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O que você dá você recebe de volta. Responsabilidade por si mesmo – apenas para heróis? Daniel Goetz e Eike Reinhardt no TEDxKoeln

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    Eike Reinhardt: Nos prados
    dos Estados Unidos,
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    por centenas de anos,
    as pessoas iam atrás dos búfalos.
  • 0:17 - 0:23
    Isso lhes garantia comida e matéria-prima
    para suas roupas, tendas, armas e ferramentas.
  • 0:23 - 0:25
    Era preciso muita coragem
  • 0:25 - 0:31
    para enfrentar esta besta colossal
    de músculos e chifres.
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    Os búfalos se foram.
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    Mas as pessoas que caçavam o búfalo
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    ainda vivem lá.
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    Os índios das planícies.
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    Tivemos a sorte de conhecer
    estas pessoas em suas reservas,
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    sentar com os anciãos da tribo
    ao redor da fogueira
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    e participar de seus rituais.
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    Daniel Goetz: E as pessoas de lá
    contam a seguinte história:
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    uma noite, um jovem rapaz entra correndo,
    muito empolgado, na tenda do seu avô.
  • 1:04 - 1:08
    "Vovô, vovô! Sonhei com uma coisa!
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    Sonhei que no meu peito dois lobos
    estavam lutando um com outro.
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    Um dos lobos era mau, era despeitado
  • 1:15 - 1:16
    e covarde.
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    O outro era bom.
  • 1:18 - 1:22
    Era da paz, cheio de esperança e sábio."
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    O velho sorriu e disse: "Esses dois lobos lutam
    dentro do peito de todos os seres humanos."
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    "Mas vovô...", o menino arregalou
    os olhos para o velho.
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    "Qual lobo vai vencer dentro de mim?"
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    O velho respondeu:
    "Aquele que você alimentar".
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    ER: Ao ouvir isso do avô, o menino se sentiu
  • 1:45 - 1:50
    aliviado. Agora ele sabe que
    ele mesmo pode influenciar
  • 1:50 - 1:55
    qual lobo vai ganhar espaço dentro dele.
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    Os povos indígenas dizem:
    "Aquilo que você dá você recebe de volta."
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    DG: Estamos interessados no que
    os povos indígenas dizem.
  • 2:03 - 2:06
    Estamos interessados
    no que podemos aprender hoje
  • 2:06 - 2:10
    com as culturas indígenas.
  • 2:10 - 2:13
    E, é claro, sempre nos perguntam:
    "Mas o que vocês podem aprender com eles?"
  • 2:13 - 2:16
    É uma ótima pergunta.
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    E poderíamos falar disso o dia todo.
  • 2:18 - 2:21
    Mas, antes, há uma questão mais importante,
  • 2:21 - 2:24
    que é: como podemos aprender
    com os povos indígenas?
  • 2:24 - 2:26
    Em outras palavras:
  • 2:26 - 2:31
    qual é a atitude que precisamos ter para sermos
    capazes de aprender com as culturas indígenas?
  • 2:31 - 2:36
    Estamos convencidos de que
    muitos conceitos são intercambiáveis.
  • 2:36 - 2:39
    As avaliações podem variar.
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    A experiência de cada um, no entanto,
    é inviolável.
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    ER: Acreditamos que a experiência de cada um
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    é a melhor forma de se ter novos insights.
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    Gostaríamos de levar vocês
    em nossa própria viagem do herói,
  • 2:55 - 3:00
    na Dança do Sol dos índios Piapot,
    no Canadá.
  • 3:00 - 3:04
    A Dança do Sol é o ritual supremo
    dos Índios das Planícies.
  • 3:04 - 3:08
    Lá, jejuamos durante quatro dias,
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    não bebemos nada durante 2 dias e meio,
  • 3:10 - 3:14
    para então, no quarto dia,
    sacrificarmos nossa própria carne.
  • 3:14 - 3:18
    Tudo começa na 5ª-feira,
    com o ritual da caminhada.
