Vamos encarar a violência como uma doença contagiosa
-
0:00 - 0:06Eu sou um médico com experiência
em doenças infecciosas, -
0:06 - 0:08e seguindo meu treinamento,
-
0:08 - 0:11eu me mudei para a Somália,
-
0:11 - 0:13saindo de São Francisco.
-
0:13 - 0:15E meu cartão de despedida
-
0:15 - 0:16do chefe de doenças contagiosas
-
0:16 - 0:18no Hospital Geral de São Francisco foi:
-
0:18 - 0:22"Gary, esse é o maior erro
que você vai cometer." -
0:22 - 0:26Mas eu cheguei numa situação de refugiados
-
0:26 - 0:30que tinha um milhão de refugiados
em 40 acampamentos, -
0:30 - 0:33e éramos seis médicos.
-
0:33 - 0:35Havia muitas epidemias lá.
-
0:35 - 0:38Minhas responsabilidades eram
basicamente relacionadas com -
0:38 - 0:39tuberculose,
-
0:39 - 0:43e então fomos atingidos
por uma epidemia de cólera. -
0:43 - 0:45E inibir a disseminação da tuberculose
-
0:45 - 0:47e a disseminação da cólera
-
0:47 - 0:53era minha responsabilidade.
-
0:53 - 0:55E para realizar esse trabalho, nós, claro,
-
0:55 - 0:58por causa da limitação
com funcionários da saúde, -
0:58 - 1:02tivemos que recrutar refugiados
para serem uma nova categoria -
1:02 - 1:05de funcionários da saúde especializados.
-
1:05 - 1:08Depois de três anos de trabalho na Somália,
-
1:08 - 1:10eu fui escolhido pela
Organização Mundial da Saúde, -
1:10 - 1:13e fui incumbido da epidemia de AIDS.
-
1:13 - 1:16Minha responsabilidade primária era Uganda,
-
1:16 - 1:19mas eu também trabalhei em Ruanda e Burundi,
-
1:19 - 1:22no Zaire, atual Congo,
-
1:22 - 1:26na Tanzânia, Malawi
e diversos outros países. -
1:26 - 1:28E minha última tarefa lá
foi administrar uma unidade -
1:28 - 1:30chamada de desenvolvimento de intervenção,
-
1:30 - 1:34que era responsável
por projetar intervenções. -
1:34 - 1:37Depois de 10 anos
de trabalho no estrangeiro, -
1:37 - 1:39eu estava exausto.
-
1:39 - 1:41Eu tinha realmente muito pouca coisa.
-
1:41 - 1:45Eu tinha viajado de um país a outro.
-
1:45 - 1:49Eu me sentia emocionalmente muito isolado.
-
1:49 - 1:51Eu queria vir para casa.
-
1:51 - 1:53Eu tinha visto muita morte,
-
1:53 - 1:56morte epidêmica em particular,
-
1:56 - 1:59e morte epidêmica dá uma sensação diferente.
-
1:59 - 2:02É cheia de pânico e medo,
-
2:02 - 2:06e eu ouvia as mulheres
se lamentando e chorando -
2:06 - 2:09no deserto.
-
2:09 - 2:11E eu queria vir para casa e dar um tempo
-
2:11 - 2:14e talvez começar de novo.
-
2:14 - 2:17Eu não sabia de nenhum problema epidêmico
-
2:17 - 2:18na América.
-
2:18 - 2:22De fato, eu não sabia
de qualquer problema na América. -
2:22 - 2:24De fato -- sério.
-
2:24 - 2:27E, de fato, eu visitava amigo meus,
-
2:27 - 2:30e eu notei que eles tinham água
-
2:30 - 2:32que chegava direto em suas casas.
-
2:32 - 2:34Quantos de vocês têm uma situação parecida?
-
2:34 - 2:35(Risos)
-
2:35 - 2:37E alguns deles, muitos deles na verdade,
-
2:37 - 2:40tinham água que chegava em mais de um cômodo.
-
2:40 - 2:43E eu notei que eles mexiam
-
2:43 - 2:45esse pequeno dispositivo termorregulador
-
2:45 - 2:47para mudar a temperatura em suas casas
-
2:47 - 2:50em um grau ou dois graus.
-
2:50 - 2:52E agora eu faço isso.
-
2:52 - 2:56E eu não sabia o que faria,
-
2:56 - 2:58mas amigos meus começaram a me contar
-
2:58 - 3:02de crianças que atiravam
em outras crianças com armas. -
3:02 - 3:04E eu fiz a pergunta:
-
3:04 - 3:06"O que vocês está fazendo a respeito?
