Precisamos de energia nuclear para resolver os problemas climáticos
-
0:01 - 0:04É fácil esquecer que ontem à noite,
-
0:04 - 0:08mil milhões de pessoas foram dormir
sem acesso à eletricidade. -
0:08 - 0:10Mil milhões de pessoas.
-
0:10 - 0:152500 milhões de pessoas não tiveram
acesso a combustíveis limpos -
0:16 - 0:17para cozinhar ou para aquecimento.
-
0:18 - 0:21Estes são os problemas
dos países em desenvolvimento. -
0:21 - 0:24É fácil para nós não termos empatia
-
0:24 - 0:26com essas pessoas
que parecem tão distantes de nós. -
0:26 - 0:29Mas até no nosso mundo,
o mundo desenvolvido, -
0:30 - 0:33vemos a tensão das economias estagnadas
-
0:33 - 0:36que causa impacto
na vida das pessoas à nossa volta. -
0:36 - 0:39Vemo-lo em áreas inteiras da economia,
-
0:40 - 0:43em que as pessoas envolvidas
perderam a esperança no futuro -
0:43 - 0:45e desesperam em relação ao presente.
-
0:45 - 0:47Vemos isso no voto do "Brexit".
-
0:48 - 0:51Vemos isso na campanha de
Sanders/Trump no meu país. -
0:52 - 0:56Mas até em países que estão
recentemente a virar a esquina -
0:57 - 0:59em direção a um mundo desenvolvido,
-
0:59 - 1:00na China,
-
1:00 - 1:02vemos as dificuldades
que o Presidente Xi tem -
1:03 - 1:08quando começa a despedir tantas pessoas
na indústria do carvão e mineira -
1:08 - 1:10que não veem nenhum futuro para elas.
-
1:11 - 1:14Enquanto nós, como sociedade,
tentamos descobrir como gerir -
1:14 - 1:16os problemas do mundo desenvolvido
-
1:16 - 1:18e os problemas do mundo
em desenvolvimento, -
1:18 - 1:21temos que descobrir como avançar
-
1:21 - 1:25e gerir os impactos ambientais
dessas decisões. -
1:26 - 1:29Temos vindo a trabalhar neste problema
há mais de 25 anos, -
1:29 - 1:31desde o Rio de Janeiro
— os Protocolos de Quioto. -
1:31 - 1:34A nossa ação mais recente
foi o tratado de Paris -
1:35 - 1:37e os resultantes acordos climáticos
-
1:37 - 1:40que estão a ser ratificados
por nações em todo o mundo. -
1:40 - 1:42Acho que podemos ter muita esperança
-
1:42 - 1:45que esses acordos
— que são acordos a partir das bases, -
1:45 - 1:48em que as nações têm dito
o que acham que conseguem fazer — -
1:48 - 1:52são genuínos e sinceros
para a grande maioria da partes. -
1:53 - 1:55Lamentavelmente,
-
1:55 - 1:59quando olhamos
para as análises independentes -
1:59 - 2:02do que é que esses tratados climáticos
são suscetíveis de produzir, -
2:03 - 2:06a amplitude do problema
que enfrentamos torna-se clara. -
2:07 - 2:08Esta é a avaliação
-
2:08 - 2:12da organização norte-americana
de informações sobre energia -
2:12 - 2:16do que acontecerá, se os países
implementarem os compromissos climáticos -
2:16 - 2:18que fizeram em Paris,
-
2:18 - 2:20daqui até 2040.
-
2:21 - 2:25Mostra as emissões de CO2
em todo o mundo -
2:25 - 2:27nos próximos 30 anos.
-
2:28 - 2:32Há três coisas que têm
que ver e perceber. -
2:32 - 2:36Uma, as emissões de CO2
têm tendência a continuar a crescer -
2:36 - 2:38nos próximos 30 anos.