  • 3:18 - 3:20
    A Caminhada da Vida.
  • 3:20 - 3:23
    Os anciãos da tribo
  • 3:23 - 3:27
    guiam a comunidade até os espaços sagrados,
  • 3:27 - 3:30
    onde acontece a Dança do Sol.
  • 3:30 - 3:34
    Lá é feito o compromisso.
  • 3:34 - 3:38
    O compromisso é uma obrigação
    consigo mesmo.
  • 3:38 - 3:42
    O compromisso é feito entre você e o Criador.
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    Na tradição cristã, também falamos do Criador.
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    E o mais impressionante é que
  • 3:47 - 3:50
    ninguém fica controlando do lado de fora
    se você está cumprindo ou não o seu compromisso.
  • 3:50 - 3:52
    Ninguém fica vigiando se você
  • 3:52 - 3:55
    come ou bebe alguma coisa escondido,
  • 3:55 - 3:58
    ou se você trai sua própria promessa.
  • 3:58 - 4:05
    Você é sua própria "polícia".
  • 4:05 - 4:07
    DG: O segundo dia, a sexta-feira,
  • 4:07 - 4:11
    é devotado à construção
    da grande cabana da Dança do Sol.
  • 4:11 - 4:13
    A cabana é reconstruída todo ano.
  • 4:13 - 4:18
    No centro, ela é alicerçada pela Árvore da Vida.
  • 4:18 - 4:22
    A Árvore da Vida representa e estabelece
    um elo entre a Mãe Terra ...
  • 4:22 - 4:24
    e o Criador.
  • 4:24 - 4:29
    Pediram-nos que não tirássemos fotos,
    o que nós respeitamos, é claro.
  • 4:29 - 4:33
    ER: No sábado,
    os Dançarinos do Sol têm duas opções:
  • 4:33 - 4:39
    ou se sentar na encosta de uma montanha
    para meditar durante 16 horas,
  • 4:39 - 4:44
    do nascer ao pôr do sol, sem se mexer,
  • 4:44 - 4:49
    ou dançar sem parar
    na cabana da Dança do Sol,
  • 4:49 - 4:54
    ao som monótono dos tambores.
  • 4:54 - 4:57
    Domingo é o grande dia.
  • 4:57 - 5:01
    É nesse dia que o Dançarino do Sol
    sacrifica sua própria carne.
  • 5:01 - 5:03
    Para isso, abre-se a pele do peito.
  • 5:03 - 5:08
    Dois pequenos espetos são então
    colocados sob a pele do peito.
  • 5:08 - 5:14
    Esses espetos são presos
    a cordas que vão até a Árvore da Vida.
  • 5:14 - 5:20
    Assim ligados, o Dançarino do Sol
    dança quatro vezes ao redor da Árvore da Vida.
  • 5:20 - 5:23
    Depois ele se joga para trás,
  • 5:23 - 5:26
    de modo que os pequenos espetos
    são rasgados para fora da pele.
  • 5:26 - 5:31
    Dessa forma, ele renasce simbolicamente.
  • 5:31 - 5:34
    DG: O que você dá você recebe.
    Tivemos a experiência pessoal de saber
  • 5:34 - 5:38
    a diferença que sua própria
    atitude pode fazer.
  • 5:38 - 5:42
    Para um de nós, a Dança do Sol
    foi uma experiência de quase morte.
  • 5:42 - 5:46
    Sacrificar a si mesmo pela tribo.
  • 5:46 - 5:49
    Para o outro, foi um ato de orgulho
  • 5:49 - 5:53
    de um obstinado guerreiro tribal.
  • 5:53 - 6:00
    ER: E, quando estávamos ao redor
    da Árvore da Vida, exaustos e felizes,
  • 6:00 - 6:03
    um dos anciãos se virou pra gente e disse:
  • 6:03 - 6:09
    "Agora vocês são guerreiros. E, quando voltarem
    para casa, contem isto a seu povo.
