A nova biônica que nos permite correr, escalar e dançar
-
0:01 - 0:04Olhando profundamente a natureza
-
0:04 - 0:07através da lente de aumento da ciência,
-
0:07 - 0:09projetistas extraem princípios,
-
0:09 - 0:11processos e materiais
-
0:11 - 0:15que estão formando a
base da metodologia do design, -
0:15 - 0:18desde construções sintéticas
que se assemelham -
0:18 - 0:20a materiais biológicos
-
0:20 - 0:24até métodos computacionais
que simulam processos neurais, -
0:24 - 0:27a natureza está conduzindo o design.
-
0:27 - 0:30O design também
está conduzindo a natureza. -
0:30 - 0:32No reino da genética,
medicina regenerativa -
0:32 - 0:34e da biologia sintética,
-
0:34 - 0:36projetistas estão
desenvolvendo novas tecnologias -
0:36 - 0:40nunca antes vistas ou
previstas pela natureza. -
0:41 - 0:45A biônica explora a interação
-
0:45 - 0:47entre a biologia e o design.
-
0:47 - 0:51Como podem ver,
minhas pernas são biônicas. -
0:51 - 0:54Hoje contarei histórias humanas
-
0:54 - 0:57de integração biônica,
-
0:57 - 0:59Como dispositivos eletromecânicos
anexados ao corpo -
0:59 - 1:02e implantados dentro do corpo
-
1:02 - 1:04estão começando a fechar a lacuna
-
1:04 - 1:07entre incapacidade e capacidade,
-
1:07 - 1:10entre limitação humana
-
1:10 - 1:12e potencial humano
-
1:12 - 1:16A biônica definiu minha corporalidade.
-
1:16 - 1:19Em 1982, minhas pernas foram amputadas
-
1:19 - 1:21pelo dano gerado ao tecido
devido ao congelamento -
1:21 - 1:24que ocorreu durante
um acidente de alpinismo. -
1:24 - 1:26Naquele momento, eu não vi meu corpo
-
1:26 - 1:28como quebrado.
-
1:28 - 1:31Eu argumentava que o ser humano
-
1:31 - 1:33jamais pode estar quebrado.
-
1:33 - 1:36A tecnologia é que está quebrada.
-
1:36 - 1:39A tecnologia é que é inadequada.
-
1:39 - 1:42Essa ideia simples mas poderosa
-
1:42 - 1:44foi um chamado
-
1:44 - 1:46para evoluir a tecnologia
-
1:46 - 1:49para eliminar minha própria deficiência
-
1:49 - 1:52e finalmente a deficiência de outros.
-
1:52 - 1:55comecei desenvolvendo
membros especializados -
1:55 - 1:57que me permitissem retornar
-
1:57 - 1:59ao mundo vertical
da escalada de rocha e gelo. -
1:59 - 2:02Rapidamente me dei conta de
que a parte artificial de meu corpo -
2:02 - 2:04é maleável,
-
2:04 - 2:08capaz de assumir
qualquer forma, qualquer função -
2:08 - 2:11um tela branca para se criar
-
2:11 - 2:15talvez estruturas que pudessem ir além
-
2:15 - 2:17da capacidade biológica.
-
2:17 - 2:19Deixei minha altura ajustável.
-
2:19 - 2:23Eu podia ter só um metro e meio
ou ser tão alto quanto quisesse. -
2:23 - 2:24(Risos)
-
2:24 - 2:27Então quando eu me sentia mal,
-
2:27 - 2:31inseguro, era só aumentar minha altura,
-
2:31 - 2:33mas quando estivesse
me sentindo confiante, -
2:33 - 2:35diminuiria minha altura um grau
-
2:35 - 2:37só para dar alguma chance à competição.
-
2:37 - 2:40(Risos) (Aplausos)
-
2:40 - 2:43Os pés estreitos e cunhados
me permitiram escalar -
2:43 - 2:45fissuras íngremes da rocha
-
2:45 - 2:47onde os pés humanos não podem penetrar,
-
2:47 - 2:50e os pés pontudos me permitiram escalar
-
2:50 - 2:52paredes verticais de gelo
-
2:52 - 2:55Sem sentir fadiga no músculo da perna.