-
3:06 - 3:08O que vocês na América
estão fazendo a respeito?" -
3:08 - 3:11E havia essencialmente duas explicações
-
3:11 - 3:13ou ideias que eram predominantes.
-
3:13 - 3:15E uma era punição.
-
3:15 - 3:17E dessa eu já tinha ouvido antes.
-
3:17 - 3:20Nós que trabalhamos com comportamento
-
3:20 - 3:23sabíamos que punição
era algo que era discutido, -
3:23 - 3:26mas também que era algo supervalorizado.
-
3:26 - 3:28Não era o principal fator
para o comportamento, -
3:28 - 3:32nem era o principal fator
para mudança do comportamento. -
3:32 - 3:34E além disso, aquilo me lembrava
-
3:34 - 3:37de epidemias antigas
-
3:37 - 3:40que eram completamente
mal compreendidas antigamente, -
3:40 - 3:42porque a ciência não estava lá antes,
-
3:42 - 3:45epidemias de peste,
-
3:45 - 3:48ou tifo, ou lepra,
-
3:48 - 3:50quando as ideias predominantes
eram que elas eram -
3:50 - 3:54pessoas más, ou tinham mau humor
ou ar era ruim, -
3:54 - 3:57e viúvas eram arrastadas
pelos fossos, -
3:57 - 4:00e calabouços eram parte da solução.
-
4:00 - 4:02A outra explicação ou, de certa maneira,
-
4:02 - 4:04a solução sugerida,
-
4:04 - 4:07é "por favor resolva todas essas coisas:
-
4:07 - 4:10as escolas, a comunidade,
as casas, as famílias, -
4:10 - 4:12tudo."
-
4:12 - 4:14E eu já tinha ouvido essa antes também.
-
4:14 - 4:17Eu a chamava de teoria do "tudo",
-
4:17 - 4:19ou TNT: Tudo Na Terra.
-
4:19 - 4:21Mas também tínhamos percebido,
-
4:21 - 4:24tratando outros processos e problemas
-
4:24 - 4:27que às vezes não é preciso tratar tudo.
-
4:27 - 4:30E assim a sensação que eu tinha
-
4:30 - 4:32era que havia uma lacuna gigante aqui.
-
4:32 - 4:35O problema da violência estava parado,
-
4:35 - 4:37e esse tem sido o caso historicamente
-
4:37 - 4:38em muitos outros problemas.
-
4:38 - 4:40Doenças de diarreia estavam paradas.
-
4:40 - 4:41A malária estava parada.
-
4:41 - 4:44Frequentemente, uma estratégia
tem que ser repensada. -
4:44 - 4:47Não que eu tivesse
qualquer ideia de como seria, -
4:47 - 4:50mas havia uma sensação
de que teríamos que fazer -
4:50 - 4:53algo com novas categorias de funcionários
-
4:53 - 4:55e algo relacionado
à mudança de comportamento -
4:55 - 4:59e algo a respeito da educação pública.
-
4:59 - 5:01Mas eu comecei a fazer perguntas
-
5:01 - 5:04e buscar fora das coisas normais
-
5:04 - 5:06que eu estava explorando antes,
-
5:06 - 5:07como, como são os mapas?
-
5:07 - 5:09Como estão os gráficos?
-
5:09 - 5:11Como estão os dados?
-
5:11 - 5:13E os mapas da violência,
-
5:13 - 5:15na maioria das cidades dos EUA,
-
5:15 - 5:17eram assim.
-
5:17 - 5:19Havia um agrupamento.
-
5:19 - 5:22Isso me lembrava de um agrupamento
que tínhamos visto também -
5:22 - 5:24em epidemias infecciosas,
-
5:24 - 5:26como, por exemplo, a cólera.
-
5:26 - 5:28E então analisamos os mapas,
-
5:28 - 5:31e os mapas mostravam
um formato típico de onda -
5:31 - 5:33sobre onde sobre onda,
-
5:33 - 5:34porque todas as epidemias
-
5:34 - 5:37são combinações de muitas epidemias.
-
5:37 - 5:40E também se pareciam
com epidemias infecciosas. -
5:40 - 5:41E então fizemos a pergunta:
-
5:41 - 5:45"Bem, o que realmente prevê
um caso de violência?" -
5:45 - 5:47E parece que o maior indicador
-
5:47 - 5:50de casos de violência
é um caso precedente de violência. -
5:50 - 5:54O que também soa como,
se há um caso de gripe, -
5:54 - 5:56alguém passou para alguém
um caso de gripe, ou um resfriado, -
5:56 - 5:59ou o maior fator de risco da tuberculose
-
5:59 - 6:02é ter sido exposto à tuberculose.
