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Celulares, Dopamina, e Desenvolvimento - Barbara Jennings no TEDxABQ

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    O celular mudou bastante
    as nossas vidas.
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    De diversas maneiras,
    é mais prático.
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    Podemos falar
    com quase qualquer um,
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    de quase qualquer lugar.
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    Mas há também maneiras
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    pelas quais o celular afetou vidas
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    que talvez você desconheça.
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    Veja bem,
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    nosso cérebro tem
    uma resposta química natural
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    ao celular.
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    É uma descarga
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    da substância chamada dopamina,
    no cérebro.
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    Bem, eu sei que a dopamina
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    é a substância que faz você
    se sentir bem.
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    Mas não é bem assim.
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    A dopamina
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    é a substância responsável
    pela nossa busca.
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    Então buscamos algo,
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    e encontramos,
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    e temos uma
    liberação de dopamina.
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    E buscamos algo mais,
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    e temos nova liberação
    de dopamina.
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    É a isso que chamamos
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    de circuito de dopamina.
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    Isso é o mesmo que ocorre
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    quando fazemos uma busca
    na Internet,
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    digamos, por uma receita
    para o jantar.
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    E você se vê, uma hora depois,
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    a anos-luz de onde começou.
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    Agora, você está lendo
    sobre raças caninas de grife...
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    (Risos)
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    e o jantar ainda não está pronto.
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    (Risos)
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    O celular teve grande impacto
    em nossas vidas,
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    e, de algumas formas,
    nos tornamos dependentes de novo.
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    Aqui vai minha história.
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    Eu tinha um celular original
    que vinha com meu plano.
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    Nada de mais,
    sem câmera ou torpedo,
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    mas era prático,
    eu o guardava na bolsa
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    e o usava quando era necessário.
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    Aí veio o iPhone.
    (Risos)
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    Agora, eu tinha câmera,
    Internet, e-mail,
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    e uma grande variedade
    de aplicativos,
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    um aparelho faz-tudo, na palma da mão.
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    E eu me vi, na verdade,
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    desenvolvendo uma dependência
    por este telefone.
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    Eu o levava comigo
    por cada cômodo da casa,
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    levava-o até para o quintal,
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    quando ia cuidar do jardim.
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    Mas minha dependência piorou
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    quando comecei um relacionamento
    com um aficionado por SMS.
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    Eu me vi
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    numa montanha-russa emocional.
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    (Risos)
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    Então, eu esperava ansiosamente
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    pelas mensagens que vinham dele
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    e, quando chegavam,
    ficava eufórica e animada,
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    mas, quando não chegavam,
    eu ficava realmente chateada.
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    (Risos)
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    Isso me deixou intrigada.
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    Daí, eu comecei a ver
    como as outras pessoas
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    usam o celular.
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    Famílias ao celular.
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    Pais falando ao celular,
    em vez de com seus filhos;
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    filhos ao celular.
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    Chego nos restaurantes
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    e, mesas inteiras, todos ao celular.
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    (Risos)
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    Então, decidi pesquisar um pouco.
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    Acontece que
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    tudo a respeito desta tecnologia
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    é pensado para nos amarrar,
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    desde o alerta que emite
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    até a quantidade de texto
    que se pode ver na tela.
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    E a gente entra nessa,
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    porque nos tornamos
    buscadores de informação.
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    Até mesmo o texto
    nas mídias de notícias,
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    áudios, imagens
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    e textos rolando nas telas,
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    a gente embarca nisso.
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    O uso mais comum de celulares
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    está ocorrendo entre universitários.
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    Eles estão recebendo
    em torno de cem mensagens por dia,
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    e verificando seus torpedos
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    outras sessenta vezes por dia.
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    Agora, seu vício compulsivo
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    não é em celular,
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    mas na dopamina que recebem,
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    cada vez que chega um torpedo.
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    Pense em como você se sente
    quando olha suas mensagens
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    e não chegou nenhuma,
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    comparado a quando chegou.
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    Eufórico, valorizado, meio importante.
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    Os celulares também
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    mudam a forma como pensamos
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    e nos comunicamos com as pessoas.
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    Preferimos a comunicação
    por bocadinhos de texto,
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    em lugar de mensagens de voz,
    ou por e-mail.
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    E nosso foco,
    nossa capacidade de atenção,
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    fica reduzida.
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    Pulamos de um tópico para outro,
    e de uma ideia para outra,
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    quase nunca concluindo nada.
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    E mesmo na era Google,
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    com toda esta informação
    que nos dão,
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    aceitamos a primeira resposta oferecida,
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    em vez de verificá-la realmente.
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    E digo mais:
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    como você se sente quando sai de carro
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    e percebe que esqueceu o celular?
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    (Risos)
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    Você volta para pegá-lo,
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    não importando se está atrasado,
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    aonde quer que esteja indo?
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    (Risos)
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    Bem, acontece que
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    foi verificado um aumento
    na ansiedade deste tipo,
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    e existe um problema de saúde
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    associado a isto.
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    É a nomofobia.
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    (Risos)
    Não, de verdade.
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    (Risos)
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    Fobia de ficar sem celular.
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    E é um problema que surge
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    da ansiedade que sentimos
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    quando estamos sem o celular,
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    ou fora da área de cobertura.
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    Logo, eu quero apresentar
    um desafio a vocês.
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    Pelas próximas duas semanas,
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    coloque o celular
    fora de seu alcance físico,
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    por uma hora por dia.
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    Por uma hora a cada dia,
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    fique sem celular.
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    Concentre-se em outra coisa,
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    no que está à volta,
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    nas pessoas em torno de você,
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    ou simplesmente olhe
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    para este lindo céu do Novo México.
  • 4:53 - 4:55
    Uma hora por dia, sem dopamina.
  • 4:55 - 4:58
    (Aplausos)
    Alô, mamãe...
  • 4:58 - 5:00
    (Aplausos)
Title:
Celulares, Dopamina, e Desenvolvimento - Barbara Jennings no TEDxABQ
Description:

Você já ouviu falar de nomofobia? Nesta palestra, Barbara Jennings nos conta por que somos tão apegados ao celular. "Esse vício compulsivo não é pelo celular", diz ela. Mas será que você é capaz de enfrentar o desafio que Barbara propõe ao final?

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
05:07

Portuguese, Brazilian subtitles

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