-
2:55 - 2:58Através da inovação tecnológica,
-
2:58 - 3:01retornei para meu esporte
mais forte e melhor. -
3:01 - 3:03A tecnologia havia
eliminado minha deficiência -
3:03 - 3:06e me permitido
uma nova proeza na escalada. -
3:06 - 3:07Como jovem, imaginei o mundo futuro
-
3:07 - 3:09onde tanto avanço tecnológico
-
3:09 - 3:11pudesse livrar o mundo da deficiência,
-
3:11 - 3:13um mundo onde
implantes neurais permitiriam -
3:13 - 3:15ao cego enxergar,
-
3:15 - 3:18um mundo no qual o
paralítico pudesse andar -
3:18 - 3:20através dos exoesqueletos do corpo.
-
3:20 - 3:23Infelizmente, devido às
deficiências na tecnologia, -
3:23 - 3:25há excesso de deficientes no mundo.
-
3:25 - 3:28Este senhor não possui três membros.
-
3:28 - 3:30Como um testemunho à tecnologia atual,
-
3:30 - 3:32ele está fora da cadeira de rodas,
-
3:32 - 3:35mas precisamos fazer
um trabalho melhor na biônica, -
3:35 - 3:38para permitir um dia a reabilitação total
-
3:38 - 3:41para a pessoa com este nível de lesão.
-
3:41 - 3:44No MIT Media Lab, nós estabelecemos
-
3:44 - 3:46o Centro de Biônica Extrema.
-
3:46 - 3:47A missão do centro
-
3:47 - 3:50é avançar a ciência fundamental
-
3:50 - 3:52e a capacidade tecnológica que permitirá
-
3:52 - 3:56o reparo biomecatrônico
e regenerativo de seres humanos -
3:56 - 3:58através de uma larga escala
-
3:58 - 4:02de deficiências cerebrais e corporais.
-
4:02 - 4:04Hoje, contarei a vocês
como minhas pernas funcionam, -
4:04 - 4:05como elas trabalham,
-
4:05 - 4:08como um caso no centro desta questão.
-
4:08 - 4:11Eu fiz questão de depilar
minhas pernas ontem à noite, -
4:11 - 4:13pois sabia que iria mostrá-las.
-
4:14 - 4:18A biônica implica na engenharia
de interfaces extremas. -
4:18 - 4:21Há três interfaces extremas
em meus membros biônicos: -
4:21 - 4:23mecânica, como os meus membros são ligados
-
4:23 - 4:25a meu corpo biológico;
-
4:25 - 4:28dinâmica, como se movem como carne e osso;
-
4:28 - 4:30e elétrica, como se comunicam
-
4:30 - 4:31com meu sistema nervoso.
-
4:31 - 4:34Vou começar com a interface mecânica.
-
4:34 - 4:37Na área do design,
nós ainda não entendemos -
4:37 - 4:41como anexar dispositivos
ao corpo mecanicamente. -
4:41 - 4:44É extraordinário para mim
que, hoje em dia, -
4:44 - 4:47uma das tecnologias mais antigas
-
4:47 - 4:49na cronologia humana, o sapato,
-
4:49 - 4:51ainda nos cause bolhas.
-
4:51 - 4:53Como pode?
-
4:53 - 4:56Não sabemos como anexar
coisas aos nossos corpos. -
4:56 - 4:59Este é o lindo trabalho de design lírico
-
4:59 - 5:02do Professor Neri Oxman, do MIT Media Lab,
-
5:02 - 5:05mostrando variações espaciais
de impedâncias exoesqueléticas -
5:05 - 5:07mostrado aqui como variação de cor
-
5:07 - 5:10neste modelo impresso em 3D.
-
5:10 - 5:12Imagine um futuro onde as roupas
-
5:12 - 5:14sejam duras e macias onde você precisa,
-
5:14 - 5:17e quando precisa, para um melhor
suporte e flexibilidade, -
5:17 - 5:20sem causar desconforto.