-
6:02 - 6:05E assim vemos que
a violência está, de certo modo, -
6:05 - 6:08se comportando como uma doença contagiosa.
-
6:08 - 6:09Sabemos disso de várias formas,
-
6:09 - 6:11mesmo em nossas experiências comuns
-
6:11 - 6:13ou nossas histórias nos jornais
-
6:13 - 6:16da disseminação de violência de lutas
-
6:16 - 6:20ou numa guerra de gangues
ou em guerras civis -
6:20 - 6:22ou mesmo em genocídios.
-
6:22 - 6:25Mas há boas notícias sobre isso,
-
6:25 - 6:27porque há um jeito de reverter uma epidemia,
-
6:27 - 6:29e há somente três coisas que são feitas
-
6:29 - 6:31para reverter uma epidemia,
-
6:31 - 6:34e a primeira delas
é interromper a transmissão. -
6:34 - 6:36Para interromper a transmissão,
-
6:36 - 6:39é preciso detectar
e encontrar os primeiros casos. -
6:39 - 6:42Em outras palavras, para tuberculose,
precisamos encontrar alguém -
6:42 - 6:46que tenha tuberculose ativa,
que esteja infectando outras pessoas. -
6:46 - 6:47Faz sentido?
-
6:47 - 6:49E há funcionários especiais para isso.
-
6:49 - 6:51Para esse problema específico,
-
6:51 - 6:53nós projetamos uma nova
categoria de funcionário -
6:53 - 6:55que, como um funcionário SARS,
-
6:55 - 6:57ou alguém procurando gripe aviária,
-
6:57 - 6:58pode encontrar os primeiros casos.
-
6:58 - 7:01Neste caso, é alguém que está muito bravo
-
7:01 - 7:02porque alguém olhou para sua namorada
-
7:02 - 7:04ou deve dinheiro a ele,
-
7:04 - 7:07e dá para encontrar
funcionários e treiná-los -
7:07 - 7:10nessas categorias especializadas.
-
7:10 - 7:11E a segunda coisa a se fazer, é claro,
-
7:11 - 7:13é prevenir maior disseminação,
-
7:13 - 7:16isso significa encontrar
quem mais tenha sido exposto, -
7:16 - 7:19mas podem não estar
disseminando tanto agora, -
7:19 - 7:21como alguém com
um caso menor de tuberculose, -
7:21 - 7:24ou alguém que só esteja
passando pela vizinhança, -
7:24 - 7:26mas no mesmo grupo,
-
7:26 - 7:28e eles precisam ser, de certo modo,
-
7:28 - 7:30tratados também,
-
7:30 - 7:33particularmente quanto ao processo patológico.
-
7:33 - 7:36E então a terceira parte,
a mudança das normas, -
7:36 - 7:39e isso significa um tanto
de atividades comunitárias, -
7:39 - 7:42remodelagem, educação pública,
-
7:42 - 7:44e daí teremos o que podemos chamar
-
7:44 - 7:45de imunidade de grupo.
-
7:45 - 7:47E foi por meio dessa combinação de fatores
-
7:47 - 7:49que a epidemia de AIDS em Uganda
-
7:49 - 7:52foi revertida com muito sucesso.
-
7:52 - 7:54E o que decidimos fazer no ano 2000
-
7:54 - 7:56foi meio que juntar tudo, de certo modo,
-
7:56 - 7:59contratando novas
categorias de funcionários, -
7:59 - 8:01a primeira sendo interruptores de violência.
-
8:01 - 8:04E assim colocamos tudo isso em prática
-
8:04 - 8:06em uma vizinhança
-
8:06 - 8:08que era o pior distrito policial
-
8:08 - 8:10dos Estados Unidos, na época.
-
8:10 - 8:13Interruptores de violência
contratados do mesmo grupo, -
8:13 - 8:16credibilidade, confiança, acesso,
-
8:16 - 8:18exatamente como os funcionários
da saúde na Somália, -
8:18 - 8:20mas projetados para uma categoria diferente,
-
8:20 - 8:22e treinados em persuasão,
-
8:22 - 8:26acalmando as pessoas,
ganhando tempo, reformulando. -
8:26 - 8:28E outra categoria de funcionários,
-
8:28 - 8:31agentes comunitários, para manter as pessoas
-
8:31 - 8:34de certo modo numa terapia
de 6 a 24 meses. -
8:34 - 8:38Como tuberculose, mas o assunto
é mudança do comportamento. -
8:38 - 8:40E um monte de atividades comunitárias
-
8:40 - 8:41para mudar as normas.