  • 6:09 - 6:13
    Contem para eles o quanto
    vocês amam a Mãe Terra."
  • 6:13 - 6:17
    DG: E estamos aqui esta noite
    para cumprir nossa promessa.
  • 6:17 - 6:19
    ER: Hai-hai.
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    DG: E isso também mostra
    claramente que a Dança do Sol
  • 6:22 - 6:24
    não se trata de ter um pico de adrenalina.
  • 6:24 - 6:26
    Não é um simples teste de coragem,
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    ou um novo tipo de esporte radical.
  • 6:29 - 6:32
    E certamente não é um circo folclórico.
  • 6:32 - 6:35
    Sacrificar a si mesmo pode contribuir
    para o bem-estar da comunidade,
  • 6:35 - 6:39
    como acreditam os povos indígenas.
  • 6:39 - 6:41
    Na verdade, em nosso mundo,
    essa ideia não é totalmente desconhecida.
  • 6:41 - 6:44
    Crentes jejuam antes de feriados religiosos.
  • 6:44 - 6:47
    Tradicionalmente, os monges
    vivem em privação.
  • 6:47 - 6:52
    Jesus se sacrificou
    pela salvação de seus seguidores.
  • 6:52 - 6:55
    Sacrificar-se requer coragem.
  • 6:55 - 6:59
    Requer tirar da testa o rótulo de vítima.
  • 6:59 - 7:03
    Requer encarar seu próprio medo.
  • 7:03 - 7:05
    Nosso medo tenta evitar
  • 7:05 - 7:08
    que nos tornemos uma vítima.
    E isso é bom.
  • 7:08 - 7:12
    Mas coragem não é a falta de medo,
  • 7:12 - 7:15
    tem a ver com a superação do medo.
  • 7:15 - 7:19
    Vimos um indígena que estava
    tremendo de empolgação na Dança do Sol.
  • 7:19 - 7:21
    Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
  • 7:21 - 7:24
    E, mesmo assim, ele fez esse sacrifício
  • 7:24 - 7:28
    e superou seu medo.
  • 7:28 - 7:34
    ER: Uma cerimônia como a Dança do Sol
    sempre acontece em comunidade.
  • 7:34 - 7:39
    Os povos indígenas costumam dizer:
    "Nós estamos sempre ligados.
  • 7:39 - 7:43
    Nós pertencemos a uma unidade maior".
  • 7:43 - 7:48
    Durante uma cerimônia, o ancião diz:
  • 7:48 - 7:55
    "A energia da cerimônia
    vem de cada um de nós juntos."
  • 7:55 - 7:59
    Ele mesmo é essencialmente
    o mediador dos mundos.
  • 7:59 - 8:03
    No final de uma cerimônia,
    tradicionalmente se agradece a todos
  • 8:03 - 8:07
    com quem se tenha uma ligação.
  • 8:07 - 8:09
    Dizemos: "Obrigado a todos
    os meus relacionamentos".
  • 8:09 - 8:15
    Ou, na linguagem do povo indígena Cree:
    "Kahkiyaw niwahkomak".
  • 8:15 - 8:19
    DG: Para nós, o mundo sempre parece
    confuso e agitado.
  • 8:19 - 8:22
    Buscamos orientação e sentido.
  • 8:22 - 8:25
    E vivenciamos o mundo
    de uma forma muito individualista.
  • 8:25 - 8:30
    Por isso, buscamos
    o desenvolvimento individual.
  • 8:30 - 8:35
    Sempre nos consideramos
    o centro do universo,
  • 8:35 - 8:38
    fechados dentro de nós mesmos.
  • 8:38 - 8:41
    ER: No entanto, dizer:
    "Obrigado a todos os meus relacionamentos"
  • 8:41 - 8:44
    te posiciona na comunidade.