-
2:39 - 2:42Para controlarmos o clima,
-
2:42 - 2:45as emissões de CO2 têm
que chegar literalmente a zero, -
2:46 - 2:50porque são as emissões cumulativas
que levam ao aquecimento do planeta. -
2:50 - 2:55Isto significa que estamos a perder
a corrida contra os combustíveis fósseis. -
2:56 - 2:57A segunda coisa que devem observar
-
2:57 - 3:02é que o grosso do aumento
vem dos países em desenvolvimento, -
3:02 - 3:05da China, da Índia,
do resto do mundo, -
3:05 - 3:08que inclui a América do Sul,
a Indonésia e o Brasil, -
3:09 - 3:12à medida que a maioria destes países
movem a sua população -
3:12 - 3:15para os fracos estilos de vida
-
3:15 - 3:19que consideramos sem discussão
no mundo desenvolvido. -
3:20 - 3:23A última coisa que devem observar
-
3:23 - 3:25é que, todos os anos,
-
3:25 - 3:29são adicionadas à atmosfera do planeta
-
3:29 - 3:33cerca de 10 gigatoneladas de carbono
-
3:33 - 3:36que depois se difundem
no oceano e na terra. -
3:36 - 3:41Isso, para além das 550 gigatoneladas
existentes atualmente. -
3:42 - 3:44No final dos 30 anos,
-
3:44 - 3:48teremos colocado 850 gigatoneladas
de carbono no ar. -
3:49 - 3:52Isso, provavelmente, vai contribuir
-
3:52 - 3:58para o aumento médio das
temperaturas globais entre 2 a 4 graus C, -
3:58 - 4:01para a acidificação do oceano
-
4:01 - 4:03e para o aumento do nível do mar.
-
4:04 - 4:07Agora, isto é uma projeção
feita pelos homens, -
4:08 - 4:11de acordo com as ações da sociedade.
-
4:11 - 4:14Cabe-nos a nós mudar, e não aceitar.
-
4:14 - 4:18Mas temos que avaliar
a amplitude do problema. -
4:19 - 4:21Diferentes nações fazem
diferentes escolhas energéticas, -
4:21 - 4:23em função dos seus recursos naturais,
-
4:23 - 4:25em função do seu clima,
-
4:25 - 4:30em função da via de desenvolvimento
que têm seguido, enquanto sociedade, -
4:31 - 4:34em função de onde se situam
na superfície do planeta. -
4:34 - 4:37Estão num local onde há pouca luz
na maior parte do tempo? -
4:37 - 4:39Ou estão em latitudes médias?
-
4:39 - 4:43Muitas coisas influenciam
as escolhas feitas pelos países, -
4:43 - 4:45e cada um faz uma escolha diferente.
-
4:47 - 4:50A coisa mais opressiva
que temos que compreender -
4:50 - 4:52é a escolha que a China fez.
-
4:53 - 4:55A China fez a escolha
-
4:55 - 4:58e continuará a fazer a escolha,
de trabalhar a carvão. -
4:58 - 5:00Os EUA têm uma alternativa.
-
5:00 - 5:02Podem funcionar a gás natural
-
5:02 - 5:06dados os resultados das invenções,
do "cracking" e do gás de xisto, -
5:06 - 5:08que nós temos aqui.
-
5:08 - 5:09Fornecem-nos uma alternativa.
-
5:11 - 5:13A OCDE na Europa tem uma escolha.
-
5:14 - 5:17Tem energias renováveis que pode custear
para implantar na Alemanha -
5:17 - 5:20porque é suficientemente rica
para suportar os seus custos. -
5:20 - 5:25Os franceses e os britânicos
mostram interesse na energia nuclear. -
5:26 - 5:30A Europa de Leste continua muito
dependente do gás natural e carvão, -
5:30 - 5:33e do gás natural proveniente da Rússia,
-
5:33 - 5:35apesar de todos os entraves.
