depois a minha namorada,
com quem eu achava que ia casar, -
4:21 - 4:22deixou-me.
-
4:22 - 4:23Ela chegou ao limite,
-
4:23 - 4:26não me enviou uma carta
do tipo "Querido John", -
4:26 - 4:28mas deu-me isto...
-
4:28 - 4:30uma placa do "Querido John"!
-
4:30 - 4:31(Risos)
-
4:31 - 4:33Não estou a inventar. Eu guardei isto.
-
4:33 - 4:35"O horário de trabalho acaba às 17h00."
-
4:35 - 4:36Ela deu-me isto
-
4:36 - 4:38para pôr na minha secretária,
para a minha saúde. -
4:38 - 4:41Nessa altura, eu trabalhava
no meu primeiro verdadeiro negócio. -
4:41 - 4:43Não fazia ideia do que estava a fazer.
-
4:43 - 4:46Trabalhava mais de 14 horas por dia,
sete dias por semana, -
4:46 - 4:49usava estimulantes
para me manter com energia, -
4:49 - 4:51usava sedativos
para relaxar e ir dormir. -
4:51 - 4:52Era um desastre.
-
4:52 - 4:54Sentia-me completamente preso.
-
4:55 - 4:58Comprei um livro sobre a simplicidade
para tentar encontrar respostas. -
4:58 - 5:02E encontrei uma citação que fez
uma grande diferença na minha vida, -
5:02 - 5:03que era:
-
5:03 - 5:08"Nós sofremos com mais frequência
na nossa imaginação do que na realidade", -
5:08 - 5:09por Séneca, o Jovem,
-
5:09 - 5:11que era um famoso escritor estoico.
-
5:11 - 5:13Aquilo levou-me às suas cartas,
-
5:13 - 5:15que me levaram ao exercício:
-
5:15 - 5:18"Praemeditatio malorum",
-
5:18 - 5:20que significa a pré-meditação
sobre os males. -
5:20 - 5:23Basicamente, consiste em analisar,
detalhadamente, -
5:23 - 5:26os piores cenários possíveis,
aqueles que mais tememos, -
5:26 - 5:28impedindo-nos de agir precipitadamente,
-
5:28 - 5:31para depois agirmos
e superarmos esse bloqueio. -
5:31 - 5:33O meu problema era ter
uma "mente de macaco", -
5:33 - 5:35sempre muito barulhenta,
-
5:35 - 5:38a pensar que o meu modo
de lidar com problemas não funciona. -
5:38 - 5:40Precisava de pôr
os pensamentos no papel. -
5:40 - 5:42Então criei um exercício escrito:
-
5:42 - 5:44"A Definição dos Medos",
-
5:44 - 5:45para estabelecer metas para mim mesmo.
-
5:46 - 5:48Consiste em três páginas.
-
5:48 - 5:49Super simples.
-
5:49 - 5:51A primeira página está aqui:
-
5:51 - 5:54"E se eu (...)?"
-
5:54 - 5:58Isto é qualquer coisa que temam,
que vos cause ansiedade -
5:58 - 5:59que estejam a adiar.
-
5:59 - 6:01Pode ser convidar alguém para sair,
-
6:01 - 6:02terminar uma relação,
-
6:02 - 6:05pedir uma promoção, demitir-se
de um emprego, iniciar um negócio... -
6:05 - 6:06Qualquer coisa.
-
6:06 - 6:10Para mim, era tirar as minhas primeiras
férias em quatro anos -
6:10 - 6:13e afastar-me do meu trabalho
durante um mês para ir a Londres, -
6:13 - 6:15onde eu poderia ficar de graça
no quarto de um amigo -
6:15 - 6:18e decidir se eu deveria deixar ser
um entrave no meu negócio, -
6:18 - 6:20ou fechá-lo.
-
6:21 - 6:22Na primeira coluna, "Definir",
-
6:23 - 6:26escrevem-se as piores coisas
que imaginamos que podem acontecer -
6:26 - 6:28se dermos esse passo.
-
6:28 - 6:29Escrevam entre dez e vinte.