  • 8:44 - 8:47
    Na visão dos povos indígenas,
    o desenvolvimento pessoal sempre está ligado
  • 8:47 - 8:52
    ao desenvolvimento da comunidade.
  • 8:52 - 8:56
    O cacique Mohawk Monture Angus diz:
  • 8:56 - 9:02
    "Quando nossas mulheres e nossos homens
    começam a entender seu lugar e seu papel
  • 9:02 - 9:07
    de responsabilidade
    na comunidade em que vivem,
  • 9:07 - 9:11
    então nossos povos renascem totalmente."
  • 9:11 - 9:16
    Talvez possamos fazer uma comparação
    com o que acontece numa orquestra.
  • 9:16 - 9:23
    Cada músico também tem seu lugar.
  • 9:23 - 9:27
    DG: O que você dá você recebe de volta.
    Afinal, o que significa isso?
  • 9:27 - 9:28
    Normalmente isto não é bem entendido.
  • 9:28 - 9:31
    No sentido de "você dá e você recebe."
  • 9:31 - 9:34
    Mas, na verdade, não tem nada
    a ver com dar e receber.
  • 9:34 - 9:37
    Não é tipo: "Às vezes você ganha;
    às vezes você perde."
  • 9:37 - 9:41
    Também não é tipo: "Eu dou o que quero
    e pego o que preciso."
  • 9:41 - 9:43
    Não é assim.
  • 9:43 - 9:46
    Não é "uma conta dos favores e da cortesia."
  • 9:46 - 9:49
    Não é: "Estou fazendo
    uma coisa boa por você
  • 9:49 - 9:52
    e, em troca, recebo algo bom de você."
  • 9:52 - 9:55
    Por exemplo: "Estou fazendo um bom trabalho.
  • 9:55 - 9:58
    Meu chefe tem de me recompensar por isso!"
  • 9:58 - 10:00
    Também não é isso.
  • 10:00 - 10:04
    Tem mais a ver com:
    no que é que eu acredito?
  • 10:04 - 10:07
    O que é que eu valorizo?
  • 10:07 - 10:10
    Os nossos valores somente podem prosperar
  • 10:10 - 10:14
    se forem nutridos e protegidos,
    como um bebê.
  • 10:14 - 10:17
    Assim, você deposita em sua própria conta,
  • 10:17 - 10:20
    quando segue seus próprios valores.
  • 10:20 - 10:24
    Desta forma, você se torna
    o herói de sua própria história.
  • 10:24 - 10:26
    Existe uma diferença significativa entre
  • 10:26 - 10:30
    ser uma vítima e se sacrificar.
  • 10:30 - 10:35
    O herói sacrifica a si mesmo
    e, assim, torna-se um herói!
  • 10:35 - 10:37
    Então, o que significa
    "você dá o que você recebe"?
  • 10:37 - 10:43
    Tem a ver com: "O que eu dou eu vivencio!"
  • 10:43 - 10:47
    ER: Mas isso não é enfadonho e cansativo?
  • 10:47 - 10:50
    Sim! Às vezes é.
  • 10:50 - 10:53
    E, mesmo assim, eu vou fazer!
  • 10:53 - 10:58
    Os heróis nem sempre
    são sábios ou racionais.
  • 10:58 - 11:03
    Mas eles ouvem sua voz interior
    e a seguem.
  • 11:03 - 11:06
    Com espírito de luta, se preciso for.
  • 11:06 - 11:10
    Vocês se lembram da história
    da equipe jamaicana de bobsled,
  • 11:10 - 11:13
    que queria viajar
    para as Olimpíadas de Inverno?
  • 11:13 - 11:15
    De fato, alguns se lembram.
  • 11:15 - 11:20
    Quão louco você tem de ser
    para perseguir tal ideia?
  • 11:20 - 11:24
    Quanta gozação estes atletas
    tiveram de aguentar no início?
  • 11:24 - 11:27
    Quantos olhares de pena?
  • 11:27 - 11:29
    E, mesmo assim, eles conseguiram!