-
8:41 - 8:44Nosso primeiro experimento disso
-
8:44 - 8:46resultou numa queda de 67%
-
8:46 - 8:48em tiroteios e mortes
-
8:48 - 8:50na vizinhança de West Garfield em Chicago.
-
8:50 - 8:52(Aplausos)
-
8:52 - 8:54E foi uma coisa muito bonita
-
8:54 - 8:55para a própria vizinhança,
-
8:55 - 8:58primeiro 50 ou 60 dias, depois 90 dias,
-
8:58 - 9:00e daí houve infelizmente outro tiroteio
-
9:00 - 9:02em outros 90 dias,
-
9:02 - 9:04e as mães estavam passeando de tarde.
-
9:04 - 9:06Estavam usando parques
que não usavam antes. -
9:06 - 9:08O sol aparecia. Todos estavam felizes.
-
9:08 - 9:12Mas é claro, o financiador disse,
"Espere um pouco, -
9:12 - 9:13faça de novo."
-
9:13 - 9:16E assim, felizmente tivemos que repetir,
-
9:16 - 9:19conseguir financiamento
para repetir essa experiência, -
9:19 - 9:21e essa é uma das próximas quatro vizinhanças
-
9:21 - 9:24que tiveram uma queda
de 45% em tiroteios e mortes. -
9:24 - 9:27E desde essa época, isso foi repetido
-
9:27 - 9:2920 vezes.
-
9:29 - 9:31Houve avaliações independentes,
-
9:31 - 9:33apoiadas pelo Departamento de Justiça
-
9:33 - 9:35e pelo CDC, e feitas pela Johns Hopkins,
-
9:35 - 9:39que mostraram reduções de 30 a 50%
-
9:39 - 9:41e de 40 a 70% em tiroteios e mortes
-
9:41 - 9:43usando esse novo método.
-
9:43 - 9:45De fato, houve três avaliações
-
9:45 - 9:47independentes desse tipo até agora.
-
9:47 - 9:49Agora temos bastante atenção
como resultado disso, -
9:49 - 9:51inclusive aparecer na
-
9:51 - 9:55história de capa da revista do
The New York Times de domingo. -
9:55 - 9:58O The Economist, em 2009,
-
9:58 - 10:00disse que isso era "a abordagem
que vai chegar ao destaque." -
10:00 - 10:02E até um filme foi feito
sobre nosso trabalho. -
10:02 - 10:04[The Interrupters]
-
10:04 - 10:06Entretanto, não tão rápido,
-
10:06 - 10:08porque muitas pessoas não concordaram
-
10:08 - 10:10com essa maneira de lidar com isso.
-
10:10 - 10:12Recebemos muitas críticas,
-
10:12 - 10:14muito oposição,
-
10:14 - 10:15e muitos oponentes.
-
10:15 - 10:18Em outras palavras: "O que querem dizer
com problema de saúde? -
10:18 - 10:21O que querem dizer com epidemia?
-
10:21 - 10:24O que querem dizer com nenhum bandido?"
-
10:24 - 10:26E há indústrias inteiras projetadas
-
10:26 - 10:29para lidar com bandidos.
-
10:29 - 10:32"O que querem dizer com contratar gente
-
10:32 - 10:34que têm conhecimento?"
-
10:34 - 10:38Meus amigos de negócios disseram,
-
10:38 - 10:42"Gary, você está sendo
tremendamente criticado. -
10:42 - 10:44Você deve estar fazendo
alguma coisa certa." -
10:44 - 10:46(Risos)
-
10:46 - 10:49Meu amigos músicos
adicionaram a palavra "cara". -
10:49 - 10:53Afinal, além disso,
-
10:53 - 10:54ainda havia esse problema,
-
10:54 - 10:57e estávamos sendo
altamente criticados também -
10:57 - 11:01por não lidar com todos
esses outros problemas. -
11:01 - 11:04Ainda assim, conseguimos controlar a malária
-
11:04 - 11:07e reduzir o HIV e reduzir
doenças de diarreia -
11:07 - 11:08em lugares com economias terríveis,
-
11:08 - 11:10sem melhorar a economia.
-
11:10 - 11:13Então o que realmente aconteceu foi,
-
11:13 - 11:15apesar de ainda haver alguma oposição,
-
11:15 - 11:17que o movimento claramente está avançando.