-
5:20 - 5:23Meus membros biônicos
são unidos ao corpo biológico -
5:23 - 5:26através de peles sintéticas,
-
5:26 - 5:28com variações de rigidez
-
5:28 - 5:32que imitam a biomecânica
por baixo do meu tecido. -
5:32 - 5:33Para conseguir essa imitação,
-
5:33 - 5:36primeiro desenvolvemos
um modelo matemático -
5:36 - 5:37do meu membro biológico.
-
5:37 - 5:40Para isso, usamos instrumentos de
visualização como a ressonância magnética -
5:40 - 5:42para ver dentro do meu corpo,
-
5:42 - 5:44para entender geometrias e posições
-
5:44 - 5:46de vários tecidos.
-
5:46 - 5:48Também utilizamos ferramentas robóticas.
-
5:48 - 5:50Aqui, um círculo de 14 acionadores
-
5:50 - 5:52que circunda o membro biológico.
-
5:53 - 5:56Os acionadores entram,
encontram a superfície do membro, -
5:56 - 5:57medem sua forma descarregada,
-
5:58 - 5:59e então eles pressionam os tecidos,
-
5:59 - 6:01medindo a conformidade do tecido
-
6:01 - 6:03em cada ponto anatômico.
-
6:03 - 6:06Combinamos dados
de visualização e robóticos -
6:06 - 6:07para criar uma descrição matemática
-
6:07 - 6:09do meu membro biológico, à esquerda.
-
6:09 - 6:11vocês veem um grupo de pontos ou nós.
-
6:11 - 6:15Em cada nó, uma cor mostra
a conformidade do tecido. -
6:15 - 6:17Assim nós fazemos uma
transformação matemática -
6:17 - 6:19ao desenho da pele sintética
-
6:19 - 6:20à direita,
-
6:20 - 6:22e descobrimos
-
6:22 - 6:26que, onde o corpo é rígido,
a pele sintética deve ser suave; -
6:26 - 6:29onde o corpo é suave,
a pele sintética é rígida; -
6:29 - 6:31e esse espelhamento ocorre
-
6:31 - 6:33por todas as conformidades do tecido.
-
6:33 - 6:34Com essa estrutura,
-
6:34 - 6:36nós produzimos membros biônicos
-
6:36 - 6:39que são os membros
mais confortáveis que já usei. -
6:39 - 6:41Claramente, no futuro,
-
6:41 - 6:44nossas roupas, sapatos, aparelhos,
-
6:44 - 6:46nossas próteses não serão mais projetados
-
6:46 - 6:49e fabricados através de
estratégias artesanais, -
6:49 - 6:52e sim estruturas quantitativas
baseadas em dados. -
6:52 - 6:54No futuro, nossos sapatos
-
6:54 - 6:57Não causarão mais bolhas.
-
6:57 - 7:00Também estamos inserindo
materiais inteligentes e de detecção -
7:00 - 7:02nas peles sintéticas.
-
7:02 - 7:03Este é um material
-
7:03 - 7:06desenvolvido pela
SRI International, Califórnia. -
7:06 - 7:09Sob o efeito eletrostático,
muda a rigidez. -
7:09 - 7:13Assim, com a voltagem zero,
o material é complacente. -
7:13 - 7:15É flexível como papel.
-
7:15 - 7:17Uma vez acionado o botão,
uma voltagem é aplicada, -
7:17 - 7:20e torna-se rígido como uma tábua.
-
7:22 - 7:24Nós incorporamos este material
sob a pele sintética -
7:24 - 7:27que une meu membro biônico
ao meu corpo biológico. -
7:27 - 7:29Quando eu ando aqui,
-
7:29 - 7:30não há voltagem.
-
7:30 - 7:33Minha interface é macia e complacente.
-
7:33 - 7:36Acionando o botão, aplica-se
a voltagem, e ele se firma, -
7:36 - 7:39dando-me maior manobrabilidade
do membro biônico. -
7:39 - 7:41Também estamos construindo exoesqueletos.
