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Amos Winter: A cadeira de rodas barata para todos os terrenos

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    Viver com deficiência física não é fácil
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    em nenhum lugar do mundo,
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    mas, se você vive num país como os Estados Unidos,
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    existem algumas facilidades disponíveis que facilitam a vida.
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    Assim, se você estiver num prédio, você pode pegar um elevador.
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    Se estiver atravessando a rua, existem calçadas adaptadas.
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    E, se tiver de viajar uma distância maior,
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    você pode fazê-lo por conta própria, usando veículos adaptados.
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    E, caso você não possa comprar um desses,
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    há a opção do transporte público acessível.
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    No entanto, nos países em desenvolvimento, as coisas são bem diferentes.
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    Existem 40 milhões de pessoas que precisam de cadeira de rodas, mas não têm,
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    e a maioria dessas pessoas vivem em zonas rurais,
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    onde as únicas ligações com a comunidade, com o emprego, com a educação
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    são longas distâncias em estradas de terra,
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    normalmente por sua própria conta.
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    E os equipamentos normalmente disponíveis para essas pessoas
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    não são feitos para aquele contexto, quebram facilmente,
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    e são difíceis de serem consertados.
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    Comecei a me interessar pelas cadeiras de rodas dos países em desenvolvimento em 2005,
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    quando passei o verão avaliando o estado da tecnologia na Tanzânia,
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    e conversei com cadeirantes, fabricantes de cadeiras de rodas, grupos de deficientes físicos,
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    e o que ficou claro para mim
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    foi que não existia um equipamento disponível
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    que tivesse sido projetado para as áreas rurais, que pudesse se mover com rapidez
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    e eficiência em muitos tipos de terreno.
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    Assim, sendo um engenheiro mecânico,
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    estudando no MIT e tendo muitos recursos disponíveis para mim,
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    pensei em tentar fazer algo a respeito disso.
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    Bem, quando você está pensando em tentar viajar
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    longas distâncias em terreno acidentado,
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    eu pensei imediatamente em uma mountain bike,
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    e uma mountain bike é boa pra fazer isso
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    porque ela tem uma caixa de marchas,
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    e você pode mudar para uma marcha baixa quando tiver que subir um morro
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    ou andar na lama ou na areia,
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    e se consegue bastante força, mas uma velocidade baixa.
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    E, se você quiser ir mais rápido, digamos no asfalto,
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    você pode mudar para uma marcha alta,
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    e você terá menos torque, mas uma velocidade maior.
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    Então a evolução lógica aqui
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    é simplesmente fazer uma cadeira de rodas com componentes de uma mountain bike,
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    o que muitas pessoas fizeram.
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    Mas esses são dois produtos disponíveis nos Estados Unidos,
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    que seriam difíceis de transferir para os países em desenvolvimento,
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    porque eles são muito, muito caros.
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    E o contexto sobre o qual falo aqui é aquele
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    em que é preciso ter um produto que custe menos de 200 dólares.
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    E esse produto ideal também seria capaz de andar
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    cerca de 5 km por dia, para que você possa chegar em seu trabalho, escola,
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    e fazer isso em muitos tipos de terreno diferentes.
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    Mas quando você chega em casa ou quer entrar no seu trabalho,
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    tem de ser pequena e manobrável o suficiente para usar no interior.
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    E, além disso, se quiser que ela dure um longo tempo em áreas rurais,
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    ela tem de ser consertada usando ferramentas locais, materiais e conhecimento
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    disponíveis nesses lugares.
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    Assim, o verdadeiro ponto crucial do problema é:
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    como fazer um sistema que seja um dispositivo simples,
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    mas que proporcione uma grande vantagem mecânica?
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    Como fazer uma mountain bike para os braços
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    que não tenha o custo nem a complexidade de uma mountain bike?
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    Assim, como é o caso com soluções simples,
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    muitas vezes a resposta está bem na nossa cara, e para nós essa resposta era em forma de alavancas.
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    Usamos alavancas o tempo todo, em ferramentas, em maçanetas, partes de bicicletas.
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    E aquele momento de inspiração, aquele momento chave da invenção,
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    aconteceu quando estava sentado na frente do meu bloco de desenhos,
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    e comecei a pensar em alguém segurando uma alavanca,
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    e se segurassem perto da ponta dela,
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    eles poderiam conseguir uma alavanca efetivamente longa
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    e produzir bastante torque quando eles empurram pra frente e pra trás,
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    e efetivamente conseguem uma marcha baixa.
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    E quando deslizam a mão para baixo na alavanca,
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    eles conseguem empurrar com menor eficiência,
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    mas conseguem um maior ângulo a cada empurrada,
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    o que provoca uma velocidade rotacional maior, e proporciona uma marcha efetiva maior.
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    Então, o que é empolgante sobre esse sistema
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    é que ele é mecanicamente muito simples,
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    e poderia ser construído com uma tecnologia
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    que já está disponível aí há cem anos.