-
6:29 - 6:32Não vou dizer todas,
mas dou-vos dois exemplos: -
6:32 - 6:36No primeiro, eu vou a Londres,
vai estar a chover, eu fico deprimido -
6:36 - 6:38e será tudo uma enorme perda de tempo.
-
6:38 - 6:41No segundo, vou perder uma carta do IRS,
-
6:41 - 6:43e vou ser auditado,
-
6:43 - 6:45inspecionado ou fechado,
ou algo do género. -
6:45 - 6:47Depois, passamos à coluna "Prevenir".
-
6:47 - 6:50Aí escrevemos a resposta à pergunta:
-
6:50 - 6:53"O que posso eu fazer para evitar
que estes cenários aconteçam -
6:53 - 6:54"ou para, pelo menos,
-
6:54 - 6:57"diminuir a sua probabilidade,
nem que seja ligeiramente?" -
6:57 - 6:59Então, para não ficar
deprimido em Londres, -
6:59 - 7:01posso levar uma luz azul portátil comigo
-
7:01 - 7:03e usá-la durante 15 minutos de manhã.
-
7:03 - 7:05Eu sei que isso ajuda a prevenir
episódios depressivos. -
7:06 - 7:10Para a carta do IRS, posso mudar
o endereço em arquivo, -
7:10 - 7:12para que a papelada
vá para o meu contabilista, -
7:12 - 7:14em vez de ir para a minha morada UPS.
-
7:14 - 7:15Facílimo.
-
7:15 - 7:17Depois passamos para "Reparar".
-
7:18 - 7:20Se os piores cenários acontecerem,
-
7:20 - 7:22o que podemos fazer
para reparar os estragos, -
7:22 - 7:24nem que seja ligeiramente,
-
7:24 - 7:26ou a quem é que podemos pedir ajuda?
-
7:26 - 7:28No primeiro caso, Londres,
-
7:28 - 7:32eu poderia arranjar algum dinheiro,
viajar para Espanha, apanhar sol... -
7:32 - 7:34Fim dos estragos, caso ficasse deprimido.
-
7:34 - 7:37No caso da carta do IRS perdida,
-
7:37 - 7:39poderia ligar a um amigo que é advogado,
-
7:39 - 7:42ou perguntar, digamos,
a um Professor de Direito, -
7:42 - 7:44o que me recomendariam,
com quem deveria falar, -
7:45 - 7:48como é que as pessoas lidaram
com situações semelhantes no passado. -
7:48 - 7:51Uma coisa para ter em mente
ao preencher esta primeira página é: -
7:51 - 7:54Já alguma vez alguém na História,
-
7:54 - 7:56menos inteligente ou menos determinado,
-
7:56 - 7:57resolveu isto?
-
7:57 - 7:59É provável que a resposta seja "sim".
-
8:00 - 8:01(Risos)
-
8:01 - 8:04A segunda página é simples:
-
8:04 - 8:07"Quais podem ser os benefícios
de uma tentativa ou de sucesso parcial?" -
8:07 - 8:10Como vêem, estamos a enaltecer os medos
-
8:10 - 8:12e a olhar cautelosamente para além deles.
-
8:13 - 8:15Se tentarem o que seja
que estão a considerar -
8:15 - 8:16não poderão aumentar a confiança,
-
8:16 - 8:20desenvolver ferramentas
emocionalmente, financeiramente? -
8:20 - 8:23Quais podem ser os benefícios
se formos minimamente bem sucedidos? -
8:23 - 8:25Gastem entre 10 a 15 minutos nisto.
-
8:25 - 8:26Página três.
-
8:26 - 8:29Isto pode ser o mais importante,
por isso, não passem à frente: -
8:29 - 8:31"O Custo da Inatividade".
-
8:31 - 8:34Os humanos são muito bons
a considerar o que pode correr mal -
8:34 - 8:36se tentarmos algo novo, por exemplo,
pedirmos um aumento. -
8:37 - 8:39O que frequentemente não consideramos
-
8:39 - 8:43é o custo atroz do "status quo"
-
8:43 - 8:44— não mudar nada.