-
7:41 - 7:44Este exoesqueleto torna-se rígido e suave
-
7:44 - 7:46nas áreas certas do ciclo de corrida
-
7:46 - 7:48para proteger as juntas biológicas
-
7:48 - 7:51de altos impactos e degradação.
-
7:51 - 7:54No futuro, todos usaremos exoesqueletos
-
7:54 - 7:56em atividades comuns
como, por exemplo, correr. -
7:57 - 7:59Uma interface dinâmica.
-
7:59 - 8:02Como meus membros biônicos
se movem como carne e osso? -
8:02 - 8:04Em meu laboratório do MIT,
estudamos como humanos -
8:04 - 8:07com fisiologias normais,
ficam de pé, andam e correm. -
8:07 - 8:09O que os músculos estão fazendo
-
8:09 - 8:12e como são controlados
pela medula espinhal. -
8:12 - 8:14Essa ciência básica
é que gera o que construímos. -
8:14 - 8:17Construímos tornozelos,
joelhos e quadris biônicos. -
8:17 - 8:20Construímos as partes
do corpo de baixo para cima. -
8:20 - 8:23Os membros biônicos que
estou usando são chamados BiOMs. -
8:23 - 8:27Eles foram adaptados
a quase mil pacientes, -
8:27 - 8:30400 dos quais foram para
soldados feridos dos Estados Unidos. -
8:30 - 8:33Como funciona? No apoio do calcanhar,
sob controle do computador, -
8:33 - 8:35o sistema controla a rigidez
-
8:35 - 8:38para atenuar o impacto
do membro ao tocar o chão. -
8:38 - 8:41Assim, na postura,
os membros biônicos emitem -
8:41 - 8:43alto esforço de rotação
para levantar a pessoa -
8:43 - 8:45para dar o passo,
-
8:45 - 8:49comparável a como os músculos
trabalham na região da panturrilha. -
8:49 - 8:51Esta propulsão biônica é muito importante
-
8:51 - 8:53clinicamente para os pacientes.
-
8:53 - 8:55À esquerda, um dispositivo
-
8:55 - 8:56usado por uma senhora.
-
8:56 - 8:59À direita, um dispositivo passivo
usado pela mesma senhora, -
8:59 - 9:02e não consegue simular
a função normal do músculo, -
9:02 - 9:04permitindo-lhe fazer algo
-
9:04 - 9:06que todos deveriam ser capazes de fazer,
-
9:06 - 9:08subir e descer os degraus de casa.
-
9:08 - 9:11A biônica permite feitos
atléticos extraordinários. -
9:11 - 9:15Aqui está um senhor correndo
por um caminho rochoso. -
9:16 - 9:19Este é Steve Martin, não o comediante,
-
9:19 - 9:22que perdeu as pernas
numa explosão no Afeganistão. -
9:22 - 9:25Também estamos construindo
estruturas de exoesqueletos, -
9:25 - 9:27utilizando estes mesmos princípios,
-
9:27 - 9:30que envolvem os membros biológicos.
-
9:30 - 9:33Este senhor não possui
-
9:33 - 9:36nada nas pernas, nenhuma deficiência
-
9:36 - 9:38Ele possui uma fisiologia normal.
-
9:38 - 9:40Então, estes exoesqueletos estão agindo
-
9:40 - 9:43nos músculos como força de rotação.
-
9:43 - 9:45Assim, seus próprios
músculos não necessitam -
9:45 - 9:47daqueles movimentos de força de rotação.
-
9:47 - 9:50Este é o primeiro exoesqueleto na história
-
9:50 - 9:53que realmente reforça o andar humano.
-
9:53 - 9:55Reduz significativamente
o custo metabólico. -
9:55 - 9:58Seu esforço é tão profundo
-
9:58 - 10:01que quando uma pessoa normal, saudável,
-
10:01 - 10:03usa-o por 40 minutos e depois o retira,
-
10:03 - 10:05suas próprias pernas biológicas
-
10:05 - 10:07parecem pesadas e desajeitadas.