-
5:36 - 5:38A China tem muito menos opções
-
5:38 - 5:41e um caminho muito mais difícil
a percorrer. -
5:42 - 5:44Se olharem para a China,
e perguntarem a vocês mesmos -
5:44 - 5:47porque é que o carvão
é tão importante para ela, -
5:47 - 5:49têm que se lembrar
o que é que a China já fez. -
5:50 - 5:53A China levou as pessoas ao poder,
e não o poder às pessoas. -
5:53 - 5:56Não fez eletrificação rural.
-
5:56 - 5:58Urbanizou-se.
-
5:58 - 6:02Urbanizou-se usando mão-de-obra barata
e energia de baixo custo, -
6:02 - 6:04criando indústrias de exportação
-
6:04 - 6:07capazes de financiarem
grande parte do crescimento. -
6:08 - 6:10Se olharmos para a trajetória da China,
-
6:10 - 6:14todos nós sabemos que a prosperidade
na China aumentou drasticamente. -
6:15 - 6:19Em 1980, 80% da população da China
-
6:19 - 6:22vivia abaixo do nível de extrema pobreza,
-
6:22 - 6:26abaixo do nível de 1,90 dólares
por pessoa, por dia. -
6:27 - 6:32No ano 2000, apenas 20%
da população chinesa -
6:32 - 6:35vivia abaixo do nível de extrema pobreza
-
6:35 - 6:37— um feito notável,
-
6:38 - 6:40reconhecidamente, com alguns custos
nas liberdades civis -
6:40 - 6:44que seriam difíceis de aceitar
no mundo ocidental. -
6:45 - 6:47Mas o impacto de toda essa riqueza
-
6:47 - 6:51permitiu que as pessoas obtivessem
muito melhor alimentação. -
6:51 - 6:54Permitiu que se instalasse
uma rede de abastecimento de água. -
6:54 - 6:57Permitiu que se instalasse
uma rede de esgotos -
6:57 - 7:00— um decréscimo drástico
nas doenças diarreicas, -
7:01 - 7:03com o custo de alguma poluição do ar.
-
7:04 - 7:06Mas em 1980, e ainda hoje,
-
7:06 - 7:10o principal assassino na China
é a poluição dentro de casa. -
7:11 - 7:16As pessoas não têm acesso a combustíveis
limpos para cozinhar e para aquecimento -
7:16 - 7:18De facto, calcula-se que, em 2040,
-
7:20 - 7:25ainda haja na China
200 milhões de pessoas -
7:25 - 7:28que não terão acesso
a combustíveis limpos para cozinhar. -
7:29 - 7:32Têm um caminho notável a percorrer.
-
7:33 - 7:38A Índia também necessita de satisfazer
as necessidade da sua população, -
7:38 - 7:40e vai fazer isso queimando carvão.
-
7:41 - 7:46Quando olhamos para as projeções da EIA,
sobre a queima de carvão na Índia, -
7:47 - 7:51a Índia vai obter
quatro vezes mais energia -
7:51 - 7:54a partir do carvão
do que de energias renováveis. -
7:55 - 7:58Não é por não saberem
quais são as alternativas; -
7:58 - 8:02é porque os países ricos
podem fazer o que decidirem, -
8:02 - 8:05mas os países pobres
fazem o que têm que fazer. -
8:06 - 8:10Então, o que é que podemos fazer
para parar as emissões do carvão a tempo? -
8:11 - 8:16O que é que podemos fazer para mudar
esta previsão que está à nossa frente? -
8:16 - 8:20Como é uma previsão, podemos mudá-la
se tivermos vontade de o fazer. -
8:21 - 8:25Em primeiro lugar, temos que pensar
na amplitude do problema. -
8:25 - 8:27Daqui até 2040,
-
8:27 - 8:33vão ser construídas em todo o mundo
800 a 1600 novas centrais a carvão. -
8:34 - 8:38Esta semana,
vão ser ligadas em todo o mundo. -
8:38 - 8:41entre uma e três centrais
a carvão, de um gigawatt. -
8:42 - 8:46Isso está a acontecer independentemente
daquilo que nós queremos, -
8:46 - 8:48porque as pessoas
que governam os seus países, -
8:48 - 8:51que avaliam os interesses
dos seus cidadãos, -
8:51 - 8:54decidiram que é do interesse
dos seus cidadãos fazerem isso. -
8:55 - 8:59Isso irá acontecer a não ser que
haja uma alternativa melhor. -
9:00 - 9:03Cada uma dessas 100 centrais
-
9:03 - 9:08irá usar entre 1 a 3%
do orçamento climático do planeta. -
9:09 - 9:13Por isso, sempre que forem para casa
a pensar que deviam fazer alguma coisa -
9:13 - 9:14quanto ao aquecimento global,
-
9:15 - 9:17no final dessa semana, lembrem-se:
-
9:17 - 9:21alguém ativou uma central
que vai funcionar durante 50 anos -
9:21 - 9:24e deixámos de poder alterá-lo.