-
8:45 - 8:47Então, devem questionar-se:
-
8:47 - 8:50se eu evitar esta ação ou esta decisão
-
8:51 - 8:53e ações e decisões semelhantes,
-
8:53 - 8:58como é que será a minha vida daqui
a 6 meses, 12 meses, 3 anos? -
8:58 - 9:01Se formos mais longe,
começa a parecer inatingível. -
9:01 - 9:03E sejam detalhados
-
9:03 - 9:06— mais uma vez, emocionalmente,
financeiramente, fisicamente, o que seja. -
9:07 - 9:09E quando eu fiz isto,
eu imaginei um cenário terrível. -
9:09 - 9:11Eu estava a automedicar-me.
-
9:11 - 9:15O meu negócio podia colapsar
a qualquer momento em qualquer altura, -
9:15 - 9:16se eu não me afastasse.
-
9:16 - 9:19Os meus relacionamentos estavam
conflituosos ou a fracassar -
9:19 - 9:23e eu percebi que ficar parado
já não era uma opção para mim. -
9:24 - 9:25Estas são as três páginas.
-
9:25 - 9:27É só isto. Isto é definir medos.
-
9:27 - 9:30E depois disto, eu percebi que,
numa escala de 1 a 10, -
9:30 - 9:34sendo 1, o mínimo impacto,
e 10, o máximo impacto, -
9:34 - 9:36se desse esse passo,
eu estaria a arriscar -
9:36 - 9:39entre 1 a 3 de sofrimento
temporário e reversível, -
9:39 - 9:43face a um 8 a 10 do impacto
das mudanças positivas na minha vida, -
9:43 - 9:45que poderiam ser semipermanentes.
-
9:45 - 9:47Então enfrentei o medo.
-
9:47 - 9:49Nenhum dos desastres aconteceu.
-
9:49 - 9:50Houve alguns percalços, certamente.
-
9:50 - 9:52Eu fui capaz de sair do negócio.
-
9:53 - 9:57E acabei por prolongar essa viagem
por um ano e meio pelo mundo fora -
9:57 - 9:59e isso tornou-se a base
para o meu primeiro livro, -
9:59 - 10:01que me traz aqui hoje.
-
10:01 - 10:04Consigo ver todas
as minhas maiores vitórias -
10:04 - 10:07e todos os meus maiores desastres evitados
-
10:07 - 10:09quando volto a fazer
a "Definição de Medos", -
10:09 - 10:10pelo menos uma vez a cada trimestre.
-
10:11 - 10:12Não é uma panaceia.
-
10:12 - 10:16Vão perceber que alguns dos vossos medos
estão muito bem fundamentados. -
10:16 - 10:16(Risos)
-
10:16 - 10:18Mas devem não devem concluir isso
-
10:18 - 10:21sem primeiro examiná-los ao microscópio.
-
10:21 - 10:24Isto não transforma todos os momentos
e escolhas difíceis em fáceis, -
10:24 - 10:26mas pode tornar muitos deles mais fáceis.
-
10:27 - 10:29Gostava de acabar com a história
-
10:29 - 10:32de um dos meus estoicos
modernos preferidos. -
10:32 - 10:34Este é Jerzy Gregorek.
-
10:35 - 10:38Ele foi quatro vezes campeão olímpico
em levantamento de pesos, -
10:38 - 10:40um refugiado político,
-
10:40 - 10:41um poeta publicado...
-
10:42 - 10:43Com 62 anos,
-
10:43 - 10:46ele ainda consegue dar-me uma sova
e provavelmente à maioria de vós. -
10:47 - 10:49Ele é um tipo impressionante.
-
10:49 - 10:51Passei imenso tempo
na sua estoa, na sua varanda, -
10:51 - 10:53a pedir conselhos de vida e de treino.
-
10:54 - 10:57Ele fez parte do Sindicato Autónomo
"Solidariedade" na Polónia, -
10:57 - 11:00que foi um movimento não violento
por mudanças sociais, -
11:00 - 11:03que foi violentamente
suprimido pelo governo. -
11:03 - 11:05Ele perdeu a sua carreira como bombeiro.
-
11:05 - 11:08Então o seu mentor, um padre,
foi raptado, torturado, morto -
11:08 - 11:10e atirado para um rio.