-
10:08 - 10:10Estamos iniciando a era na qual
-
10:10 - 10:12máquinas anexadas ao corpo
-
10:12 - 10:14nos tornarão mais fortes e rápidos
-
10:14 - 10:16e mais eficientes.
-
10:16 - 10:18Prosseguindo para a interface elétrica,
-
10:18 - 10:21como os membros biônicos se comunicam
com meu sistema nervoso? -
10:21 - 10:23Pelo meu membro residual há eletrodos
-
10:23 - 10:25que medem o pulso elétrico
dos meus músculos, -
10:25 - 10:27que se comunicam
com meu membro biônico. -
10:27 - 10:30Assim, quando eu penso
em mover meu membro fantasma, -
10:30 - 10:34o robô segue a pista dos
desejos de movimento. -
10:34 - 10:36Este diagrama mostra fundamentalmente
-
10:36 - 10:39como o membro biônico é controlado.
-
10:39 - 10:41Assim, modelamos o
membro biológico ausente, -
10:41 - 10:44e descobrimos quais reflexos ocorreram,
-
10:44 - 10:46como os reflexos da medula espinhal
-
10:46 - 10:47estão controlando os músculos,
-
10:47 - 10:50e essa capacidade está inserida
-
10:50 - 10:53nos chips do membro biônico.
-
10:53 - 10:55O que fizemos foi que nós modulamos
-
10:55 - 10:57a sensibilidade do reflexo,
-
10:57 - 10:59o reflexo espinhal modelado,
-
10:59 - 11:00com o sinal neural.
-
11:00 - 11:04Assim, quando relaxo os músculos
do membro residual, -
11:04 - 11:06fico com pouco
esforço de rotação e potência, -
11:06 - 11:08mas quanto mais eu ativo meus músculos
-
11:08 - 11:11maior esforço de rotação eu consigo,
-
11:11 - 11:12e posso até correr.
-
11:12 - 11:13E esta foi a primeira demonstração
-
11:13 - 11:16de uma marcha de corrida
sob comando neural. -
11:16 - 11:18Sensação ótima.
-
11:18 - 11:20(Aplausos)
-
11:24 - 11:26Queremos ir um passo adiante.
-
11:26 - 11:29Queremos fechar o ciclo
-
11:29 - 11:32entre o membro humano
e o membro biônico externo. -
11:32 - 11:35Estamos realizando experimentos
em que cultivamos nervos, -
11:35 - 11:36nervos atravessados,
-
11:36 - 11:38por canais, ou raios de microcanais.
-
11:38 - 11:40Pelo outro lado do canal,
-
11:40 - 11:42o nervo então se anexa às células,
-
11:42 - 11:45células da pele e musculares.
-
11:45 - 11:48Nos canais motores, podemos sentir
-
11:48 - 11:50como a pessoa deseja se movimentar.
-
11:50 - 11:53E pode ser enviado via wireless
ao membro biônico, -
11:53 - 11:55então, sensores no membro biônico
-
11:55 - 11:57podem ser convertidos a estímulos
-
11:57 - 12:00em canais adjacentes, canais sensoriais.
-
12:00 - 12:02Quando isso estiver
completamente desenvolvido -
12:02 - 12:04para utilização humana,
-
12:04 - 12:07pessoas como eu terão não somente
-
12:07 - 12:10membros sintéticos que
se movimentam como carne e osso, -
12:10 - 12:14mas que, na verdade,
dão a sensação de carne e osso. -
12:14 - 12:16Este vídeo mostra Lisa Mallette,
-
12:16 - 12:20pouco após usar dois membros biônicos.
-
12:20 - 12:22Realmente a biônica está fazendo
-
12:22 - 12:24uma profunda diferença
na vida das pessoas. -
12:24 - 12:26(Video) Lisa Mallette: Meu Deus.
-
12:28 - 12:31Meu Deus. Não acredito.
-
12:32 - 12:35É como se eu tivesse uma perna de verdade.