-
9:26 - 9:30Esquecemo-nos de uma coisa
que costumava dizer Vinod Khosla -
9:30 - 9:33— um homem de etnia indiana,
um capitalista americano. -
9:33 - 9:36Ele disse, no início da década de 2000
-
9:36 - 9:39que, se fosse necessário
que a China e a Índia -
9:39 - 9:41abandonassem os combustíveis fósseis,
-
9:41 - 9:44teríamos que criar uma tecnologia
capaz de passar o "teste Chindia" -
9:45 - 9:47— sendo "Chindia"
a junção das duas palavras. -
9:48 - 9:50Em primeiro lugar, teria que ser viável,
-
9:50 - 9:54ou seja, que tecnicamente,
pudessem implementá-la no seu país, -
9:54 - 9:57e que fosse aceite
pela população do país. -
9:58 - 10:05Segundo, teria que ser
uma tecnologia extensível, -
10:05 - 10:08que pudesse fornecer os mesmos benefícios,
-
10:08 - 10:11no mesmo período de tempo,
que os combustíveis fósseis, -
10:11 - 10:15para poderem desfrutar o modo de vida,
que, para nós, é garantido. -
10:16 - 10:18Em terceiro lugar, teria que ser
economicamente viável, -
10:18 - 10:21sem subsídios nem contratos.
-
10:21 - 10:24Teria que se aguentar
pelo seu próprio pé, -
10:24 - 10:28não podia ser mantido
para tanta gente -
10:28 - 10:31se esses países tivessem que mendigar
-
10:31 - 10:35ou se qualquer país estrangeiro
recusasse as trocas com eles -
10:35 - 10:39para conseguirem que ocorresse
a mudança tecnológica. -
10:40 - 10:42Se olharem para o teste Chindia,
-
10:42 - 10:47nós ainda não arranjámos
alternativas que satisfaçam esse teste. -
10:47 - 10:50É o que nos diz a previsão da EIA.
-
10:51 - 10:54A China está a construir uma central
de carvão, de 800 gigawatts, -
10:55 - 10:57uma hidroelétrica de 400 gigawatts,
-
10:58 - 11:00uma nuclear de cerca de 200 gigawatts.
-
11:01 - 11:05E, numa base energética equivalente,
ajustando as intermitências, -
11:05 - 11:07cerca de 100 gigawatts
de energias renováveis. -
11:08 - 11:10A de carvão é de 800 gigawatts.
-
11:10 - 11:13Estão a fazer isso, conhecendo os custos
melhor do que qualquer outro país, -
11:13 - 11:16conhecendo as necessidades
melhor do que qualquer outro país, -
11:16 - 11:19Mas é para isso
que estão a apontar em 2040, -
11:19 - 11:21a não ser que lhes demos
uma opção melhor. -
11:22 - 11:24Para a opção ser melhor,
-
11:24 - 11:26tem que satisfazer o teste Chindia.