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    Então, vendo isso na prática,
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    esta é a Cadeira Alavancada Livre, que,
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    depois de alguns anos de desenvolvimento,
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    vai entrar em produção,
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    e esta é uma cadeira de rodas para um usuário em tempo integral,
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    ele é paralitico -- na Guatemala,
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    e vocês podem ver que ele consegue atravessar terrenos bem acidentados.
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    Mais uma vez, o segredo inovador dessa tecnologia é que, quando ele quer ir depressa,
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    ele simplesmente agarra as alavancas perto dos pivôs e consegue um ângulo grande a cada torque,
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    e quando o caminho fica mais difícil, ele simplesmente desliza as mãos para cima,
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    cria mais torque, e meio que pressiona o assento,
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    deslizando sem dificuldade em terrenos acidentados.
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    Agora, o ponto principal, importante aqui, é que
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    a pessoa é a máquina complexa nesse sistema.
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    É a pessoa quem desliza as mãos para cima e para baixo,
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    então o mecanismo pode ser muito simples
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    e composto por partes de bicicleta que você consegue em qualquer parte do mundo.
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    Porque essas peças de bicicleta
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    são muito fáceis de encontrar, e são superbaratas.
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    Elas são feitas aos montes na China e na Índia,
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    e podemos encontrá-las em qualquer lugar do mundo,
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    construir a cadeira em qualquer lugar e, mais importante, consertá-la
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    mesmo num vilarejo pelo mecânico local de bicicletas,
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    que tenha simples ferramentas, conhecimento e peças disponíveis.
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    Bem, quando você quer usar essa cadeira em ambientes fechados,
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    tudo que tem a fazer é puxar as alavancas para fora da engrenagem
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    guardá-las, e ela converte numa cadeira de rodas normal
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    que pode ser usada como qualquer outra cadeira de rodas
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    e nós dimensionamos ela como uma cadeira de rodas normal,
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    de forma que é estreita o suficiente para passar numa porta padrão,
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    baixa o suficiente para caber debaixo de uma mesa,
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    e é pequena e manobrável o bastante para entrar num banheiro
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    e isso é importante para que o usuário possa chegar perto do vaso sanitário
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    e seja capaz de passar para o assento do vaso
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    do mesmo jeito que ele faria em uma cadeira de rodas normal.
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    Bem, existem três pontos importantes que quero enfatizar
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    nos quais acho que realmente "marquei um gol" neste projeto.
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    O primeiro é que este produto funciona bem porque
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    fomos efetivamente capazes de combinar
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    uma rigorosa análise da engenharia com um design voltado para o usuário
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    focado no social, no uso e nos fatores econômicos
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    importantes para os usuários das cadeiras nos países em desenvolvimento.
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    Assim, sou um universitário do MIT e sou um engenheiro mecânico,
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    assim, posso fazer coisas como olhar para o tipo de terreno no qual se quer viajar
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    e descobrir quanta resistência ele pode impor,
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    olhar para as peças que temos disponíveis e misturá-las e combiná-las
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    para descobrir que tipo de engrenagens podemos usar,
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    e então olhar para a potência e a força que você pode tirar dos membros superiores do corpo
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    para analisar quão rápido você será capaz de ir nesta cadeira
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    quando você levantar e abaixar seus braços nas alavancas.
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    Assim, parecendo um calouro entusiasmado,
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    nossa equipe fez um protótipo,
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    levamos para a Tanzânia, Quênia e Vietnã em 2008,
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    e descobrimos que foi horrível,
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    pois não conseguimos informações suficientes dos usuários.
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    Daí, como o testamos com usuários de cadeiras de rodas,
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    com fabricantes de cadeiras de rodas, conseguimos esse retorno deles,
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    não apenas pegando seus problemas, mas também suas sugestões de soluções,
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    e trabalhamos juntos para voltar para a prancheta e produzir um novo design,
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    que levamos de volta para a África Oriental em 2009,
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    que funcionou muito melhor que uma cadeira de rodas normal em terrenos acidentados,
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    mas ainda assim não funcionou bem em ambientes fechados porque era muito grande,
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    pesada e difícil de movimentar.
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    Daí, novamente com o feedback daqueles usuários, fomos à prancheta,
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    e voltamos com um design melhor, 9 quilos mais leve,
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    tão estreita quando uma cadeira de rodas normal, testamos num campo de provas na Guatemala,
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    e aquilo avançou o produto até o ponto
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    onde estamos agora na nossa produção.
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    Bem, sendo também cientistas engenheiros,
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    fomos capazes de quantificar os benefícios da performance da LFC (nome da cadeira),
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    então aqui estão algumas fotos do nosso teste na Guatemala
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    onde testamos a LFC no terreno de uma vila,
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    e testamos o rendimento biomecânico das pessoas,
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    o consumo de oxigênio deles, a velocidade em que eles iam,
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    quanta força eles faziam,
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    tanto na cadeira de rodas normal quanto na LFC,
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    e descobrimos que a LFC é cerca de 80% mais rápida
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    nesse tipo de terreno que uma cadeira de rodas normal.
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    É também cerca de 40% mais eficiente que uma cadeira de rodas padrão,
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    e por causa da vantagem mecânica que se consegue com essas alavancas,
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    pode-se obter 50% mais de torque
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    e realmente abrir seu caminho em terrenos realmente acidentados.