  • 11:29 - 11:33
    E, no final, eles foram mais bem-sucedidos
  • 11:33 - 11:37
    do que a maioria acreditava que eles seriam.
  • 11:37 - 11:43
    E, com isso, eles deram esperança
    e coragem a muitos.
  • 11:43 - 11:47
    DG: Às vezes, a maior qualidade
    que um herói pode ter
  • 11:47 - 11:49
    é a perseverança.
  • 11:49 - 11:53
    Quando estávamos meditando
    durante 16 horas numa colina
  • 11:53 - 11:55
    ou dançando na cabana da Dança do Sol,
  • 11:55 - 11:58
    persistir foi fundamental.
  • 11:58 - 12:02
    Você podia dizer:
    "Pare de lamúria e vá em frente!
  • 12:02 - 12:04
    Aguente firme sem reclamar.
  • 12:04 - 12:06
    Não reclamem; simplesmente façam!"
  • 12:06 - 12:09
    Julius Erving, uma estrela
    do basquetebol americano, disse:
  • 12:09 - 12:14
    "Ser um profissional significa, para mim,
    fazer as coisas que você adora fazer,
  • 12:14 - 12:18
    mesmo naqueles dias em que
    você não tem a menor vontade de fazê-las."
  • 12:18 - 12:22
    Pare de reclamar e bola pra frente.
  • 12:22 - 12:26
    ER: Os povos indígenas perguntam:
    "Qual é o seu remédio?"
  • 12:26 - 12:27
    O que eles querem dizer com isso?
  • 12:27 - 12:31
    A pergunta não é sobre
    pedir um comprimido ou chá de ervas.
  • 12:31 - 12:34
    Muito mais que isso, ela tem a ver com
  • 12:34 - 12:40
    como você pode contribuir com seus talentos
    para o bem-estar da comunidade?
  • 12:40 - 12:44
    Em geral, isso é expresso
    com um nome espiritual.
  • 12:44 - 12:48
    Os povos indígenas começam cedo sua tarefa
  • 12:48 - 12:52
    de encontrar sua missão pessoal na vida.
  • 12:52 - 12:55
    Para isso, eles meditam
    ou buscam ter premonições,
  • 12:55 - 12:57
    quando se retiram
  • 12:57 - 13:02
    para a solidão da natureza.
  • 13:02 - 13:06
    Um talento não é, assim,
    simplesmente uma propriedade privada,
  • 13:06 - 13:09
    da qual alguém pode se vangloriar.
  • 13:09 - 13:12
    Assim, seguir o chamado
    do coração significa
  • 13:12 - 13:17
    usar seu talento
    para o benefício da comunidade.
  • 13:17 - 13:24
    "Paixão!" Essa palavra já contém heroísmo.
  • 13:24 - 13:28
    O que é que me move?
    Pelo que é que vou me sacrificar?
  • 13:28 - 13:30
    Ou, melhor ainda:
  • 13:30 - 13:36
    como posso alimentar
    o lobo bom dentro de mim?
  • 13:36 - 13:38
    DG: Mas, afinal, qual o significado
    disso tudo para nós?
  • 13:38 - 13:41
    Como podemos alimentar o lobo bom?
  • 13:41 - 13:46
    Algumas pessoas dizem: "Sacrificar a si mesmo?
    Essa ideia não me parece lá muito boa!"
  • 13:46 - 13:48
    Em alemão, "Opfer" pode significar
    duas coisas diferentes.
  • 13:48 - 13:52
    A "vítima", uma pessoa
    a quem se inflige um sofrimento.
  • 13:52 - 13:57
    E o "sacrifício",
    a oferta que se deseja fazer.
  • 13:57 - 13:59
    Ela vem da palavra "sagrado".
  • 13:59 - 14:02
    Sacrificar significa realizar
    um ato quase santo.
  • 14:02 - 14:05
    E é nesse sentido que
    gostaríamos que fosse entendido.