-
11:26 - 11:29Se olharem para todas as alternativas
que existem, -
11:29 - 11:32só há duas que se aproximam dele.
-
11:32 - 11:36Primeiro, há uma nova área
da energia nuclear, de que já irei falar. -
11:36 - 11:39É uma nova geração de centrais nucleares
que estão agora no papel -
11:39 - 11:41em todo o mundo.
-
11:41 - 11:43As pessoas que as estão
a desenvolver dizem: -
11:43 - 11:47"Conseguimos tê-las prontas
para demonstração em 2025 -
11:47 - 11:51"e para produção em 2030,
se vocês nos deixarem". -
11:51 - 11:54A segunda alternativa,
que poderá chegar a tempo, -
11:55 - 11:58é a energia solar a grande escala,
apoiada pelo gás natural, -
11:58 - 12:00que nós podemos usar hoje,
-
12:00 - 12:03em vez das baterias
que ainda estão em desenvolvimento. -
12:05 - 12:07O que está a impedir
esta nova energia nuclear? -
12:08 - 12:11Regulamentos ultrapassados
e uma mentalidade de ontem. -
12:12 - 12:15Não temos usado
o pensamento científico mais recente -
12:15 - 12:16sobre a saúde face às radiações
-
12:16 - 12:19para pensar como comunicamos
com o público -
12:19 - 12:22e dirigir os testes
de novos reatores nucleares. -
12:22 - 12:26Temos novos conhecimentos científicos
que precisamos de utilizar -
12:26 - 12:31para melhorar a forma
de regulamentar a indústria nuclear. -
12:31 - 12:33A segunda coisa é que
temos metido na cabeça -
12:33 - 12:36que são precisos 25 anos
e gastar 2 a 5 mil milhões de dólares -
12:36 - 12:38para construir uma central nuclear.
-
12:38 - 12:42Isso provém da mentalidade
histórica e militar, -
12:42 - 12:45de onde veio a energia nuclear.
-
12:45 - 12:47Estes novos empreendimentos nucleares
-
12:47 - 12:51dizem que podem fornecer energia
a 5 cêntimos por kilowatt hora, -
12:51 - 12:54podem fornecê-la
a 100 gigawatts por ano, -
12:55 - 12:57podem simulá-la em 2025.
-
12:57 - 13:00e podem produzi-la
à escala do país, em 2030, -
13:01 - 13:03se lhes dermos uma oportunidade.
-
13:04 - 13:07Neste momento, estamos
à espera de um milagre. -
13:08 - 13:10Precisamos de uma alternativa.
-
13:10 - 13:13Se não a conseguimos fazer
com segurança e barata, -
13:13 - 13:15não devemos implementada.
-
13:15 - 13:19Mas o que eu quero que vocês façam
não é fazer avançar a ideia, -
13:19 - 13:21mas que escrevam aos vossos líderes,
-
13:21 - 13:23escrevam aos chefes das ONG
que vocês apoiam, -
13:23 - 13:26e lhes digam para vos darem a escolha,
-
13:26 - 13:27e não ao passado.
-
13:28 - 13:29Muito obrigado.
-
13:29 - 13:32(Aplausos)
- Title:
- Precisamos de energia nuclear para resolver os problemas climáticos
- Speaker:
- Joe Lassiter
- Description:
-
Joe Lassiter é um profundo pensador e orador direto, focado em desenvolver fontes limpas, seguras e sem emissões de carbono, confiáveis e de baixo custo. As suas análises sobre a realidade energética mundial colocam uma lente poderosa na questão teimosa da energia nuclear, incluindo novos modelos de centrais elétricas capazes de competirem economicamente com os combustíveis fósseis. Lassiter diz que nós temos o potencial de fazer a energia nuclear mais segura e barata do que tem sido no passado. Agora nós temos que fazer a escolha de a perseguir.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:46
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