-
11:10 - 11:11Depois, ele foi ameaçado.
-
11:11 - 11:14Ele e a sua mulher tiveram que fugir
da Polónia, de país em país, -
11:14 - 11:17até chegarem aos EUA,
praticamente sem nada, -
11:17 - 11:18a dormir no chão.
-
11:19 - 11:22Ele agora vive em Woodside, Califórnia,
num sítio muito simpático, -
11:22 - 11:25e das mais de 10 000 pessoas
que conheci na minha vida, -
11:25 - 11:27eu colocá-lo-ia no top 10,
-
11:27 - 11:30em termos de sucesso e felicidade.
-
11:30 - 11:33E agora vem aí o remate final,
por isso, prestem atenção. -
11:33 - 11:35Eu enviei-lhe uma mensagem
há algumas semanas, -
11:35 - 11:38a perguntar-lhe se ele já
tinha lido alguma filosofia estoica. -
11:38 - 11:40E ele respondeu
duas páginas de texto. -
11:40 - 11:43Isso não é nada típico dele.
Ele é um tipo conciso. -
11:43 - 11:44(Risos)
-
11:44 - 11:46E ele, não só estava familiarizado
com o estoicismo, -
11:46 - 11:50como me indicou, para todas
as suas decisões mais importantes, -
11:50 - 11:52os seus pontos de inflexão,
-
11:52 - 11:55quando se mantinha fiel
aos seus princípios e à sua ética, -
11:56 - 11:57como usava o estoicismo
-
11:57 - 11:59e algo como a "Definição de Medos",
-
11:59 - 12:01o que eu achei impressionante.
-
12:01 - 12:02E ele acabou com duas coisas:
-
12:02 - 12:06Primeira: ele não conseguia imaginar
nenhuma vida mais bonita -
12:06 - 12:08do que a de um estoico.
-
12:09 - 12:12E a última, foi o seu lema de vida,
que ele aplica a tudo, -
12:12 - 12:14e que vocês podem aplicar a tudo:
-
12:15 - 12:18"Escolhas fáceis, vida difícil.
-
12:18 - 12:21Escolhas difíceis, vida fácil."
-
12:22 - 12:24As escolhas difíceis
-
12:24 - 12:28— o que mais tememos fazer,
perguntar, dizer — -
12:29 - 12:33estas são frequentemente aquelas
que mais precisamos de fazer. -
12:34 - 12:36E os maiores desafios e problemas
que enfrentamos -
12:36 - 12:39nunca se irão resolver
com conversas agradáveis, -
12:39 - 12:42quer sejam nas vossas cabeças,
ou com outras pessoas. -
12:43 - 12:45Por isso, encorajo-vos a perguntarem-se:
-
12:45 - 12:47onde é que, atualmente, nas vossas vidas,
-
12:47 - 12:49definirem os vossos medos
-
12:49 - 12:52poderá ser mais importante
do que definirem os vossos objetivos? -
12:53 - 12:56Mantenham sempre esta ideia presente,
as palavras de Séneca: -
12:56 - 13:00"Nós sofremos mais na imaginação
do que na realidade." -
13:00 - 13:01Muito obrigado.
-
13:01 - 13:04(Aplausos)
- Title:
- A razão pela qual devem definir os vossos medos, em vez dos vossos objetivos
- Speaker:
- Tim Ferriss
- Description:
-
As escolhas difíceis — aquilo que mais tememos fazer, dizer, perguntar — são muitas vezes aquelas que temos que fazer. Como é que podemos ultrapassar os nossos bloqueios e agir? Tim Ferriss encoraja-nos a conhecer e a escrever detalhadamente os nossos medos, através de um simples mas poderoso exercício a que ele chama "A Definição dos Medos". Aprenda mais sobre como esta estratégia o pode ajudar a ultrapassar ambientes de elevado "stress" e a separar o que consegue controlar do que não consegue.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:21
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Rita Moreira edited Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Rita Moreira edited Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Rita Moreira edited Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals | ||
Isabel Vaz Belchior declined Portuguese subtitles for Why you should define your fears instead of your goals |