-
12:37 - 12:39Não comece a correr.
-
12:39 - 12:42Homem: Agora vire-se
e faça a mesma coisa subindo. -
12:42 - 12:44Suba, do calcanhar ao dedão,
-
12:44 - 12:45como você caminharia no plano.
-
12:45 - 12:48Tente subir a rampa.
-
12:49 - 12:52LM: Meu Deus.
-
12:52 - 12:53Homem: Está empurrando-a para cima?
-
12:53 - 12:58LM: Sim! Não estou nem...
Não consigo descrever. -
12:58 - 13:00Homem: Está empurrando-a para cima.
-
13:01 - 13:03Hugh Herr: Semana que vem,
vou visitar os centros... -
13:03 - 13:05(Aplausos) Obrigado, obrigado.
-
13:08 - 13:10Obrigado. Semana que vem, vou visitar
-
13:10 - 13:13o Centro de Serviços
de Assistência Médica, -
13:13 - 13:15e tentarei convencê-los
-
13:15 - 13:18a ceder preço e código
de linguagem apropriados -
13:18 - 13:20para que esta tecnologia
possa ser disponibilizada -
13:20 - 13:23aos pacientes que necessitarem dela.
-
13:23 - 13:26Obrigado. (Aplausos)
-
13:28 - 13:30Não é muito reconhecido,
mas mais da metade -
13:30 - 13:32da população mundial
-
13:32 - 13:34sofre de alguma forma
de condição cognitiva -
13:34 - 13:36emocional, sensorial ou motora,
-
13:36 - 13:38e, devido à tecnologia precária,
-
13:38 - 13:41muitas vezes, estas condições
tornam-se deficiências -
13:41 - 13:43e uma qualidade de vida pior.
-
13:43 - 13:46Níveis básicos de funções fisiológicas
-
13:46 - 13:48deveriam ser parte
de nossos direitos humanos. -
13:48 - 13:50Toda pessoa deveria ter o direito
-
13:50 - 13:52de viver sem deficiência,
-
13:52 - 13:54se eles assim quiserem;
-
13:54 - 13:56o direito de viver sem depressões;
-
13:56 - 13:58o direito de ver a pessoa amada,
-
13:58 - 14:00no caso da visão debilitada,
-
14:00 - 14:02ou o direito de andar ou dançar,
-
14:02 - 14:04no caso de membros paralíticos
-
14:04 - 14:06ou membros amputados.
-
14:06 - 14:09Como sociedade, podemos
conquistar estes direitos, -
14:09 - 14:12se aceitarmos a proposição
-
14:12 - 14:15de que humanos não são deficientes.
-
14:15 - 14:19Uma pessoa nunca pode estar quebrada.
-
14:19 - 14:22Nossos ambientes artificiais,
nossas tecnologias, -
14:22 - 14:23são quebrados e incapazes.
-
14:23 - 14:26Nós não precisamos
aceitar nossas limitações, -
14:26 - 14:29e podemos transcender nossa deficiência
-
14:29 - 14:31através da inovação tecnológica.
-
14:31 - 14:32Através de avanços fundamentais
-
14:32 - 14:35na biônica neste século,
-
14:35 - 14:37iremos construir a base tecnológica
-
14:37 - 14:39para uma experiência humana melhor,
-
14:39 - 14:41e acabaremos com a deficiência.
-
14:41 - 14:44Eu gostaria de terminar
com mais uma história, -
14:44 - 14:46uma linda história,
-
14:46 - 14:48a história de Adrianne Haslet-Davis.
-
14:48 - 14:50Adrianne perdeu sua perna esquerda
-
14:50 - 14:53no ataque terrorista em Boston.
-
14:53 - 14:55Eu conheci Adrianne
quando esta foto foi tirada, -
14:55 - 14:57no Hospital Spaulding de Reabilitação.
-
14:57 - 15:00Adrianne é uma dançarina de salão.
-
15:00 - 15:02Adrianne respira e vive a dança.
-
15:02 - 15:05É como ela se expressa.