-
11:17 - 11:19Muitas das principais cidades nos EUA,
-
11:19 - 11:21incluindo Nova Iorque e Baltimore
-
11:21 - 11:23e a Cidade do Kansas,
-
11:23 - 11:25seus departamentos de saúde
estão cuidando disso agora. -
11:25 - 11:27Em Chicago e Nova Orleans,
os departamentos de saúde -
11:27 - 11:30estão desempenhando
um papel importante nisso. -
11:30 - 11:33Está sendo melhor aceito
pelas autoridades legais -
11:33 - 11:35do que estava sendo há alguns anos.
-
11:35 - 11:37Centros de trauma e hospitais
-
11:37 - 11:39estão fazendo sua parte para reforçar.
-
11:39 - 11:41E a Conferência dos Prefeitos dos EUA
-
11:41 - 11:43endossou não somente a abordagem
-
11:43 - 11:46mas o modelo específico.
-
11:46 - 11:49Onde realmente foi adotado
ainda mais rápido -
11:49 - 11:51foi no ambiente internacional,
-
11:51 - 11:53onde há uma queda de 55%
-
11:53 - 11:55na primeira vizinhança em Porto Rico,
-
11:55 - 11:58onde interrupções acabaram
de começar em Honduras, -
11:58 - 12:01onde a estratégia foi aplicada no Quênia
-
12:01 - 12:04para as eleições recentes,
-
12:04 - 12:07e onde houve 500 interrupções no Iraque.
-
12:07 - 12:10A violência está respondendo
como uma doença, -
12:10 - 12:12até mesmo se comporta como uma doença.
-
12:12 - 12:14Então a teoria, de certo modo,
-
12:14 - 12:19está meio que sendo
validada pelo tratamento. -
12:19 - 12:22E, recentemente, o Instituto de Medicina
-
12:22 - 12:24publicou um relatório de workshop
-
12:24 - 12:26que passava por alguns dos dados,
-
12:26 - 12:27incluindo a neurociência,
-
12:27 - 12:31sobre como esse problema
é transmitido de verdade. -
12:31 - 12:34Então, acho que são boas notícias,
-
12:34 - 12:36porque nos dão uma oportunidade
-
12:36 - 12:38de sair do período medieval,
-
12:38 - 12:41que é onde sinto que esse campo estava.
-
12:41 - 12:44Dão-nos uma oportunidade
de considerar a possibilidade -
12:44 - 12:47de substituir algumas dessas prisões
-
12:47 - 12:50por parquinhos ou parques,
-
12:50 - 12:53e de considerar a possibilidade
-
12:53 - 12:56de transformar nossas
vizinhanças em vizinhanças, -
12:56 - 13:00e de permitir que haja uma nova estratégia,
-
13:00 - 13:04um novo conjunto de métodos,
um novo conjunto de funcionários: -
13:04 - 13:07ciência de certo modo
substituindo a moralidade. -
13:07 - 13:09E se afastar das emoções
-
13:09 - 13:13é a parte mais importante da solução
-
13:13 - 13:17para a ciência, como uma parte
mais importante da solução. -
13:17 - 13:22Eu não tinha nenhuma intenção de criar isso.
-
13:22 - 13:24Foi uma questão de,
-
13:24 - 13:26eu queria mesmo dar um tempo,
-
13:26 - 13:30e analisamos mapas,
verificamos gráficos, -
13:30 - 13:32fizemos algumas perguntas
-
13:32 - 13:35e testamos algumas ferramentas
-
13:35 - 13:37que já tinham sido usadas várias vezes antes
-
13:37 - 13:39para outras coisas.
-
13:39 - 13:43Para mim, eu tentei me afastar
-
13:43 - 13:44das doenças infecciosas,
-
13:44 - 13:46e não consegui.
-
13:46 - 13:48Obrigado.
-
13:48 - 13:51(Aplausos)
- Title:
- Vamos encarar a violência como uma doença contagiosa
- Speaker:
- Gary Slutkin
- Description:
-
O médico Gary Slutkin passou uma década lutando contra epidemias de tuberculose, cólera e AIDS na África. Quando voltou aos Estados Unidos, ele achou que tinha escapado das mortes epidêmicas brutais. Mas ele começou a olhar mais atentamente para a violência armada, percebendo que sua disseminação seguia os padrões de doenças infecciosas. Um olhar para mudar a opinião sobre um problema que muitas comunidades aceitaram como fato. Nós revertemos o impacto de tantas doenças, diz Sluktin, e podemos fazer o mesmo com a violência. (Filmado no TEDMED.)
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:08
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for Let's treat violence like a contagious disease | ||
Leonardo Silva accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Let's treat violence like a contagious disease | ||
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for Let's treat violence like a contagious disease | ||
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