  • 14:05 - 14:10
    Às vezes, alguém se vira para nós
    e diz: "Tá bem, agora eu consegui entender."
  • 14:10 - 14:13
    "Mas como posso me tornar um herói?"
  • 14:13 - 14:16
    Para essa pessoa temos cinco dicas.
  • 14:16 - 14:20
    Primeiro: "O que eu dou eu vivencio."
  • 14:20 - 14:25
    Escolha uma pessoa para quem dar
    toda sua energia positiva por um tempo
  • 14:25 - 14:29
    e observe como essa pessoa
    cresce com o seu apoio.
  • 14:29 - 14:32
    Depois observe como você mesmo cresce.
  • 14:32 - 14:35
    ER: Em segundo lugar: nome espiritual.
  • 14:35 - 14:38
    Qual é o seu nome espiritual?
  • 14:38 - 14:41
    Em outras palavras:
    qual é sua missão nesta vida?
  • 14:41 - 14:44
    Pelo que você deseja se sacrificar?
  • 14:44 - 14:47
    Em que momentos de sua vida
    você já fez isso?
  • 14:47 - 14:50
    DG: Em terceiro lugar: "E, apesar disso!"
  • 14:50 - 14:54
    Existe algum projeto
    que te provoca resistência
  • 14:54 - 14:57
    e por meio do qual você poderia se tornar
    um herói e dizer: "E, apesar disso, vou fazer!"
  • 14:57 - 14:59
    e fazer mesmo?
  • 14:59 - 15:03
    Em quarto lugar:
    "Pare de reclamar e bola pra frente!"
  • 15:03 - 15:05
    Você possui algum
    projeto pessoal importante
  • 15:05 - 15:09
    que não vai nem vem?
  • 15:09 - 15:14
    Então, é hora de colocar
    toda a sua perseverança nele
  • 15:14 - 15:18
    e dizer: "Pare de reclamar e vá em frente!"
  • 15:18 - 15:21
    DG: Quinto: "Tire a placa de vítima da testa!"
  • 15:21 - 15:25
    Existe algo que te faça ficar
    cansado da piedade alheia,
  • 15:25 - 15:27
    ou mesmo da autopiedade?
  • 15:27 - 15:29
    Um projeto que possa te transformar
    num guerreiro orgulhoso
  • 15:29 - 15:32
    e te livrar da piedade?
  • 15:32 - 15:38
    ER: E, quando você tiver feito tudo isso,
    ou mesmo apenas alguma destas coisas,
  • 15:38 - 15:41
    olhe-se no espelho e tente dizer
    que você não é um herói.
  • 15:41 - 15:45
    Estamos convencidos de que você
    não vai ser capaz de dizer isso.
  • 15:45 - 15:49
    DG: E, se você preferir, coloque sua mão
    no peito do lobo bom para fortalecê-lo.
  • 15:49 - 15:51
    Quanta alegria e felicidade ao se fazer isso.
  • 15:51 - 15:55
    ER: Obrigado a todos
    os nossos relacionamentos. Hai-hai.
  • 15:55 - 15:59
    (Aplausos)
Title:
O que você dá você recebe de volta. Responsabilidade por si mesmo – apenas para heróis? Daniel Goetz e Eike Reinhardt no TEDxKoeln
Description:

Privação e sofrimento na Dança do Sol, o ritual supremo dos Índios das Planícies não é um simples teste de coragem ou um tipo de entretenimento. Na verdade, a devoção consciente e cheia de significado é um ato sagrado em favor de um bem maior. Eike Reinhardt e Daniel Goetz nos contam sua experiência pessoal de participar deste ritual com os índios Piapot, do Canadá. E nos colocam a seguinte questão: o que podemos aprender com as culturas indígenas? E como? Em suas viagens ao redor do mundo, eles se sentam com os anciãos indígenas ao redor da fogueira e absorvem de forma direta outras culturas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:28

Portuguese, Brazilian subtitles

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