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    Agora, a segunda lição que aprendemos nisso foi que
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    as limitações desse design realmente empurraram a inovação,
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    porque tivemos que chegar a um preço baixo,
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    porque tivemos de fazer um dispositivo que pudesse andar
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    em muitos, muitos tipos de terreno, e ainda assim pudesse ser usados em ambientes fechados.
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    e fosse simples o suficiente para ser consertado,
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    terminamos com um produto fundamentalmente novo,
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    um novo produto que é uma inovação
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    em um espaço que realmente não mudou em cem anos.
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    E todos essas vantagens são boas não apenas em países em desenvolvimento.
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    Por que não em países como os Estados Unidos também?
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    Então nos associamos com a Continuum,
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    uma empresa local de design de produtos aqui em Boston
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    para fazer a versão da ARTE FINAL, a versão para o mundo desenvolvido
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    que nós provavelmente vamos vender primeiramente nos Estados Unidos e Europa,
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    mas para compradores de alto poder aquisitivo.
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    E a questão final que quero enfatizar é que penso
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    que este projeto funcionou bem porque nós "amarramos"
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    todas as partes interessadas que compraram este projeto e foram importantes para considerar
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    trazer a tecnologia do nascimento de uma ideia
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    através de inovação, validação, comercialização e propagação,
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    e esse ciclo tem de começar e terminar com os usuários.
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    Essas são as pessoas que definem as necessidades da tecnologia,
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    e essas são as pessoas que dão a aprovação final,
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    e dizem: "Beleza, ela realmente funciona. Atende às nossas necessidades."
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    Assim, as pessoas como eu no espaço acadêmico
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    podemos fazer coisas como inovar e analisar e testar,
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    criar dados e fazer protótipos para testes,
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    mas como vender esses protótipos?
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    Assim, precisamos desses parceiros que podem trabalhar na comercialização,
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    e começamos uma ONG para trazer nossa cadeira para o mercado --
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    Tecnologia de Pesquisa Global de Inovação --
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    e então nós também nos associamos com um grande fabricante na Índia, Indústria Pinnacle,
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    que está equipada agora para fabricar 500 cadeira por mês
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    e vai produzir o primeiro lote de 200 no mês que vem,
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    que vai ser distribuído na Índia.
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    E então, finalmente, para disponibilizar isso para as pessoas em grande quantidade,
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    nos associamos com a maior organização de deficientes
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    do mundo, Jaipur Foot.
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    Agora, o que é maravilhoso sobre este modelo
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    é quando juntamos todos as partes interessadas
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    que representam cada elo da cadeia
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    desde a origem de uma ideia
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    e todo o processo até a implementação no campo,
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    é onde a mágica acontece.
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    É quando um cara como eu, um universitário,
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    analisa e testa e cria uma nova tecnologia
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    e quantativamente determina quão melhor a performance é.
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    Pode-se conectar com as partes, como os fabricantes
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    e conversar diretamente com eles e obter seu
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    conhecimento de práticas produtivas e de seus clientes
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    e combinar esse conhecimento com nosso conhecimento de engenharia
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    para criar algo maior que nenhum de nós poderia ter feito sozinho.
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    E assim, vocês podem também envolver o usuário final
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    no processo de design, e não somente perguntar a ele o que ele precisa,
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    mas perguntar a ele como ele acha que isso pode ser feito.
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    E esta foto foi tirada na Índia no nosso último teste de campo,
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    quando tivemos uma taxa de adesão de 90% onde as pessoas
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    experimentaram usar nossa cadeira de alavancas livres em vez da cadeira de rodas normal deles,
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    e esta foto especificamente é de Ashok,
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    e Ashok teve uma lesão na coluna quando caiu de uma árvore,
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    e ele trabalha como alfaiate, mas depois de ter tido a lesão
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    ele não era mais capaz de se locomover por um quilometro de sua casa
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    até esta loja em sua cadeira de rodas normal.
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    A estrada era acidentada demais.
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    Mas no dia seguinte que ele conseguiu a LFC, ele subiu nela,
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    percorreu aquele quilômetro, abriu sua loja,
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    e logo depois surgiu um contrato para fazer uniformes escolares,
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    começou a ganhar dinheiro, e começou a sustentar sua família de novo.
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    Ashok: Você também me encorajou a trabalhar.
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    Eu descansei por um dia em casa.
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    No dia seguinte, fui para minha loja.
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    Agora, tudo voltou ao normal.
  • 10:46 - 10:50
    Amos Winter: E muito obrigado por me convidar para vir aqui hoje.
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    (Aplausos)
Title:
Amos Winter: A cadeira de rodas barata para todos os terrenos
Speaker:
Amos Winter
Description:

Como se constrói uma cadeira de rodas para andar na lama e na areia por menos de 200 dólares? O Engenheiro do MIT Amos Winter nos leva pela mecânica da cadeira de rodas para todos os terrenos, que é barata e fácil de construir -- para a verdadeira acessibilidade -- e nos dá algumas lições que ele aprendeu ao longo do caminho.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:14

Portuguese, Brazilian subtitles

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