É sua forma de arte. -
15:05 - 15:07Naturalmente, quando ela perdeu seu membro
-
15:07 - 15:09no ataque terrorista em Boston,
-
15:09 - 15:12ela queria voltar à pista de dança.
-
15:12 - 15:14Após conhecê-la e levá-la para casa,
-
15:14 - 15:17eu pensei: "Sou um professor do MIT.
-
15:17 - 15:20Tenho recursos, vamos construir
um membro biônico para ela, -
15:20 - 15:23para capacitá-la a voltar
para sua vida na dança". -
15:23 - 15:26Eu trouxe cientistas do MIT especialistas
-
15:26 - 15:30em próteses, robótica, aprendizagem
de máquina e biomecânica, -
15:30 - 15:32e durante 200 dias de pesquisa,
-
15:32 - 15:33nós estudamos a dança.
-
15:33 - 15:37Trouxemos dançarinos
com membros biológicos -
15:37 - 15:40e estudamos como eles se movimentam,
-
15:40 - 15:43quais forças eles aplicam
na pista de dança. -
15:43 - 15:45Pegamos esses dados
-
15:45 - 15:48e estudamos os princípios
fundamentais da dança, -
15:48 - 15:51capacidade reflexiva da dança,
-
15:51 - 15:52e incluímos essa inteligência
-
15:52 - 15:54ao membro biônico.
-
15:54 - 15:56A biônica não se trata só
de tornar as pessoas -
15:56 - 15:58mais fortes e rápidas.
-
15:58 - 16:00Nossa expressão e nossa humanidade
-
16:00 - 16:04podem ser incorporadas à eletromecânica.
-
16:04 - 16:06Foram 3,5 segundos
-
16:06 - 16:08entre as explosões
-
16:08 - 16:10no ataque terrorista de Boston.
-
16:10 - 16:13Em 3,5 segundos, os criminosos e covardes
-
16:13 - 16:16tiraram Adrianne da pista de dança.
-
16:16 - 16:18Em 200 dias, nós a colocamos de volta.
-
16:18 - 16:21Não seremos intimidados, abatidos,
-
16:21 - 16:23diminuídos, vencidos ou impedidos
-
16:23 - 16:25por atos de violência.
-
16:25 - 16:30(Aplausos)
-
16:33 - 16:35Senhoras e senhores,
permitam-me apresentar -
16:35 - 16:37Adrianne Haslet-Davis,
-
16:37 - 16:40em sua primeira
apresentação desde o ataque. -
16:40 - 16:42Ela vai dançar com Christian Lightner.
-
16:42 - 16:46(Aplausos)
-
16:46 - 16:50(Música: "Ring My Bell",
por Henrique Iglesias) -
16:50 - 16:54(Aplausos)
-
18:10 - 18:11Senhoras e senhores,
-
18:11 - 18:13membros do time de pesquisa:
-
18:13 - 18:18Elliott Rouse e Nathan Villagaray-Carski.
-
18:18 - 18:20Elliott e Nathan.
-
18:20 - 18:24(Aplausos)
- Title:
- A nova biônica que nos permite correr, escalar e dançar
- Speaker:
- Hugh Herr
- Description:
-
Hugh Herr está construindo a próxima geração de membros biônicos, próteses robóticas inspiradas nos designs da própria natureza. Herr perdeu ambas as pernas em um acidente há 30 anos, quando escalava; agora, como chefe do grupo de Biomecatrônica do MIT Media Lab, mostra sua incrível tecnologia em uma palestra tanto técnica como profundamente pessoal — com a ajuda da dançarina de salão Adrianne Haslet-Davis, que perdeu sua perna esquerda no bombardeio da Maratona de Boston de 2013, e se apresenta novamente pela primeira vez no palco do TED.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 19:00
Leonardo Silva approved Portuguese, Brazilian subtitles for The new bionics that let us run, climb and dance | ||
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Gustavo Rocha edited Portuguese, Brazilian subtitles for The new bionics that let us run, climb and dance | ||
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